Polícia

‘Covidão’ já atinge governos de sete Estados e valor investigado chega a R$ 1,07 bilhão

Foto: BBC NEWS BRASIL

Conforme a epidemia do coronavírus avança no Brasil, o país assiste também a uma outra escalada: a de operações contra a corrupção envolvendo dinheiro público para a resposta à doença.

Desde o fim de abril, são pelo menos 18 operações — uma a cada 3 dias, em média. Só na semana passada, foram deflagradas cinco operações em todo o país.

As ações já atingem governos de sete unidades da federação: Amapá, Distrito Federal, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. Nos casos do Rio e do Pará, as apurações atingem os governadores locais — que negam irregularidades —, e foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Policiais também foram às ruas para apurar irregularidades em várias prefeituras, incluindo as capitais Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

Ao todo, essas operações já cumpriram 230 mandados de busca e apreensão, e ao menos 32 pessoas suspeitas de envolvimento foram detidas.

Os contratos e compras investigadas somam cerca de R$ 1,07 bilhão — o montante que foi efetivamente desviado ou superfaturado, no entanto, ainda está sendo investigado pelas autoridades.

As informações foram levantadas pela reportagem da BBC News Brasil com base em informações da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF).

Só a CGU participou de 12 operações do tipo — a maioria em parceria com o MPF e a Polícia Federal.

As irregularidades encontradas também variam muito.

Há casos de sobrepreço em itens simples, como máscaras descartáveis — caso das operações Assepsia, em Rio Branco; e Cobiça Fatal, em São Luís (MA). Mas também há investigações sobre contratos milionários de compra de respiradores e montagem de hospitais de campanha, como nas apurações deflagradas no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

A primeira apuração de irregularidades envolvendo a resposta ao novo coronavírus aconteceu no município de Aroeiras (PB), parte da região metropolitana de Campina Grande, em 23 de abril.

Batizada de Alquimia, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão em Aroeiras e em Patos (PB), e apurou um prejuízo de R$ 48,3 mil na impressão de cartilhas com orientações de saúde à população.

Além disso, a CGU também participou de quatro operações que tiveram como alvo pessoas que tentaram receber de forma indevida o Auxílio Emergencial de R$ 600, criado para combater os efeitos econômicos da pandemia.

Segundo os próprios dirigentes da CGU, a avalanche de investigações era “previsível” e repete o padrão de outros momentos nos quais grande quantidade de dinheiro federal foi enviada a Estados e municípios. Foi o caso das enchentes na região serrana do Rio em 2011, e do rompimento de barragens de rejeitos nas cidades mineiras de Mariana (2015) e Brumadinho (2019).

Para o advogado e ex-ministro da CGU Jorge Hage, o volume de investigações mostra que o governo “perdeu a mão” na hora de flexibilizar os controles financeiros durante a pandemia — por mais que a situação exija agilidade nas compras públicas, controles importantes acabaram suprimidos por medidas provisórias editadas pelo governo federal, avalia ele.

 

Número de investigações ‘é expressivo’

Atual secretário adjunto de combate à corrupção da CGU, Roberto César de Oliveira Viégas diz que há um aumento expressivo no número de investigações de corrupção em Estados e municípios. E que esse aumento era previsível.

“A gente já sabia que isso poderia acontecer, e começamos a monitorar a essas descentralizações (repasses de recursos). Qual o foco? Verificar se essas empresas que estão sendo contratadas (…) se elas de fato têm capacidade técnica e operacional; se elas de fato existem; se estão constituídas em nomes de laranjas; se já foram envolvidas em outras operações; se foram recém-criadas. Tem um catatau de informações (a serem checadas)”, explica ele.

Viégas diz que muitos dos alarmes de irregularidades chegam por meio da plataforma Fala.br, uma ferramenta do governo.

“Quando você tem uma quantidade grande de recursos sendo descentralizados, num momento em que há fragilidades (nos controles), com contratações diretas, em ambiente de calamidades públicas… Nós já tivemos experiências desse tipo, como quando tivemos aquelas enchentes na região serrana do Estado do Rio (em 2011), e também em Minas”, diz ele.

“Quando os recursos vão em grande monta (…), o que a gente percebe é que não necessariamente eles vão ser usados corretamente”, diz. “Podemos afirmar que há um maior risco de não aplicação correta dos recursos”, diz ele.

O que dizem os governadores investigados

Os dois governadores que foram alvo das investigações negam qualquer envolvimento com irregularidades.

Na manhã do dia 26 de maio, a Polícia Federal cumpriu mandato de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio.

“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará”, disse Witzel em nota.

“A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”, continua ele.

Na quarta-feira (10/6), a Polícia Federal realizou buscas, entre outros endereços em Belém (PA), na casa de Helder Barbalho, como parte de apuração sobre suposta fraude na compra de respiradores pelo governo estadual.

Barbalho, disse que atuou desde o começo da pandemia para proteger a população do seu Estado.

“No dia 16 de março iniciamos o processo de isolamento social, seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para buscar proteger a nossa população. Em paralelo a isso, o Governo do Estado não mediu esforços para estruturar a rede de saúde pública do Pará, no sentido de atender a nossa população”, disse ele, numa entrevista na quarta-feira (10), quando a operação foi deflagrada.

“Quero demonstrar minha absoluta indignação com o que ocorreu, fazendo no Estado do Pará vítimas e lesados por aqueles que pensaram em aproveitar uma pandemia, o sofrimento de pessoas, acreditando que seria possível oferecer um produto e entregar outro, e ficar ilesos; que a sociedade paraense e o Governo do Pará aceitariam e não reagiriam”, disse ele, referindo-se ao fato de que 152 respiradores comprados pelo governo apresentaram falhas e não puderam ser usados no atendimento aos pacientes.

