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OLHA A CRISE: Primeiro delator da Lava-Jato, ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa tem nome sujo no SPC e Serasa

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa chega ao Aeroporto Afonso Pena, após retirar a tornozeleira eletrônica na Justiça Federal, em Curitiba – 03-11-2016/ Geraldo Bubniak/ Agência O Globo / Agência O Globo

Se fosse comprar, hoje, uma passagem aérea do Rio de Janeiro para Curitiba — com ida e volta no dia 9 de março, sem escalas —, Paulo Roberto Costa teria de despender cerca de R$ 500, no máximo, comparando-se tarifas das principais companhias do setor. O valor é simbólico perto dos R$ 79 milhões que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras desviou da estatal para contas no exterior. Ainda assim, sua defesa afirma que em razão de “graves dificuldades financeiras”, ele não poderá comparecer a uma audiência neste dia, conforme convocação da Justiça, para depor como testemunha de acusação em processo da operação Calicute. O que parece pouco plausível é verdade: Costa está com o nome sujo no SPC/Serasa, de acordo com dados obtidos pelo GLOBO em órgãos de proteção ao crédito.

Somente no período compreendido entre dezembro de 2015 e fevereiro presente, o primeiro delator da Operação Lava-Jato recebeu quatro protestos de dívidas acumuladas no Rio e em São Paulo, sendo que uma delas está associada ao Banco do Nordeste do Brasil. A mais recente foi protestada na última segunda-feira, no valor de R$ 18.569; outra delas, cuja notificação completará um ano amanhã, chega a R$ 20.350. E uma terceira, também de 2016, não chega a ser irrisória como a viagem de avião, mas chega perto: R$ 894.

Condenado por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o engenheiro mecânico segue com suas contas bancárias ainda bloqueadas. Além do montante de dinheiro que precisou devolver, ele perdeu carros e uma lancha, posteriormente anunciada por R$ 1,4 milhão em um leilão. Entre os automóveis, um Range Rover Evoque, avaliado em R$ 250 mil, foi presente do doleiro Alberto Yousseff, de acordo com a investigação da Polícia Federal.

De junho do ano passado para cá, Costa recebeu quatro multas e nem essas foram pagas, sendo que elas somam cerca de R$ 500 no total. A mais baixa custa R$ 85,13; e a mais alta, R$ 191,54. Todas elas são atribuídas a outro carro, um Hyundai Tucson. O modelo do ano gira entre R$ 138.900 e R$ 159.600, dependendo da versão. As infrações cometidas vão desde avançar o sinal vermelho e transitar em faixa ou via exclusiva de transporte público a andar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%.

Ter o nome sujo e a vida esplanada é de deixar qualquer empresário com a dignidade no chão, especialmente este que era sócio em seis empresas — em uma delas, majoritário — e agora mantém por um fio apenas a Refinaria de Petróleo Capixaba, da qual detém 1% de participação.

A vida de luxo ficou mesmo para trás. Fazem parte dela o condomínio onde Costa tem residência em Itaipava, na Região Serrana, cujo terreno alcança 3,5 milhões de metros quadrados, em vasta área verde. Para morar lá, ele pagava uma taxa média mensal de R$ 1.500. Uma de suas residências no Rio fica no condomínio Rio Mar IX, na Barra da Tijuca (Rua Ivaldo de Azambuja). Com a mulher, duas filhas e dois genros ele chegou a incorporar treze imóveis na cidade, além de salas comerciais.

Nesta quinta-feira, Moro atendeu o pedido de Paulo Roberto Costa, que se diz “pobre e falido”, para realizar o encontro da Lava-Jato por videoconferência. É esperado que ele se pronuncie contra o ex-governador Sérgio Cabral, sua mulher Adriana Ancelmo e mais 11 pessoas que respondem por corrupção e lavagem de dinheiro.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Paulo Roberto Costa, para quem não lembra, era, além de diretor de abastecimento, o operador político do PP e do PMDB na Petrobras. Segundo seus depoimentos, sua relação mais direta era com Ciro Nogueira (presidente do PP) e Romero Jucá (PMDB), líder do (des)governo Temer no senado. Sua delação foi uma das que comprometeram o deputado potiguar Henrique Alves

    1. 09/10/2014 19:44 BRT – O homem-bomba da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pode fazer um estrago nesta reta final da campanha eleitoral.

