Comportamento

‘Eu tenho mais medo do preconceito do que do HIV e por isso enfrentei a PEP’

por Dinarte Assunção

A arquiteta Talita, nome fictício, parou a três passos da mesa ao ver o telefone jogado perto de uma xícara antes de perguntar:
– Não vai ter foto, não é?

Sorvi o café quente, enquanto a olhava assustada, para responder em seguida: – Não. Não vai ter foto. Ninguém saberá de nossa conversa. Sente-se. – E indiquei-lhe a cadeira imediatamente à minha frente.

– Eu ainda não acredito como você me achou – disse jogando a bolsa na cadeira à sua direita. Mais inacreditável ainda é que eu topei. – Colocou as duas mãos sobre a mesa e começou a tamborilar com os dedos sobre a tolha impecavelmente branca. – O que você quer saber?

Jovem, morena, alta, bonita. Aos 29 anos, Talita é um rosto numa multidão invisível de jovens que têm buscado cada vez mais a profilaxia pós exposição (PEP) contra o HIV, um tratamento de fortes efeitos colaterais a que muitos jovens de minha geração estão se expondo após relações sem camisinha em que acreditam terem sido expostos ao vírus que provoca a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

– A primeira é a pior de todas as noites. Eu me contorcia de dor no estômago sobre a cama. Eu suava muito, sentia arrepios. Tive falta de ar. Eu achei que ia morrer.

A PEP é um procedimento que deve ser feito durante 28 dias consecutivos e deve ser administrada até 72 horas após a relação de risco. Talita conta que procurou o tratamento no dia seguinte a uma relação de risco depois que soube que o homem com quem saíra na noite anterior tinha o hábito de sair com travestis.

– Quando ele me confirmou que não só saía com travestis mas que também eventualmente transava sem camisinha, eu surtei e fui para o Hospital Giselda Trigueiro – relata Talita. O hospital foi procurado para contribuir com estatísticas para essa reportagem, mas não obtivemos sucesso após uma semana de contato.

Depois de fazer um teste rápido no hospital, com resultado negativo, a arquiteta foi orientada sobre os procedimentos da PEP: por 28 dias consecutivos precisaria tomar um comprimido, o mesmo utilizado no tratamento de HIV, mas com outra finalidade: evitar a contaminação pelo vírus, caso o parceiro com quem teve relação de risco fosse portador da doença.

– Nos dias seguintes, os sintomas amenizam, mas ainda são muito desconfortáveis. Era muito angustiante. Foram os piores dias da minha vida até hoje. Eu não sei o que era pior: os efeitos físicos ou psicológicos.

Amedrontada pela perspectiva de ter se contaminado e com medo de se expor, Talita atravessou a via crucis da PEP calada.

– Perguntavam-me no trabalho o que eu tinha. Porque era muito perceptível, eu vivia calada, abatida, sempre paranoica sobre o que iria acontecer. Com constante falta de ar, com calafrios. Quando anoitecia, eu chorava ao lembrar que as dores iriam recomeçar logo mais, quando eu tomasse mais uma dose da medicação.

– Mas você não contraiu o HIV. Por que ainda tem vergonha de falar sobre esse assunto? – Perguntei a Talita, que continuava tamborilando os dedos sobre a mesa. Ela me fitou demoradamente e, cessando os movimentos dos dedos, respondeu assertiva.

– O pior do HIV, me parece, não é a doença. É o preconceito. Como eu vou explicar à minha mãe e meu filho de 10 anos que aquele junho de 2016 o que eu tinha não era uma indisposição, mas um tratamento para evitar o HIV? Eu tenho medo do preconceito mais do que da doença.

Desde então, Talita disse que jamais voltou a ter relações desprotegidas. Aprendeu a lição e conta que só topou dar a entrevista para expor como é torturante, embora necessário, fazer a profilaxia pós exposição.

– Se você teve relação de risco, não perca tempo. Procure ajuda. Conviver com a dúvida é um peso muito alto – aconselha a arquiteta.

Opinião dos leitores

  1. E porque inventa de ir ter relações sexuais sem camisinha? Aposto que o uso do preservativo iria ser o bastante, ao invés desse mimimi de trauma pós PEP. Sorte sua que não contraiu o vírus, que consegui fazer o tratamento, que sirva de alerta para não dar bobeira outra vez.

