Saúde

Médicos se dizem no escuro sobre CoronaVac e criticam plano sem aprovação

Foto:  Divulgação/Governo de São Paulo

Ainda com questões sem respostas sobre as vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a covid-19, médicos têm criticado a politização em torno do possível medicamento no Brasil, dizem que atualmente estamos “no escuro” com relação ao plano de vacinação apresentado pelo governador João Doria (PSDB), em São Paulo, e afirmam que a guerra pelo imunizante é “absurda”.

O Instituto Butantan anunciou ontem que decidiu atrasar a divulgação dos resultados preliminares de eficácia da vacina CoronaVac. A ideia agora é submeter à Anvisa, em até dez dias, os dados da análise final da fase 3 do estudo. A CoronaVac é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida em parceria com o Butantan.

Na noite de ontem, o biólogo Fernando Reinach, PHD em biologia celular e molecular pela Cornell University, publicou no jornal “O Estado de S. Paulo” um artigo citando hipóteses sobre o que, segundo ele, pode estar por trás do adiamento da divulgação dos resultados. Reinach cogita um problema nos testes, um resultado ruim na eficácia do imunizante ou até jogo político.

Em nota, o Instituto Butantan criticou duramente o artigo do biólogo (leia mais abaixo). Após a publicação do artigo, a comunidade científica debateu hoje as dúvidas por trás da CoronaVac e a definição de data imposta por Doria para o início da vacinação com um imunizante ainda não aprovado.

Ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto diz que o Butantan poderia ter divulgado dados preliminares sobre os estudos, mas avalia que isso não interessava ao instituto.

“Remotamente, pode acontecer alguma coisa que a gente não está sabendo. Mas acho que não está acontecendo nada, senão, a gente estaria sabendo. Fase 1, fase 2 não aconteceu nada”, disse. “É só jogo de cena.”

Para ele, “estamos vendo um jogo político entre o presidente e o governador do estado”. “E ganha quem conseguir manter o sangue frio. Pelo visto, [Jair] Bolsonaro não está dando bola para nada disso. Está nem aí. O governador do estado está jogando lenha na fogueira e deixando a coisa esquentar.”

Gonzalo Vecina Neto afirma acreditar que a mudança de data para a divulgação de dados sobre a fase 3 do estudo da CoronaVac tem motivação política e pode servir para aumentar a pressão sobre o governo federal.

“Acho que é o uso político. Está aumentando a tensão com Bolsonaro”, diz. “O Butantan sempre vai poder dizer que os dados não estavam prontos. E agora que o Butantan vai jogar os dados para cima da Anvisa, vai querer que a Anvisa aprove em segundos. E aí a pressão política vai ser muito maior”, afirma.

Fernando Aith, professor titular da faculdade de Saúde Pública da USP, concorda que há uma politização sobre as vacinas no Brasil, sobretudo em São Paulo, sob a gestão Doria.

“Os políticos perceberam que a comunidade está exausta, doida por uma solução mágica, de outro lado há interesses políticos e econômicos evidentes pressionando para essa solução mágica chegar, ser vendida para a sociedade, e ter um dono”, diz.

A CoronaVac, especificamente, se encontra nesse cenário: ela não está registrada em lugar nenhum. Então, é uma irresponsabilidade do Doria ficar anunciando que vai começar a vacinação, porque não há registro em nenhum lugar (Fernando Aith, professor da USP).

Ainda segundo Aith, o risco que se corre com as vacinas em produção, no entanto, não é de gerar mortes, mas não ter a imunização que se previa.

“Não é um risco tão grave [a vacina não imunizar], a não ser que seja a única política pública que a gente vai apostar. Por isso, é dito para manter isolamento, uso de máscara, fechamento de comércios não essenciais até que esses dados sejam publicados de forma convincente e que se tenha uma imunização que gere imunidade comunitária”, diz.

Estamos no escuro em termos de evidências científicas [sobre as vacinas] e existem alguns fatores que estão nos pressionando a aceitar algumas coisas que não aceitaríamos em período normal (Fernando Aith, professor da USP)

O infectologista Plinio Trabasso, médico da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), concorda.

“Acho que o mais provável é que a eficácia seja inferior àquela que está sendo esperada. E que eles estão vendo alguma maneira de divulgar que não seja tão negativa”, diz, lembrando, porém, que não há informações para embasar sua opinião.

“Seria leviano dar qualquer tipo de opinião, mas, na lógica, o mais provável é que não conseguiram atingir a eficácia que se esperaria.”

Para ele, Doria errou ao fazer a divulgação de um plano estadual de vacinação sem ter um imunizante já aprovado.

Não é normal. É até meio errado você dizer que vai fazer um plano de vacinação sendo que não tem vacina disponível (Plinio Trabasso, infectologista da Unicamp)

“Tem uma certa tentativa de influenciar a opinião popular. Não sei se é uma questão para tranquilizar as pessoas ou não.” Trabasso defende que a vacinação obedeça a um plano nacional.

“O entristecedor no nosso país é a gente ver a utilização de uma maneira não séria, de uma maneira política, de todas essas nuances, incertezas em relação às vacinas”, diz. “Sempre que você tem aspectos políticos, de politicagem, de abuso da política nas tomadas de decisão, isso é sempre nefasto. Critérios técnicos têm que prevalecer.”

Ainda segundo ele, “essa guerra é absurda”. “Ficar dependendo desse jogo político para tomada de decisão de um plano nacional de imunização. É revoltante”, comentou.

Joana D’arc Gonçalves, infectologista que atua em Brasília, acrescenta que “estabelecer o melhor plano de imunização, qual vacina selecionar é uma árdua missão. Contudo, no Brasil, a associação com o Butantan trouxe alívio e mais confiabilidade”.

Para ela, no Brasil, “temos alguns atropelos hierárquicos e a politização exagerada e desnecessária do tema. Nesse momento, deve-se concentrar forças na análise da melhor vacina e a mais acessível ao país. Executar o plano nacional de imunização é uma tarefa extremamente desafiadora diante dos obstáculos ideológicos e financeiros. Serenidade e sobriedade é o precisamos agora”.

Butantan critica biólogo

Por meio de nota, o Instituto Butantan afirma que “beiram a irresponsabilidade o acinte e a falta de qualquer embasamento o artigo do colunista Fernando Reinach ‘Podemos contar com a Coronavac'” publicado no Estadão. “Por meio de ilações e hipóteses absolutamente infundadas, o missivista ataca o Instituto Butantan, uma instituição que acumula 120 anos de história e serviços em favor da vida”, diz.

“O Instituto Butantan tem trabalhado incansavelmente, desde junho deste ano, para desenvolver e realizar testes clínicos de fase 3 em humanos, tendo atingido um contingente de 12,4 mil voluntários, profissionais da área da saúde, que receberam a vacina e o placebo.

Os resultados até aqui já comprovaram que a vacina é segura, não tendo sido registrado nenhum adverso grave dentre os que receberam as doses. Isso por si só é um grande avanço”, afirma o Instituto.

Ainda segundo o Butantan, “o adiamento em cerca de uma semana da entrega dos resultados de segurança e eficiência foi uma decisão estratégica que atende a uma recomendação do comitê internacional independente que acompanha a pesquisa desenvolvida em parceria entre o Butantan e a biofarmacêutica Sinovac Biotech”.

Assim, de acordo com o instituto, poderá ser entregue um estudo conclusivo — e não preliminar como o previsto anteriormente para o dia 15 de dezembro, o que possibilitará o envio, à Anvisa e à National Medical Products Administration, da China, do pedido de registro definitivo da vacina. “Isso facilitará e agilizará o processo de registro, e não ao contrário”, diz.

Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde não se manifestou sobre as críticas dos médicos entrevistados até a publicação deste texto.

UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Não se preocupem. Quem vai aplicar a vacina são os enferneiros(as) e técnicos(as) de enfermagem, alguns médicos(as) continuarão receitando Ivermectina.

  2. Alguém avise ao MPF e STF que os comentarista do Blog do BG e a esquerdalha já revisaram os dados e deram o aval para a CoronaVac da China. kkkkkkkkkk

    1. Checado , revisado , auditado é contabilizado . Só não conseguimos ainda fazer Tonho aceitar . Mas é só uma questão de tempo .