      Em seu mais recente depoimento à Justiça Federal, nesta quarta-feira (8), ele revelou o esquema de propina para três partidos — PT, PMDB e PP, partidos da base governista. No caso do PT, Paulo Roberto Costa diz que o elo com as diretorias era João Vaccari Neto.

  2. Esse senhor é tão confiável que o MPF está pedindo a PRISÃO DELE POR TER MENTIDO na delação premiada. Se ele desrespeita a justiça, criar uma imagem de coitado circunstancial, não é nada, coisa de petista, mostrando a farsa que são e a quadrilha que formaram quando tiveram o poder em mãos.
    Que o BRASIL TENHA APRENDIDO A LIÇÃO e NUNCA MAIS ELEJA NINGUÉM DA ESQUERDA.

  3. Não há limite para consolidação da imagem de vítima dos petistas pegos tento praticado corrupção.
    Viviam nababescamente em mansões, com carrões, despesas mensais altíssimas, luxo e mais luxo e ao ser desmascarado, pronto, do dia para noite viram mendigos, vítimas da perseguição política, nunca como são na realidade, corruptos sem escrúpulos, usurpadores dos recursos públicos, sanguessugas dos cargos públicos.

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Finanças

LAVA JATO – (VÍDEO): ‘Do fundo do meu coração, o dinheiro não me importava’, afirma Paulo Roberto Costa

Em delação premiada complementar, gravada pela força tarefa, ex-diretor da Petrobrás que amealhou fortuna de mais de US$ 30 milhões em propinas na Suíça e nas ilhas Cayman, disse que ‘gostava muito de sua atividade como engenheiro’

Em sua delação premiada perante a força tarefa da Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, fez uma revelação que surpreendeu, mas também provocou ironias entre investigadores. Ele declarou. “Vou falar uma coisa aqui do fundo do meu coração, vocês acreditem se quiserem. Vocês não são obrigados a acreditar. Nessa parte toda de recurso, de dinheiro que vinha para mim, o dinheiro não me importava, eu gostava muito do que eu fazia, da minha atividade como engenheiro lá (na estatal).”

Primeiro delator da Lava Jato, Costa amealhou uma fortuna incalculável no período em que ocupou a diretoria de Abastecimento da Petrobrás, de 2003 a 2012. Só em contas na Suíça e em Cayman ele somou mais de US$ 30 milhões em propinas. No acordo de delação premiada ele abriu mão do dinheiro, autorizando a repatriação espontânea.

prcVEJA O DEPOIMENTO DE PAULO ROBERTO COSTA NA ÍNTEGRA aqui

Alguns investigadores, porém, suspeitam que o ex-diretor ainda mantém outras grandes somas em outros paraísos fiscais. Após deixar a Petrobrás, Costa abriu uma consultoria, a Costa Global. Pela empresa, ele teria simulado contratos com empreiteiras para mascarar o recebimento da propinas atrasadas.

No depoimento gravado em vídeo, Costa falou sobre o esquema de corrupção instalado na estatal petrolífera, o cartel de empreiteiras que fraudava licitações e o pagamento de propinas a políticos. Ele “abriu o coração” enquanto falava sobre um calote que diz ter sofrido do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), aliado do senador Renan Calheiros (PMDB/AL).

O ex-diretor contou que Aníbal ficou devendo R$ 800 mil reais prometidos a ele. Costa conta que o deputado pediu que ele ajudasse o Sindicato Nacional dos Mestres de Cabotagem e Contramestres em Transportes Marítimos a resolver um impasse com a Petrobrás.

“Ele (Anibal) me procurou lá para poder agilizar o processo. Porque eu podia chegar lá e dizer: ‘Não vou ver isso. Talvez daqui a um ano.’ Eu podia fazer isso. Eu falei: ‘tá bom, Anibal, vamos ver isso’”, contou o delator. “O Aníbal falou: ‘Paulo, esse aqui, se a gente conseguir resolver esse assunto aqui, você vai ter um ganho aqui de R$ 800 mil. Só que ele nunca me deu esse valor. Ele me passou a perna.”

