A Microsoft desenvolveu uma rede social para conectar professores de todo o mundo. A PIL Network (sigla em inglês para Rede de Parceiros na Aprendizagem), que surgiu como projeto da empresa em 2003, hoje conta com mais de quatro milhões de usuários em 119 países.
Segundo o diretor de educação da Microsoft, Emílio Munaro, a meta é dobrar o número de perfis na rede até 2014. “A PIL é um espaço colaborativo, onde professores podem trocar ideias e compartilhar experiências”, diz. “O objetivo é falar de educação como um todo, do comportamento de alunos em sala de aula a questões sobre tecnologia no ensino.”
De acordo com uma pesquisa realizada pela Microsoft, o Brasil está entre os 15 países que mais participam da rede. Para o professor Jorge Cesar Coelho, cadastrado no site há um ano, essa grande participação se justifica pela facilidade de uso das ferramentas da PIL.
“Eu conheço outras redes que oferecem conteúdo educacional, mas geralmente é muito fraco. Elas têm apresentações de PowerPoint e só. Na PIL há mais recursos, que, embora sofisticados, são muito simples de usar”, comenta o professor, que mantém um grupo de discussão com colegas de Índia, Estados Unidos, Arábia Saudita e Taiwan graças às ferramentas de tradução da rede.
Além de converter textos para 36 idiomas diferentes, a PIL apresenta vídeos tutoriais que ensinam como customizar videogames para fins didáticos ou como criar uma rádio digital para ouvir notícias da época de Pedro Álvares Cabral, por exemplo. “Hoje em dia é preciso estimular o aluno, criar jogos para ele passar de fase, usar a tecnologia de forma mais dinâmica”, diz Coelho.
Embora seja destinada a professores, a PIL, assim como outras redes sociais, não está imune a perfis falsos. De acordo com o diretor de educação da Microsoft, existe uma equipe da empresa responsável por fiscalizar os conteúdos publicados na rede, mas não há como comprovar se determinada conta é mantida por um educador de verdade.
Entretanto, segundo o professor Coelho, é possível desconfiar dos perfis fakes. “Quando cadastramos nosso perfil no site, geralmente o atrelamos ao perfil de uma unidade escolar. Se uma pessoa não identifica o lugar onde trabalha, já é considerada suspeita”, diz. “Existe uma espécie de autorregulação, mais ou menos como acontece na Wikipedia”.
* Com informações da Folha
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