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Diversos

Governo planeja privatização de Correios, Eletrobras e mais sete estatais em 2021

“A empresa tem uma receita importante, mas tem uma despesa muito elevada também, então sobra pouco recurso para reinvestir”, diz Martha Seillier a VEJA – //Reprodução

Depois da promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, há três semanas, de privatizar quatro estatais em 90 dias, o projeto de desestatizações do governo divulgado para 2021 parece mais realista, e menos ambicioso. O ministério projeta a venda de nove estatais no ano que vem. São elas: Correios, Eletrobras, Emgea, Ceasaminas, ABGF, CBTU, Nuclep, Trensurb e Codesa. A agenda foi apresentada em reunião do Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos, o PPI, nesta quarta-feira. O andamento da agenda é fundamental para que o país imprima um ritmo de recuperação econômica forte, passado o pior momento da crise da Covid-19. A secretária do PPI, Martha Seillier, ainda garantiu que a modelagem para a extinção da empresa Ceitec, responsável pela montagem de chips, está nos ajustes finais para ser enviada para o presidente Jair Bolsonaro. Os dois grandes ativos da lista, Eletrobras e Correios, são, consequentemente, os mais desafiadores de escoar pelo Congresso Nacional. Um dos principais entraves para a venda da estatal de energia é, historicamente, a bancada do Norte no Senado, capitaneada pelo MDB. O governo costura alternativas para convencer os senadores a dar andamento ao projeto de desestatização.

O apagão no Amapá, de acordo com a secretária Martha, apenas reforça a necessidade de privatização da Eletrobras. “A empresa tem dificuldades de realizar investimentos, por ser controlada pela União. O objetivo é tornar essa gigante ainda maior, para que ela volte a participar dos leilões. Não abriremos mão desses objetivos. Esse projeto, aprovado, garante mais investimentos para a região Norte”, disse ela depois da reunião desta quarta-feira, 2.

“O objetivo é o governo deixar de ser o controlador da estatal. Enquanto o governo controla a empresa em termos de ações, isso significa que ela está sujeita a regras públicas de contratação, de investimento, e isso diminui a própria capacidade de se fazê-los e de participar de novos leilões de geração e de transmissão”, afirmou Martha, em entrevista a VEJA. “O governo continuaria sendo sócio da Eletrobras, mas, com a capitalização, deixaria de ser o controlador, passando a ter posição minoritária”. Segundo o secretário de Desestatização, Diogo Mac Cord, o governo espera atrair até 60 bilhões de reais em investimentos com a venda da empresa.

No caso dos Correios, o principal entrave envolve o chamado princípio da universalização, que exige constitucionalmente que a empresa esteja presente em todos os rincões do país. A pressão do funcionalismo em uma companhia extremamente sindicalizada (e com influência entre os congressistas) também dificulta o avanço da privatização. “A empresa tem uma receita importante, mas com uma despesa muito elevada também, então sobra pouco recurso para reinvestir”, disse Martha à reportagem. “Temos visto que o setor está cada vez mais intensivo em tecnologia. Cada vez mais essas empresas que concorrem com os Correios na parte de encomendas estão investindo em plataformas digitais, diversificando a prestação de serviços e conseguindo, com isso, baratear o custo do serviço. A estatal, no entanto, não consegue acompanhar a celeridade e a eficiência de uma empresa privada, que pode tomar suas decisões com velocidade, que não precisa estar licitando todos os contratos ou dependendo de recursos públicos”, afirma ela.

“Existem muitas vantagens em passar esse serviço para a iniciativa privada. Mas, por outro lado, vai exigir alguma regulação, nos contratos de prestação de serviço com o estado, para garantir que esses serviços continuem sendo prestados. Ou seja, para que pessoas que estejam no interior do país, em regiões de difícil acesso, consigam continuar recebendo não só as encomendas, mas os serviços essenciais que os Correios entregam”, diz Martha. “Não são só compras particulares, interesses particulares, que estão em jogo.” De acordo com o cronograma oficial, o Ministério da Economia deseja encerrar o processo de concessão da estatal no quarto semestre do ano que vem.

Além de manter diálogo com o Congresso, algo que por vezes chega a ser exaustivo, a secretária Martha admite que há alguns desafios na carteira, como o caso de estatais deficitárias. Um dos possíveis entraves apontados por ela é a privatização das empresas de mobilidade interurbanas, como CBTU e Trensurb, duas das companhias na mira do programa de desestatização. “São empresas que demandam aportes relevantes do Tesouro Nacional. Isso faz com que elas não parem de pé sozinhas. Elas são dependentes do dinheiro público, porque as tarifas cobradas no transporte são baixas perante à necessidade de investimentos que demandam”, diz ela, que admite o estudo de participação societária de grupos que utilizam os terminais de trens para dar vazão à desestatização de CBTU e Trensurb.

Outro caso delicado, por outro motivo, é o das empresas de dados públicos, como Dataprev e Serpro. Por lidarem com informações confidenciais do contribuinte, podem ser alvo de interesses escusos por parte das postulantes no certame. Martha, porém, diz que a segurança dos dados será levada em consideração no processo de escolha. “Nós temos apontado todas essas questões relativas à segurança dos dados e das informações. A ideia não é vender por vender. Queremos melhorar a prestação de serviço, tornando essas empresas mais eficientes”, afirma.

Planos para desestatizar

O presidente Jair Bolsonaro participou da reunião do conselho nesta quarta-feira. A ele, foram apresentados os 116 ativos que o governo espera leiloar durante o ano que vem. Além das empresas, o governo espera dar continuidade à concessão de aeroportos, portos, ferrovias e rodovias. O Ministério da Economia já tinha listado 126 projetos no PPI — com as inclusões, são 201 projetos previstos até o fim da gestão Bolsonaro. O governo espera arrecadar 367 bilhões de reais em concessões e privatizações no ano que vem. Além das empresas, entre os ativos estão o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, o Porto de Suape, em Pernambuco, e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, a Fiol, no trecho entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. “A gente teve uma onda relevante de privatizações na década de 90 e depois pouco se avançou nessa agenda, então tem mais preconceito e mais desconhecimento e é natural que isso implique em mais ruído”, afirma a secretária. “Mas os processos de privatizações estão avançando”. Que assim seja.

Veja

Opinião dos leitores

  1. "Podemos conversar sobre privatização do setor de distribuição de eletricidade, mas não dos de geração. Eu sou favorável à privatização de muitas coisas no Brasil, mas a questão energética não."
    Jair, 10 de outubro de 2018.

  2. e aqui no RN falta a CAERN, estatal com péssimo atendimento e serviço, faz mais buraco do que concerta cano, sistema de distribuição ultrapassado, valor altíssimo pelo desserviço que faz. #privatizacaern

  3. Os Correios brasileiro foi uma das empresas mais respeitadas no mundo. Os petralhas conseguiram acabar com ela. Privatização já!!

    1. Boa tarde. CHEGARÃO antes do vencimento. Vamos respeitar a nossa lingua portuguesa.

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Saúde

Governo apresenta nesta terça versão preliminar de plano de vacinação contra Covid-19

Foto: JUSTIN TALLIS / AFP

O governo federal vai apresentar numa reunião nesta terça-feira a versão preliminar do plano de operacionalização da vacinação contra a Covid-19. O encontro terá informações mais detalhadas sobre a estratégia que está sendo formulada.

A proposta preliminar de trabalho será atualizada de acordo com a disponibilidade das vacinas, após o licenciamento de imunizantes e a definição dos grupos prioritários. A situação epidemiológica também será levada em consideração.

Além do Ministério da Saúde, participam da reunião: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS); a Fiocruz; o Instituto Butantan; o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); sociedades médicas; conselhos federais da área da Saúde; Médicos Sem Fronteiras; e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems).

Plano nacional

Conforme o GLOBO mostrou no último dia 25, a estimativa do governo federal é fazer a distribuição das vacinas de forma simultânea em todo o país, embora haja a possibilidade de priorizar áreas que passam por um surto da doença.

Em princípio, a ideia é seguir o plano logístico já utilizado no Plano Nacional de Imunizações (PNI) referente a todas as campanhas de vacinação promovidas pelo governo federal. Em tese, as vacinas deverão ser distribuídas preferencialmente por via terrestre, mas locais isolados serão atendidos por barcos ou aviões.

Municípios pressionaram para que o encontro do grupo nesta semana fosse o prazo limite para a consolidação do maior número possível de pontos da estratégia de imunização.

A expectativa era elaborar um plano que levasse em consideração diferentes cenários, de acordo com as principais vacinas candidatas. Isso porque o principal entrave era definir uma estratégia sem saber qual será o imunizante usado e se este será aplicado em uma ou mais doses.

O plano do governo federal também prevê, como já havia sido divulgado, que a distribuição da vacina priorize pessoas dos grupos de risco e profissionais da área de saúde.

As principais vacinas em estágio de desenvolvimento avançado no Brasil são: da Universidade de Oxford junto com o laboratório AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz; e a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a fabricante chinesa Sinovac.