Segundo Costa, o deputado Aníbal Gomes disse que estava “representando” o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O ex-diretor disse que acabou não recebendo nada por sua atuação no caso. Ele afirmou também que não houve sobrepreço no ajuste com o Sindicato e nem conversa entre ele e Renan. A tratativa, contou o delator, teria sido feita diretamente com Anibal, suposto emissário do senador, em uma reunião no Rio.

“Então, por exemplo. Esse dinheiro aí (R$ 800 mil) eu nunca cobrei dele. Eu nunca cobrei dele. Ele não tocou no assunto, depois eu saí da companhia, e aí morreu. Ele não pagou, não pagou”, afirma Paulo Roberto Costa.

Fausto Macedo, Estadão

Opinião dos leitores

  1. E o seu comentário Djalma, pode ser chamado de resposta condicionada. Também se utiliza a expressão “comportar-se como cão de Pavlov” em linguagem metafórica, para expressar a atitude antecipada de alguém (reação) antes mesmo de tomar conhecimento de uma ação.
    Não vejo nenhum de vcs, que costumam se comportar como cães raivosos condicionados para atacar determinados alvos, fazendo qualquer ruído, nem soltando qualquer ganido quando se fala em José Agripino denunciado por Propina, HSBC com figurões das empresas de comunicação de massas e tesoureiro do PSDB (sERRA E fhc), Aécio INFURNADO, Helicoca, Cartel dos Trens e MetrÔS, MENSALÃO TUCANO…
    Vc pode nos explicar porque?

  2. Ceará, se sou um robô ou não, vc provavelmente não vai saber. Mas se vc pesquisar saberá que o que está escrito é verdade e nem desperta indignação em pessoas cegas como vc.
    A questão não é essa ceará. A questão é a mesma que faz a justiça, a imprensa e a sociedade machista se manifestar brandamente contra praticantes de violência contra as mulheres; contra os negros, contra os pobres, contra os trabalhadores, contra as minorias excluída de direitos.
    A questão é que não existe igualdade de tratamento e nunca houve em tempo algum. Repete-se o que havia desde o tempo do Império até os dias de hoje. A República dos Coronéis do Leite e dos Barões do Café, na velha conhecida política do Café com Leite, onde estes dominavam a política, a justiça, a imprensa e a polícia, usando-as como seus instrumentos de poder para perseguir e se vingar de quem não se submetesse ou os desafiasse a desobedecer suas regras.
    Leia os donos do poder Os Donos do Poder, A República Inacabada, A Democracia Traída – Entrevistas, Existe um Pensamento Político Brasileiro? Todos de Raimundo Faoro.
    Os donos do poder é a obra que aponta o período colonial brasileiro como a origem da corrupção e burocracia no país colonizado por Portugal, então um Estado absolutista. De acordo com o autor, toda a estrutura patrimonialista foi trazida para cá. No entanto, enquanto isso foi superado em outros países, acabou sendo mantido no Brasil, tornando-se a estrutura de nossa economia política.
    Nesta sua concepção de Estado patrimonialista, Faoro coloca a propriedade individual como sendo concedida pelo Estado, caracterizando uma "sobrepropriedade" da coroa sobre seus súditos e também este Estado sendo regido por um soberano e seus funcionários. O autor assim nega a existência de um regime propriamente feudal nas origens do Estado brasileiro. O que caracteriza o regime feudal é a existência da vassalagem intermediando soberano e súditos e não de funcionários do estado, como pretende Faoro.

  3. Caro Gerônimo, quando vejo comentários como esse seu, fico pensando que talvez devêssemos instituir no Brasil um Campeonato Nacional da Roubalheira, para avaliarmos quem roubou mais. Quem ganharia? Os que roubaram mais ou os que mais roubaram? Outra dedução que tiro é que vocês, petistas e assemelhados, parecem acreditar que existe um complô mundial contra o PT. Afinal, esse partido está há mais de 12 anos no governo, tem maioria esmagadora no Congresso (sabemos como), nomeou os 3 últimos Procuradores Gerais da República e a maioria dos membros do STF e tem a Polícia Federal subordinada ao Min. da Justiça. Por que só aparecem (cada vez mais) as falcatruas do PT, o partido que ascendeu ao poder com a promessa de moralidade e de fazer política de forma diferente? O que mudou na "era PT". Quais reformas esse partido empreendeu para realmente levar o Brasil a outra realidade?