Com BBC Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. BG qual sua opinião será que ainda vai haver prorrogação de isolamento no decreto do governo Fátima?

  2. A quadrilha de sempre, o secretário executivo do consórcio Nordeste, é o mesmo que comandou o rombo nos fundos de pensões!

  3. BG, AINDA ESTOU ESPERANDO LER O SEU EDITORIAL FALANDO SOBRE O DESPREPARO DO GOVERNO FATIMA NO COMBATE AO COVID 19

  4. Crápulas! Quando nós vamos nos livrar desses corruptos? Quando teremos instituições e aparato legal com força e eficiência suficientes para inibir a ação desses vermes?
    Aproveitar-se da situação em que estamos é o cúmulo da maldade.

    1. Exato, precisamos acabar com esse sistema no Brasil onde prefeitos, governadores, o Maia, o Alcolumbre e o STF só pensam em roubar. Se a gente tivesse so os brasileiros patriotas e o nosso presidente eleito nos estaríamos muito melhor.

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Judiciário

Outros cinco acusados por ataques ao STF também foram presos; Winter foi pedido da PGR e autorizado por Moraes

Além de Sara Winter, a PF está prendendo também outros cinco bolsonaristas. Eles são ligados ao grupo 300 Brasil, responsável por ataques ao STF.

A prisão de Sara Winter foi pedida pela PGR e autorizada por Alexandre de Moraes. Os mandados não saíram do inquérito das Fake News, e sim do inquérito que apura os atos antidemocráticos.

Gilmar Mendes falou com a rádio Bandeirantes sobre a prisão de Sara Winter: “A prisão preventiva pode ser o adequado remédio neste momento.”

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. VISÃO DE UM BOLSOMÍNIO:
    Como assim, qual a razão para prender essa moça de familia cristã, uma pessoa tão conservadora, que tem uma fala prudente, serena, sem improperios, que só estimula o amor e o bem? Ela so estava sentada fazendo um pique-nique sobre ordem e progresso! O nome de seu grupo "os ursinhos carinhosos" carregavam flores e soltaram pombas brancas representando a paz. Onde nossa democracia vai parar?

  2. Tantas e tantas pessoas tem vontade de esculamba os ministros mas tem medo das consequências. Bato palma pra ela …..

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Saúde

Covidão no Pará: PF apreende mais de 700 mil com assessor

Foto: Divulgação

O Antagonista apurou que a Polícia Federal apreendeu mais de R$ 748 mil na casa de Peter Cassol, secretário-adjunto de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará.

Cassol é também o ordenador de despesas da Secretaria de Saúde.

O Antagonista

Opinião dos leitores

    1. Até agora não vi nenhuma declaração oficial da governadora sobre o "banho" dos 5 milhões de reais da compro dos respiradores. Ela irá repor esse dinheiro? E a assembleia, porque tão quieta?

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Polícia

PF indicia Andrea Neves por obstrução da Justiça após recebimento de informações sigilosas

Foto: Fernando Zuba/Globo

A Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Escobar, nesta quarta-feira (10), e indiciou a irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, dois escrivães da corporação, dois advogados e um empresário por crimes como corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça. (Veja detalhes abaixo)

Ainda caberá ao Ministério Público definir se abre ou não denúncia contra os indiciados. Caso eles sejam denunciados, a Justiça deverá decidir se aceita ou não a denúncia e os torna réus. Só depois disso que eles poderão ser julgados. As provas contra os servidores da PF foram encaminhadas à Corregedoria Regional da corporação em Minas.

Segundo o inquérito da PF, relatado pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes, o empresário Pedro Lourenço recebia informações sigilosas de investigações da corporação a partir de conversas com o advogado Ildeu da Cunha Pereira, que morreu em fevereiro deste ano.

Andrea recebia documentos da corporação obtidos pelo advogado Carlos Alberto Arges, também segundo a investigação. Os vazamentos ocorriam através dos escrivães Márcio Antônio Marra e Paulo Bessa.

De posse dessas informações sigilosas, Andrea e Lourenço se beneficiavam, impedindo ou embaraçando investigações relacionadas a organizações criminosas em que estavam envolvidos ou nas quais tinham interesse direto, segundo o inquérito da PF.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa de Andrea Neves, com Carlos Alberto Arges e Pedro Lourenço, mas não havia obtido retorno até por volta de 10h. O G1 tenta contato com os escrivães Márcio Antônio Marra e Paulo Bessa.

A PF atribuiu os crimes abaixo aos indiciados:

Andrea Neves: obstrução de Justiça (até 10 anos de prisão)

Empresário Pedro Lourenço: obstrução de Justiça (até 10 anos de prisão)

Advogado Ildeu da Cunha Pereira: violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)

Advogado Carlos Alberto Arges – violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)

Escrivão da PF Márcio Antônio Marra – violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)

Escrivão da PF Paulo Bessa – violação de sigilo funcional, corrupção passiva e corrupção ativa, além dos crimes de integrar organização criminosa e de embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa (até 34 anos de prisão)

Documentos sigilosos na casa de Andrea

Ildeu, Arges, Marra e Bessa chegaram a ser presos em 2019 durante a deflagração da operação ‘Escobar’, que apurava justamente o vazamento de informações de inquéritos da PF.

A PF descobriu os vazamentos ao encontrar documentos sigilosos de investigações na casa de Andrea, durante deflagração de outra operação, em dezembro de 2018. As documentações não estavam assinadas e nem numeradas, o que, segundo o inquérito, significa que os arquivos foram extraídos a partir do sistema interno da polícia.

“As informações obtidas foram utilizadas para embaraçar investigações que envolvem organizações criminosas e para captação de clientes por parte dos advogados, eis que o conhecimento privilegiado demonstrava forte influência no âmbito da Polícia Federal de Minas Gerais”, diz trecho do inquérito.

