Política

Bolsonaro veta distribuição gratuita de absorventes a mulheres de baixa renda

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou a distribuição gratuita de absorventes para pessoas de baixa renda, medida prevista no Projeto de Lei 4968, de 2019, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Em publicação no Diário Oficial da União desta quinta-feira (07), o presidente sancionou a criação de um Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual com uma “estratégia” para a “promoção da saúde e atenção à higiene feminina”.

Segundo o que foi aprovado, o programa será integrado entre os entes federados e haverá a implementação de “campanhas informativas e de conscientização da população acerca da importância do tema”.

No entanto, os dispositivos que diziam respeito ao público-alvo do projeto e aos meios de acesso aos itens de higiene pessoal previstos foram vetados.

O projeto visava atingir principalmente estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino, mas também mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social extrema, presidiárias e adolescentes internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

Nas justificativas dos vetos remetidas ao presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Bolsonaro afirmou que a distribuição de absorventes para estudantes de baixa renda contrariava o interesse público por não existir “compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino”.

Além disso, o presidente afirmou que o PL não indicava a fonte de custeio da aquisição dos absorventes ou uma medida compensatória, o que iria contra a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

No texto original do projeto aprovado na Câmara e no Senado, as fontes de custeio eram as dotações disponibilizadas anualmente pela União ao funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para atingir parte do público alvo previsto no projeto, as cestas básicas entregues no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) deveriam conter o absorvente higiênico como item essencial. No entanto, o item também foi vetado com a justificativa de falta de indicação orçamentária.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Imagina como os fabricantes dos absorventes iriam faturar com esses absorventes.
    Gente, isso não é prioridade.
    Antigamenteeee nao existia absorvente e existia higiene. É dinheiro nosso.

  2. Faltou rubrica. Espero que o Presidente aproveite a sugestão e solicite provisão para levar adiante esta ideia. Iria melhorar muito a qualidade de vida de milhares de mulheres de classe humilde.

  3. Daqui a pouco irão criar a lei da calcinha, que toda mulher que vive em vulneralibidade social
    terá direito !!!

  4. Vou dar uma sugestão ao blog, o qual gosto e respeito. Quando replicar uma notícia, procure explicar os fatos, seja esquerda ou direita. Neste caso, não existe “distribuição gratuita”. Toda despesa dos governos precisam de dotação orçamentária. E no caso específico não tinha. A matéria volta pra o congresso, e lá, se houver dotação, eles podem derrubar o veto, sem crime de responsabilidade. Matéria cheias de hipocrisia.

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Mundo

Venezuela tem 94,5% da população vivendo na pobreza, segundo pesquisa

Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

Em meio à profunda crise econômica da Venezuela, 94,5% da população do país vivem em situação de pobreza, e mais de três em cada quatro venezuelanos sofrem com a extrema pobreza, com renda insuficiente para garantir as suas necessidades alimentares. As conclusões são da Pesquisa Nacional de Condições de Vida 2021, realizada pela Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), publicada na quarta-feira (29).

Segundo os resultados, a extrema pobreza atinge agora 76,6% dos venezuelanos, um aumento em relação aos 67,7% registrados no ano anterior.

“O empobrecimento tem sido dramático”, afirmou o economista venezuelano Pedro Palma, ao comparar os resultados do último levantamento aos dados de nove anos atrás. “Em 2012 (ao fim da bonança petroleira), a pobreza estava em 32,6% e a extrema pobreza em 9,3%.”

Crise econômica, perda de institucionalidade, pandemia de Covid-19 e a escassez crônica de combustíveis foram apontadas como os principais fatores para o empobrecimento dos venezuelanos. Cerca de 20% dos entrevistados afirmaram que não conseguiam abastecer os seus carros, o que prejudica a suas atividades profissionais.

Os números da pesquisa diferem daqueles apresentados pela ditadura de Nicolás Maduro, que em sua prestação de contas ao parlamento afirmou que 17% dos venezuelanos viviam na pobreza em 2020, e apenas 4% em pobreza extrema.

Segundo os pesquisadores da UCAB, a população da Venezuela foi reduzida para 28,7 milhões, depois que pouco mais de 4 milhões de pessoas deixaram o país entre 2015 e 2020, fugindo da crise econômica e social. Além disso, a taxa de natalidade diminuiu, porque “as potenciais mães migraram”. Estima-se que 340 mil crianças deixaram de nascer nos últimos cinco anos no país.

Houve também perda de três anos de expectativa de vida. “As gerações nascidas no período de crise (2015-2020) irão viver menos anos do que os que nasceram antes (2000-2005). Antes da crise, estimava-se uma expectativa de vida de 83 anos para 2050, agora o número baixou para 76,6.

A taxa de mortalidade infantil no país, que chega a 25,7 para cada 1.000 nascidos vivos, é a mesma de 30 anos atrás.