As duas vacinas são armazenadas a uma temperatura entre 2° e 8°C, a mesma indicada para a Sputnik V, da Rússia. Já a vacina do laboratório Moderna precisa ser guardada a -20°C, e a da Pfizer, a -70°C, o que encarece o armazenamento e a distribuição.

O Globo

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Economia

Governo Federal define plano de desenvolvimento para até 2031; estratégia econômica traça cenários de crescimento do PIB e de investimentos pelos próximos 10 anos

Foto: Pixabay

O governo instituiu, nesta terça-feira (27), a estratégia federal de desenvolvimento para o Brasil de 2020 a 2031. O objetivo é definir a visão de longo prazo para atuação estável e coerente dos órgãos e entidades da administração pública federal.

A estratégia foi publicada nesta terça no DOU (Diário Oficial da União) e foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, e os ministros Paulo Guedes e Wagner Rosário.

De acordo com o texto, supõe-se um ambiente econômico internacional neutro para o Brasil no período. Isso implica que as diferentes trajetórias para a economia brasileira dependente, fundamentalmente, de fatores e escolhas restritas ao ambiente interno.

No entanto, a estabilidade econômica internacional é também fundamental para o desenvolvimento dos cenários previstos pela estratégia de desenvolvimento. “Não se pode ignorar os riscos, positivos e negativos, embutidos nessa hipótese de neutralidade do ambiente externo”, diz o documento.

Segundo o texto, a estabilidade macroeconômica, fundamental para os cenários previstos pelo governo, seria obtida por meio da continuidade da agenda de ajuste fiscal de longo prazo e a manutenção do equilíbrio monetário, para evitar uma trajetória explosiva da dívida pública e permitir, futuramente, uma reversão dessa atual tendência de crescimento.

“O desafio de manter os indicadores fiscais sob controle tornou-se ainda maior em função dos impactos econômicos negativos da pandemia dacovid-19, que resultará em aumentos extraordinários de gastos em 2020 e em redução da arrecadação de impostos neste e nos próximos anos, em relação ao que se arrecadaria sem a perda de PIB (Produto Interno Bruto) causada pela pandemia”, ressalta o decreto.

Cenários

Elaboradas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o governo definiu previsões de crescimento anual médio, crescimento acumulado, taxa de investimento, investimento em infraestrutura, entre outros.

Em um cenário mais adequado as expectativas da equipe econômica, com reformas macro fiscais, usado de referência pelo governo, o PIB teria crescimento anual médio de 2021 a 2031 de 2,2% ao ano e crescimento acumulado entre ano base (2020) e 2031 de 27% ao ano.

No mesmo cenário, o crescimento anual médio de 2021 a 2031 do PIB per capita seria de 1,6% ao ano, com crescimento acumulado entre 2020 e 2031 em 19,1%.

O governo também trabalha com a previsão de ter a taxa de investimento em 17,5% do PIB e o investimento em infraestrutura em 1,8%, com produtividade geral de 0,5% ao ano e produtividade no trabalho de 0,8% ao ano.

Em um cenário mais ideal, com amplas reformas e avanço da escolaridade, a previsão para o crescimento anual médio de 2021 a 2031 do PIB seria de 3,5% ao ano, com crescimento acumulado de 46,4% nos próximos 10 anos. Já o crescimento anual médio do PIB per capita no período seria de 2,9% ao ano, enquanto que o crescimento acumulado seria de 37,2%.

Além disso, no cenário que o governo considera como transformador, a taxa de investimento seria de 19,5% do PIB, e o investimento em infraestrutura em 2,9%. Já a produtividade geral seria de 1% ao ano, e a produtividade no trabalho de 2% ao ano.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Só conversa p gado dormir.
    Desde 2016 é só lero lero e nada de entregar o q promete.

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Política

Plano do PT para o país cita mais Bolsonaro do que Lula

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  Antônio Cruz/Agência Brasil; Theo Marques/FramePhoto/Reprodução

Nas 210 páginas do seu plano de “reconstrução do Brasil”, o PT cita Jair Bolsonaro 25 vezes enquanto fala de Lula, o nome que o partido tem a oferecer ao futuro dos brasileiros, em 19 trechos. Dilma Rousseff aparece em 11 citações.

Lula é descrito, claro, como o injustiçado e perseguido político que já teria voltado ao Planalto se não tivesse sido condenado por corrupção na Lava-Jato. Dilma também tem seu lugar de vítima no processo de impeachment de 2016.

Bolsonaro, este sim, apanha sem dó onde o PT se mostra mais vigoroso entre todos os partidos de oposição. Para o partido, a forma como Bolsonaro gerencia a pandemia no país é uma “aposta macabra para tirar proveito político de uma crise que, até este momento, já custou mais de 135 mil vidas”.

Bolsonaro “abandonou os interesses nacionais na condução da política externa” e, sob seu governo, “avança o cerceamento da liberdade de expressão e de imprensa”. Ele é o “grande vilão ambiental do planeta”, “tem índole claramente autoritária e antidemocrática”, e tem uma “política obscurantista”.

Radar – Veja

Opinião dos leitores

  1. Título do documento: Reconstrução do Brasil. Esse PT, além de ser o partido mais corrupto da história Repúblicana do Brasil, é também muito hipócrita. O PT, reconstruindo o Brasil. DEUS, nos livre! João Macena.

  2. Esses PeTralhas vão reconstruir o que? Roubaram tanto o país que quebraram um monte de empresas estatais, a Petrobras é prova viva dessa roubalheira dos PeTralhas.

  3. Dali capitão
    Peia nessa curriola
    Tão cedo não voltam ao poder
    todos desonestos
    Doidos porque perderam a tetinha pra mamarem
    Vão trabalhar bando de ladrões vagabundos…

  4. Mais uma piada de péssimo gosto, já não bastasse o prejuízo econômico ao país, quase derrocada da Petrobras, 12 milhões de desempregados, esses imbecis ainda querem jogar a de forma irresponsável, as mortes nas costas do governo Federal, que se portou de forma republicana, ajudando a todos indistintamente, isso dito pelos próprios governadores, inclusive de oposição. Esse partido, que quer sobreviver de qualquer forma, só se afunda ainda mais na lama.

    1. Ainda bem que existe o Google, caso contrário, como iria extrair essas bobagens que você escreve?!
      A leitura de um livro, já pensou?
      Um gibi, bula de remédio, etc.
      Alienado como você é, suas leituras devem se resumir no máximo, ao site tercalivre.

  5. Esse Ladravaz Luladrão,pensa que todo mundo é idiota,pensa que está falando para leva de metalurgico como faria na decada de 80,a máscara caiu,o povo acordou,o Brasil saiu das garras do PT….Bolsonaro 2022 no 1º Turno !!!!

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Diversos

Governo do RN anuncia nesta segunda plano de incentivo ao crescimento da economia

O Governo do RN lança nesta segunda-feira (21), às 11h, na Escola de Governo, o Plano RN Cresce +, de incentivo à retomada e crescimento da economia potiguar, com ações de curto, médio e longo prazo.

Estão envolvidas as Secretarias de Estado da Tributação (SET), do Desenvolvimento Econômico (Sedec), do Turismo (Setur) e da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape).

O plano prevê uma série de incentivos fiscais, desburocratização e melhoria no ambiente de negócios, com vistas em novos investimentos para a geração de emprego e renda. São medidas que envolvem agropecuária, turismo, mineração, indústria, geração de energia, transportes e comércio, entre outras.

Devido ao evento do lançamento do plano, excepcionalmente, nesta segunda-feira (21), não haverá coletiva de imprensa na Escola de Governo com a atualização de dados da Covid-19.

Opinião dos leitores

  1. Mais um "prano" tipo os decretos do Covid: só papel e blá blá blá com ação zero. Espero que pelo menos isso fuja a regra. Vamos aguardar

  2. Governo que tem VISÃO se esforça em prol das empresas, que é quem traz emprego.
    Parabéns!

    1. Demorou quase 2 anos para apresentar algo assim. QUE visão BOA…
      Tudo bem! Antes tarde do que nunca.
      Espero que funcione.

    2. O IDEMA vai desburocratizar também??
      Governo e governadora fracos.
      Frei de mão puxado.
      Sem rumo.
      Só no fique em casa.
      Cadê o dinheiro dos respiradores??

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Economia

Prefeitura elabora Plano de Retomada do Turismo em Natal; veja medidas e protocolos

Foto: Divulgação

Com a gradual abertura de diversos segmentos da economia na capital do Rio Grande do Norte, a Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setur), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) e a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), elaborou o Plano de Retomada do Turismo em Natal, que objetiva contribuir para a recuperação da atividade turística na cidade dos Reis Magos, prejudicada pela pandemia causada pelo novo coronavírus. O Plano foi apresentado nesta quarta-feira (29) ao Conselho Municipal de Turismo pelo secretário de Turismo de Natal, Joham Alves Xavier.