  4. Este outro comentário de Gerônimo, tem cara de ser fruto do robô que o ex ministro da comunicação falava que o PT usava para ventilar suas mentiras. Não tem qualquer correlação com a notícia. Basta falar do PT que eles colocam textos pré fabricados e não respondem a notícia em si. Atente caro Blogueiro.

  5. Mensalão tucano: um ano parado e sem juiz!
    Julgamento das acusações de caixa 2 na campanha do então governador do Estado, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998, segue parado na Justiça de Minas, desde que foi devolvido pelo Supremo Tribunal Federal à primeira instância; ação também não tem mais juiz, já que o titular designado se aposentou; de acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o mensalão tucano envolveu desvios de R$ 3,5 milhões de empresas públicas de Minas, usados na campanha eleitoral; esquema começou a ser investigado em 2005.
    Ninguém protesta? Ninguém critica? Ninguém fica indignado?
    E ainda querem que eu acredite que a luta é mesmo contra a CORRUPÇÃO?

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Finanças

LAVA-JATO: Paulo Roberto Costa cita mais duas empresas e diz que recebeu delas propina de R$ 8 milhões

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou ter recebido até R$ 8 milhões da construtora Andrade Gutierrez e da Estre Ambiental, especializada em coleta e tratamento de lixo.

Apesar de já citadas ao longo da Operação Lava Jato, é o primeiro depoimento de Costa em sua delação premiada que vem a público citando valores recebidos dessas duas empresas.

A maior parte, “entre US$ 2 milhões a US$ 2,5 milhões”, foi paga pela empreiteira, segundo ele, e R$ 1,4 milhão, pela da Estre Ambiental. As informações constam em depoimentos prestados por Costa em sua delação premiada.

O ex-diretor reafirmou a versão dada à CPI mista da Petrobras. Costa sustenta que, a exemplo do que ocorria na estatal, empresas privadas também formaram carteis para atuar em outras áreas do governo: “Eletrobras, construção de hidrelétricas, portos e aeroportos”, elencou.

Paulo Roberto Costa voltou detalhar o quinhão da propina que cabia a partidos –principalmente PP e PMDB– e autoridades.

De acordo com Costa, “60% eram para políticos”, 20% eram repartidos entre ele e o operador do esquema, responsável por receber das empresas e repassar ao ex-diretor, e o restante cobria eventuais custos.

No primeiro momento, a função de intermediar a negociata era do ex-deputado José Janene, morto em 2010, quando foi substituído por Alberto Youssef. Mais adiante, Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, também passou a recolher o dinheiro.

Costa afirmou que o ex-presidente da área de Engenharia da Andrade Gutierrez Paulo Dalmaso era quem tratava dos pagamentos de suborno, diretamente com Fernando Baiano.

Paulo Roberto Costa contou ter sido informado por Baiano, entre 2011 e 2013, que havia US$ 4 milhões à disposição do ex-diretor depositados numa conta em Lichtenstein, na Europa. Desse montante, “entre US$ 2 milhões e US$ 2,5 milhões eram oriundos de valores pagos pela Andrade Gutierrez”.

Em outro depoimento, Costa já havia acusado a empreiteira de subornar diretores da Petrobras, mas não especificou, porém, quanto havia recebido da empresa.

Nessa nova etapa da delação, o ex-diretor disse que a Estre pagou-lhe R$ 1,4 milhão em propina, pois tinha interesse em prestar serviço para a Transpetro, transportando etanol entre os estados de Mato Grosso e São Paulo.

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, está licenciado do cargo desde o início de novembro do ano passado. Ele se afastou depois que o mesmo Paulo Roberto Costa o acusou de ter recebido R$ 500 mil relativos à participação do esquema de corrupção na estatal.

O ex-diretor disse que Wlison Quintela Filho representava a Estre e mantinha contato com Fernando Baiano para fazer o dinheiro chegar à diretoria da petroleira.

