Promover a intersetorialidade na elaboração e atualização do Plano de Contingência para epidemias de dengue foi uma das propostas de uma oficina realizada na manhã desta quinta-feira (6), no Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC), com os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Natal.
Com o objetivo de aprimorar a resposta às epidemias de dengue para o período sazonal de 2014, o Ministério da Saúde solicitou a revisão e atualização dos planos de contingência municipais e estaduais.
Segundo a gerente técnica do Centro de Controle de Zoonoses, Isabelle Ribeiro, o Ministério da Saúde estabeleceu níveis de risco diferenciados para as prefeituras traçarem um Plano de Contingência para cada nível.
“Vamos tentar captar a ocorrência dessa epidemia antes que ela aconteça, organizando o Plano baseado nesses níveis de ocorrência para não desencadear uma situação mais grave, uma vez que não temos uma cidade construída de forma saudável. A dengue é um grave problema social de saúde pública, então temos que dar a cobertura necessária ao paciente para que ele não morra”, explicou Isabelle.
A elaboração do Plano de Contingência é fundamental para auxiliar a união de respostas às epidemias de dengue. Nele são definidas as responsabilidades de cada área e a organização necessária, de modo a atender as epidemias de dengue visando à integralidade das ações e a prevenção e controle dos processos epidêmicos.
Para tanto, foram divulgados dois documentos que norteiam a elaboração dos planos de contingência para dengue: as “Diretrizes Nacionais para a prevenção e controle de epidemias de dengue” e as “Diretrizes para a organização dos serviços de Atenção à Saúde em situação de aumento de casos ou epidemias de dengue”.
Os documentos orientam os estados e municípios na implantação das ações que promovam assistência ao paciente com dengue, organização das atividades do controle do vetor, vigilância epidemiológica e comunicação.
O Plano de Contingência Nacional para epidemia de dengue foi construído em quatro níveis de epidemias, com as ações e procedimentos a serem realizados dentro desses níveis. O Ministério da Saúde recomenda que os estados e municípios desenvolvam seus planos dentro dessa proposta.
Em cada nível de epidemia devem-se descrever as ações a serem realizadas nas seguintes áreas: Vigilância Epidemiológica; Controle Vetorial; Assistência; Comunicação, Mobilização e Publicidade; e Gestão. No período de 10 a 14 de fevereiro, representantes do Ministério da Saúde estarão em Natal para avaliar o Plano de Contingência elaborado na oficina, que se encerra amanhã pela manhã com a apresentação das propostas elaboradas por cada grupo.
Gerenciamento de Crise
Uma Portaria assinada pelo secretario municipal de Saúde, Cipriano Maia, e publicada no Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (6) instituiu a criação do Gabinete de Gerenciamento de Crise em Saúde Pública. O objetivo é construir, avaliar e coordenar as ações do Plano de Contingência para o Enfretamento de Situações Emergenciais para Dengue.
A portaria institui ainda a criação de uma Comissão Permanente de Monitoramento e Análise dos Óbitos por Dengue, que irá subsidiar o Gabinete de Gerenciamento de Crise em Saúde Pública em Natal, no sentido do comportamento das taxas de mortalidade de letalidade.
O Gabinete de Gerenciamento de Crise em Saúde Pública se reunirá a cada dois meses no período de comportamento endêmico da dengue e quinzenalmente no período de comportamento epidêmico, tendo em vista os alertas definidos pelo diagrama de controle.
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