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Polícia

Após motim, mais de 100 presos são transferidos de Parnamirim para Alcaçuz

Mais de 100 presos foram retirados da Penitenciária Estadual de Parnamirim e levados durante a madrugada desta terça-feira (15) para o pavilhão 5 do Complexo Penitenciário de Alcaçuz, como é mais conhecido o Presídio Rogério Coutinho Madruga. As duas penitenciárias ficam na região metropolitana de Natal.

A transferência aconteceu após os detentos da PEP se amotinarem em um dos pátios da unidade. A confusão aconteceu no momento em que agentes penitenciários tentavam fazer o isolamento de um interno considerado chefe de uma facção criminosa.

Confira matéria completa http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/apos-motim-mais-de-100-presos-sao-transferidos-de-parnamirim-para-complexo-de-alcacuz.ghtml

Opinião dos leitores

  1. tadinhos…. nao podem ser tocados ou surrados… mas podem quebrar os bens que o Erário (nós pagamos via nossos impostos) construiu. …. Faz o castigo que nossos avós e bisavós aplicavam: espalha caroço de milho e feijão no chão e bota os delinquentes pra ficar de joelho, enquanto rezam 400 Pai Nosso e 600 Ave Maria….

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Polícia

Balde de cachaça, mais de 50 celulares, máquina de tatuar e outros objetos são apreendidos em revista em presídio em Parnamirim

As revistas nas unidades prisionais do estado seguem realizando apreensões cada vez mais inesperadas. Dessa vez, agentes penitenciários, com apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), encontraram no início da manhã desta terça-feira (28), durante um trabalho de revista, um balde cheio de cachaça, feita com a mais absoluta criatividade: de forma artesanal, com beterrabas.  Não bastasse isso, ainda foram apreendidas uma máquina de tatuar, 58(cinqüenta e oito) aparelhos celulares, chips, fones de ouvido, drogas, facas artesanais na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na Grande Natal. A informação foi confirmada pela direção da unidade.

Segundo a direção do PEP, a revista foi feita no Pavilhão 2, que possui duas alas. Após o flagrante, como de praxe, será instaurada uma sindicância para ser apurado como todo o material entrou na unidade. O  515 apenados se encontram no presídio.

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Polícia

Três presos são mortos, um é baleado e outro foge durante fuga em presídio de Parnamirim

Três presos mortos, um foi baleado e outro conseguiu fugir no fim da noite desse domingo (13), durante uma tentativa de fuga no Presídio Estadual de Parnamirim, na Grande Natal. Eles foram surpreendidos após terem quebrado o pergolado da cela de triagem e escalado o telhado. Na ocasião, foram visualizados e receberam disparos de policiais militares que fazem a guarda local. De acordo com a Coordenação da Administração Penitenciária, os cinco não recuaram, mesmo com tiros de contenção, por isso, foram atingidos.

Os mortos foram identificados como Aldecir de Oliveira Gabriel, José Ranilson da Silva Aires e Liégio Dantas da Costa. Segundo a Polícia Militar, dois deles já haviam conseguido chegar até a rua, enquanto um pulava a cerca. O quarto baleado foi identificado como Edson Soares, que foi socorrido, enquanto Henrique Eduardo de Oliveira, homicida, conseguiu escapar.

O detalhe da ocorrência é que além do preso baleado e o fugitivo, os outros três mortos tinham passagem por homicídio e assalto.

Opinião dos leitores

  1. Esperar pela comissão de Direitos Humanos da OAB publicar nota reclamando a perda de clientes, digo, de tão distintos cidadãos.

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Polícia

BPChoque captura foragido do PEP e outro acusado de assaltar correios

O Batalhão de Choque em patrulhamento na Rua Marcílio Dias, localizada no bairro de Igapó, quando visualizou quatro indivíduos com atitude suspeita.

Os policiais investiram na abordagem dos quatros indivíduos, porém nada ilícito foi encontrado com eles. Todavia, um dos suspeitos logo adiantou que era fugitivo do PEP de Parnamirim, seu nome é Jeferson Mendonça de Carvalho, enquanto os outros três nada adiantaram à guarnição.