O documento apresenta recomendações, protocolos de segurança e medidas específicas que nortearão o setor hoteleiro na retomada das atividades. Segundo dados do Ministério do Turismo, em Natal, por exemplo, houve a diminuição de 90% dos voos nos meses de abril, maio e junho. Para o mês de julho, está programada a diminuição de 78% dos voos referentes ao ano anterior (INFRAMERICA, 2020).

Ciente do prejuízo causado ao setor turístico pelas consequências da Covid-19, a Prefeitura apresentou um conjunto de protocolos que deverão ser seguidos pelos diversos atores do turismo, a saber: bares, restaurantes, quiosques e similares; empresas e colaboradores de eventos, meios de hospedagem, transportadoras turísticas e passeios. Com o documento, baseado em portarias nacionais, em normativas de associações de classe e pela própria Organização Mundial do Turismo, o Município empresta sua contribuição para a recuperação da atividade turística em Natal.

Como medidas básicas a serem adotadas nos meios de hospedagem, o Plano recomenda a lavagem e desinfecção das superfícies de uso comum por colaboradores e clientes; limpeza frequente dos espaços e objetos de uso comum; garantia da circulação e da qualidade do ar; disponibilização de materiais de higiene com soluções de álcool a 70% devidamente reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); disponibilização nos banheiros de papel toalha, sabonete líquido apropriado para higienização das mãos e lixeiras com tampas, pedais e sacos plásticos. Estas lixeiras devem ter seu lixo recolhido com 2/3 da capacidade.

Além disso, o documento incentiva campanhas de prevenção e informação no ambiente de trabalho com cartazes em locais visíveis para colaboradores e hóspedes; sinalização e controle do fluxo de pessoas; uso de máscara obrigatório nos espaços comuns dos estabelecimentos; fornecimento do EPI necessário aos colaboradores; organização de fila demarcando no chão a posição de cada pessoa respeitando o distanciamento social de 1,5 metro entre as pessoas; garantia da limpeza dos filtros dos aparelhos de ar-condicionado com frequência e a limitação do número de pessoas no elevador pela metade da capacidade.

O Plano também recomenda medidas específicas a serem adotadas pelos setores hoteleiros no front office, na governança, nas unidades habitacionais, alimentos e bebidas e nas áreas de lazer, adequando o ambiente com filas, pagamento apenas com cartão de crédito ou débito, mesas e cadeiras, álcool 70% em gel ou líquido, cardápio em quadros, cartazes e monitores, ventilação e climatização, higienização de superfícies e objetos, adequação de banheiros e alimentos crus.

Os protocolos de segurança para os serviços de alimentos e bebidas devem prever cuidados com os colaboradores. É obrigatório o uso de máscara, uniformes, comportamento e distanciamento, higienização das mãos e a saúde da equipe. Colaboradores em geral que apresentarem sintomas da Covid-19 deverão ser afastados e/ou encaminhados para atendimento médico. O hotel deve afastar a pessoa, caso confirmada a infecção, por um período de 14 dias para cumprimento de quarentena. Em casos de confirmação de infecção de alguma pessoa do grupo familiar onde o trabalhador reside, o afastamento é indicado por intermédio de confirmação por laudo médico.

Em caso de hóspede ser contaminado pela Covid-19, o protocolo recomenda que o meio de hospedagem deve assegurar que o hóspede fique dentro de sua unidade habitacional enquanto aguarda orientação/atendimento médico. Caso não seja caso de internação, o estabelecimento tem de promover o isolamento social do suspeito ou infectado por Covid-19 em seu quarto até que se complete 14 dias a partir do primeiro dia do início dos sintomas. O estabelecimento deve comunicar ao hóspede que está proibida sua saída do quarto, exceto para caso de internação hospitalar. Ocorrendo o descumprimento deste item, o estabelecimento tem a obrigação de comunicar às autoridades policiais e de saúde.

Para além desses protocolos de segurança, o Plano de Retomada do Turismo em Natal recomenda medidas de segurança sanitária em restaurantes self-service, agências de turismo receptivo e guias de turismo, transportes turísticos, bugueiros, vendedores ambulantes e eventos.

Desde os primeiros momentos da pandemia do novo coronavírus no Município, a Prefeitura de Natal vem trabalhando para promover a volta do turismo com responsabilidade e segurança, prezando pela saúde das pessoas envolvidas. O executivo municipal entende que o turismo é a principal fonte econômica da cidade, garantindo renda para milhares de natalenses. A cidade de Natal é vocacionada para o turismo e a Prefeitura vai estimular ainda mais investimentos para garantir a melhoria de vida de seus cidadãos e o conforto e a segurança dos turistas.

Opinião dos leitores

  1. O Município de Natal trabalhando com responsabilidad e dentro das regras de saúde sanitária, já que temos que conviver muito tempo com a peste . Enquanto o Estado todos dias faz suas lavi do terror e da morte, editando decretos sem pé e nem cabeça…. Quando o Estado vai sair dessa inércia???

  2. O Prefeito estar coberto de razão, tem que abrir o comércio e voltar as escolas. Vamos usar máscaras e manter o distanciamento, o povo quer trabalhar. Essa Governadora e sua equipe sabe mesmo é cascatear, estava sumida e agora não para de dar entrevista dizendo que fez isso e aquilo. Cadê os respiradores, hospital de campanha etc …

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Economia

Empresários dos ramos de buffets e recepções em Natal apresentam plano de retomada das atividades

Fotos: Divulgação

A retomada do funcionamento de buffets e recepções da capital potiguar, depois de quase quatro meses de portas fechadas, tem mobilizado mais de vinte e cinco empresários do segmento, reunidos para apresentar ao prefeito de Natal, Álvaro Dias, o plano de reabertura gradual.

A proposta obedece a rígidos protocolos de segurança e está dividida em quatro etapas. A primeira delas prevê a reabertura das empresas apenas para atendimento de clientes e agendamento de eventos, com visitas e degustações na modalidade “a la carte”, medição de temperatura de clientes e colaboradores, uso obrigatório de máscara, sanitização constante do estabelecimento durante o expediente, disponibilização de álcool em gel e cumprimento das regras de distanciamento social.

A segunda etapa, por sua vez, contempla a reabertura dos estabelecimentos para eventos com 50% da capacidade, mantendo as regras sanitárias acima citadas. Na terceira etapa, a capacidade será estendida para 70%. A abertura integral está prevista somente na quarta e última etapa, quando a população já estiver imunizada pela vacina contra o novo coronavírus.

Para pleitear a reabertura, a categoria ainda considerou que bares e restaurantes, enquadrados no mesmo padrão de serviço, já retomaram as atividades na capital, sob justificativa de que a pressão por leitos hospitalares em Natal vem caindo gradativamente.

O setor de serviços é responsável por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte. Buffets e recepções têm uma participação significativa nesta parcela, empregando milhares de funcionários e fomentando o mercado de fornecedores. “Passamos quatro meses estudando a melhor maneira de oferecer segurança para os nossos clientes e colaboradores. Estamos seguros acerca do plano elaborado. Consultamos especialistas e nos preparamos para uma retomada absolutamente responsável. Queremos o melhor para todo mundo”, afirma Daniel Duarte, sócio do Fest Joy Buffet, casa de festas em funcionamento há seis anos na capital potiguar.

“Os buffets estão e sempre estiveram preparados para atuar em qualquer assunto relacionado a segurança. O que precisamos agora fazer são adaptações específicas à crise da Covid-19 e já estamos prontos para isso. Adotamos protocolos e procedimentos de medida de biossegurança para resguardar a saúde de todos os envolvidos: fornecedores, colaboradores, clientes e convidados, com minucioso zelo e cuidado”, conta Luciano Almeida, proprietário do Olimpo Recepções, casa de festas referência na realização de eventos como casamentos e formaturas.

Na última sexta-feira, 10 de julho, o grupo de empresários se reuniu com o vereador Kleber Fernandes (PSDB), que se comprometeu a intermediar o pleito da categoria junto ao prefeito Álvaro Dias.

O plano de reabertura foi assinado por todos os empresários. Participaram da proposta as seguintes empresas: Olimpo Recepções, Fest Joy Buffet, Versailles Recepções, Timtim por Timtim Buffet, Nilson Buffet, Boulevard Music Hall, Mulekada Buffet, Átrios Recepções, Crocokids, Gérbera Recepções, Spaço Guinza, Éden Recepções, Mansão Fest Recepções, Felicitá Recepções, Sapekas Play, Espaço Festejar Garden, Solar Imperial Recepções, Espaço Neuma Leão, Espaço San Valle, Vagalume Festas, Abracadabra, Buffet Vamos Comemorar, La  Mouette Recepções e Espaço Valéria Calazans.

