Diversos

Central recebe doações de empresas e inicia para pessoas físicas próxima semana

Para evitar maiores efeitos colaterais provocados pela pandemia do Covid-19 nas camadas sociais mais vulneráveis, o Governo do RN já montou uma Central para doações de material em grande volume por parte de pessoas jurídicas. E no início da próxima semana tem início o funcionamento da Central de Doações para pessoas físicas.

As doações por pessoas jurídicas podem ser realizadas diretamente na Escola de Governo do RN (Centro Administrativo), das 8h às 17h. A equipe do Governo também pode providenciar o recebimento do material no estabelecimento da empresa, caso requisitado. O contato para efetivação das doações pode ser feito pelo telefone: (84) 98146-5124.

A partir da próxima semana tem início a Central de Doações para pessoas físicas. Para evitar aglomerações e facilitar a doação, a coleta e a distribuição, toda uma logística tem sido arquitetada pelo Governo, em parceria com o Ministério Público Estadual e a Associação dos Supermercados do RN (Assurn). Poderão ser doadas cestas básicas montadas ou a granel, além de materiais de higiene e hospitalares.

As doações acontecerão em supermercados e atacadistas. A lista será disponibilizada nos próximos dias pela imprensa e redes sociais do Governo. Os materiais doados receberão cuidados para desinfecção, armazenamento e condicionamento. A Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), em contato com assistenciais sociais dos municípios, indicará postos de doações. A Defesa Civil fará a distribuição na capital e no interior.

Para dar mais transparência ao processo, a Controladoria Geral do Estado, responsável pela coordenação da Central de Doações, também tem montado uma área dentro do Portal da Transparência para reportar todos os registros de entrada e saída de doações, com respectivos volumes e locais de entrega.

A Control organizou, na tarde desta quarta-feira (1) uma teleconferência com, presença da governadora Fátima Bezerra, a secretária da Sethas, Iris Oliveira, representantes da rede de supermercados, do Ministério Público Estadual, da Seturn e da Cruz Vermelha. Na oportunidade, a promotora Ana Ximenez informou a cessão de dois caminhões com motoristas para distribuição das doações, além de seis servidores experientes em almoxarifado. A Seturn se dispôs a contribuir através do projeto “Busão da Solidariedade”, também disponibilizando ônibus para doação.

Nesta sexta-feira será realizada nova reunião para definir os últimos detalhes de logística e a identidade da campanha de doações para o início da Central de Doações para pessoas físicas.

Saiba Mais

O Governo criou por meio do Decreto nº 29.565, de 25 de março de 2020, a Central de Controle de Recebimento e Distribuição de Doações de Insumos e Bens destinados ao enfrentamento e amenização dos impactos da Calamidade Pública decorrente do novo Coronavírus (COVID-19).

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Segurança

Em 2019, Brasil registrou cinco armas por hora para pessoas físicas

Foto: Reprodução/TV Integração

Sob o governo de Jair Bolsonaro, o Brasil bateu recorde de novas armas de fogo registradas em um só ano: foram 44.181 entre janeiro e novembro de 2019, alta de 24% em relação a todo o ano passado. É o maior número de autorizações para posse — isto é, para ter uma arma em casa — concedidas pela Polícia Federal desde 2010, segundo estatísticas inéditas obtidas pelo GLOBO com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). O levantamento diz respeito apenas a registros para pessoas físicas, excluindo, por exemplo, aquisições de órgãos públicos e empresas de segurança e também dos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), cujo registro é feito pelo Exército.

Mesmo sem os dados referentes a dezembro, o país vendeu cinco armas por hora a cidadãos comuns em 2019— maior média do que em todos os outros períodos analisados. Ano a ano, os registros de armas vêm aumentando. Em 2018, esse número era de 35.758, o maior até então — um aumento de 8% em relação ao ano anterior. A média era de quatro armamentos vendidos por hora.