Desta forma, a equipe resolveu levar todos os quatros para a delegacia. E para a surpresa da equipe, além do fugitivo do PEP (Presídio Estadual de Parnamirim), havia um procurado pela Polícia Federal por vários assaltos aos correios, seu nome é Jiedson Cabral de Oliveira. A ação policia aconteceu no fim da tarde do sábado.

Os outros dois foram liberados por nada se  ter contra eles.

Com informações da Assessoria de imprensa da PMRN

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Polícia

PM's e agentes penitenciários encontram maconha dentro de margarina no PEP

Foto: Reprodução do Twitter de M Silva

Policiais militares e agentes penitenciários acabaram de encontrar um tablete de maconha dentro de uma caixa de margarina no Presídio Estadual de Parnamirim. A droga foi encontrada durante a revista que é feita no material levado por familiares aos presos.

Ana Kelly Gomes tentava entrar com a maconha na unidade prisional. As primeiras informações dão conta que ela seria reincidente na prática. Ela estava acompanhada de duas crianças com 7 e 8 anos.

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Polícia

Corrupção no sistema prisional do RN é destaque no Novo Jornal

Um esquema de corrupção no sistema penitenciário potiguar. Este é o tema de uma das matérias do Novo Jornal deste domingo. Em matéria de Anderson Barbosa traz à luz investigações do Ministério Público acerca de “estreita relação” entre coordenadores de unidades prisionais com traficantes. Os olhos do MP-RN estão direcionados para o Presídio Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta,  e o Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), em Parnamirim. A fuga dos 41 presos do novo pavilhão de Alcaçuz teria sido orquestrada para “derrubar” o diretor da unidade, o major PM Marcos Lisboa.

Depoimentos de um agente penitenciário que foram gravados dão materialidade às denúncias feitas, inicialmente, à Promotoria de Nísia Floresta, sob o comando da promotra de Justiça Maria Zélia. O servidor carcerário faz graves denúncias contra gestores do principal órgão de administração penitenciária do Estado, a Coape (Coordenadoria de Administração Penitenciária). Os nomes dos acusados são mantidos em sigilo pelo MP e só serão divulgadas casa seja acatada a denúncia e se formalize uma denúncia-crime.

De acordo com o agente penitenciário ouvido pelo Novo Jornal, há sete pessoas ligadas ao sistema prisional que chegam a cobrar R$ 15 mil para agilizar transferências, facilitar fugas e colaborar com extorsões. O montante, conta a fonte, é o motivo de reiteradamente serem encontrados celulares e drogas s em unidades prisionais.

O processo investigatório está sendo presidido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MP, devido à complexidade dos fatos que devem ser acompanhados. A promotora Maria Zélia, que recebeu as denúncias,  avalia a atuação da polícia Civil na investigação dos casos relacionados à Alcaçuz como ineficiente.

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Jornalismo

Revista no Presídio de Parnamirim apreende drogas, celulares e até furadeira

Uma revista no Presídio Estadual de Parnamirim (PEP) resultou na apreensão de 15 celulares, uma furadeira de mão, carregadores e uma pequena quantidade de maconha na manhã desta segunda-feira (16). A ação que durou cerca de três horas (das 8h às 11h) foi realizada após uma denúncia anônima a respeito de uma tentativa de fuga de um detento.

De acordo o diretor do Pep, Robson Silva, a denúncia comunicada na semana passada alertava sobre a entrada de uma furadeira na unidade destinada a um preso cuja identidade foi mantida em sigilo.  Na ocasião, o caso foi encaminhado ao Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania), que programou a ação do trabalho de revista.

Durante a entrada nas celas, os agentes carcerários tiveram dificuldades no acesso e contaram com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE), que controlou o início de tumulto dos presos. “Eles perceberam a intensificação da revista e tentaram intimidar através de ameaças”, disse o diretor do PEP.

Segundo Robson Pires, já existe a confirmação do preso que organizaria a fuga. Uma sindicância foi aberta e ele será remanejado após a conclusão das investigações.

Fonte: DN Online

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