Paulo Roberto Costa disse acreditar que o R$ 1,4 milhões pago pela Estre, por intermédio de Baiano, não teve relação com o projeto que interessava à empresa. Para o ex-diretor, o valor foi dado a ele como “uma espécie de agrado”, definiu em seu depoimento.

Ele acrescentou que, como membro do Conselho de Administração da Petrobras, sua ingerência nas licitações da Transpetro limitava-se a incluir empresas no certame. Não tinha poderes, entretanto, para interferir na escolha do vencedor.

Procuradas por volta das 17h, a Estre e a Andrade Gutierrez não se pronunciaram até o fim da tarde desta quinta (29) sobre as acusações feitas por Paulo Roberto Costa.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Ainda não entendi porque duas das maiores construtoras do País, a Odebrecht, de Marcelo Odebrecht, e a Andrade Gutierrez, de Otávio Azevedo, vêm sendo poupadas pelo juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato?
    O engraçado é que a investigação sustenta que a dita organização criminosa era constituída, entre outras empreiteiras, pela Odebrecht e Andrade Gutierrez. E no entanto, não se vê nenhum controlador ou mesmo executivo destas empresas no polo passivo desta ação penal.
    Essa é a questão de fato intrigante: Paulo Roberto Costa confessou ter recebido R$ 59 milhões da Odebrecht, naquela que foi a maior de todas as propinas já descobertas no País e a Andrade, além de sócia da Cemig, num acordo costurado pelo PSDB-MG, é a empreiteira mais ligada ao lobista Fernando Baiano.
    Quem será que pode responder?

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Diversos

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa diz ter recebido US$ 23 mi de propina da Odebrecht

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa contou em um depoimento feito em acordo de delação premiada que recebeu US$ 23 milhões (o equivalente a R$ 59,3 milhões hoje) da Odebrecht por meio de um doleiro do Rio de Janeiro chamado Bernardo Freiburghaus.

A propina foi paga para a empresa conquistar contratos da Petrobras em 2009, ainda de acordo com o executivo. Nesse ano, vários aditivos da construção da refinaria Abreu e Lima foram assinados com a empreiteira.

A Odebrecht nega com veemência que tenha pago propina ao ex-diretor da Petrobras para conseguir contratos com a petroleira.

Foi a empreiteira, segundo Costa, que pediu a ele abrir as contas na Suíça que seriam abastecidas pelo doleiro.

A sugestão para abrir contas do exterior, ainda de acordo com o ex-diretor da estatal, partiu de Rogério Araújo, diretor da Odebrecht Plantas Industriais.

O executivo disse que o doleiro foi indicado porque já tinha negócios na Suíça.

O depoimento de Costa sobre a Odebrecht estava no Supremo Tribunal Federal e foi devolvido à Justiça do Paraná no último dia 21.

Costa já havia citado o nome de Araújo em depoimento prestado à Justiça como um dos seus contatos na Odebrecht.

Em depoimento da delação, Costa afirmou que o diretor da Odebrecht teria dito a seguinte frase para ele quando sugeriu abrir as contas na Suíça: “Paulo, você é muito tolo, você ajuda mais os outros do que a si mesmo”. Os outros, segundo o relato feito pelo ex-diretor, eram políticos.

Costa disse que o PT ficava com 2% do valor dos contratos da diretoria de Abastecimento e o PP, com 1%.

O executivo disse ter aberto quatro contas na Suíça, nos seguintes bancos: Royan Bank of Canadá, Banque Cremer, Banque Pictec e PBK. Costa disse ter criado empresas offshore em seu próprio nome para operar as contas. Posteriormente os US$ 23 milhões foram redistribuídos em 12 contas.

Os pagamentos foram feitos pela Odebrecht entre 2008 e 2009, ainda de acordo com o ex-diretor. Os depósitos eram feitos a cada dois, três meses pelo doleiro da Diagonal Investimentos Agente Autônomo Ltda. A empresa funciona em uma sala no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro.

(mais…)

Opinião dos leitores

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Finanças

FOTO( O QUE SERIA O LOCAL): Policial sugere que ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa enterrou dinheiro em piscina

15015754Em seu depoimento à Polícia Federal, o policial afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, disse ter ”ouvido” que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria aterrado uma piscina em sua casa, no Rio de Janeiro, para guardar dinheiro.

