Judiciário

Bebianno alertou Bolsonaro sobre gravidade do caso Queiroz, diz empresário Paulo Marinho

Em depoimento no inquérito que investiga suposto vazamento da Operação da Polícia Federal que atingiu Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o empresário Paulo Marinho afirmou que Jair Bolsonaro foi alertado pessoalmente da gravidade do caso Queiroz.

Empresário e apoiador da campanha de Bolsonaro em 2018, Marinho depôs ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro em 21 de maio.

Segundo o empresário, o alerta foi feito por Gustavo Bebianno, que foi coordenador da campanha eleitoral de Bolsonaro em 2018, integrou a equipe de transição, e chegou a ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Bebianno morreu em março deste ano.

Em vídeo do depoimento obtido com exclusividade pelo Jornal Nacional, Marinho narra uma reunião realizada em 13 de dezembro de 2018, na casa dele.

Na reunião, segundo o empresário, Victor Granado, amigo de infância de Flávio, teria falado sobre a dinâmica para receber informações vazadas de um delegado da PF. O próprio Flávio participou da reunião.

No depoimento, Marinho informa ter telefonado para Bebianno, ainda no dia 13 de dezembro, após a reunião, para relatar a gravidade dos fatos.

“Achava importante você participar disso. E achava importante você comunicar o presidente […] Essa história é mais grave do que parece”, disse Marinho a Bebianno, segundo o empresário em depoimento ao MPF.

O empresário contou ao MPF o que Bebianno teria dito a ele sobre como foi a conversa com Jair Bolsonaro.

“Entrei [Bebianno] na sala do presidente, no escritório da transição, tinha muita gente na reunião. Eu [Bebianno] chamei o presidente e disse:’ É urgente’. Ele tinha intimidade com o presidente, total. Levei o presidente para o banheiro da sala. E fiquei dez minutos dentro do banheiro, contando para ele a história que você [Marinho] me contou. E o presidente me pediu que voltasse para o Rio para acompanhar esse assunto”, teria dito Bebianno a Marinho, segundo relato do empresário.

O que diz o senador

Leia a íntegra da nota divulgada pela defesa do senador Flávio Bolsonaro:

As afirmações de Paulo Marinho têm objetivo simples: manipular a Justiça em interesse próprio. Marinho parece desesperado por holofotes e por um cargo público. Inventa narrativas para tentar ocupar uma vaga no Senado sem passar pelo crivo das urnas. A defesa informa ainda que o parlamentar já prestou todos os esclarecimentos a respeito do tema. E o senador nega, categoricamente, o que foi dito por Marinho.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Até quando o HOSPÍCIO estará funcionando???? Tem muitos bobos da corte acreditando que o SATANÁS é inocente…ViGaRISTA , CANALHA…BOSTA DE BRASIL TER UM MERDA PRESIDENTE

    1. Vixe, pelo jeito não tomou seu rivotril. Vai lá, senta, toma um copo d´água, respira fundo e se acalma. A propósito, é Bolsonaro2000, talkey???

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Judiciário

Flávio Bolsonaro confirma reunião com Paulo Marinho, mas nega vazamento da Furna da Onça

 Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A advogada de Flávio Bolsonaro, Luciana Pires, afirmou hoje que, em depoimento ao Ministério Público Federal, ele confirmou que se reuniu em 2018 com Paulo Marinho, mas negou que tenha falado sobre um suposto vazamento da Operação Furna da Onça.

“Ele negou, obviamente. Nunca houve vazamento, nunca chegou ao conhecimento do senador nenhuma informação sobre a Furna da Onça. Ele explicou o procurador da República que inclusive que apoiava o deputado André Correa na época à presidência da Alerj e que se soubesse de algum vazamento da Furna da Onça, obviamente, não apoiaria um alvo [da operação]”, disse a advogada.

Paulo Marinho disse que se reuniu em dezembro 2018 com Flávio Bolsonaro, quando este teria lhe contado que, em outubro, logo após o primeiro turno da eleição, um delegado da Polícia Federal procurou assessores para avisar que Fabrício Queiroz seria alvo da operação.

Investigado por comandar o esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, Queiroz foi demitido do cargo logo depois.