A partir dos celulares dos dois advogados indiciados, apreendidos durante a operação de 2018, a PF constatou que eles repassavam informações sigilosas, recebidas através dos dois escrivães da corporação.

Segundo os investigadores, os escrivães indicaram, em outras oportunidades, os advogados Ildeu e Arges para investigados. Em troca, recebiam parte dos honorários.

As investigações também apontam a relação de proximidade e cumplicidade entre Ildeu da Cunha Pereira e Márcio Marra. O advogado chegou a indicar o escrivão da PF para se tornar conselheiro do Cruzeiro, em 2017.

De acordo com a PF, a indicação foi “para que este [Márcio Marra] assumisse a cobiçada e disputada função, o que garante status e influência, além de vantagens frente a outros torcedores, como viajar de graça para assistir jogos fora de Belo Horizonte/MG, frequentar estádios gratuitamente na Tribuna de Honra, franco acesso ao clube, dentre outras”.

A operação Escobar

A Polícia Federal deflagrou a operação Escobar, em Belo Horizonte, em 5 de junho de 2019. Na ocasião, a PF prendeu os dois advogados e os dois servidores da corporação suspeitos de retirar documentos sigilosos do sistema da própria PF e vazar informações sobre as operações.

Eles estavam sendo investigados pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, obstrução de Justiça e violação de sigilo funcional.

Na ocasião, Andrea Neves foi intimada a depor como testemunha. Ela só passou para a condição de investigada dias depois.

A operação Escobar foi um desdobramento da Capitu, quando Ildeu da Cunha Pereira e outras 15 pessoas foram presas em investigação em suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Na época, o então vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, estavam entre os detidos. De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram depois que documentos da Operação Capitu foram encontrados na casa de Andrea Neves, em dezembro de 2018.

Após os documentos terem sido encontrados na casa dela, a PF constatou vazamento de informações sobre outras operações. Os advogados teriam acesso privilegiado às informações e as usavam para oferecer aos clientes facilidades ilegais.

G1

 

Opinião dos leitores

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Polícia

Helder Barbalho, governador do Pará, é alvo da PF em operação sobre compra de respiradores

Foto: Marcos Santos/Ag Pará

A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (10) uma operação com o objetivo de apurar fraudes na compra de respiradores pulmonares pelo Governo do Pará.

Estão sendo cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal, após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). O governador paraense, Helder Barbalho (MDB), é um dos alvos.

Em 26 de maio, a coluna de Monica Bergamo, adiantou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estava prestes a determinar também no Pará uma operação nos moldes da que atingiu o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), que sofreu busca e apreensão em sua residência oficial.

As buscas estão sendo realizadas no Palácio dos Despachos, sede do governo, secretarias de Saúde, Fazenda e Casa Civil, além de residências dos investigados e empresas.

A compra dos respiradores custou aos cofres públicos R$ 50,4 milhões. Dentre os suspeitos estão servidores públicos estaduais e sócios de uma empresa investigada.

A operação foi batizada de Para Bellum, do latim e que significa “preparar-se para a guerra”, uma referência ao combate que a PF tem realizado contra o desvio de recursos públicos destinado ao combate ao coronavírus.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Estou preocupado mesmo é com o rombo de mais 3 bilhões que sacaram indevidamente agora nessa ajuda Sá pandemia e vocês tudo fazendo vista grossa.

  2. O povo merece …o pai ladrao por anos , se aposentou dos roubos e colocou o filho , os IDIOTAS vão e elegem ??????, aqui não é diferente , só muda a mosca , a MERDA É A MESMA

  3. BG
    Tal o Pai, Tal o filho. O Povo Brasileiro em grande parte adora LADRÕES, no PARA NÃO É DIFERENTE.

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Judiciário

Celso de Mello autoriza mais 30 dias de prazo para conclusão do inquérito que apura se Bolsonaro interferiu na PF

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira a prorrogação por mais 30 dias do inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro tentou intervir de forma ilegal nas atividades da Polícia Federal. A apuração foi aberta a partir de acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O pedido de prorrogação foi feito pela Polícia Federal, com o objetivo de concluir diligências. Em parecer, o procurador-geral da República, Augusto Aras, concordou com a concessão de mais prazo para o inquérito.

Entre as diligências pendentes está o depoimento do próprio Bolsonaro, conforme pedido da Polícia Federal. O interrogatório, porém, ainda não foi autorizado por Celso de Mello. Os investigadores também querem mais prazo para aprofundar as apurações de que o presidente tentou intervir na superintendência da PF no Rio de Janeiro. Os investigadores também aguardam informações solicitadas sobre a troca na segurança pessoal de Bolsonaro e de seus familiares.

Aras pediu a instauração do inquérito ao Supremo em 28 de abril, com prazo inicial de dois meses para a conclusão das investigações. Embora o prazo ainda não tenha terminado, depois um mês, a Polícia Federal pediu mais 30 dias para concluir as investigações.

O Globo

Opinião dos leitores

    1. BG
      Novembro vem ai pra esse ministro ir lê maribondos de fogo do seu guru Sarney. Saulo Ramos foi quem disse a verdade sobre este senhor.

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Política

Bolsonaro diz que vazamento de dados é “intimidação” e que “medidas legais estão em andamento para que tais crimes não passem impunes”

Foto: Adriano Machado / REUTERS

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que o vazamento de dados pessoais seus é uma “medida de intimidação” e afirmou que “medidas legais estão em andamento para que tais crimes não passem impunes”. O Ministério da Justiça determinou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar o vazamento.

“Em clara medida de intimidação o movimento hacktivista ‘Anonymous Brasil’ divulgou, em conta do Twitter, dados do Presidente da República e familiares. Medidas legais estão em andamento, para que tais crimes, não passem impunes”, escreveu Bolsonaro em sua conta no Facebook.

