Saúde

Estudo indica que risco de surgirem novas pandemias pode triplicar

Foto: Reprodução

Uma pessoa vivendo em qualquer momento dos últimos quatro séculos esteve sob uma probabilidade de 38% de vivenciar uma pandemia com a escala da Covid-19 ao longo de sua vida. E, a julgar pela intensidade com que perturbações ecológicas estão se agravando, esse risco pode dobrar ou triplicar dentro de algumas décadas, afirma um novo estudo.

A conclusão é de um grupo de cientistas italianos e americanos que criaram um banco de dados com o histórico de epidemias no mundo desde 1600. Para cada evento que os pesquisadores registraram, foi incluído o período de ocorrência, sua duração e o número de mortes em relação à população mundial da época.

Para cada um dos 1.539 surtos de doenças registrados em todo o período analisado, os cientistas criaram um índice de “intensidade epidêmica”, que resume o impacto mundial de cada evento. Analisando os números, o grupo demonstrou que o risco de uma epidemia aumenta de acordo com uma função matemática bem estabelecida, em que o impacto de um patógeno na população global aumenta de acordo com a raridade do evento.

Epidemias catastróficas como a Covid-19 ou a Gripe Espanhola de 1918, porém, se mostraram menos improváveis do que se poderia supor, afirma o grupo de pesquisa, liderado pelo ecólogo e engenheiro Marco Marani, professor da Universidade de Padova (Itália).

“Esse decaimento lento da probabilidade com a intensidade da epidemia implica que epidemias extremas são relativamente prováveis de ocorrer, uma propriedade não detectada antes em razão dos poucos registros observacionais existentes e de métodos de análise pouco dinâmicos”, escreveu o cientista com seus coautores no estudo. O trabalho foi publicado ontem na revista PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Junto ao estudo, os cientistas abriram o acesso aos dados que reuniram. “Apresentamos aqui um conjunto de dados de epidemias de 1600 até hoje, compiladas e examinadas usando novos métodos estatísticos para estimar a probabilidade anual de ocorrência de epidemias extremas”, escreveram os cientistas.

Enquanto em uma ponta da série histórica se situa a Gripe Espanhola, com 32 milhões de mortes estimadas, no meio encontram-se eventos como a epidemia de varíola do Brasil, que durou duas décadas na virada do século XIX para o século XX. Registros históricos muito antigos e sem estimativas de mortos, como os surtos de influenza na Europa do século XVIII, foram contabilizados como tendo causado menos de 10 mil mortes.

Ao alinhar todos os registros de acordo com seu impacto global relativo, os cientistas desenharam então suas estimativas de que novas epidemias surjam. Enquanto o risco de um evento da escala da Gripe Espanhola eclodir ao longo de um ano é tipicamente menor que 0,25%, uma epidemia como a praga franco-italiana de 1628, que matou 1,3 milhão de pessoas, é de 1%. A intensidade relativa da Covid-19 é menor do que se poderia intuir. Segundo os pesquisadores, em termos de mortes globais relativas, o coronavírus é até aqui similar ao surto de tifo no exército napoleônico na campanha da Rússia, que matou 220 mil pessoas em 1813. Hoje, a população mundial é oito vezes maior, o que pesa na conta.

Mas o estudo de Marani está longe de representar boa notícia. Apesar de a medicina moderna ter conseguido atenuar o risco de patógenos que antes eram recorrentes, tal qual a varíola, a conectividade do planeta e as perturbações ecológicas estão ampliando esse risco. Ou seja, se por um lado os velhos vírus e bactérias vêm sendo derrotados pela ciência, por outro a probabilidade do surgimento de novos patógenos aumentou.

O Globo

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Diversos

BENNU: Missão da Nasa revela detalhes sobre asteroide que pode colidir com a Terra

Foto: Nasa/Goddard/University of Arizona

O asteroide Bennu é um dos mais “ameaçadores” em nosso sistema solar. Graças à visita de uma espaçonave da Nasa, os cientistas têm agora uma compreensão muito maior do asteroide, próximos movimentos mais perto da Terra – e se ele poderia impactar nosso planeta.

Em mais de dois anos orbitando Bennu, a missão OSIRIS-REx da Nasa foi capaz de reunir informações sem precedentes, bem como uma amostra que está voltando para a Terra. A amostra chegará em setembro de 2023.