Apenas cerca da metade dos venezuelanos em idade de trabalhar está em atividade, o que corresponde a cerca de 7,6 milhões de pessoas, estima a pesquisa. Para as mulheres, a situação é ainda pior: apenas 32,9% das trabalhadoras estão em atividade, um índice muito inferior à média da América Latina.

As medidas de combate à pandemia da Covid-19, com restrições à circulação, somadas à falta de combustível na nação que já foi um gigante petrolífero, levaram à paralisação de parte do setor produtivo, reforçando a recessão no país.

Diante do colapso das condições de vida, 86,5% dos domicílios recebem ajudas governamentais, enquanto 20% recebem remessas de familiares no estrangeiro.

A pesquisa foi conduzida com a aplicação de questionários distribuídos a 17 mil domicílios em 22 dos 24 estados da Venezuela entre fevereiro e abril de 2021.

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. Sob o governo do desqualificado já temos mais de 20% nessa situação e 120 milhôes em risco alimentar. Com o mentiroso e os bichos de chifres poderemos bater a Venezuela até 2022. Fora bicho de chifre.

  2. Acuse os do que vc faz. O presidente qdo candidato e até hj diz que se o seu concorrente ganhasse o brazil viraria uma Venezuela, hj, de fato, estamos nos tornando uma Venezuela e adovinha quem e o presidente? O mesmo que acusava o seu oponente.

    1. Como é?, é graças ao PRESIDENTE BOLSONARO que não caminhamos para o socialismo, que não seremos mais uma nação devastada pelo comunismo.
      Íamos ser a Venezuela se continuássemos com governos de ESQUERDA, que destroem a economia, destroem as empresas, destroem a iniciativa privada, que afastam os investidores, e que só servem para bancar servidores públicos que pouco produzem e custam muito.
      É a produção da iniciativa privada que gera RIQUEZA, distribuir o que alguns poucos produzem para muitos que nada fazem é o caminho da Venezuela, é dessistimular àqueles que produzem, é o caminho da falência da economia do país.

  3. Quem apoia o regime “democrático” na Venezuela é o PT e seus asseclas. Enquanto isso, nossas ruas estão cheias de pedintes venezuelanos.

  4. Nunca vi pobre comer carne de primeira, salva as vezes em alguma comemoração. Vamos deixar de ser hipócrita, onde poderá Lula vai nos salvar, votei nele em 2002, 2006 e em Dilma põe causa de Lula em 2010 e 2014. A culpa hj não é apenas de Bolsonaro, mas as políticas públicas utilizadas no governo PT, junta isso a pandemia. Não posso esquerda nunca do MENSALÃO E O PETROLAO. Casos que acabaram com nosso país.

  5. A falsa simetria anda imperando. Então qualquer um que critique a nova família real miliciana, tem que ir para a Venezuela? Vão ver as estatísticas, o pessoal anda indo para Portugal e Estados Unidos, porque liberal (menos Ministro Guedes) não gosta de imposto e nem de inflação, enquanto os babões ganham salário mínimo e torram boa parte em gasolina para motociatas.

  6. Estão vendo que o socialismo deu certo? Quase todo mundo na igualdade. Os 6% restantes que não estão vivendo na pobreza deve ser do governo.

    1. Quantas expropriações e congelamentos Bolso fez? Não diga imbecilidade.

  7. Queremos que o pobre volte a ter vez novamente, que possa ir ao mercado comprar carne de primeira, estamos com saudades do governo que governou pra todos e quem estava no comando era Luiz Inácio Lula da Silva…#Lula2022

    1. Ter feito isso em cima de uma bolha artificial de gasto público e juro alto pra derrubar o câmbio deu uma rebordosa medonha.

  8. País rico em petróleo, administrado por lunaticos que socializaram o povo à pobreza. Esse é o resultado da experiencia do socialismo do seculo XXI… por puro desvaneio ideologico da esquerda latina. A FOME QUE O PT ALMEJA AO BRASIL. Dependência do governo pra passar fome. Aqui ainda é menos ruim com um lunatico que deseja que a economia prospere, do que um mentiroso que deseja a fome e a morte em prol do socialismo latino.

    1. brasil … brasi … bras … brasu … brasuela
      em menos de dez anos se continuar com esses sacripantas no comando, o nosso povo vai terminar comendo carne de cachorro no meio da rua.

  9. Ideologias totalitárias e ateias como o comunismo ou socialismo, são devastadoras. Rezemos pelos venezuelanos e vigiemos para não permitir esse mal no Brasil.

    1. Você é desmiolado, perdeu completamente a razão ou se faz de pateta para aparecer.
      Que tal comparar o governo do bozo com os 02 do PT?
      Quer comecar por onde? Número de escâdalos por corrupção? Transposiçao do Rio São Francisco? Obras concluídas? Promessas de campanha realizadas? Escolha!
      Com um detalhe: De 2003 a 2010 o mundo viveu um apogeu econômico, tudo crescendo e dando certo. De 2019 a 2021 tivemos 18 meses de pandemia.
      Vamos comparar?

