Política

Pesquisa EXAME/IDEIA: Bolsonaro mantém índice de aprovação de 39%; popularidade do presidente em outubro apresenta estabilidade de levantamento anterior

Foto: Carolina Antunes/PR/Flickr

Com índices constantes de popularidade principalmente entre as classes mais baixas, que recebem o auxílio emergencial, a aprovação do governo Jair Bolsonaro segue no patamar de 39%, mesmo nível observado desde setembro.

É o que mostra o resultado de uma pesquisa exclusiva de EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.

No início de outubro, a popularidade do presidente também estava em 39%, depois de uma queda de cerca de dez pontos percentuais entre o mês de março, no início da pandemia, e maio. Desde então, o índice de aprovação ao governo começou a aumentar gradativamente e, partir de setembro, estacionou na casa dos 40%, com poucas variações. Hoje, o índice é semelhante ao observado em janeiro, antes da pandemia.

PESQUISA EXAME/IDEIAS PERGUNTOU: Você aprova ou desaprova a maneira como o presidente Jair Bolsonaro está lidando com o seu trabalho como presidente?

Foto: (EXAME/IDEIA/Exame)

A polarização também se mantém alta: 39% dos brasileiros desaprovam o governo, mesmo índice dos que consideram satisfeitos com o trabalho do presidente. Outros 21% nem aprovam nem desaprovam e 1% não soube responder.

O índice de aprovação é maior na região Norte, com 57% da população favorável ao governo, no Centro-Oeste (48%) e Sul (47%). “O Norte lidera o ranking de popularidade do governo porque concentra uma boa parcela de brasileiros pobres que foram beneficiados pelo auxílio emergencial”, diz Mauricio Moura, fundador do IDEIA. “No Centro-Oeste, por outro lado, o agronegócio, o único setor da economia que deve crescer este ano, é pujante, o que justifica a popularidade do governo”.

Entre as classes sociais, as famílias que ganham entre três e cinco salários mínimos estão entre as que mais aprovam o presidente, com 43% das preferências, praticamente empatadas com aquelas com renda mensal entre um e três salários mínimos (40%).

PESQUISA EXAME/IDEIAS PERGUNTOU: Como avalia a governo do presidente Jair Bolsonaro?

Foto: (EXAME/IDEIA/Exame)

O levantamento foi realizado com 1.200 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 19 e 22 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

EXAME/IDEIA também perguntou como a população avalia o governo: hoje, 37% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom. O mesmo percentual, 35%, classificam a gestão do presidente de ruim ou péssima. Uma porcentagem bem semelhante, de 34% avaliam o governo como ruim ou péssimo. Para outros 37%, a atuação do governo é regular.

Entre aqueles que definem o governo como bom ou ótimo, 41% ganham de três a cinco salários, seguidos por aqueles que recebem de um a três salários por mês (40%).

A avalição do presidente também muda conforme a região do país. Enquanto 29% dos moradores do Sudeste avaliam o governo como péssimo, 42% dos que vivem no Sul consideram o governo ótimo ou bom.

As resoluções a serem tomadas a respeito do programa Renda Cidadã, que deve incluir boa parte da população atendida atualmente pelo auxílio emergencial, poderão mudar esse panorama. “Do ponto de vista político, a continuidade do auxílio pode somar pontos à popularidade do presidente”, diz Moura. “Mas a economia, principalmente no que refere ao desemprego e à inflação dos alimentos, também terá um papel importante nesse cenário”.

Exame

 

Opinião dos leitores

  1. Pra manter o Auxílio Emergencial, vai precisar:
    a) tirar algum dos "ricos" que ganham mais de 2 salários minimos – tome mais impostos no rabo desse povo;
    b) retirar abatimentos do imposto de renda com saúde e educação;
    c) reviver a CPMF.
    Calma, gado!
    Isso tudo é justo: distribuição de renda, retirando dos pobres para os miseráveis.
    Imposto sobre fortunas? Tributação para quem ganha muito? Pode não!!!
    Aleluia!!! Amém???

  2. Sem auxílio emergencial a popularidade derrete. Vamos tomar o mesmo caminho dos EUA. Com Trump os EUA foram para a lona e o Brasil segue a mesma linha. Só espero que não voltemos ao PT.

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