Os dados coletados pela “Explorador de Regolito, de Origens, de Interpretação Espectral, de Identificação de Recursos e de Segurança” – uma tradução livre para a sigla em inglês que dá nome à missão – permitiram o rastreamento preciso dos movimentos do asteroide até 2300 – descobertas que reduzem as incertezas que os cientistas tinham sobre a futura órbita do asteróide.

O asteróide tem 1 chance em 1.750 de impactar a Terra até 2.300.

Bennu fará sua próxima aproximação da Terra em 2135. Embora o asteroide não chegue perto o suficiente para representar uma ameaça à Terra, saber sua trajetória exata pode ajudar os cientistas a entender melhor como a gravidade do nosso planeta mudará sua futura órbita em torno do sol. Isso também pode afetar as chances de Bennu impactar a Terra após 2135.

Sabe-se ainda que o corpo celeste fará sua aproximação de fechamento mais significativa em 24 de setembro de 2182, com uma chance de 1 em 2700 de impactar a Terra naquele dia. Os pesquisadores concordam que o risco de Bennu impactar a Terra é baixo, e a Nasa continuará a observar a órbita do asteroide nos próximos anos, diz um estudo baseado nas descobertas e publicado na revista Icarus.

“A missão de defesa planetária da Nasa é encontrar e monitorar asteroides e cometas que podem se aproximar da Terra e representar um perigo para o nosso planeta”, disse Kelly Fast, gerente do programa de observação de objetos próximos à Terra na sede em Washington, em uma demonstração.

“Realizamos esse esforço por meio de pesquisas astronômicas contínuas que coletam dados para descobrir objetos anteriormente desconhecidos e refinar nossos modelos orbitais para eles. A missão OSIRIS-REx forneceu uma oportunidade extraordinária para refinar e testar esses modelos, ajudando-nos a prever melhor onde Bennu irá seja quando ele se aproximar da Terra mais de um século a partir de agora.”

Estudando um asteróide de perto

A missão OSIRIS-REx chegou a Bennu em dezembro de 2018 e partiu em maio deste ano, carregada com a amostra que coletou da superfície do asteroide. Mesmo que a espaçonave esteja a alguns anos de retornar à Terra, ela tem enviado dados que revelam o que aprendeu sobre Bennu o tempo todo. Isso permite aos cientistas aprender que se trata de um asteróide com a forma de um peão, composto de rochas unidas pela gravidade, com cerca de 500 metros de largura.

“Os dados do OSIRIS-REx nos fornecem informações muito mais precisas, podemos testar os limites de nossos modelos e calcular a trajetória futura de Bennu com um alto grau de certeza até 2135”, disse o principal autor do estudo, Davide Farnocchia, cientista da Centro de Estudos de Objetos Perto da Terra da Nasa, em um comunicado. “Nunca modelamos a trajetória de um asteróide com essa precisão antes.”

O Centro, baseado no Jet Propulsion Laboratory em Pasadena, Califórnia, pode usar dados de asteróides para calcular suas trajetórias, prever seu movimento futuro e avaliar se há ou não a possibilidade de um impacto.

As órbitas dos asteróides ao redor do Sol se alteram com o tempo e as menores coisas podem mudá-las.

Especificamente, os pesquisadores queriam determinar se Bennu experimentaria um “buraco de fechadura gravitacional” durante sua primeira aproximação da Terra em 2135. Um “buraco de fechadura” é uma pequena região do espaço onde a gravidade de um planeta pode alterar a órbita de um asteróide que passa.

Se Bennu passar por um deles em um determinado momento devido à gravidade da Terra, isso pode colocá-lo no curso de um impacto futuro em nosso planeta. “A gravidade da Terra ajustaria o movimento na medida certa para colocá-lo em uma trajetória de colisão em uma data posterior no século 22”, disse Farnocchia.

Antes deste estudo, os cientistas estavam preocupados que Bennu pudesse ter 26 buracos de fechadura gravitacionais potenciais para passar. Agora, eles estão preocupados apenas com dois deles.

“Mas devemos ter em mente que a probabilidade de impacto, em geral, é muito pequena”, disse Farnocchia. “Na verdade, existe uma probabilidade de 99,94% de que não haja uma trajetória de impacto. Portanto, não há motivo específico para preocupação.”

Bennu em movimento

O calor do sol pode causar algo chamado efeito Yarkovsky nos asteróides. Conforme orbitam ao redor do Sol, eles se aquecem e resfriam repetidamente enquanto giram. Conforme o asteróide gira durante essa mudança de temperatura, ele libera energia e o asteróide, por sua vez, recebe um pequeno impulso.