Na noite de segunda-feira, hackers do grupo Anonymous Brasil publicaram endereços, CPFs, telefones e informações sobre imóveis de Bolsonaro e familiares. Também foram alvos da divulgação, feita pelo Twitter, os ministros Abraham Weintraub (Educação) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). O deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia (PSL), que teve computadores do gabinete apreendidos pela PF na operação relativa ao inquérito das fake news, também teve informações pessoais expostas.

Parte do que foi divulgado, como os dados imobiliários de Bolsonaro e dos filhos, já estava disponível publicamente nos sistemas da Justiça Eleitoral, que reúne informações de candidatos a cargos eletivos. Outras informações, como números de telefones, por exemplo, eram privadas.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. DE INTIMIDAÇÃO BOLSONARO E SEUS MIQUINHOS AMESTRADOS ENTENDEM. POIS FAZEM ISSO O TEMPO TODO COM QUEM ENTRAR NO CAMINHO DELES.
    VEJAM O EXEMPLO DA SARA WINTER E O EMPRESÁRIO QUE ATACOU O JORNALISTA.

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Política

Ministro André Mendonça pede para PF apurar vazamento de dados de Bolsonaro

Foto: Denio Simões/Valor

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pediu à Polícia Federal abertura de inquérito para investigar o vazamento de supostos dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros, empresário e políticos bolsonaristas.

O vazamento ocorreu na noite desta segunda-feira (1º) pelo grupo de hackers Anonymous Brasil.

Os hackers vazaram supostos dados cadastrais, como endereços e telefones pessoais e de vários contatos de familiares e outros, além de informações sobre suposto patrimônio dos atingidos.

Pouco depois da publicação, a rede social apagou as postagens. O Twitter também baniu o perfil do Anonymous Brasil, por violar as regras da empresa.

Entre as vitimas dos ataques do Anonymous estão o presidente, seus filhos (o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro); os ministros da Educação, Abraham Weintraub, a ministra da Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e o empresário Luciano Hang, apoiador do governo.

Douglas Garcia confirmou o vazamento de seus dados e acusou a ação criminosa dos hackers, em rede social. Ele disse que registrará boletim de ocorrência policial sobre a invasão.

Carlos Bolsonaro confirmou o vazamento de seu dados. Ele acusou, numa rede social, “a turma pró- democracia” pelo vazamento, sem apresentar provas.

Procurado, o Palácio do Planalto ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.

Em nota, o Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos disse que repudia o vazamento e que se trata de uma violação aos direitos fundamentais.

“Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos repudia a divulgação criminosa de dados, em clara violação aos direitos fundamentais à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem. A divergência de ideias jamais deveria ser justificativa para a prática de ação totalitária e antidemocrática como esta. Que os responsáveis sejam devidamente identificados e processados, nos termos da lei”, afirmou o ministério comandado por Damares Alves.

G1

Opinião dos leitores

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Polícia

PF deflagra 2ª fase da Operação Virus Infectio no Amapá; objetivo é investigar desvio de recursos para combate à covid-19

Foto: © Reuters/Sergio Moraes/Direitos Reservados

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (29) a 2ª Fase da Operação Virus Infectio, com o objetivo de desarticular organização criminosa por fraude em licitação e corrupção. As suspeitas são de que o grupo tenha desviado recursos públicos que seriam usados no enfrentamento do novo coronavírus (covid-19) no Amapá.

Cerca de 35 policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva na capital do estado, Macapá. Entre as ações previstas para a operação, que conta com a participação do Ministério Público Federal, está o afastamento de uma servidora da Secretaria de Saúde do estado, informou a PF.

Na primeira fase da Operação Infectio, deflagrada no fim de abril, mandados foram cumpridos em uma empresa de equipamentos hospitalares, bem como na residência de seus sócios, suspeitos de superfaturamento no processo de aquisição de equipamentos de proteção individual.

Na época, a PF informou que as suspeitas recaíam em, pelo menos, seis dos 15 itens comprados por meio de “contrato firmado pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá, por meio de dispensa de licitação”.

Também foram verificados “indícios de superfaturamento” em lotes de materiais de proteção hospitalar, mostrando variações de valores significativas, com destaque para as máscaras duplas e triplas que atingiram patamares de 814% e 535% de sobrepreço, respectivamente.

Segundo a PF, o valor pago foi de aproximadamente R$ 930 mil. “No entanto, o valor de referência seria de quase R$ 291 mil, o que mostra que foram gastos cerca de R$ 639 mil a mais em relação aos preços médios praticados no mercado nacional”, informou, na época, a Polícia Federal.

Em nota, a PF disse hoje que na primeira fase foram constatados indícios de pagamento de vantagens indevidas, por parte de empresário, a servidora da Secretaria de Saúde “com o fim de agilizar os trâmites burocráticos de liberação de notas de empenho”.

Também foram identificados pagamentos que ocorriam por meio de transferências feitas por pessoas jurídicas, de propriedade do empresário, a uma pessoa da família indicada pela servidora.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa, o que pode resultar em pena de até 20 anos de prisão.

Agência Brasil

 

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Polícia

PF apreende celular de secretário e faz buscas na prefeitura do Recife em investigação sobre compra de respiradores sem licitação; veja detalhes

Foto: Divulgação/PF

Uma operação da Polícia Federal que investiga a compra de respiradores pela prefeitura do Recife, através da Secretaria de Saúde, com dispensa de licitação, cumpriu mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (28). Entre outros locais, os policiais estiveram na sede prefeitura e na casa do secretário de Saúde da capital, Jaílson Correia, que teve o celular apreendido, segundo o assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro.

Esta foi a segunda fase da Operação Apneia, deflagrada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU).