    2. Está ruim ?? Homem se mude para o paraíso Venezuela ou Cuba,tem alguém te obrigando a ficar no Brasil ??? Há já sei , você é o socialista de iPhone na mão , ou igual ao socialista JEAN WILLIANs , ama o socialismo mas mora em BARCELONA…deixa de escrever MERDA vagabundo

    3. Perto da Venezuela, tá sim.
      Quem ferrou a economia foram prefeitos e governadores.
      Estamos saindo dessa.

    4. Vai pra lá. Mas passe num cruzamento de nossa cidade antes e peça a uma daquelas senhoras de vestido florido umas dicas de sobrevivência.

    5. Brasileiro, não sei se vc sabe, petralhas são bucéfalos.

    6. Maduro deixou a fronteira aberta para pessoas que não estão satisfeitos com o presidente!

      Vá para a Venezuela onde seu ex presidente tem amizade com maduro kkkkk

  10. O socialismo na Venezuela deu certo ! Parabéns para a esquerda ! Agora podemos comparar de forma real o q queremos no Brasil!

    1. Para o líder MADURO é excelente, ele fuma charuto cubano e come churrasco caríssimo em Stambul, cadê o nosso socialista JEAN WILLIAN ? Me lembrei está em Barcelona…povo MALANDRO , socialista só para os IDIOTAS PTRALHAS, aqueles imbecis que ficam balançando bandeira vermelha nas esquinas

    2. E aqui vai bem direitinho amigo, seu presidente matando o povo de fome e vcs aplaudindo, antes do mimimi Lula também não presta.

    3. Dizaí como é que um Presidente faz para conter preços. A Venezuela fez todo o tipo de congelamento, expropriação, tabelamento, estatização. Bolsonaro está aprovando leis que justmente promovem maior liberdade econõmica, menos estado na vida da empesas.

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Diversos

Pobreza na Argentina atinge mais de 44% da população

(Foto: AFP VIA BBC)

A pobreza na Argentina atingiu 44,2% da população no fim do terceiro trimestre de 2020, uma alta de 3,4% quando comparado ao mesmo período de 2019, informou nesta quinta-feira (03) o Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina (UCA). Quando considerado o número por famílias, o índice atinge 34,9% delas, uma elevação de 2,2%.

“Pelo efeito da crise da Covid-19, a capacidade monetária das famílias argentinas experimentaram uma piora brusca e elevada, com efeito regressivo sobre a pobreza e a indigência”, diz o relatório.

O documento ainda ressalta que “o novo cenário paralisou ainda mais os investimentos, o consumo e a disponibilidade de postos de trabalho na economia formal, freando qualquer iniciativa de reativação e danificando, especialmente, as pequenas e médias empresas e aprofundando a relação entre informalidade econômica, pobreza e exclusão social”.

Detalhando os números, a pesquisa mostrou que 7,3% das famílias e 10,1% dos argentinos estavam na faixa da “indigência”, nos maiores números da década. A UCA informou ainda que o desemprego entre julho e outubro ficou em 14,2%, o que equivale a 2,7 milhões de pessoas.

O diretor do Observatório, Agustín Salvia, afirmou ao apresentar o estudo que “sem o auxílio universal para filhos, sem a renda familiar de emergência, além das ajudas alimentares e outros subsídios” dados pelo governo argentino durante a crise sanitária do coronavírus Sars-CoV-2, “a indigência teria sido o dobro e a pobreza teria atingido 53%” da população.

“É necessário um crescimento econômico e um pacto econômico-social para criar empregos porque, de outra maneira, não haverá nenhuma possibilidade de sair da pobreza”, ressalta ainda Salvia.

Isto É, com ANSA

Opinião dos leitores

  1. Em seis meses os comunistas destroçaram a economia do pais jogando a população na pobreza, nesta velocidade com mais 1 ano teremos uma segunda Venezuela .
    Vale como experiência para aqueles esquerdopatas que possuem pelo menos 0,1% de neurônio acordarem para não querer a volta desta esquerda destruidora .
    Aos argentinos resta a luta, para retirar estes cupins de prosperidade.

  2. Parabéns esquerda. Foi uma festa dos membros do foro de São Paulo a eleição desse presidente Argentino. Onde a esquerdalha pisa é desastre

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Diversos

Extrema pobreza se manteve estável em 2019, enquanto a pobreza teve ligeira queda no Brasil, aponta IBGE

Regiões Norte e Nordeste têm mais de 40% da população vivendo abaixo da linha da pobreza — Foto: Economia/G1

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil não conseguiu amenizar a extrema pobreza no último ano. Todavia, o trabalho informal pode ter contribuído para reduzir o contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.

Os dados são de 2019 e fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais. Naquele ano, 6,5% de toda a população brasileira se encontrava em situação de extrema pobreza – a mesma proporção observada em 2018.