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Diversos

RIO PITIMBU: Limitação das áreas de preservação permanente de curso de água e projeto de desassoreamento estão em pauta

FOTO: ASCOM/SEMARH

Os órgãos que compõem o Sistema Semarh – Idema, Caern e Igarn – se reuniram, na última sexta-feira (03), com representantes das prefeituras de Natal, Parnamirim e Macaíba para discutirem um Plano de Ação para Melhoria da Qualidade Ambiental da Bacia do Rio Pitimbu.

Entre os assuntos na pauta da reunião estivaram projetos de ações para a delimitação das áreas de preservação permanente do curso de água, assim como o projeto de desassoreamento da calha do rio.

Foi criado ainda, um grupo multidisciplinar de trabalho para fazer um levantamento dos projetos ambientais existentes e reunir todos os agentes com atuação na área em busca da preservação e conservação do Rio Pitimbu. Ainda como encaminhamento da reunião, também será adotado um cronograma de atividades, que inclui municípios e Comitê da Bacia Hidrográfica.

Uma nova reunião está agendada para o início do mês de agosto.

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Finanças

Governo deverá anunciar planos para quatro grandes privatizações em até 90 dias, diz Paulo Guedes, sobre programa especial “O Brasil Pós-Pandemia: a Retomada”

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O governo federal deverá anunciar planos para quatro grandes privatizações em período de “30, 60 a 90 dias”. A afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao programa especial “O Brasil Pós-Pandemia: a Retomada”. Questionado pelos âncoras William Waack e Rafael Colombo, ele disse que os nomes das estatais serão anunciados em breve.

Guedes mencionou apenas que “há muito valor escondido debaixo das estatais”. “As subsidiárias da Caixa são um bom exemplo. Ali, há R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões ou R$ 50 bilhões em um IPO (oferta primária de ações) grande”, disse. Atualmente, a Caixa já tem pedido para oferta de ações da Caixa Seguridade – braço de seguros do banco – operação que poderia levantar cerca de R$ 15 bilhões, estima o mercado financeiro.

Outra empresa que o ministro quer oferecer à iniciativa privada são os Correios. “Está na lista seguramente, só não vou falar quando (será a privatização). Eu gostaria de privatizar todas as estatais”.

Na semana passada, o secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, anunciou que o governo quer privatizar pelo menos 12 estatais, mas ano que vem. Entre as empresas previstas para 2021, estão os Correios, Eletrobras, CBTU, Serpro, Dataprev e Telebrás. Para essa venda acontecer, no entanto, o governo precisará do aval do Congresso Nacional para algumas empresas, como a Eletrobras.

Na entrevista à CNN, Guedes reconheceu que o ritmo das privatizações está mais lento que o esperado. “Estamos atrasados sim, não tenho problema de admitir. Tenho de fazer um mea culpa de que elas não andaram no ritmo adequado”.

Ainda sobre a retomada, o ministro da Economia diz que o governo prepara ações para destravar o investimento privado. Ele mencionou que, após a recente aprovação do novo marco regulatório do saneamento básico, o governo deve agir para incentivar setores como a cabotagem, eletricidade e petróleo e gás com fim do regime de partilha na exploração.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. As vezes ele diz q vai privatizar isso e aquilo. Mas…..privatiza nada. So lero. Essa conversinha de correios de novo? Até pq o centrão necessita dessas estatais. Entende?

  2. Os Correios, era uma das instituições mais acreditadas, antes de ser entregue aos sindicatos. Hoje não serve pra nada.

    1. A sua visão sobre os correios realmente foi bem medíocre procure entender um pouco mais sobre ela.

  3. O governo Tá mais que certo em privatizar essas estatais.
    Vimos o que aconteceu com parte delas na roubalheira do governo anterior.

    1. Uma carta registrada levar 9 dias para ser entregue. De Mossoró para Fortaleza.
      Privatisa já.

    2. Usar correio para enviar carta em plena era da informação? Em Mossoró? Ômi, deixa de brincadeira.

  4. Aquela velha estorinha do cachorro com carrapato. Daí tem remédio pra tratar o carrapato, mata o cachorro. Esse Guedes é 1 bandido pinochetiano. Em 90 dias? Antes disso, tomara q a PF leve vc preso pelos crimes bilionários contra os fundos de pensão. Esse desgoverno só tem banido.

  5. Alguém conhece uma só pessoa que gosta do serviço dos correios? Fora a roubalheira que houve lá nos últimos anos. É preciso privatizar urgente!

    1. Já existe no Brasil serviços de entrega privados. Se não gosta dos Correios é simples, basta usar esses serviço. Depois contra pra gente como eles são "eficientes."

    2. Não é bem assim. Os correios tem exclusividade em uma serie de produtos. Se houvesse realmente liberdade de escolha ja teriam quebrado

    3. Negativo Sr. Neto. Se informe melhor a exclusividade é só para cartas. Sim, a competitividade é grande.

    4. Hoje vc pode mandar quase tudo por empresa postal privada, a exceção de cartas pessoais e comerciais que é exclusivo pelos correios (alguém manda carta hoje em dia?).
      O fato é que quase tdos usam os correios para enviar pacotes pois é mais barato mas eclamam do serviço (que Realmente demora). As empresas privadas estão aí, cobrando 5x mais caro mas só reclamam dos correios. Nao se preocupem, quando privatizarem vcs terão mais uma empresa cobrando 5x mais caro.

  6. Quero ver esses carteiros CRITAREM , os PTralhas roubaram oque pode , e todos ficaram caladinhos .

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Segurança

Governo Federal quer plano de combate ao feminicídio até novembro

Cristiane Britto, secretária nacional de Políticas para Mulher. Foto: Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas para Mulher

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional de Políticas para Mulher, quer lançar o Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio ainda em 2020. A entrega foi anunciada para o primeiro semestre deste ano, mas teve de ser adiada por causa da pandemia do novo coronavírus. Agora, o plano será lançado em novembro, de acordo com Cristiane Britto, que comanda a secretaria.

A tarefa se demonstrou ainda mais necessária no momento em que milhões de brasileiros estão em quarentena, medida adotada para evitar o contágio da covid-19. De acordo com levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os casos de feminicídio registrados entre os meses de março e abril deste ano aumentaram 22% em relação ao mesmo período do ano passado, quando não existia o confinamento social.

Enquanto Britto mobiliza ações para a conclusão do programa, a Casa da Mulher Brasileira, a galinha de ovos de ouro da secretaria, se expande. Os recursos para esses espaços, que abrigam centro de atendimento humanizado e especializado no atendimento à mulher em situação de violência doméstica, terão um aumento de 222% neste ano e fazem parte de uma resposta emergencial para o problema.

A Casa da Mulher Brasileira contará com orçamento de R$ 61,2 milhões, ante R$ 19 milhões nos cofres de 2019. Com o orçamento maior, a previsão é de entrega de unidades espalhadas pelo interior do país. “Interiorizar a política”, argumenta Britto — em seguimento ao jargão usado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de ‘menos Brasília, mais Brasil’.

Até o final de julho, a pasta iniciará o projeto de 10 unidades. Duas são em capitais, Cuiabá (MT) e Manaus (AM), e o restante em municípios do interior – Uberaba (MG), Japeri (RJ), São Raimundo Nonato (PI), Cidade Ocidental (GO), São Sebastião (DF), Recanto das Emas (DF), Sobradinho II (DF) e Sol Nascente (DF).

Confira, abaixo, os principais pontos da entrevista com Cristiane Britto:

R7 — A quarentena, praticada de forma ainda sutil pela população brasileira, escancarou um problema o qual a secretaria já sabia da existência. Os casos de feminicídio aumentaram em 22% durante a pandemia do novo coronavírus, segundo o Fórum Nacional de Segurança Pública. Como resolver?

Cristiane Britto — A gente já sabia dessa perspectiva de aumento dos casos por causa da experiência relatada por outros países. E a nossa primeira atitude foi antecipar o investimento em ferramenta de canal de denúncia. Lançamos, por exemplo, o Direitos Humanos BR, pensando naquela mulher que está 24 horas ao lado do agressor e é impossibilitada de fazer uma ligação.

O nosso maior desafio, quando se fala sobre feminicídio, é superar a subnotificação. 70% das mulheres vítimas de feminicídio nunca fizeram sequer uma denúncia. Isso significa que estávamos falhando na disseminação de informação ou que essa mulher não confia no atendimento da rede. E isso se agrava no momento de pandemia da covid-19.