Ainda não é possível saber o que os investigadores fizeram com a vaga informação fornecida por Careca. Mas uma comparação entre imagens aéreas antigas e recentes do local mostra que, de fato, uma piscina desapareceu do imóvel de Costa, que fica num condomínio na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio).

No local onde havia um nítido quadrado azul rodeado de um piso claro, bem na entrada de sua residência, há agora só um gramado plano.

Conforme o histórico de imagens de satélite do Google Earth, recurso disponível para quem faz download da ferramenta, a casa de Costa ainda era equipada com a piscina em 17 de setembro de 2009. A imagem mais nítida da piscina, feita três meses antes, é a que ilustra esta reportagem (confira abaixo).

Em 18 de janeiro de 2010, porém, a piscina já não estava mais lá. Nesta quinta-feira (15), a Folha sobrevoou o local. Na foto mais recente, feita pela reportagem, também só é possível identificar um gramado.

Preso na sétima etapa da Operação Lava Jato, em novembro, mas já em liberdade, Careca trabalhava como carregador de dinheiro para o doleiro Alberto Youssef, detido até agora.

Ele respondeu questionamentos sobre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras no dia 18 de novembro.

CONTATO

No depoimento, disse que não mantinha contato com Costa, mas com seu genro, Márcio Lewkowicz. “Conheço o Márcio da loja de móveis que ele tem em Ipanema. Era a pessoa para quem eu entregava o dinheiro”, disse.

O agente federal afirmou ter entregue ”umas seis vezes” dinheiro ao genro de Costa, mas não soube informar os valores. Ele negou frequentar a casa do ex-diretor da Petrobras: “Não sei nem onde fica”, afirmou.

Indagado sobre o local onde Costa guardava o dinheiro que lhe era entregue através do genro, disse supor que os montantes eram levados para casa. Foi aí que o policial, voluntariamente, levantou a questão da piscina.

“Posso acrescentar que já ouvi informações que, antes de sua prisão, Paulo Roberto possuía uma piscina em sua residência na Barra da Tijuca, onde está preso atualmente. Ouvi dizer que a mesma foi aterrada antes da sua prisão e que possivelmente ele teria guardado valores onde existia a piscina”, afirmou.

Costa foi preso na Operação Lava Jato, mas deixou a cadeia após firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no ano passado.

Atualmente ele cumpre prisão domiciliar em sua casa –agora desprovida de piscina– na Barra da Tijuca. O imóvel foi comprado por ele em julho em 2002.

A Folha procurou o advogado de Costa, João Mestieri, para comentar a declaração de Careca. Na quarta (14), ele disse que só falaria com seu cliente no dia seguinte e faria o possível para dar algum esclarecimento à reportagem.

Nesta quinta, ele não respondeu aos recados deixados em seu escritório, no celular e em seu e-mail.

A assessoria de imprensa do advogado também não respondeu. A Folha não localizou o genro de Costa.

DEPOIMENTOS

Para transportar dinheiro a mando de Youssef, Careca costumava usar as credenciais de policial, uma forma de dissipar suspeitas. Ele fazia isso em malas, maletas e até no próprio corpo.

O ex-policial prestou três depoimentos à PF em novembro. Em um deles, revelado pela Folha na semana passada, citou o nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dizendo que Youssef teria lhe mandado entregar dinheiro numa casa que seria do deputado.

No mesmo depoimento, Careca disse também que entregou R$ 1 milhão ao senador eleito Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Tanto Anastasia quanto Eduardo Cunha negaram participação no esquema. Disseram que sequer conhecem Careca ou Youssef.

Na segunda (12), o advogado do doleiro, Antônio Figueiredo Basto, disse que seu cliente não teve “negócios” com o tucano nem com o deputado peemedebista.

Poder, Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Esse policial é o Careca que disse que levou a mando do doleiro R$ 1 milhão para o senador Antônio Anastacia PSDB.
    Logo em seguida toda a culpula do PSDB, através do Senado Aécio Neves, passou a desqualificar o policial dizendo que suas declarações não mereciam credibilidade.
    Partindo dessa lógica seletiva do PSDB, não devemos acreditar em nada que esse policial fala, a não ser que seja alguma coisa contra o PT.