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, na sede da empresa que vendeu os respiradores, e Pernambuco nesta quinta-feira (28). No Recife, os mandados foram para os bairros do Recife, onde fica a prefeitura, e do Espinheiro, onde mora o secretário de Saúde.

Segundo as investigações, empresas com débitos com a União superiores a R$ 9 milhões se utilizaram de uma microempresa “fantasma”, que estava no nome da ex-companheira do proprietário de fato. A PF constatou que a firma não existe em seu endereço de cadastro, além de não ter funcionários ou bens em seu nome.

O total contratado com a prefeitura de Recife ultrapassava o patamar de R$ 11 milhões, segundo a Polícia Federal. No entanto, a empresa tinha um capital social de apenas R$ 50 mil e não poderia faturar mais que R$ 360 mil por ano. Dos respiradores comprados, 35 foram entregues.

“Pelos dados que conseguimos identificar, [a empresa] não teria condições de dar suporte a esse contrato”, afirmou o delegado federal, Daniel Silvestre.

Em nota, a prefeitura do Recife apontou que os policiais federais estiveram na Secretaria de Saúde da capital, onde apreenderam um celular. A compra dos respiradores de uma empresa de São Paulo foi cancelada na sexta-feira (22). Cada respirador foi comprado a R$ 21,5 mil

“A referida compra foi cancelada pela Secretaria de Saúde e o único valor pago, de R$ 1,075 milhão, já foi devolvido pela empresa à Prefeitura, no último dia 22. Portanto, não há possibilidade de haver qualquer prejuízo à Prefeitura do Recife. Todos os procedimentos da Secretaria de Saúde estão sendo realizados dentro da legalidade e todos os processos de aquisição da pandemia estão sendo enviados, desde abril, por iniciativa da própria Prefeitura, ao Tribunal de Contas do Estado”, afirmou.

A prefeitura afirmou, ainda, que a Secretaria de Saúde e todos os órgãos “continuam à disposição dos órgãos de controle para prestar qualquer esclarecimento”.

Os secretários municipais também divulgaram nota em apoio ao titular de Saúde, Jaílson Correia, afirmando que o colega é referência “como ser humano e como gestor público”.

“Nós, secretários da Prefeitura [do Recife], vimos a público para prestar nosso irrestrito apoio e solidariedade ao colega Jaílson Correia. Médico e cientista que tem sua competência reconhecida pelos recifenses. Conhecemos sua seriedade e honestidade. Jaílson jamais cometeria uma ilegalidade. Seu trabalho e compromisso com o povo já salvou muitas vidas nessa pandemia”, disse o texto conjunto.

Primeira fase

A primeira fase da operação foi deflagrada em sigilo na segunda-feira (25), ocasião em que a PF constatou que, dos 35 respiradores devolvidos pela prefeitura para a empresa fornecedora, apenas 25 se encontravam no depósito localizado no Recife, tendo os demais sido comercializados.

“Descobriu-se que [os respiradores devolvidos] estava em um depósito no bairro de Casa Forte, aqui no Recife. Contudo, esse depósito pertence a outra empresa, que provavelmente foi contratada pela fornecedora”, disse Silvestre.

Há indícios de que um dos aparelhos tenha sido adquirido por uma prefeitura do interior do estado pelo triplo do valor que constava no contrato com a Prefeitura de Recife. A Justiça Federal determinou que os respiradores encontrados pela PF não sejam comercializados ou transportados para outras localidades até a realização das auditorias pertinentes.

O MPF apontou que inciou a investigação após a representação do Ministério Público de Contas (MPCO), feita pelo procurador Cristiano Pimentel, e que vai analisar as possíveis evidências colhidas para dar sequência à investigação dos aspectos criminais referentes ao caso.

Caso se comprovem as irregularidades, os envolvidos podem responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação, uso de documento falso, sonegação fiscal e previdenciária, bem como por associação criminosa e peculato.

Respiradores sem utilização

Na nota, a PF apontou que chamou a atenção o fato de que os respiradores que haviam sido comprados pela prefeitura do Recife não foram utilizados. Eles estavam parados há uma semana, “mesmo com a notória demanda pela utilização desse equipamento, e diante de uma verdadeira corrida por bens dessa natureza”.

Na ocasião, a Secretaria de Saúde afirmou que a fornecedora não comprovou a homologação da Anvisa e, com isso, os equipamentos não podiam ser usados, segundo os investigadores.

“Ao mesmo tempo, em conta de rede social do proprietário da fabricante dos respiradores, observou-se que os aparelhos, ao menos até o início do mês de maio do presente ano (quando já haviam sido entregues unidades à PCR), teriam sido testados somente em animais”, disse a PF.

Pedido de explicação

Na sexta-feira (22), a PF solicitou que a prefeitura apresentasse documentos sobre dispensa de licitação para a compra de máscaras cirúrgicas, toucas, aventais descartáveis e camas hospitalares para as ações contra o novo coronavírus. Segundo a corporação, a administração municipal assinou contratos, de mais de R$ 15 milhões, com a empresa Delta Med.

A PF informou, na sexta, que estava atuando no caso por causa de uso de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) na aquisição dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Uma equipe da corporação esteve na sede da prefeitura, no Cais do Apolo, no Centro, para entregar o ofício com a solicitação.

Covid-19 em Pernambuco

Mais 794 casos e 98 óbitos devido à Covid-19 foram confirmados em Pernambuco nesta quinta-feira (28). Com isso, o estado passou a ter 30.713 confirmações e 2.566 mortes por essa doença causada pelo novo coronavírus. Esses números são contabilizados desde o início da pandemia, em março.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Duas coisas que a esquerda sabe fazer com precisão: falar mal do Bolsonaro e roubar recursos públicos

    1. Tá certo véio, mas falar mal das atitudes e crimes de Bolsonauro não é exclusividade da esquerda e sim das pessoas decentes.