Então, nós nos aproximamos da rede a fim de fortalecê-la. De que forma? Assegurando que a Casa da Mulher Brasileira permanecesse funcionando, que os Tribunais de Justiça desenvolvessem ferramentas para medidas online, disseminar informações que incentivem a denúncia dessa mulher, fizemos um protocolo para categorizar de forma correta a tipificação do crime de feminicídio.

Inclusive, por meio de nossa articulação, o Ministério da Justiça assinou ontem [terça-feira (23)] o Protocolo Nacional de Investigação e Perícia nos Crimes de Feminicídio. Com isso, vai acabar o problema de que policial tinha dificuldade em iniciar uma investigação de feminicídio como se fosse homicídio comum. Enfim, é um protocolo que significa a abertura do caminho do combate ao feminicídio.

R7 — A senhora é defensora do boletim de ocorrência online, medida adotada pelo Estado do Rio de Janeiro, por exemplo. A senhora conseguiu avançar nessa questão na Secretaria?

Cristiane — Nós identificamos que o Rio de Janeiro tinha lançado boletim online. E nós articulamos junto ao Ministério da Justiça com secretários de segurança de todo o país para que adotem a mesma medida. Já são 13 Estados, entre eles Distrito Federal e Paraíba, que vigoram com o boletim de forma online, delegacia virtual, por exemplo.

R7 — A Casa da Mulher Brasileira, importante instrumento criado para dar proteção e assistência as mulheres, conta com R$ 61,2 milhões no ano de 2020 (ante R$ 19 milhões de 2019). A maior parte desse dinheiro foi capitaneada com emendas parlamentares, destinadas pela Bancada Feminina.

Cristiane — Para que nós conseguíssemos esse valor foi preciso de uma reavaliação do programa. Basicamente o que nós fizemos foi baratear o custo. Por exemplo, para se instalar uma unidade da Casa da Mulher Brasileira era preciso de R$ 13 milhões. Hoje, com a nossa reformulação, é necessário R$ 823 mil. E com isso o programa se tornou mais atrativo.

Isso é o que eu prego de interiorização da política. Nós conquistamos esse orçamento e vamos espalhar o programa para cidades que não registravam unidades. Até o final de julho, iniciaremos o projeto de 10 casas. Duas são em capitais, Cuiabá e Manaus, e o restante em municípios do interior – Uberaba (MG), Japeri (RJ), São Raimundo Nonato (PI), Cidade Ocidental (GO), São Sebastião (DF), Recanto das Emas (DF), Sobradinho II (DF) e Sol Nascente (DF).

R7 — O programa foi lançado na gestão de Dilma Rousseff (PT). Quais são as principais diferenças entre o programa de antes com o de hoje, comandando pela senhora?

Cristiane — A redução de gastos, sem dúvida, é a nossa maior diferença. E é isso que possibilita a distribuição de unidades do programa por diversas cidades do interior do Brasil. Uma casa levaria cerca de dois anos para ser construída. Hoje esse tempo é medido em um ano. A celeridade, então, é a nossa marca. Ter celeridade na política pública para que chegue em todas as mulheres.

R7 — O aumento do orçamento tem relação com o aumento do número de casos de feminicídio? Foi apenas uma decisão acertada com um timing perfeito?

Cristiane — A gente já vinha construindo desde o ano passado esse aumento de orçamento, então não acredito que tenha relação. Acredito também que passou pela sensibilização dos próprios parlamentares em relação a pauta. Antigamente, isso era restrito a bancada feminina, por exemplo. Hoje, acho eu, que o parlamento está mais sensível como um todo. E, claro, a cobrança da sociedade. Nós somos o quinto país que mais mata mulheres no mundo e isso é inaceitável.

R7 — A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, juntamente com a Associação Visibilidade Feminina, lançou uma cartilha para ajudar mulheres interessadas em se candidatar nas eleições municipais de 2020. A senhora é especialista em direito eleitoral e integra o Observatório Eleitoral Pesquisa de Liderança Feminina na Política. Como você vê esses movimentos? O que a Secretaria da Mulher tem feito nesse sentido?

Cristiane — Eu inclusive participei do lançamento dessa cartilha porque é um tema caro. Ainda mais este 2020, ano eleitoral. E nós estamos também com um projeto que fomenta mais mulheres na política.

Um dado alarmante é de que 1.290 municípios não possuem mulheres no Legislativo. Nas eleições de 2016, 11,6% das prefeituras tiveram mulheres eleitas. Então, nosso objetivo é aumentar o número de candidaturas de mulheres vereadoras.

R7 — A nova regra obriga, a partir deste ano, que cada partido tenha, de forma independente, ao menos 30% de nomes femininos nas urnas. A senhora concorda?

Cristiane — Eu concordo com a política afirmativa, mas não por tempo indeterminado. Isso é necessário por pelos menos um período até o momento em que tenhamos um equilíbrio.

E eu acredito que estamos no caminho certo. Estamos sentindo que os próprios jovens estão se disponibilizando para entrar na vida política — 51% das candidaturas femininas foram na faixa etária de 20 a 24 anos, por exemplo. Isso significa uma mudança comportamental e é animador.

R7 — E há conversas nesse sentido com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral)?

Cristiane — Nós tivemos diversas conversas sobre o tema até o início desse ano, com a gestão da ministra Rosa Weber. Agora, com a posse do ministro Luís Roberto Barroso, infelizmente não tivemos contato, mas devido à pandemia. O objetivo é retomar essas conversas em breve com a nova gestão do TSE para tornar nosso objetivo possível.

R7 — A senhora também fala sobre a violência contra a mulher na política.

Cristiane — Pouco se fala sobre esse assunto, que é uma realidade que ocorre principalmente nas eleições municipais. Nós vemos candidatas às prefeituras e câmaras municipais sofrerem discriminação ao longo da campanha.

E a violência se dá antes mesmo de entrar para o cargo público e também no exercício de seu mandato. A candidatura laranja, por exemplo, é uma violência contra a mulher. É um obstáculo que se cria, que se deturpa, e impede uma mulher de ocupar, de fato, aquela cadeira.

Um dado que também revela a violência contra a mulher na política é o fato de não existir, até 2016, um banheiro feminino no plenário do Senado. Isso transmite a mensagem de que isso não é para a mulher, que não é bem-vinda. E isso não podemos aceitar.

R7 — O plano nacional de combate ao feminicídio. Em qual fase está? O que falta para ser lançado?

Cristiane — Em determinados estados é complicado falar para a mulher para fazer a denúncia, quando ela está preocupada com o prato de comida na mesa, com a saúde do filho. Nós vamos lançar o Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio até novembro. O objetivo principal é fortalecer a rede. De que forma? Capacitar os gestores municipais e estaduais, por exemplo. Isso faz uma enorme diferença porque é investimento na ponta. E isso vai refletir diretamente no atendimento da vítima: mais humanizado, tipificação do crime, e pensando também na condição econômica dessas mulheres.

R7 — A senhora tem pretensões de ir para o Legislativo? A senhora vai se candidatar nesta eleição?

Cristiane — Não. Ainda é muito cedo para falar disso. O meu compromisso é trabalhar para as mulheres de todo o Brasil, mas na Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres.

R7

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Economia

Plano de retomada da economia no Ceará: veja o retorno de cada setor e lista detalhada em quatro fases

Foto: José Leomar/Sistema Verdes Mares

O governador do Ceará, Camilo Santana, divulgou nesta quinta-feira (28) os detalhes do plano de retomada das atividades econômicas do estado em recuperação aos efeitos da epidemia do novo conoravírus (SARS-CoV-2). A partir do dia 1º de junho até o dia 7, haverá uma fase de transição, seguida por outras quatro, cada uma com 14 dias, com a divisão das atividades liberadas para retomarem por grupos. Já na primeira fase, setores do comércio já poderão funcionar. Escolas estão na última fase.

Também na primeira fase serão permitidas a atuação da indústria química, 30% da cadeia da construção civil em obras com até 100 operários; lojas de construção civil; cadeia da saúde (óticas, escritórios, clínicas de dentistas); e cuidados pessoais, como cabeleireiros e barbeiros.

Todo o processo será avaliado e poderá sofrer mudanças, contudo. Segundo Camilo, o plano de retomada é comportamental, baseada em critério de risco sanitário e outro econômico e social. As fases serão especificadas por decretos.

O anúncio foi feito por meio das redes sociais do governador. Antes, no mesmo pronunciamento, o secretário da Saúde do estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o dr. Cabeto, mostrou gráficos que, segundo ele, demonstram a eficácia do isolamento social na redução do crescimento de casos e óbitos por Covid-19.

Confira abaixo como será o retorno de cada setor da economia durante o plano de retomada econômica no Ceará.