“O efeito Yarkovsky atuará em todos os asteroides de todos os tamanhos e, embora tenha sido medido para uma pequena fração da população de asteróides de longe, o OSIRIS-REx nos deu a primeira oportunidade de medi-lo em detalhes enquanto Bennu viajava ao redor do Sol, “disse o co-autor do estudo Steve Chesley, um cientista pesquisador sênior do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em um comunicado.

“O efeito no Bennu é equivalente ao peso de três uvas agindo constantemente no asteróide – minúsculo, sim, mas significativo ao determinar as chances de impacto futuro do Bennu nas décadas e séculos vindouros.”

Outras forças podem alterar o movimento dos asteróides, incluindo a gravidade do sol, outros planetas, luas e outros asteróides. A poeira no sistema solar e o fluxo carregado de partículas do sol, chamado de vento solar, também podem afetar a órbita de Bennu. E durante a missão OSIRIS-REx, a equipe ficou surpresa ao observar a superfície de Bennu ejetando partículas para o espaço, o que também poderia desempenhar um papel.

Embora o objetivo da missão fosse coletar uma amostra de Bennu e devolvê-la à Terra, a percepção obtida dos asteróides próximos à Terra e a obtenção de melhores cálculos de suas órbitas são cruciais.

“Os dados orbitais desta missão nos ajudaram a avaliar melhor as chances de impacto de Bennu nos próximos dois séculos e nossa compreensão geral de asteróides potencialmente perigosos – um resultado incrível”, disse Dante Lauretta, pesquisador principal da OSIRIS-REx e professor da Universidade de Arizona, em comunicado.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Vai vê é culpa do Bolsonaro,só perguntar aos chefe da quadrilha,ôps,da CPI da Covid que eles irão mostrar que foi Bolsonaro a 100 milhões de anos que rebolou essa pedra no espaço.

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Judiciário

CPI não se conforma com silêncio de diretora da Precisa e Fux reafirma direito de não se pronunciar em perguntas e respostas para não se incriminar

Foto: Reprodução

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, reafirmou à CPI da Covid os termos da decisão que garantiu à diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, o direito de ficar em silêncio na comissão.

Fux declarou aos senadores – incluindo o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL) – que a decisão só abrange perguntas e respostas que poderiam incriminar a diretora, e não sobre temas que ela testemunhou.

O presidente do STF, que está de plantão durante o recesso judiciário, deve emitir uma decisão ainda nesta terça com esses esclarecimentos, em resposta a um embargo de declaração protocolado pela CPI.

Ao blog, Omar Aziz afirmou que o depoimento de Emanuela Medrades – suspenso após ela se negar a responder perguntas simples – deve ser retomado ainda nesta terça, quando a decisão de Fux chegar.

Maximiano nesta quarta

A cúpula da CPI também decidiu, após esse telefonema com Fux, remarcar para esta quarta-feira (14) o depoimento do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. A marcação deve ser anunciada ainda nesta terça, quando a sessão for retomada.

O depoimento de Maximiano chegou a ser agendado para 23 de junho, mas o empresário informou à CPI que não poderia comparecer porque tinha retornado há pouco tempo da Índia e cumpria quarentena sanitária.

G1

Opinião dos leitores

  1. É mais digno ser preso do que ficar dando palco a senadores cafagestes e investigados por corrupção, como Renan e Azia. São uns cabra safados que não merecem nem um bom dia…são uns pulhas…

  2. Prendam…ontem ela estava tão falante na PF (negando tudo, claro).
    Nos vídeos em que estava negociando as vacinas ela era tão eloquente…

  3. A que ponto nós chegamos, uns bandidos desses se achando com poder de polícia e arautos da honestidade e moralidade…

    1. Igual a Bozo e os filhos…se acham os “honestos”…
      No entanto…

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Política

Como uma simples proposta de emenda pode acabar mudando as eleições no Brasil

Foto: Agência Brasil

O que seria uma simples Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para tratar do adiamento das eleições quando houver feriado próximo a elas pode se tornar uma ampla reforma eleitoral.

Em maio, a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) foi indicada relatora da comissão especial criada um mês antes pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para debater a PEC 125/11.

De autoria do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), o objetivo do autor era apenas evitar o questionamento da legitimidade dos resultados por causa da evasão de eleitores que viajam em feriados prolongados.