Em 2019, os maiores crescimentos percentuais de aquisições de armas em relação ao ano anterior ocorreram em Tocantins (645%), Mato Grosso do Sul (241%) e Mato Grosso (219%). Os números deste ano são três vezes maiores do que os de 2010, quando foram catalogados 12 mil novos armamentos.

Facilitar o acesso da população a revólveres e pistolas foi uma promessa de campanha do presidente. Desde que assumiu, Bolsonaro editou oito decretos sobre porte e posse de armas. Quatro foram revogados após serem contestados por áreas técnicas do Congresso e pelo Ministério Público Federal, que os consideraram inconstitucionais.

Autorizações para porte

Pesquisadores ressaltam que um dos principais riscos do aumento de armas nas mãos de cidadãos comuns é o roubo dos equipamentos, que acabam usados por criminosos.

— Os impactos são graves. A gente tem um consenso nas pesquisas de que a arma legal, a tal da arma do cidadão que compra para se defender, é uma arma que migra para o crime. Não é verdade que vai ficar guardada em casa, ela vai ser roubada. Quando fazemos rastreamento de armas usadas no crime, até cerca de 40% delas têm essa origem. É a arma que o seu João comprou e foi roubada — diz Isabel Figueiredo, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Houve também aumento no número de porte de armas — a autorização para andar armado —, sob a justificativa do uso para defesa pessoal, em relação aos anos anteriores. Na comparação com 2018, o crescimento foi de 4% (de 2.961 para 3.090), também sem considerar dados de dezembro deste ano. Os maiores aumentos percentuais ocorreram em Paraíba (246%), Maranhão (200%) e Sergipe (156%).

Para Bruno Langeani, do Instituto Sou da Paz, o fato de Bolsonaro não ter conseguido facilitar por decreto regras para o porte de armas — o presidente recuou da ampliação para diversas categorias profissionais e decidiu enviar ao Congresso um projeto de lei que contempla o tema — fez com que o número de autorizações para andar armado não subisse ainda mais. Por outro lado, Langeani destaca que houve alta expressiva de armas para posse, mesmo com a dificuldade de se entender que regra está valendo, em meio às idas e vindas dos decretos presidenciais.

— Bolsonaro não conseguiu mudar na canetada o porte, mas a venda de armas cresceu. Antes a regra (para posse) era conhecida, vigorou por 15 anos. Com Bolsonaro, tivemos três diferentes, em janeiro, maio e outra em junho. Só em agosto o Exército regulou os calibres permitidos para o cidadão comum. Se mesmo com a confusão toda para saber que regra está valendo ou não, houve crescimento expressivo, imagina quando isso estiver estabilizado — explica.

O pesquisador ressalta outra mudança importante feita pelo governo. O registro de posse passou a valer por dez anos e não mais por cinco anos.

— É uma outra flexibilização que é perigosa. Você só checa a aptidão para ter uma arma dez anos depois. Todas essas pessoas só vão renovar e precisar fazer os testes de novo em 2029. Além disso, há cinco ações pendentes de julgamento no Supremo, que pode derrubar as regras que estão valendo. A gente não sabe como ficará a questão para quem já conseguiu a posse de arma esse ano. Fica uma insegurança jurídica — diz Langeani.

O governo também quadruplicou potência das armas de uso permitido a cidadãos comuns, desde que tenham calibre permito pelo Exército. Retirou ainda a necessidade de apresentação de atestado de antecedentes criminais na renovação, o que entra em conflito com decretos anteriores, e facilitou a posse de arma particular para militares e policiais, que ficaram dispensados de apresentar requisitos como atestado de aptidão psicológica.

O Globo

Opinião dos leitores

    1. Nem tente assaltar o cidadão, muito menos fazer arrastões em residência ou pontos comercial, vai que um desse que comprou arma está por lá, aí quem você achava que estava indefeso, vai poder reagir, e o sabidão pode passar por baixo, e levar chumbo. Hehehe

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