Em números absolutos, considerando o aumento populacional no país, somavam 13,6 milhões o total de pessoas extremamente pobres, cerca de 100 mil a mais que no ano anterior, o que é considerado estatisticamente como uma estabilidade. Na comparação com 2014, quando o país vivia sob os patamares mais baixos de desemprego, esse contingente aumentou em quase 4,7 milhões de pessoas.

Já a proporção de pobres caiu de 25,3% para 24,7% no mesmo período. Em 2019, eram cerca de 51,7 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, cerca de 800 mil a menos que no ano anterior.

Segundo o IBGE, é considerado em situação de extrema pobreza quem dispõe de menos de US$ 1,90 por dia, o que equivalia a aproximadamente R$ 151 por mês em 2019. Já os considerados pobres são aqueles que vivem com menos de US$ 5,50, equivalente a R$ 436 no ano de análise.

Estas linhas foram estabelecidas pelo Banco Mundial para acompanhar a evolução da pobreza global. Elas não consideram o câmbio oficial, mas o chamado Poder de Paridade de Compra (PPC). Segundo o IBGE, essa medida permite comparar o valor real das moedas em determinado ponto do tempo por meio de uma pesquisa de preços de bens e serviços em diversos lugares do mundo.

Considerando apenas a linha de pobreza, o Brasil apresenta a 21ª taxa mais elevada entre 43 países com informação disponível no Banco Mundial, ficando atrás de países como Paraguai, Azerbaijão e Cazaquistão.

Já o contingente de extremamente pobres no Brasil é maior que a população total de países como Bélgica, Portugal e Grécia, entre outros.

Extrema pobreza no Brasil

O contingente de extremamente pobres no país é formado, majoritariamente, por pretos e pardos, mulheres em sua maioria, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto e desempregados.

O IBGE destacou que 56,8% das pessoas abaixo da linha da extrema pobreza viviam no Nordeste, região que respondia por 27,2% da população total do país.

Entre os estados, a situação mais precária foi observada no Maranhão, onde um em cada cinco moradores viviam em condição de miséria financeira em 2019.

Já a região Sudeste, a mais populosa do país, tinha o segundo maior contingente de extremamente pobres, mas respondia por apenas 15,2% desse grupo.

Apenas 13,8% das pessoas consideradas extremamente pobres estava ocupada no mercado de trabalho em 2019. A dificuldade em conseguir trabalho remunerado, segundo o IBGE, pode explicar a estabilidade dessa população.

O rendimento do trabalho é o que tem mais peso na composição do rendimento médio domiciliar per capita, segundo o IBGE. Ele representava, em 2019, 72,5% do rendimento familiar.

O IBGE destacou que, dentre as pessoas ocupadas que viviam em situação de extrema pobreza, os trabalhadores familiares auxiliares, geralmente sem qualquer remuneração, eram a posição na ocupação com maior incidência (12,2%) neste grupo.

1 em cada 4 brasileiros vivia com menos de R$ 436 por mês

Embora o contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza tenha se reduzido na passagem de 2018 para 2019, o país registrava um batalhão de mais de 51,7 milhões de pessoas nesta condição.

Isso equivale a dizer que um em cada quatro brasileiros viveu com menos de R$ 436 por mês em 2019.

O coordenador da pesquisa, João Hallak Neto, apontou que o mercado de trabalho pode estar por trás da redução do contingente de pobres. Isso porque a informalidade bateu recorde no país em 2019, o que pode ter impactado diretamente na renda dos brasileiros mais pobres.

Quase metade da população abaixo da linha da pobreza (47,1%) vivia no Nordeste. O Sudeste respondia por cerca de 27% do contingente de pobres.

O IBGE destacou que o Maranhão era o estado com a maior proporção de pobres em relação à população total – quase metade dos maranhenses vivia abaixo da linha da pobreza. Outros 12 estados apresentavam incidência de pobreza superior a 40% da população.

G1

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Economia

Auxílio emergencial reduziu a pobreza em 23%; FGV diz que 15 milhões de brasileiros saíram dessa linha

Foto: © 12/06/2012/Arquivo/Wilson Dias/Agência Brasil

Em meio à pandemia da covid-19, o auxílio emergencial contribuiu para a queda temporária da pobreza no Brasil. Segundo o estudo Covid, Classes Econômicas e o Caminho do Meio: Crônica da Crise até Agosto de 2020, divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), 15 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza até agosto de 2020, uma queda de 23,7%. A comparação é feita com os dados fechados de 2019.

De acordo com a definição usada pela FGV, a pobreza é caracterizada pela renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50).

Segundo o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, apesar de o país ainda registrar 50 milhões de pobres após esta queda, este é o nível mais baixo de toda a série estatística.