A relatora, no entanto, optou por ampliar a discussão. Para a parlamentar, a população não está satisfeita com o sistema eleitoral atual e é preciso debater métodos alternativos. Em dois meses de trabalho da comissão especial foram dezenas de sugestões de alterações. Entre elas, a do distritão — discussão já levantada anteriormente — e o voto preferencial — modelo de apuração que acabaria com o segundo turno (leia mais abaixo).

Na terça-feira (6), Lira reuniu os presidentes dos partidos de centro e de direita em sua residência oficial para tentar chegar a um consenso e levar a PEC à pauta. Entre os presentes, Gilberto Kassab (PSD), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araujo (PSDB), Roberto Freire (Cidadania) e Marcos Pereira (Republicanos).

Não foi possível chegar a um acordo. A grande maioria dos dirigentes partidários é contra mudanças no atual sistema eleitoral, em especial tão perto das eleições. Segundo apurou a CNN, Lira deve se manter neutro. As bancadas estão divididas. Pela legislação, o Congresso tem até outubro para aprovar alterações que sejam válidas já na disputa de 2022.

“Ficou acertado que votamos até o dia 4 de agosto, depois do recesso. Até lá vou trabalhar no convencimento individual dos líderes para ver o que tem adesão e depois finalizar o texto. E decidir se vamos votar as alterações fatiadas ou em votação única”, afirma a deputada Renata Abreu, que também participou da reunião.

Os sistemas de votação em estudo

Segundo a relatora, o grande desafio é que os dirigentes querem manter o sistema atual, enquanto alguns parlamentares preferem o distritão ou o distrital misto. Para a eleição de deputados, o método usado é o proporcional, aquele em que a representação se dá na mesma proporção da preferência do eleitorado pelos partidos políticos.

Os assentos das Casas Legislativas são distribuídos de acordo com a votação total dos candidatos e do partido, o que leva partidos mais votados a eleger candidatos não tão bem classificados.

Tal sistema, segundo cientistas políticos, é capaz de refletir os diversos pensamentos e tendências existentes na sociedade, já que possibilita a eleição da maioria dos partidos políticos existentes, observadas as suas representatividades.

Já o sistema distrital é personalista e tende a agravar a crise de representação, dificultando ainda mais o acesso de grupos politicamente minoritários, segundo especialistas. As cadeiras que cada estado (distrito) tem na Câmara viriam a ser preenchidas pelos mais votados. Em São Paulo, por exemplo, seriam eleitos os 70 mais bem votados, o que beneficiaria os parlamentares ou pessoas influentes já conhecidas.

Renata Abreu discorda desse raciocínio. “Eu, pessoalmente, acho que o distrital misto seria um bom sistema porque mescla o proporcional e distrital. É um sistema de transição para conseguir um sistema mais aprimorado, é legislar para frente para conseguir avanços. Não vejo diferença nas críticas que fazem entre o sistema atual e o distrital. Hoje já existe personalismo. Os youtubers, por exemplo, já são favorecidos com visibilidade”, explica Renata.

No sistema distrital misto, o eleitor vota duas vezes: uma em um candidato do seu distrito (município ou estado) e outra em uma lista de candidatos preordenada pelo partido, ou seja, o voto na legenda. Assim, metade dos parlamentares é eleita por maioria de votos dos distritos – representando demandas locais da população –, enquanto a outra metade das vagas é preenchida pelos candidatos dos partidos mais votados.

O distrital misto tem sido discutido pelo Congresso pelo menos desde 2017, mas até hoje não há consenso. O presidente do Cidadania, Roberto Freire, é contra grandes alterações no sistema eleitoral neste momento.

“O distritão é um projeto de sistema eleitoral que nenhum país sério adota e vai gerar uma anarquia parlamentar, seriam 513 personalidades. É um sistema menos democrático, que vai reduzir o número de partidos”, afirma Freire.

Doutora em Ciência Política e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Graziella Guiotti Testa também questiona o momento para discutir uma reforma eleitoral, sobretudo pelo Congresso ainda estar funcionando de forma híbrida, com o trabalho de comissões e audiências públicas prejudicadas.