  2. Enquanto governantes desviam verbas que seriam usadas no combate à pandemia, vc´s ficam indignados com as falas do PR…Vão se f…vagabundos…PF nesses assassinos genocidas que roubam o dinheiro da saúde nesse momento…

    1. Quem fala, o presidente até parece que esta fazendo algo útil nessa pandemia. Sou contra o roubo, se estiverem roubando, que prendam, assim como o presidente e seus filhos. Se dependesse de Bolsonaro, o caso estaria instalado, pois, ele queria aglomeração.

    2. Quem for podre que se quebre, seja lá quem for. E quem não tem nada a esconder também não deveria ter nada a temer, simples assim.

    3. Calma ivan, vai chegar nele, é só aguardar um pouco, essa quadrilha familiar cai na arapuca. Por enquanto só alguns atos estarrecedor como compra de estejra por 44 mil reais, enquanto a população morre de covid sem assistência hospitalar. Mas pelo jeito você acha normal, né?

    4. Se o tempo que a Globo dedica a falar mal de Bolsonaro fosse usado para conscientizar a população, talvez a pandemia já tivesse passado.

    5. E sua indignação contra rachadinhas, Val do Açaí, superfaturamento de notas fiscais de gasolina, Queiroz e etc está onde?

    6. Amigão, uma coisa não inviabiliza a outra! Você pode se indignar com a roubalheira de políticos e com as idiotices e arroubos autoritários do presidente, não é jogo de futebol!

    7. Desvio de dinheiro público é horrível, em tempos de pandemia é execrável, as penas deveriam ser aumentadas, se é que alguém será condenado por isso (não duvido de nada). No entanto, o discurso do presidente é chulo, provocador, preconceituoso, inoportuno, politica e gramaticalmente incorreto, inconsistente e abominável sob todos os aspectos, principalmente nesse momento de crise quando ele e seus ministros deveriam estar TRABALHANDO.

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Judiciário

Ministro da Justiça vê ‘atentado à democracia’ em operação da PF

Foto: Edu Andrade/Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, divulgou uma nota nesta quarta-feira (27) para dizer que a operação da PF (Polícia Federal) deflagrada para cumprir 29 mandados no inquérito das fake news fere a democracia. Entre os alvos da operação estão deputados ligados ao presidente Jair Bolsonaro.

Na avaliação de Mendonça, os parlamentares têm garantia “a ampla imunidade por suas opiniões, palavras e votos”. “Intimidar ou tentar cercear esses direitos é um atentado à própria democracia”, avaliou o ministro sobre o inquérito que investiga ameaças e difamação contra os ministros do Supremo e suas famílias.

“Vivemos em um Estado Democrático de Direito. É democrático porque todo o poder emana do povo. E a este povo é garantido o inalienável direito de criticar seus representantes e instituições de quaisquer dos Poderes”, escreveu Mendonça.

Mendonça ressalta ainda que “as diligências realizadas pela Polícia Federal nesses casos se dão no estrito cumprimento de ordem judicial” e defende que “que todas as investigações sejam submetidas às regras do Estado Democrático de Direito, sem que sejam violados pilares fundamentais e irrenunciáveis da democracia.”

Leia a íntegra da nota:

“Diante dos fatos relacionados ao Inquérito 4.781, em curso no Supremo Tribunal Federal, pontuo que:

1. Vivemos em um Estado Democrático de Direito. É democrático porque todo o poder emana do povo. E a este povo é garantido o inalienável direito de criticar seus representantes e instituições de quaisquer dos Poderes. Além disso, aos parlamentares é garantida a ampla imunidade por suas opiniões, palavras e votos.

2. Intimidar ou tentar cercear esses direitos é um atentado à própria democracia.

3. De outra parte, esclareço que, em 2019, enquanto Advogado-geral da União, por dever de ofício imposto pela Constituição, defendi a constitucionalidade do ato do Poder Judiciário. Em nenhum momento, me manifestei quanto ao mérito da investigação e jamais tive acesso ao seu conteúdo.

4. Da mesma forma, as diligências realizadas pela Polícia Federal nesses casos se dão no estrito cumprimento de ordem judicial.

5. Assim, na qualidade de Ministro da Justiça e Segurança Pública, defendo que todas as investigações sejam submetidas às regras do Estado Democrático de Direito, sem que sejam violados pilares fundamentais e irrenunciáveis da democracia.

Brasília, 27 de maio de 2020.

André Luiz de Almeida Mendonça
Ministro da Justiça e Segurança Pública”

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Atentado a democracia, é uma reunião presidencial, onde se expõe , claramente agravos ao STF, onde passa boiada, quando uma ministra passa colocações sobre prender governadores, que lutam contra a " gripezinha", onde o presidente chama eleitores de bostinha e por aí vai.. Isso atenta contra a democracia. Sem falar no gabinete do ódio.

  2. Quando atinge gente do Bozo é contra, quando atinge os contrários ao Bozo é a favor. Acho que ele deveria ficar é calado pra não passar vergonha e deixar a PF trabalhar em paz.

  3. O Gado Minion, está desorientado, ontem aplaudiu a PF e a Justiça hoje crítica, está é a diferença entre o Gado Minion e seres humanos.

  4. O presidente cobrou que seus ministros fizessem a sua defesa. Rapadura é doce, mas num é mole não.

    Moro caiu fora logo!

  5. Foi só sair da AGU e virar MJ que o terrivelmente evangélico mudou de opinião. Acho que a crítica é facultada a qualquer um mas ameaças com uso da força merecem mesmo investigação e enquadramento.

  6. Quando as ações eram contra Dilma e Lula tudo era muito legal. Se for contra Witzel e Dória também é muito legal. Por favor alguém dá notícia de Queiroz???