Fase de transição (1/06)

Fase de transição correspondendo aos primeiros sete dias de retomada econômica no Ceará. — Foto: Governo do Ceará

Primeira fase do plano de retomada econômica no Ceará. — Foto: Governo do Ceará

Segunda fase (22/06)

Segunda fase do plano de retomada econômica do Ceará — Foto: Governo do Ceará

Terceira fase (6/07)

Terceira fase do plano de retomada econômica do Ceará. — Foto: Governo do Ceará

Quarta fase (20/07)

Quarta fase do plano de retomada econômica do Ceará. — Foto: Governo do Ceará

Confira alguns destaques do plano de retomada econômica

Escolas

Passam a funcionar na quarta fase do plano, inicialmente a partir de 17 de junho

Igrejas e templos

Entre 22 de junho e 5 de julho podem funcionar com 20% de sua capacidade

Entre 5 e 19 de julho podem funcionar com 50% de sua capacidade

A partir de 20 de julho podem funcionar com 100% da capacidade

Salões de beleza e barbearias

A partir de 1º de junho poderão funcionar com 30% de sua capacidade

A partir da terceira fase poderá funcionar com 100% de sua capacidade

Academias, clubes, shows e espetáculos

Poderão funcionar com 100% da capacidade na quarta fase do plano, inicialmente a partir de 17 de junho

Shoppings

A abertura dos estabelecimentos nos shoppings segue a ordem de abertura de cada setor de comércios e serviços, contando a partir da primeira fase do plano, inicialmente prevista para 8 de junho

Cinemas

Poderão funcionar com 100% da capacidade na quarta fase do plano, inicialmente a partir de 17 de junho

Números no Ceará

O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) chegou a 2.671 nesta quarta-feira (27) no Ceará. Os casos de infectados pela Covid-19 atingiu 37.275 pessoas até as 17h21, última atualização da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde.

Os números apresentados pela Secretaria da Saúde são atualizados permanentemente e fazem referência à disponibilidade dos resultados dos testes para detectar a presença dos vírus, ou seja, não necessariamente correspondem à data da morte ou do início da apresentação dos sintomas pelo paciente.

G1

Opinião dos leitores

  1. Aqui no RN o governo está esperando o resultado e plano dos outros estados do NE para fazer o control C, control V.

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Economia

SP deve anunciar nesta quarta plano de reabertura do comércio com início a partir de 1º de junho

FOTO: ROGÉRIO CAPELA/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador João Doria deverá anunciar amanhã (27) novas regras de isolamento social e um plano para a retomada gradual das atividades econômicas no Estado de São Paulo, com início já a partir da próxima segunda-feira (1°).

A proposta será implementada após antecipações de três feriados municipais e estadual (Corpus Christi, Consciência Negra e Revolução Constitucionalista), que resultaram em seis dias seguidos de circulação reduzida, entre quarta-feira passada e ontem – na sexta foi ponto facultativo.

Ontem, em entrevista à GloboNews, Doria afirmou que planeja uma “quarentena inteligente”, não homogênea, que “levará em consideração toda a regionalização de São Paulo, do interior, da capital e da região metropolitana”.

As regiões devem ser avaliadas periodicamente segundo indicadores de saúde, para se verificar o cumprimento dos critérios e assim avançar a uma fase de maior relaxamento. Taxa de isolamento, número de casos da doença e taxa de ocupação dos leitos de UTI devem ser alguns dos critérios, conforme já anunciado pelo governo paulista.

Segundo dados obtidos pela GloboNews, a proposta deve ser executada em quatro etapas. Na primeira fase poderiam reabrir estabelecimentos comerciais e de serviços com área de venda até 400 metros quadrados. Na segunda fase, reabririam lojas maiores; na terceira, setor hoteleiro e, na quarta, outras atividades, de acordo com a reportagem. No entanto, o governo de São Paulo divulgou nota afirmando que esse detalhamento tem informações “equivocadas”, citando os hotéis, ” que nunca tiveram fechamento decretado”. Segundo o governo, o detalhamento correto do plano será divulgado em entrevista coletiva às 12h desta quarta (27), no Palácio dos Bandeirantes.

Yahoo, com Valor

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Economia

Plano de Retomada Gradual da Economia Potiguar é lançado e prevê ‘Agenda Urgente’, cronograma e protocolos

Foto: Divulgação/Fiern

Para direcionar o retorno das atividades econômicas no estado, de forma progressiva e segura — obedecendo as medidas de saúde preconizadas no combate a COVID-19 —, o Sistema FIERN, através do Mais RN, apresenta o Plano de Retomada Gradual da Economia Potiguar. O documento, lançado nesta terça-feira (5), propõe um planejamento estratégico com a “Agenda Pública Urgente” de ações governamentais consideradas pré-requisitos para a recuperação econômica, além de propostas e protocolos para o funcionamento das atividades, com cronograma e escalonamento da flexibilização do isolamento social e para o período pós-isolamento. A ideia é pactuar uma saída e conciliar agendas.

O Plano foi desenvolvido por um grupo multidisciplinar formado, a partir da Sala de Situação do Mais RN, por representantes das Federações do setor produtivo – FIERN, Fecomércio, Fetronor, Faern -, do Sebrae, da AGN, do governo do Estado, com participação de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

E leva em conta o avanço da pandemia de COVID-19 e a grave crise econômica gerada, a partir de dados e estimativas apresentados por governos e instituições. No Brasil, o governo federal estima que a dívida pública pode chegar a 90% do PIB e o impacto fiscal a R$ 307 bilhões, além de uma queda do PIB de 5,3%, conforme projeção do FMI. Com o desemprego atingindo 15,8%, segundo estimativa do Bradesco.

No Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Tributação (SET) projeta queda no ICMS entre 27% e 30%, algo em torno de R$ 130 milhões por mês. Até o dia 21 de abril, a diminuição registrada na arrecadação deste tributo era de R$ 75 milhões, segundo dados da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), que previa, até o fim de abril, entre R$ 130 milhões e R$ 150 milhões, além de estimar recuo de 44% no consumo do mercado varejista e de 80% no setor de serviços. A indústria também sofre os impactos da crise. Sondagem elaborada pela FIERN aponta que 40% das indústrias do RN não resistem mais um mês nessas condições, 39% já passou por demissões e 65% por renegociação de contrato de trabalho.

Projeções apontam que a curva começa a crescer intensamente entre os dias 15 de abril e 02 de maio, no Brasil, com o pico dos casos previsto para o período entre 3 e 16 de maio, segundo o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e do SUTD Data-Driven Innovation Lab. Para o RN, segundo dados da Sesap, o cenário também converge para o período de 2 a 15 de maio. O documento ressalta que o objetivo do isolamento é achatar a curva de contaminados no pico, com a principal finalidade de não sobrecarregar os leitos hospitalares.

Diante da pandemia, o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, enfatiza a necessidade de planejar a recuperação da economia do Rio Grande do Norte de forma responsável para quando o retorno for possível, minimizando os efeitos da crise instalada. “A FIERN, preocupada com a situação dos empresários e da economia do Rio Grande do Norte, formou um grupo de trabalho para discutir soluções e a sugestão resultante que será feita ao Governo do RN é de indicar caminhos, de ver uma luz no fim do túnel e como caminhar até ela”, afirma o presidente.

Ele destaca a cooperação das entidades envolvidas no grupo de trabalho interdisciplinar. “O grupo tem forte representatividade dos mais diversos setores da economia, do setor produtivo, governo, prefeituras, do meio científico e médico, com mais de 20 pessoas envolvidas, debatendo possibilidades em vários campos e direções para darmos esta contribuição à sociedade e podermos, desde já, planejar a retomada”, observa Amaro Sales.

A Agenda Urgente elenca pontos de atenção e necessidade de respostas mais imediatas, como o planejamento nos bancos para acesso ao crédito-auxílio, criação de barreiras sanitárias nas divisas, um Plano de Segurança Pública para Situação do COVID-19, distribuição de máscaras para a população, monitoramento completo dos leitos hospitalares, além de propor que o Governo do Estado deve agir junto ao Governo Federal para flexibilizar burocracias que impedem, neste momento, as empresas terem acesso aos programas de financiamento, bem como a melhoria do acesso a linha de crédito especial do Banco do Nordeste com recursos do Fundo Constitucional – FNE.

A agenda pressupõe identificar a população de maior risco, expandir a capacidade de testes, ter o acompanhamento eficiente, em tempo real, de leitos disponíveis de UTI dotados de respiradores, o Governo dar condições para que as Secretarias e órgãos estaduais [Segurança Pública, Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Pesquisa, Ciência e Tecnologia e Idema] atuem de forma intensiva, condicionadas às orientações da Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap).