“De maneira geral, a gente observou um boom social inédito, mesmo comparando com períodos pós-estabilização, que foram períodos de boom social. Em toda a série estatística a pobreza nunca esteve num nível tão baixo, são 50 milhões de brasileiros. A queda foi realmente inédita, de acordo com as séries estatísticas”.

A redução de pobreza chegou a 30,4% na Região Nordeste e a 27,5% no Norte do país. No Sul, a redução foi de 13,9%; no Sudeste de 14,2% e no Centro-Oeste a queda na pobreza chegou a 21,7%.

Segundo a FGV Social, essas regiões têm maiores parcelas do público-alvo do Auxílio Emergencial. “O Brasil, nos nove meses do auxílio emergencial, até o final do ano, pretende gastar R$ 322 bilhões, cerca de nove meses são nove anos de Bolsa Família, uma injeção de recursos bastante substantivo”, destaca o pesquisador.

Mercado de trabalho

Por outro lado, Neri disse que as camadas com renda acima de dois salários mínimos per capita perderam 4,8 milhões de pessoas na pandemia e os dados do mercado de trabalho demonstram forte retração.

“Houve uma queda de renda de 20%. O índice de Gini teve um aumento muito forte, que é o índice de desigualdade. A renda do trabalho da metade mais pobre caiu 28%. Então guarda um certo paradoxo na pesquisa. As rendas de todas as fontes tiveram um aumento espetacular, principalmente na base da distribuição, enquanto a renda do trabalho, que deveria ser a principal renda das pessoas, teve uma queda igualmente espetacular, especialmente também na base da distribuição. O que explica esse paradoxo é a atuação do auxílio emergencial, que atingiu no seu pico com 67 milhões de brasileiros”.

Com a queda no topo e a subida na base das classes de renda, as camadas intermediárias tiveram um aumento de 21,4 milhões de pessoas, o que equivale à quase metade da população da Argentina. Neri lembra que a diminuição na pobreza é temporária e tende a ser totalmente revertida após o fim do auxílio emergencial.

“O boom social ocorrido em plena pandemia é surpreendente, mas enseja uma preocupação, porque a sua principal causa, que é o auxílio emergencial, generoso, que foi concedido, ele cai à metade agora em outubro, e depois é totalmente extinto em 31 dezembro. Então, a nossa estimativa é que esses 15 milhões que saíram da pobreza vão voltar à velha pobreza de maneira relativamente rápida. Isso equivale a cerca de meia Venezuela em termos populacionais”, disse o pesquisador.

A pesquisa aponta também que ainda não foram definidos novos programas sociais para contornar a crise atual, bem como há “cicatrizes trabalhistas de natureza mais permanente abertas pela crise”.

Além disso, a questão sanitária preocupa, já que o segmento mais pobre, público alvo do auxílio emergencial, tem taxas mais baixas de isolamento social, o que indica o impedimento das pessoas mais pobres em conseguirem exercer “ações mais ajustadas às necessidades impostas pela pandemia”.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Mérito do congresso e dos partidos de esquerda q aumentaram o valor do auxílio p 600 conto.
    Bolsonaro não queria dar auxílio algum.

    1. Vc está novamente distorcendo os fatos!!!
      O governo mandou proposta de R$200,00 e o Congresso aumentou para R$600,00.

    2. Vc está novamente distorcendo os fatos!!!
      O governo mandou proposta de R$200,00 e o Congresso TODO aumentou para R$600,00.

    3. E mais que isso.
      BOTAFOGO deu um tiro no pé.
      A economia brasileira está pujante, e o véi Bolsonaro ta estourado em todo Brasil sil sil sil.
      Inclusive no NE.
      Botafogo e os comparsas, queriam quebrar e afundar o País.
      Lascou se.
      Tiro pela culatra.
      O Brasil é grande, não tem quem quebre, nem a quadrilha petista deu conta depois de roubar em todo canto que era possível roubar.

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Economia

Na Argentina, pobreza atinge 40,9% da população

Foto: Juan Ignacio Roncoroni/ EFE

A taxa de pobreza na Argentina subiu para 40,9% da população no primeiro semestre deste ano, com 10,5% de indigência, um dos piores registros da história do país, informou o Instituto de Estatística (Indec). No final de 2019, a taxa de pobreza era de 35,5% e a indigência, 8%.

Na comparação interanual, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentou 5,5 pontos porcentuais, e na indigência 2,8 pontos porcentuais.

“Aos poucos, chegamos perto de metade da população que não tem condições de comprar com sua renda uma cesta básica de consumo essencial. Isso é muito preocupante porque tem um porcentual muito alto de crianças e adolescentes”, disse à agência France Presse o economista Ricardo Aronskind.

No primeiro semestre deste ano, a renda familiar média mensal total das famílias pobres foi de 25.759 pesos (cerca de R$ 1,7 mil pelo câmbio oficial), mas a cesta básica atingiu 43.785 pesos (cerca de R$ 3 mil), uma diferença de 41,2%, segundo o Indec. Em termos de faixas etárias, 56,3% das pessoas de 0 a 14 anos são pobres.