“A primeira pergunta que deve ser feita é: qual o objetivo normativo da reforma política? Se o objetivo normativo é que as pessoas compareçam às urnas, como propõe o texto original da PEC, então é bom que se adie as eleições quando houver feriado. Mas isso é uma mudança muito pequena e pontual que serve como justificativa para puxar outros debates que ainda não estão maduros. E nesse momento é difícil uma articulação da sociedade civil para influenciar no processo decisório”, explica Graziella.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, também diz ser contra alterações neste momento e lembra que já tivemos uma reforma eleitoral em 2017. Na ocasião, o Congresso criou um novo Fundo Eleitoral de R$ 1,7 bilhão para substituir as doações de empresas, estabeleceu uma cláusula de barreira (partidos que não tiverem uma quantidade mínima de votos perdem o acesso a recursos a partir de 2019) e proibiu as coligações em eleições proporcionais (de vereadores e deputados estaduais e federais).

“O modelo aprovado em 2017 ainda não foi testado nos estados nem na eleição nacional, apenas nas eleições municipais de 2020. E deu certo. Precisamos aguardar a finalização dessas mudanças”, afirma Kassab.

Ele é contra o distritão e, apesar de ver com bons os olhos o modelo misto, ressalta que são apenas dois meses até o prazo final para mudanças eleitorais antes da data estipulada por lei.

“O distritão é um modelo que acaba com a política, com os partidos, com a representatividade do eleitor. Prevalece o individualismo e ainda facilita o acesso de crime organizado e milícias. Esse modelo não existe em lugar nenhum do mundo. Para o distrital misto, precisaríamos de um grupo preparado para debater no Congresso”, diz o presidente do PSD.

As mudanças em discussão

(mais…)

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Geral

VÍDEO: Nasa registra fenômeno que pode afetar atmosfera terrestre

Foto: Reprodução/CNN Brasil. Vídeo AQUI

O Sol emitiu uma explosão solar significativa com picos registrados pela Nasa, agência espacial norte-americana. O Solar Dynamics Observatory, que observa o Sol constantemente, capturou uma imagem das explosões na manhã do dia 3 de julho e divulgou vídeo e imagens em seu site.

As explosões solares são poderosas explosões de radiação. A radiação, no entanto, não chega à atmosfera da Terra a ponto de afetar fisicamente os seres humanos, apesar de serem capazes de causar alterações na camada da atmosfera terrestre onde os sinais de GPS e comunicações orbitam, explicou a Nasa.

É possível ver imagens em tempo real do Sol e como o clima espacial pode afetar a Terra no Centro de Previsão do Clima Espacial, a fonte oficial do governo dos Estados Unidos para previsões, avisos e alertas do clima espacial.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Vixe, foi bem a chuva de ovos que Lula tomou no Sul do país.
    a NASA vem já já estudar esse fenômeno.

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Política

Moro admite a apoiadores que pode disputar a Presidência em 2022

Foto: Andre Coelho/Getty Images

Nos últimos tempos, Sergio Moro desapareceu das redes sociais, diminuiu o número de palestras e praticamente não deu aulas em faculdades. Bombardeado ferozmente pelos dois lados que hoje polarizam a disputa pelo poder no país, bolsonaristas e petistas, Moro vive uma experiência nova, bem distante do Brasil. Ele trocou Curitiba por uma cidade do estado de Maryland, a 40 quilômetros de Washington, capital dos Estados Unidos. A mudança foi justificada por questões profissionais — ele trabalha para uma empresa americana de consultoria, a Alvarez & Marsal, que gosta e valoriza o seu novo contratado. Mas o ex-juiz, ao contrário do que ele pode e se permite admitir publicamente, ainda alimenta um projeto político: Moro não descartou 100% sua candidatura à Presidência da República em 2022. A quinze meses das eleições, isso não quer dizer que ele vá disputar o pleito. Significa que ele considera essa possibilidade, o que é um fato novo, capaz de movimentar um cenário aparentemente preestabelecido.

Foto: Reprodução/Veja

Não é de agora que um grupo de empresários, parlamentares e admiradores da Lava-Jato tenta convencer Moro a ingressar na política. O ex-ministro nunca admitiu sequer a hipótese, sempre justificando que não tem perfil nem disposição para mergulhar numa aventura eleitoral. Nos últimos meses, porém, a negativa contundente foi aos poucos sendo deixada de lado. Reservadamente, Moro tem discutido com um grupo restrito de apoiadores a possibilidade de disputar as eleições do ano que vem. Em uma reunião recente com dirigentes do Podemos, partido de centro-direita que tem nove senadores e dez deputados federais no Congresso, o ex-juiz foi indagado diretamente sobre o assunto. Diferentemente de outras ocasiões, ele não repeliu a ideia. Ao contrário: pediu um tempo para avaliá-la e se comprometeu a dar uma resposta em outubro. “Entre aqueles que não querem nem Lula nem Bolsonaro a primeira opção é Sergio Moro. Ele é o antipetismo, ele é a Lava-Jato, ele é a bandeira de muitos que se desapontaram com o atual governo”, diz a deputada Renata Abreu (SP), presidente do Podemos.