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Política

Paulo Roberto Costa afirma na CPI que e-mail sobre irregularidades foi pedido por Dilma

Delator do escândalo da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa disse à CPI que não subverteu a hierarquia ao enviar e-mail, em 29 de setembro de 2009, à então ministra Dilma Rousseff. Afirmou ter atendido a um pedido da própria Casa Civil da Presidência, então chefiada por Dilma. Na mensagem, revelada pela revista Veja em sua edição de 26 de novembro passado, Costa alertou para a ameaça de interrupção de grandes obras.

Após detectar superfaturamentos por três anos consecutivos, o TCU recomendara a paralisação dos canteiros de duas refinarias —Abreu e Lima, em Pernambuco; e Getúlio Vargas, no Paraná— e de um terminal portuário —Barra do Ricaho, no Espírito Santo. Eram obras de responsabilidade da diretoria de Paulo Roberto. Resultavam, como se sabe hoje, em propinas para políticos de pelo menos três partidos: PT, PMDB e PP.

A pretexto de corrigir informações “deturpadas”, Paulo Roberto Costa preocupou-se em fazer dois esclarecimentos: 1) não escreveu a Dilma por iniciativa própria; 2) seu objetivo não era o de evitar a pralisação das obras, mas “alertar” para a ocorrência de irregularidades. O resulado prático foi outro. O Congresso aprovou a recomendação do TCU, determinando a interrupção dos repasses de verbas para as obras. Mas o então presidente Lula vetou a decisão, mantendo abertos os cofres. Posteriormente, o Congresso manteve o veto. Assim, os repasses que financiavam as propinas foram mantidos.

“Esse e-mail, quando foi passado, era de conhecimento do presidente da Petrobras (José Sérgio Gabrielli)”, disse o delator à CPI. “Foi-me pedido pela Casa Civil para que eu mandasse esse e-mail diretamente para a ministra da Casa Civil na época, atualmente nossa presidente Dilma.” Ao afirmar que seu propósito não era o de evitar o fechamento dos canteiros de obras, Paulo Roberto fez pose: “Nessa época, eu já estava enojado desse processo todo. Então, eu não mandei esse e-mail com o objetivo de continuar esse processo. Quando eu mandei esse e-mail foi para alertar que estávamos com problemas.”

O que há de relevante na mensagem que Paulo Roberto Costa enviou a Dilma é a evidência de que o governo poderia ter agido, há cinco anos, ainda sob Lula, para lacrar a usina de propinas que funcionava na Petrobras. Indicado pelo PP em 2003, o agora delator estava na diretoria de Abastecimento justamente para manter desobstruído o propinoduto. Após enviar o e-mail tratando do tema que o “enojava”, Paulo Roberto se manteve no posto por mais três anos. Afastou-se apenas em 2012. Decerto comandava a diretoria de Abastecimento com o nariz tapado.

Em resposta à notícia de Veja, Dilma manifestou-se por meio de uma nota da Secretaria de Comunicação do Planalto. No texto, disponível aqui, informou ter encaminhado as suspeitas de irregularidades nas obras da Petrobras à Controladoria-Geral da União.

Anotou também que houve uma “reunião de trabalho” sobre o tema em 20 de janeiro de 2010. Participaram do encontro representantes do TCU, da Comissão de Orçamento do Congresso, da Petrobras e do Ministério de Minas e Energia. “Houve consenso sobre a viabilidade da regularização das pendências identificadas pelo TCU”, diz a nota.

Trazido a Brasília para ser acareado com o ex-colega Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa se absteve de revelar o teor dos “80 depoimentos” que prestou sigilosamente como delator. A certa altura, questionado sobre quantos políticos delatou, o ex-diretor declarou: “algumas dezenas“. Repetiu, de resto, algo que dissera em depoimento público à Justiça Federal: o esquema de propinas não se restringe à Petrobras. Ocorre em obras públicas no Brasil todo.

Josias de Souza UOL

http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2014/12/02/costa-afirma-na-cpi-que-e-mail-sobre-irregularidades-foi-pedido-por-dilma/

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