A Argentina, com uma inflação anual de mais de 40%, está em recessão desde 2018. A pandemia de covid-19 atingiu fortemente sua economia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o país fechará este ano com uma contração de 9,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Os números são alarmantes”, admitiu o ministro de Desenvolvimento Social, Daniel Arroyo, atribuindo parte da cifra a uma pobreza estrutural desencadeada por sucessivas crises econômicas que afetaram o país nas últimas décadas.

Em uma entrevista à TV a cabo Todos Noticias, Arroyo também disse que o “segundo trimestre foi o momento de maior fechamento das atividades” por causa da pandemia.

O ministro destacou que esse índice de pobreza seria ainda maior se o governo não tivesse desembolsado 420 bilhões de pesos (cerca de R$ 29,1 bilhões) em ajuda social durante a quarentena.

A pandemia começou na Argentina três meses depois de o presidente peronista Alberto Fernández assumir o poder com o desafio de reduzir a pobreza no país, afundado em uma profunda espiral inflacionária. Com a chegada do coronavírus, o governo optou por priorizar a saúde e em 20 de março instaurou uma rígida quarentena em todo o país. Nesse contexto de paralisação, o PIB caiu 19,1% no segundo trimestre e o desemprego subiu para 13,1% no mesmo período. A Argentina registrou até agora 736.609 casos de covid-19 e 16.519 mortes. / AFP, EFE e AP

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Esquerdismo é a doença que mais mata no mundo. E ainda tem doente querendo que essa praga volte para o Brasil.

  2. Argentina vai se transformando num Brasil! Onde até 100 mi de brasileiros viviam com menos de 400 reais

    1. Essa estatística de 100 milhões ganhando menos de R$ 400,00 no Brasil não existe. O número mais próximo seria pouco mais de 50 milhões recebendo pouco mais que R$ 400,00.
      Vejo muitos comentários de pessoas que inserem dados que não existem. Talvez para distorcer fatos e convencer desinformados.
      Outra coisa, a população da Argentina em 2020 é de, aproximadamente, 44 milhões de habitantes.

  3. Vixe, até havia elogiado Entregador De Pizza mais vou voltar atrás, essa doença esquizofrênica paranoide que acomete esse povo, é difícil de tratar pois tem um componente de ideia fixa,em Cuba onde curam vitiligo, talvez haja tratamento, na Venezuela não, já que Maduro tem uma Noia, já afirmou até que conversou com Chávez através de um pássaro, e continua matando o povo com suas sandices.

  4. Lamentável. A No final da década de 1920, chegou a ser a sexta maior economia do mundo. Era uma potência agrícola e pecuária que abastecia a Europa. A imponência e elegância de Buenos Aires simbolizavam a prosperidade. Só para ficar no exemplo, enquanto aqui no Brasil andávamos de carroça, o Metrô de Buenos Aires foi inaugurado em 1913. A Argentina é a prova viva de como políticos incompetentes e corruptos podem destruir uma nação.

  5. Resultado de políticas socialistas adotadas pelo atual governo, a Argentina está seguindo o mesmo caminho da Venezuela, enquanto o Brasil cresce, a Argentina desaba, o Brasil estaria no mesmo caminho se tivesse elegido Hadad, graças a Deus temos Bolsonaro como presidente.

  6. Culpa dos anos de governo Macri, Robin Hood dos ricos.
    Aqui, com o miliciano e com o econoburro Paulo Jegues, caminhamos para o mesmo barco.
    Buenos Aires pelo menos tem umas boas empanadas ?

    1. Resultado do modelo Venezuelano do foro de São Paulo que a Argentina está adotando, uma catástrofe anunciada.

    2. Não diga tonteiras. O congreeso, tomado de peronistas, não deixou Macri fazer nada.

    3. Entregador de pizza não, entregador de rosca ! O seu partido de ladrões destruíram o Brasil e você vem com essa conversa de miliciano.

    4. Estou na dúvida, é cegueira, burrice, falta de inteligência, ignorância ou mal caratismo?

    5. Eduardo lemos.
      Não tenha dúvidas, ou é tudo isso que vc fala, ou é doença.
      De todo modo, se conselho valer alguma coisa na cabeça desse sujeito, sugiro que procure um especialista o mais rápido possível.
      Isso não é normal.
      O dia todo dependurado no celular escrevendo asneiras.
      Até o nome que usa é esquisito.
      Entregador de pizzas.
      Isso tem cabimento??
      Coisa de desequilibrado.
      O que uma derrota não faz.
      E sem perspectiva.
      PT acabou!!
      Daqui a duzentos anos, não governa mais o Brasil.
      Quem for vivo, virá.
      Sem duvidas!!!!