A sinalização do ex-juiz foi dada depois de pelo menos seis reuniões — virtuais e presenciais — com parlamentares e dirigentes do chamado “conselho político” do Podemos. Foi recebida com tanto entusiasmo que, logo depois, o cientista político Luiz Felipe d’Avila, ex-coordenador do plano de governo de Geraldo Alckmin nas eleições de 2018, foi convidado a apresentar um conjunto de propostas que pode servir como base da plataforma eleitoral do ex-ministro, que inclui reformas estruturais, instituição de programas educacionais e de renda básica e a adoção de um ambiente de segurança jurídica para empresários. Além disso, pesquisas qualitativas foram encomendadas para colher subsídios a fim de moldar o perfil do candidato e torná-lo capaz de atrair eleitores de diversos matizes que buscam uma terceira via. Os primeiros resultados dessas sondagens foram alvissareiros, segundo um dirigente do Podemos. Boa parte dos entrevistados defende que o escolhido deve ser alguém mais próximo ao centro no espectro ideológico, é obrigatório ter a ficha limpa e firmar o compromisso de não fazer as alianças políticas tradicionais — bandeiras idênticas às que levaram Bolsonaro ao poder em 2018. “O grande desafio do candidato do centro é conseguir um discurso que seja capaz de sensibilizar o eleitor. A rejeição gigantesca a Lula e Bolsonaro mostra que há uma avenida promissora”, ressalta d’Avila, que já apresentou as mesmas propostas a outros presidenciáveis.

O congestionado caminho em busca de uma terceira via tem dado mostras da dificuldade de encontrar um candidato que agregue essas qualidades e que, num curto espaço de tempo, seja capaz de conquistar o eleitor que rejeita tanto o lulismo quanto o bolsonarismo (veja reportagem na pág. 38). Nos últimos dias, o presidente do Novo, João Amoêdo, e o apresentador de TV Luciano Huck, que já tentaram ocupar esse espaço, desistiram de concorrer. O PSDB anunciou que haverá uma disputa interna entre quatro tucanos — os governadores João Doria e Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito Arthur Virgílio. Percebendo esse vácuo, o ex-juiz orientou auxiliares a desmentirem notícias que o colocam fora da corrida presidencial, autorizou apoiadores a testarem a aceitação de seu nome como pré-candidato e deu aval à produção de peças publicitárias que o apontam como uma alternativa à polarização. A primeira das peças de pré-campanha, a que VEJA teve acesso, apresenta o ex-juiz posicionado diante de duas portas, devidamente identificadas com os nomes de seus prováveis adversários. É uma proposta simples e objetiva, mas viabilizá-la depende de muitas variáveis.

“A possibilidade de existir uma terceira via está diretamente relacionada à popularidade do presidente Bolsonaro. Se o governo for mal é mais fácil uma terceira via se acomodar”, diz o fundador do Instituto Ideia Big Data, Mauricio Moura. Com Lula e Bolsonaro despontando como francos favoritos a um segundo turno, um terceiro competidor como Moro só teria chances, avalia Moura, se ele alcançasse pelo menos 25% dos votos já no primeiro turno. Nas condições atuais, uma eventual candidatura do ex-magistrado não seria capaz de cabalar nem metade desses votos. O ex-juiz aparece com 7% da preferência do eleitorado, de acordo com a mais recente pesquisa XP/Ipespe, atrás de Lula, com 32%, e de Bolsonaro, com 28%. Em um cenário de segundo turno, porém, empata com o presidente, com 32% cada um, e fica 8 pontos atrás do petista. “Estamos vivendo um cenário de campanha permanente. O Bolsonaro e o PT fazem campanha todo dia. Os candidatos de terceira via estão em compasso de espera. O problema do Moro é que ele não tem grupo político e boa parte da base eleitoral dele está capturada pelo presidente Bolsonaro”, avalia o analista-chefe da XP Política, Richard Back.