“Ele não se lembra da data, porque tem um ano e meio. Mas se lembra que teve reunião na casa do Paulo Marinho, junto com o advogado dele, para procurar advogado para ele. Nessa época, já estava protagonizando a questão do Queiroz e queria advogado para se defender, a imprensa estava especulando várias coisas e precisava de advogado para se defender. Não era para vazamento de Furna da Onça, nem para Queiroz, nada nesse sentido”, disse Luciana Pires.

Em maio, o advogado Victor Granado Alves, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, confirmou que esteve na reunião na casa de Paulo Marinho, mas disse que “está impedido de comentar os fatos lá debatidos por força da relação profissional e do sigilo inerente ao exercício da advocacia.”

No sábado, o desembargador Paulo Espírito Santo, do TRF-2, suspendeu a investigação de Victor Granado Alves no caso, sob o argumento de respeito à “inviolabilidade do sigilo profissional dos advogados”.

Flávio Bolsonaro prestou depoimento sobre o caso hoje dentro de seu gabinete em Brasília ao procurador Eduardo Benones, que viajou do Rio a Brasília para fazer o interrogatório. Como depôs na condição de testemunha e tem foro privilegiado, o senador pôde marcar local, data e hora da oitiva.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Esse bandido deu uma entrevista falando que o empresário Paulo Marinho quer crescer politicamente falando mal dos outros. Com certeza aprendeu com a familícia dos Naros.

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Polícia

“Esse capítulo para mim é página virada da minha vida. Eu não tenho inimigos”, diz Paulo Marinho, sobre depoimentos à PF de suposto vazamento

Foto: Ricardo Borges/UOL

Paulo Marinho disse que seu terceiro depoimento, nesta terça-feira(26) na Polícia Federal, sobre o vazamento da Operação Furna da Onça encerra sua “missão” no caso e que agora vai se concentrar na campanha para a Prefeitura do Rio de Janeiro.

“Para mim, esse capítulo termina hoje com esse depoimento. Eu não tenho mais nada a acrescentar na narrativa que eu dei desde o primeiro dia que vim à Polícia Federal, depois ao Ministério Público e agora novamente na Polícia Federal”, disse na saída da superintendência.

“Esse capítulo para mim é página virada da minha vida. Eu não tenho inimigos, não trabalho com gabinete do ódio e não vou continuar batendo lata nesse assunto. Então, para mim, a minha missão como cidadão está cumprida e espero agora cuidar dos meus assuntos e provavelmente do meu projeto político-eleitoral e ganhar eleição para o Rio.”

O depoimento de hoje foi prestado no âmbito do inquérito no Supremo sobre suposta interferência de Jair Bolsonaro na PF.

Com O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Paulo Marinho já mostrou o caminho das pedras que tem ligação com a comunidade de Rio das Pedras. Pense num caminho perigoso…

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Judiciário

Empresário Paulo Marinho não tem gravações das conversas com Flávio Bolsonaro

Paulo Marinho | Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

O empresário Paulo Marinho, que ontem revelou que Flavio Bolsonaro foi avisado com antecedência por um delegado da PF sobre da operação Furna da Onça, que investigava as rachadinhas, tem com ele um material que fornecerá à PF para provar o que disse. Tal material servirá para ajudar as investigações sobre o caso.

São elementos como passagens aéreas para São Paulo, onde ocorreu um encontro entre ele, Gustavo Bebianno e o advogado Victor Alves, que trabalha com Flavio Bolsonaro. E a reserva de uma sala de reuniões do hotel Emiliano, onde ocorreu a tal conversa, entre outras coisas.

Marinho não tem gravações das conversas com Flavio Bolsonaro. A quem lhe pergunta o motivo de não ter gravado o 01, Marinho responde:

— Não gravei porque não sou bandido.

Lauro Jardim – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Gravações? Nem precisa. A ação nefasta da "familícia numerada" tornou-se tão evidente que a simples delação de um antigo comparsa já se reveste de juízo da própria consciência.

  2. Seiiii!!! Não é bandido!? É menino besta,! Loco para assumir no senado e ter plano de saúde vitalício para ele e a prole. Vergonha

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