Propostas e protocolos de ações para retomada das atividades

Entre as propostas apresentadas no Plano de Retomada Gradual da Economia Potiguar estão a criação de um cronograma para abertura gradual de atividades econômicas e de horários alternados para diversas atividades econômicas de forma que se evite horários de pico. O Plano ainda alerta para atividades econômicas que, hoje, merecem atenção e sugere ações de educação para planejamento financeiro às famílias e de suporte aos pequenos empresários.

Além de ações transversais de continuidade de quarentena domiciliar para grupos de risco e infectados; uso generalizado de máscaras de proteção; adequação da oferta da frota de ônibus urbanos; continuidade de suspensão de eventos com grande número de pessoas e a manutenção do teletrabalho para as atividades em que for possível essa modalidade.

E apresenta um conjunto de protocolos de retorno como Protocolo de distanciamento social no trabalho, Protocolo se algum funcionário testar positivo para COVID-19; Protocolo para creches e escolas; Fábricas, Escritórios, Setor lojista; Setor de alimentação; Salões de beleza, estética e correlatos; Shoppings e praças de comércio; Personal trainer e estúdios de pequeno porte; Transporte público.

Há ainda a proposta de projeto piloto de liberação para pequenos municípios, em que, aqueles que até o momento não apresentaram óbitos, casos confirmados e nem possuem casos suspeitos possam ser gradualmente liberados, observando os pressupostos, protocolos e ações transversais apresentados.

José Bezerra Marinho, coordenador do Mais RN, explica que o plano de retorno gradual considera o ser humano em sua integridade, no aspecto de saúde e também na necessidade de sustento e sobrevivência econômica. “O plano procura atender e pensar o ser humano em sua integridade, buscando oportunidades, com o escalonamento, para que quando se tornar possível, obedecendo a todos os protocolos, o retorno as atividades econômicas possam ser feitas pensando nos trabalhadores e nos empresários de todos os portes, desde o grande ao micro”, disse Marinho.

O documento também antecipa estratégia e pilares da comunicação, com campanha para orientação e conscientização da responsabilidade de todos os cidadãos acerca do cumprimento das medidas preventivas, com ênfase nas ações transversais estabelecidas no plano (horários, circulação, higienização das mãos, uso de máscaras).

E estabelece ainda o papel estratégico do “Sistema S” nesse contexto, com treinamento e consultoria para os empresários e equipes se adequarem aos protocolos de propostos no Plano. Os treinamentos serão todos online de forma a seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), de modo a mensurar a quantidade e a identidade dos capacitados.

“O objetivo é elaborar um plano responsável, seguro, atento aos ditames da saúde, mas que dê previsibilidade e um calendário de retorno gradual das atividades econômicas no Rio Grande do Norte”, afirma assessor técnico de Economia e Pesquisa da FIERN, Pedro Albuquerque.

Acesse aqui a íntegra Plano de Retomada Gradual da Economia Potiguar-MAIS_RN

Assista o vídeo de apresentação https://youtu.be/10gOBP4kDvM

Fiern

Opinião dos leitores

  1. Precisou juntar 20 pessoas para fazer esse “plano”? Outra coisa, o “pico” da pandemia agora é entre 02 e 15 de maio. Não sabem de nada. Desse jeito vamos chegar dezembro e nada de sairmos da quarentena. Quero ver quando faltar dinheiro pro governo pagar salário, neguinho ficar gritando fique em casa

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Economia

Plano de retomada do governo prevê criação de 1 milhão de empregos com obras públicas

Foto: Adriano Machado – 7.abr.2020/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro delegou ao ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, a condução de um plano de retomada da economia sustentado na retomada de obras públicas com recursos do Tesouro, como forma de evitar uma escalada do desemprego.

Batizado de “Plano Marshall”, em referência ao programa dos EUA de recuperação de países aliados após da Segunda Guerra Mundial, o programa deve durar pelo menos três anos.

Só no âmbito do Ministério da Infraestrutura, a projeção é que o pacote consuma cerca de R$ 30 bilhões em investimentos públicos para a retomada de cerca de 70 obras que estão paralisadas ou sendo tocadas abaixo da sua capacidade total.

Detalhes do pacote foram apresentados nesta quarta-feira (22) em reunião do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com sua equipe ministerial. A proposta ainda está em elaboração no Planalto, mas o diagnóstico de que obras públicas serão necessárias tem forte apoio do núcleo militar do governo.

Segundo relatos de presentes, durante a reunião ministerial foi feito uma análise de que a crise causada pela pandemia do novo coronavírus irá se estender no ano que vem e que será necessário repensar a atual política de ajuste fiscal. No ministério da Infraestrutura, a ideia é que as obras possam absorver entre 500 mil e 1 milhão de empregados nos próximos três anos.

O ministro Tarcísio de Freitas disse que a lista de obras inclui empreendimentos que poderiam ser rapidamente viabilizados porque já têm projetos de viabilidade e licenciamento ambiental prontos.

Para Tarcísio, o programa de concessões e privatizações, que também passará a ter uma atenção especial para destravar investimentos, não dará o retorno desejado no curto prazo.

Isso porque o prazo entre a assinatura dos contratos, a realização do investimento e a contratação de mão de obra costuma ser de, em média, um ano.

Além do ministério da Infraestrutura, a Casa Civil criou outras “frentes de trabalho”, como chama cada ministério envolvido nesse grande projeto de retomada. As principais medidas em preparação estão nas pastas do Desenvolvimento Regional e de Minas Energia.

No Ministério do Desenvolvimento Regional, foi feito um diagnóstico de empreendimentos em habitação e saneamento que podem ser rapidamente ativados, além de obras em barragens.

Uma das saídas será financiar obras do Minha Casa, Minha Vida totalmente com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Até o final do ano passado, a União entrava com 10% dos recursos. Diante da escassez de recursos em caixa, o FGTS poderá arcar com todo o projeto e da vazão às obras.

Havia cerca de R$ 70 bilhões empossados no FGTS diante da falta de contrapartidas da União que, a partir de agora, poderão ser investidos em habitação e isso se reverterá em empregos na construção civil.

O problema é que a equipe econômica diverge do aumento de gastos públicos. O ministro Paulo Guedes (Economia) pretende estimular a atividade econômica pela concessão de crédito, buscando saídas de mercado para resolver o impasse em torno de garantias para que empresas de todos os portes possam acessar instituições bancárias público e privadas em busca de linhas de crédito.

Recentemente, o Banco Central chegou a reduzir o compulsório dos bancos (parcela de cada depósito bancário que fica retida no BC) como forma de dar ainda mais liquidez para novos empréstimos.

No entanto, auxiliares do governo avaliam que a proposta de Guedes não será capaz de gerar empregos no curto prazo, algo considerado fundamental para aliviar os impactos da crise econômica gerada pelo novo coronavírus.

A avaliação no governo é a de que a crise, cujo impacto foi subestimado, já consumiu mais de R$ 800 bilhões (metade com impacto fiscal) com ações emergenciais que não farão a economia sair do atoleiro.

A previsão é que, sem uma injeção de ânimo na produção, o Brasil chegará a 2021 com o mesmo nível de atividade econômica e uma dívida próxima a 100% do PIB.

Braga Netto também coordena ações do mesmo tipo com outros ministérios.

Folha de SP

 

 

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Política

Doria vai apresentar plano de saída gradual da quarentena

Foto: Divulgação

João Doria vai apresentar na quarta-feira um plano de saída gradual da quarentena em São Paulo, iniciada em 24 de março.

O programa valerá, inicialmente, a partir de 11 de maio, dia seguinte ao término da quarentena. Ou seja, o fim do isolamento social não será antecipado, como quer Jair Bolsonaro.

Elaborado por uma equipe multidisciplinar que envolveu a indústria, comércio, o setor de serviços e a área de ciência e tecnologia, o plano foi concebido pelos secretários Henrique Meirelles (Fazenda) e Patrícia Ellen (Desenvolvimento Econômico), e por economistas como Ana Carla Abrão e Pérsio Arida. Foram ouvidos ainda 338 dirigentes empresariais e empresários.

Lauro Jardim – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Os governadores estão de parabéns, seguindo passo à passo pra superar a crise sanitária.
    A primeira ação foi restringir a circulação pra reduzir o contágio e os planos de retomadas são posteriores, logicamente. E o governo federal, mesmo contra gosto do presidente , está tomando as medidas de proteção social para as pessoas, e para as empresas.
    Logo logo sairemos dessa.

  2. Esse é um cordeirinho na pele de um demônio. O FHC já estar queimando o Hulk, o garoto propaganda da Globo, para colocar esse aí.

  3. É importante que todos os governadores criem esse plano de retomada gradual da economia, para quando a ciência sinalizar que já é o momento, estejamos todos prontos.

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