Foto: Reprodução/Veja

Mas também há defecções. Um grupo de militares que ajudou a eleger o ex-capitão em 2018 já se movimenta na direção de apoiar um candidato com viés mais centrista e que possa fazer frente a Lula e Bolsonaro, aglutinando o perfil do eleitor que não quer o petista na Presidência e está arrependido de ter votado no ex-capitão. O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, é o principal expoente desse movimento. Ele integra com Moro, Amoêdo e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta um grupo de troca de mensagens que quase diariamente discute a viabilidade de uma terceira via. “Nessa polarização, o Brasil fica no dilema entre o precipício e o abismo. Temos um ex-presidente que já teve sua oportunidade e não tem sentido ele voltar. E temos um presidente atual que já demonstrou que está mais preocupado com o soldo do que com a administração ou pacificação do país”, disse Santos Cruz a VEJA.

Para o general, o ex-juiz pode ser o candidato da terceira via, mas antes disso questões importantes precisam ser superadas. “Moro é a pessoa que entrou para a história do Brasil e do mundo no combate à corrupção num país em que a corrupção é um câncer. Não é o momento de personificar agora quem deve ser o candidato. O importante é que a pessoa que for represente um novo projeto, um ponto de equilíbrio”, afirmou Santos Cruz. Os sinais nessa direção, por enquanto, não são muito harmoniosos. Na quarta-­feira 16, dirigentes e integrantes de sete partidos se reuniram em Brasília para discutir a viabilidade de uma candidatura presidencial da chamada terceira via. O encontro era para ser uma demonstração de união entre as diversas legendas na busca de uma alternativa à polarização. “Todos os partidos estão falando a mesma língua: os extremos agravam a crise brasileira. O compromisso de uma candidatura única começa. O compromisso é de caminhada, não de fim”, disse o ex-ministro Mandetta, idealizador do encontro e ele próprio um dos políticos que buscam se viabilizar como candidato de centro.

A proposta de unificar múltiplas legendas na mesma direção, porém, não está funcionando. Há interesses menores que inviabilizam o consenso. Entre integrantes do PSDB, por exemplo, existe uma pressão de parlamentares que buscarão a reeleição em 2022 para que o caixa do partido não seja direcionado a presidenciáveis que, como o governador de São Paulo, João Doria, ocupem a rabeira das pesquisas eleitorais. Outros partidos que não consideram ter nomes que possam assumir a liderança na terceira via também resistem a injetar recursos em uma aventura presidencial de centro e defendem drenar o caixa de campanha para as disputas regionais.

O racha entre as siglas também ficou evidenciado nas ausências da reunião. Os presidentes do MDB, PSL e PSD, três dos maiores partidos do Congresso, nem sequer compareceram ao encontro. “A eleição ainda não está no radar das pessoas. Se houver o consenso em torno de um único nome, esse nome vai começar a crescer naturalmente no início do próximo ano”, avalia Luiz Felipe d’Avila. É essa a expectativa de quem defende o nome de Sergio Moro e a grande aposta do Podemos. Procurado, o ex-ministro informou, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar. Pelo visto, novidade mesmo só em outubro.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Lula e Naro estão, doidões e sujos. Ciro está doidão. A alternância do poder é salutar à democracia. Então vamos de Moro que é a melhor opção.

    1. Será meu candidato, na verdade é o único capaz de ganhar do corrupto Luladrao e do genocida psicopata Bolsonaro.
      # MORO PRESIDENTE 2022.

  2. Todo mundo ganha de Bolsonaro segundo as pesquisas… Isso aconteceu em 2018 ou não?
    Novela repetida, vício antigo, manipulação repetida.
    Mas o voto precisa ter possibilidade de ser auditado.
    Se existisse lisura real na apuração dos votos, não haveria todo esse problema das autoridades se posicionando contra. Isso evidencia que tem coisa errada na situação. Pior são as alegações contra, com justificativas, as mais absurdas possíveis.

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Saúde

Relatório dos EUA conclui que coronavírus pode ter vazado de laboratório em Wuhan

Foto: Pixabay

Um relatório sobre as origens da Covid-19 realizado por um laboratório nacional do governo dos Estados Unidos concluiu que a hipótese de que o vírus vazou de um laboratório chinês em Wuhan é plausível e merece uma investigação mais aprofundada, de acordo com pessoas familiarizadas com o documento confidencial.