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Diversos

Pandemia pode ter levado 150 milhões de crianças à pobreza pelo mundo, diz Unicef

Foto: Muhammad Wasel – 29.mar.2020/ Unicef

A pandemia do novo coronavírus pode ter aumentado o número de crianças em todo o mundo que vivem na pobreza em 15%, de acordo com um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a organização sem fins lucrativos Save the Children.

As organizações afirmaram na quinta-feira (17) que este crescimento da pobreza representa um aumento de 150 milhões de crianças sem acesso adequado à educação, habitação, nutrição, serviços de saúde, saneamento ou água – elevando o número global de crianças na pobreza para quase 1,2 bilhão.

O relatório é baseado em dados de quase 80 países.

“Esta pandemia já causou a maior emergência educacional global da história e o aumento da pobreza tornará muito difícil para as crianças mais vulneráveis e suas famílias compensar a perda”, disse Inger Ashing, CEO da Save the Children em comunicado à imprensa.

“As crianças que perdem a educação têm maior probabilidade de serem forçadas ao trabalho infantil ou ao casamento precoce e ficar presas em um ciclo de pobreza por muitos anos. Não podemos permitir que uma geração inteira de crianças se torne vítima desta pandemia”, continuou Ashing. “Os governos nacionais e a comunidade internacional devem agir para suavizar os impactos.”

Além disso, a pobreza pode ter um impacto significativo no bem-estar e na segurança de mulheres e crianças.

“Não podemos nos deixar pensar que apenas as pessoas pobres enfrentam a violência de gênero. Isso foi refutado várias vezes. Mas o que é verdade é a disponibilidade de serviços e espaço”, disse Natalia Kanem, diretora-executiva do Fundo de População das Nações Unidas, durante uma reunião virtual organizada pela Fundação da ONU.

“Às vezes a situação se torna volátil, porque estamos todos confinados juntos”, disse Kanem. “A ideia de uma mulher estar em uma situação estressante – ela pode ter perdido o emprego, o parceiro, o que for. Os filhos também podem ser vítimas desse tipo de situação. Essa é a verdadeira preocupação.”

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. Pois é, se tivesse todos na rua no início da Pandemia teria matado bem mais, idiotice isso que vcs falam.

    2. Greg o q matou mais gente foi Mandetta e Fátima dizendo prs o povo só procurar um médico qdo estivesse com falta de ar, já chegava pronto pra morrer e ser ensacado, mesmo assim eles não bateram a meta de 11.378 mortes no RN no dia 15 de maio e 1 milhão de mortes no Brasil até o fim de agosto

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Política

Lula: “Quando se acredita, pobre não é problema para nenhum país ou governante”

“Quando se acredita, pobre não é problema para nenhum país ou governante”. Foi o que declarou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o encerramento do 2ª Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, em Foz do Iguaçu, no Paraná, nesta sexta-feira. No discurso Lula, fez um resumo dos dez anos de governo petista e ressaltou a aposta como uma das soluções para a guerra contra a pobreza.

– Se o poder público, ao invés de ficar inventando a roda, tiver mais humildade e ouvir a sua população, os anseios locais, vai saber implementar ações verdadeiras de desenvolvimento econômico local – comentou ao sugerir que só começou a vencer as eleições que disputou quando passou a ouvir o povo.

Sobre as eleições de 2014, o ex-presidente procurou evitar declarações diretas sobre quem concorrerá à Presidência pelo PT, mas disse que caso falasse e isso fosse entendido como campanha antecipada poderia ser mais uma vez multado e “não teria dinheiro para apoiar as campanhas de Dilma (para a reeleição) e de Gleisi (Hoffmann) – para o governo do Paraná.

Lula afirmou já ter sido multado quatro vezes por esse motivo.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Ele está certo. Pobre não é problema. O problema é a corrupção, onde o partido dele, lidera de longe, o Rankin dos partidos mais corruptos do país. Eita partidozinho pra ter ladrão, cabra de peia, que merece por muitos anos, puxar uma boa cadeia. A lata do lixo da História do Brasil, em momento oportuno, já espera com ansiedade, guardar para sempre em suas dependências, o lixo moral representado pela Biografia desde cidadão chamado Lula da Silva. Quando o povo se cansar de ser enganado pelo PT e seus cúmplices pelas suas vigarices, a verdade um dia aparecerá.

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Diversos

Indicador defasado 'esconde' 22 milhões de miseráveis do país

O número de miseráveis reconhecidos em cadastro pelo governo subiria de zero para ao menos 22,3 milhões caso a renda usada oficialmente para definir a indigência fosse corrigida pela inflação.

É o que revelam dados produzidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social, a pedido da Folha, com base no Cadastro Único, que reúne informações de mais de 71 milhões de beneficiários de programas sociais.

Desde ao menos junho de 2011 o governo usa o valor de R$ 70 como “linha de miséria” –ganho mensal per capita abaixo do qual a pessoa é considerada extremamente pobre.