  7. Oxe!! Mudou de ideia? Amo passado quando foi aberto o processo contra a revista Crusoé ele não se manifestou contra. Agora que pegaram a turma dos Bolsominions ele ficou contra?

    1. Exatamente, e é por isso mesmo que certas instituições do País JAMAIS podem ser aparelhadas, para não correrem o risco de serem utilizadas por grupos políticos criminosos.

    2. Carluxo concordo plenamente com vc amigo, Carlúcio desculpe ai o trocadilho kkkkkkkkkkkkkk.

    3. Pau que bate em Chico bate em Francisco. Que a PF investigue todos.

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Política

Datafolha: para 61%, Bolsonaro quis agir na PF

Pesquisa Datafolha publicada pelo site do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 61% dos brasileiros que assistiram ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril acreditam que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.

O instituto ouviu 2.069 adultos por telefone celular na segunda (25) e nesta terça (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais. Tiveram acesso ao vídeo ou a seu conteúdo 55% dos brasileiros, segundo a pesquisa.

O Datafolha perguntou:

Acredita mais na versão de que Bolsonaro quis interferir na PF ou que o presidente quis melhorar sua segurança pessoal?

Jair Bolsonaro quis usar seu cargo para interferir na PF: 61%
Bolsonaro quis apenas melhorar sua segurança pessoal: 32%
Outras respostas: 3%
Não sabe: 3%

Jair Bolsonaro quis usar seu cargo para interferir na PF:

70% entre quem tem de 16 a 24 anos
67% entre mulheres
69% entre funcionários públicos
65% entre moradores do Nordeste

Bolsonaro quis apenas melhorar sua segurança pessoal:

37% entre homens
36% entre quem tem ensino fundamental
53% entre assalariados sem registro
36% entre moradores do Centro-Oeste/Norte

Bolsonaro X Moro

O instituto perguntou sobre quem fala mais a verdade na troca de acusações entre Bolsonaro e Moro. As respostas:

Sergio Moro: 54%
Jair Bolsonaro: 27%
Não sabe: 10%
Nenhum dos dois: 7%
Os dois: 2%

Bolsonaro fala mais a verdade:

32% entre homens
39% entre quem ganha mais de 10 salários mínimos
44% entre empresários
31% entre moradores do Centro-Oeste/Norte

Moro fala mais a verdade:

63% entre quem tem de 16 a 24 anos
56% entre quem ganha até dois salários mínimos
65% entre desempregados
55% entre moradores do Nordeste

Palavras usadas na reunião

O Datafolha perguntou a opinião sobre as palavras usadas pelo presidente na reunião ministerial. Entre os que viram ou ouviram a gravação:

Muito inadequadas: 61%
Um pouco inadequadas: 15%
Muito adequadas: 11%
Um pouco adequadas: 8%
Outros: 5%

Muito adequadas:

15% entre homens
19% entre quem ganha mais de 10 salários mínimos
23% entre empresários
14% entre moradores do Centro-Oeste/Norte

Muito inadequadas:

68% entre mulheres
65% entre quem tem ensino superior
83% entre estudantes
64% entre moradores do Sudeste

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Nenhum dos comentaristas pelo jeito não conhece matemática… Até agora aqui nos comentários 100% Bolsonaro. O que dizer dessas pesquisas?????

  2. Tem palco pra tudo. O Presidente foi infeliz no palavreado chulo, foi mais que claro quando afirmou que faria intervenção nos ministérios. Mas o grande fora dele foi perder o Íntegro Ministro Sérgio Moro.

  3. Essa databolha é hilária, vão arranjar uma lavagem de roupa, façam uma pesquisa com a seguinte pergunta: quem acredita nas pesquisas do datafolha? zero zero zero zero zero%

  4. Enquanto isso no DataFolha…
    "Bom dia equipe, já que hoje estamos sem fazer nada, vamos sair ai perguntando as pessoas se elas acham que Bolsonaro quis interferir na PF, vamos lá, equipe, produtividade geral!

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Diversos

VÍDEO – Alvo da PF em inquérito das Fake News, humorista se revolta com Alexandre de Moraes, fala em tentativa de coagi-lo, e diz que “não foi advogado do PCC”

“A Polícia Federal esteve agora na minha casa! Por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes! Querem me calar? Não sou o Lula e não tenho medo de policiais, sou homem honesto e Íntegro. Espalhem esse vídeo para todos!”. Essas foram as palavras do humorista Reynaldo Bianchi, um dos alvos da operação da Polícia Federal desta quarta-feira (27) no inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em vídeo, o apoiador do governo dirigiu as suas palavras ao ministro Alexandre de Moraes:

“Não sou vítima de nada. Pagador de impostos, não fui indicado por ninguém. Agora o STF vem investigar a minha vida. Qual vida que deveria ser investigada? Eu não fui advogado do PCC”, disse.

Em outra mensagem publicada na mesma rede, ele afirmou que a operação era uma tentativa de coagi-lo.“Sou honrado, íntegro e a Verdade está ao meu lado”, escreveu no Twitter.

https://www.youtube.com/watch?v=mpJY_j2uaEA&feature=youtu.be

Opinião dos leitores

  1. Parabéns Alexandre de Moraes. Rapidinho tornaram-se inocentes. STF, como deve fazer, agindo como ultima trincheira do povo. Minha solidariedade ao STF.

  2. Alguns ministros do STF estão abusando da autoridade, estão judicializando em causa própria, está na hora das forças armadas mandarem um recado mais eloquente, pois a justiça tem ser feita com critérios e sem perseguição seja lá de quem ou para quem.

  3. Tem a q aparecer um salvador da pátria, exterminar essa classe. Matar mesmo, porque a injustiça q essa justiça brasileira vem fazendo está acabando com a ótica da coerência. Como dizem por aí, essa cabeça de p*** nunca parou pra ver o que ele já fez antes de estar dando canetada agora.

