A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para arquivar uma investigação sobre o deputado Fábio Faria (PSD-RN), aberta com base na delação premiada de Ricardo Saud, ex-executivo do grupo J&F.
O inquérito apura as suspeitas de corrupção passiva e caixa dois, ou seja, fraude na prestação de contas ao deixar de declarar valores recebidos, crime previsto no Código Eleitoral.
No pedido, a PGR afirma que o delator não apresentou documentos que comprovassem os ilícitos narrados na colaboração.
“Com relação ao deputado federal Fábio Salustino Mesquita de Faria, não foi possível colher nenhum elemento probatório que demonstrasse que o investigado cometeu os referidos delitos. Todas as pessoas relacionadas aos fatos noticiados pelo colaborador negaram ter mantido alguma relação com o parlamentar”, afirma a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
“Outrossim, a documentação juntada aos autos pelo colaborador em nada demonstra que os eventos que narra ocorreram. Ao menos sob o aspecto formal, não há irregularidades”, diz o documento.
A decisão sobre o arquivamento e o envio das investigações para o TRE-RN cabem à relatora, ministra Rosa Weber.
Com informações do G1
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