Ele foi estabelecido, com base em recomendação do Banco Mundial, como principal parâmetro da iniciativa de Dilma para cumprir sua maior promessa de campanha: erradicar a miséria no país até o ano que vem, quando tentará a reeleição.

Mesmo criticada à época por ser baixa, a linha nunca foi reajustada, apesar do aumento da inflação. Desde o estabelecimento por Dilma da linha até março deste ano, os preços subiram em média 10,8% –2,5% só em 2013, de acordo com o índice de inflação oficial, o IPCA.

Corrigidos, os R$ 70 de junho de 2011 equivalem a R$ 77,56 hoje. No Cadastro Único, 22,3 milhões de pessoas, mesmo somando seus ganhos pessoais e as transferências do Estado (como o Bolsa Família), têm menos do que esse valor à disposição a cada mês, calculou o governo após pedido da Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.

Esse número corresponde a mais de 10% da população brasileira e é praticamente a mesma quantidade de pessoas que tinham menos de R$ 70 mensais antes de Dilma se tornar presidente e que ela, com seis mudanças no Bolsa Família, fez com que ganhassem acima desse valor.

Os dados possibilitam outras duas conclusões. Primeiro, que um reajuste da linha anularia todo o esforço feito pelo governo até aqui para cumprir sua promessa, do ponto de vista monetário.

Segundo, que os “resgatados” da miséria que ganhavam no limiar de R$ 70 obtiveram, na quase totalidade, no máximo R$ 7,5 a mais por mês –e mesmo assim foram considerados fora da extrema pobreza.

Além do problema do reajuste, o próprio governo estima haver cerca de 700 mil famílias vivendo abaixo da linha da miséria e que estão hoje fora dos cadastros oficiais.
outro cenário.

A reportagem pediu outra simulação ao governo, usando agosto de 2009 como o início do estabelecimento da linha de R$ 70. Nessa época, um decreto determinara o valor para definir miséria no Bolsa Família.

Nesse outro cenário (inflação acumulada de 23,4%), o número de extremamente pobres seria ainda maior: 27,3 milhões de pessoas. A data marcou a adoção do valor no Bolsa Família, mas não em outros programas, diz o governo.

JOÃO CARLOS MAGALHÃES

Da Folha

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Finanças

Mais de 400 mil pessoas vivem na pobreza no RN

Tribuna do Norte

Em território urbano ou rural. Não importa o cenário. Elas estão sempre lá. No rosto, as feições de quem se acostumou a sobreviver com pouco. Pessoas cuja renda per capita não ultrapassa R$70 por mês e que aprenderam a dispensar o supérfluo, desde cedo. No Rio Grande do Norte, elas representam 12,81% da população – são 405.812 ao todo. A maioria é mulher, parda e tem entre 15 e 64 anos. Algumas não sabem ler ou escrever.

Apesar de ter o menor percentual da população vivendo em extrema pobreza, no Nordeste, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com base no Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Norte não tem o que comemorar. O número de habitantes nessa condição é elevado, alerta o economista Aldemir Freire, chefe do IBGE/RN. “O indicador ainda é bem superior à média nacional e 400 mil pessoas representam praticamente a população inteira de alguns municípios”, justifica.

No Rio Grande do Norte, a renda média mensal domiciliar per capita – o que cada pessoa da família recebe por mês – subiu 35,19% nos últimos dez anos. Apesar da evolução, milhares de potiguares não conseguiram sair da condição de pobreza extrema. Maria Gomes da Silva, 62, é uma delas. A feirante divide a casa, doada pelo Estado, com dois netos e o marido. A renda mensal da família não ultrapassa R$100, já incluindo o Bolsa Família, que lhe rende R$70 por mês – o que dá uma média de R$25 por pessoa.

Apesar da evolução verificada nos últimos anos, reflexo, em parte, do impacto dos programas assistenciais do governo Lula, o Nordeste ainda é a região  que concentra o maior número de pessoas em pobreza extrema: são 9,6 milhões ao todo – o triplo do registrado na região Sudeste.

Na avaliação de Aldemir Freire, o Bolsa Família, as aposentadorias rurais e o aumento do salário mínimo foram responsáveis pela evolução das rendas nordestina e potiguar. “A economia do Nordeste como um todo também vem crescendo mais intensamente que a brasileira e isso acaba por também puxar o emprego e a renda de forma mais acentuada”, explica.

Crescimento continuado

Segundo ele, todos os indicadores apontam para a manutenção do crescimento tanto no estado quanto na região nos próximos anos. O ritmo da evolução, porém, dependerá da expansão da economia brasileira, que deverá crescer, pelo menos, 5% ao ano, segundo o economista. “O aumento dos investimentos em infra-estrutura, a elevação do emprego, o aumento de crédito, o crescimento das exportações brasileiras de produtos agrícolas e minerais: tudo isso aponta para uma perspectiva boa para a economia brasileira (e consequentemente potiguar e nordestina)”, conclui.

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