Os jogos de guerra para videogame estão cada vez mais realísticos. As armas são perfeitamente reproduzidas, a física dos jogadores é excelente, mas, para a organização internacional Cruz Vermelha, falta penalização para os crimes cometidos pelos jogadores.
“Alguns jogos podem tornar triviais sérias violações às leis de conflitos armados. O temor é que, eventualmente, esses atos ilegais possam ser percebidos como aceitáveis”, afirma a entidade, em comunicado.
A organização não pretende interferir no enredo dos jogos, tampouco no nível de violência. Em parceria com as produtoras, a intenção é que os jogadores sejam penalizados ou recompensados de acordo com as ações no campo de batalha virtual.
“A Cruz Vermelha está preocupada com cenários que, por exemplo, retratam o uso da tortura, ataques deliberados a civis, matança de prisioneiros ou feridos, ataques a equipes, instalações e transportes médicos, como ambulâncias”, destaca a organização.
Para tanto, a Cruz Vermelha está dialogando com produtores de games para que as leis internacionais sejam respeitadas. O foco é apenas nos simuladores, como as séries de sucesso “Battlefield” e “Call of Duty”. Jogos épicos ou fantasiosos, como “WarCraft”, estão fora do debate.
“Retirar tais atos dos videogames não é realista. Violações ocorrem em campos de batalha reais e podem, portanto, serem incluídos nos jogos. A Cruz Vermelha acredita que é útil para os jogadores aprender com recompensas e punições sobre o que é aceitável ou proibido na guerra”.
O Globo
Só falta ela ressaltar que se for o exército americano ou o de Israel que cometer tais violações elas ficarão impunes. Já se for de um outro pais qualquer ai sim crime de guerra punido com duras penas pela comunidade internacional.