  4. Como acreditar em uma corte que tem um advogado que defendeu o PCC?? Esse corpo do supre o de hje e uma vergonha estamos vivendo uma ditadura do judiciário pois eles não prestam contas a ninguém!!

  5. Esse Alexandre de Moraes está sapateando sobre o povo e a constituição Brasileira. Herança maldita!!!!

  6. Esse palhaço ainda se acha na razão , está certo o STF, tem que tomar algumas medidas contra esses bandido.

  7. É só nao cometer crime, não caluniar, não difamar, que a PF não vai pô! Acabou! E daí? Tem mais é que se fuder, pô!

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Diversos

‘Jamais patrocinei fake news’, diz empresário Luciano Hang sobre operação da PF

Foto: Reprodução/Facebook

O empresário Luciano Hang afirmou nesta quarta-feira (27), em live no Facebook, que nunca patrocinou fake news.

“Jamais patrocinei fake news. O que é? Fazer algo certo e transformar em errada. Queremos falar a verdade. Às vezes, tem um fato e varias versões. Eu sempre coloco a minha versão. Sempre produzimos conteúdo nas nossas redes sociais para os nossos fãs em todo o Brasil”, afirmou Hang.

O empresário é um dos alvos da operação da PF (Polícia Federal) desta quarta no âmbito do inquérito das fake news, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Hang afirmou que os ministros do STF estão no direito de investigar, mas que autoridades não vão encontrar regularidades em seus pertences apreendidos.

“Acho que [os ministros do STF] estão no direito deles, de irem atrás se tem a veracidade ou não, se alguém fez alguma coisa ou não contra os membros ou contra a alta Corte. Mas muita transparência. Meu celular e meu computador vão provar que jamais que fiz algo contra os seus membros e a Corte. É por isso que eu uso tanto as redes sociais, temos milhões de pessoas nos seguindo, para termos uma voz para todos os brasileiros”, disse Hang.

O empresário afirma que jamais atentou contra um ministro ou contra o Supremo. De acordo com Hang, “tudo o que eu penso eu coloco nas minhas redes sociais e jamais atentei contra um ministro ou o STF. E isso estará provado no meu computador e no meu celular”.

R7

Opinião dos leitores

  1. O BRASIL TEM EMPRESARIOS E EMPRESARIOS, IMAGINE ESSA FIGURA GROTESCA COMPARTILHANDO AS AULAS DE ETICA E DE FRATERNIDADE DA SENHORA LUIZA TRAJANO DONA DO MAGAZINE LUIZA

  2. Quando será que a esquerda vai aceitar a derrota nas urnas? Não fiquem inventando essas situações pra mudar o foco, o Brasil precisa de trabalho, não de retóricas descabidas, inclusive com o aval do STF, meu Deus onde vamos parar?

    1. Concordo plenamente com você : O Brasil precisa de trabalho.
      A questão é que quem deveria dar o exemplo, promovendo a união entre os brasileiros e "trabalhando de fato", é quem mais promove desunião, ódio e intrigas, deixando de trabalhar para se ocupar com coisas menores.

  3. Não se pode confundir liberdade de expressão com propagação de mentiras. Calúnia, injúria, difamação podem e devem ter consequências. Quanto à sonegação de impostos, é público e notório que os grandes devedores de impostos no país são os grandes empresários. Fiquemos bem atentos, analisando o que está acontecendo no país. O voto tem muitas consequências.

    1. Vc quer dizer, mentir?
      Embora para quem adora um mentiroso, isdo se torna o normal.

  4. O cara se defende de acusação de fake news com uma mentira. Típico dos apoiadores dessa organização criminosa que assumiu o país.

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Judiciário

‘Inquérito político e ideológico’, diz Carlos Bolsonaro após operação da PF, em que não foi alvo

Foto: Dida Sampaio / AE

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) se manifestou logo após a operação da Polícia Federal deflagrada na manhã de hoje para cumprir 29 mandados de busca e apreensão no inquérito das fake news que investiga ataques a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Carlos criticou o inquérito e a investigação.

“O que está acontecendo é algo que qualquer um desconfie que seja proposital. Querem incentivar rachaduras diante de inquérito inconstitucional, político e ideológico sobre o pretexto de uma palavra politicamente correta? Você que ri disso não entendo o quão em perigo está!”, escreveu o vereador carioca no Twitter.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Incrível como o STF deixa de trabalhar em seus longos processos que alguns a décadas esperam ser apreciados……mais o desvio de suas funções para fazer política e um nojo…..vão trabalhar….bando de abutres….

  2. Jogaram a carapuça pra cima, igual a um bouquet de flores, ele tratou de pegá-la e vesti-la imediatamente. Como diria um famoso comediante… 'Aí mente'…

  3. O manicômio amanheceu fervendo hoje! Adeus investimentos estrangeiros nesse país de milicianos e loucos!

  4. Ontem o Presidende Bostanaro elogiou PF contra Witzel, será q hoje o presidente vai continuar elogiando?

    1. Mostra o quão você desconhece como realmente funcionam os processos. No caso do RJ, a polícia federal abriu inquérito por indícios, investigou o caso e requisitou diligências e medidas juntamente como o MP. Essas, por sua vez, foram aceitas e determinadas pelo poder judiciário. Veja se encontram os mesmos elementos no caso das fake news, conforme determina nosso ordenamento jurídico.

  5. Isso é tudo fake do gabinete do amor. A culpa é de Lula e do PT. Tá ok??? O que importa é que Queiroz é inocente.

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Polícia

PF apreende celulares e computadores de bolsonaristas

O blog de Allan dos Santos soltou uma nota dizendo que a PF, no inquérito das Fake News, apreendeu seus celulares e computadores.

A nota acrescenta que “Allan dos Santos está incomunicável”.

O Antagonista

 

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