O estudo foi preparado em maio de 2020 pelo Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, e foi usado pelo Departamento de Estado americano quando conduziu uma investigação sobre as origens da pandemia nos meses finais do governo do ex-presidente Donald Trump. Uma porta-voz do Lawrence Livermore se recusou a comentar o relatório, que permanece em sigilo.

Uma pessoa que leu o documento, datado de 27 de maio de 2020, disse que ele era um forte argumento para uma investigação mais aprofundada sobre a possibilidade de o vírus ter vazado de laboratório. O estudo também teve grande influência na investigação do Departamento de Estado sobre as origens da Covid-19. Funcionários receberam a pesquisa no final de outubro de 2020 e pediram mais informações, de acordo com um cronograma do escritório de controle e verificação de armas da agência, que foi revisado pelo The Wall Street Journal.

Não está claro o quanto as descobertas do relatório fizeram avançar a compreensão sobre a origem do novo coronavírus. O relatório também conclui que o vírus pode ter se desenvolvido naturalmente.

O documento esteve disponível para alguns legisladores desde o ano passado, fontes do Congresso americano disseram à CNN. O relatório agora ganhou peso político porque a hipótese do surgimento do vírus por um acidente de laboratório tem sido mais abertamente discutida, depois de ter sido descartada como uma teoria da conspiração.

Legisladores americanos consideram que o relatório sigiloso é relevante por ter dado algum apoio a essa teoria no momento em que a comunidade de inteligência dos EUA afirmava, pelo menos publicamente, que não acreditava que o vírus teria sido “criado por humanos”.

Gazeta do Povo com Estadão

Opinião dos leitores

  1. É muita hipocrisia e canalhice ! Bolsonaro e Trump estavam certos desde de lá do início! Cadê que agora a”grande” mídia vai cair em cima da China ?? Vai nada ! !! Vao ficar tudo bem caladinhas esperando outra verdade ser dita pelo presidente (que ainda n tenha sido comprovada tecnicamente, cientificamente, paradoxalmente) p ficar batendo. Bolsonaro é igual a massa de pão , quanto mais bate mais cresce

  2. Que isso, esse vírus não veio da China, quem falar isso deve se desculpar de imediato, pois pode prejudicar o país com sanções severas, essa cidade de Wuhan fica num povoado do interior do Pará, né isso?

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Saúde

IMUNIDADE: Anticorpos induzidos por Covid-19 leve podem durar “toda vida”, diz estudo

Foto: mattthewafflecat/Pixabay

Por meio de um estudo com amostras de sangue e de medula óssea de pacientes, pesquisadores da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, especulam que pessoas que tiveram casos leves de Covid-19 podem continuar produzindo anticorpos contra o coronavírus por toda a vida.

A descoberta foi publicada na última segunda-feira (24) na Revista Nature e sugere que surtos repetidos da doença são provavelmente incomuns. Isso porque 11 meses após a infecção com sintomas leves, os participantes do estudo ainda apresentaram células imunológicas capazes de fabricar anticorpos.

Em 2020, algumas pesquisas indicaram que a quantidade dessas imunoglobulinas caía rapidamente após a infecção pelo coronavírus. Mas, de acordo com Ali Ellebedy, coautor do estudo, o problema foi a itnterpretação disso. “É normal que os níveis de anticorpos diminuam após a infecção aguda, mas não chegam a zero; eles se estabilizam. Encontramos células produtoras de anticorpos em indivíduos 11 meses após os primeiros sintomas. Essas células viverão e produzirão anticorpos pelo resto da vida das pessoas”, afirma, em comunicado.

O novo estudo contou com amostras de sangue de 77 participantes, coletadas em intervalos de três meses a partir de um mês após a infecção pelo vírus da Covid-19, o Sars-CoV-2. A maioria dos pacientes teve casos leves da doença, mas seis deles precisaram ser hospitalizados.

Amostras de medula óssea de 18 pessoas do grupo também foram coletadas, entre sete e oito meses após a infecção. Depois de quatro meses, cinco participantes passaram por novas coletas. Por fim, os cientistas também recolheram amostras desse mesmo tecido em 11 pessoas que nunca tiveram Covid-19.

Como já era esperado, os níveis de anticorpos no sangue dos participantes com a doença caíram nos primeiros meses, estabilizando-se depois. Mas a novidade foi que havia células produtoras dessas substâncias em 15 das amostras de medula óssea de pessoas com Covid-19 leve.

Essas células fabricantes de anticorpos apareceram inclusive após quatro meses nas cinco pessoas que forneceram uma segunda amostra de medula. E nenhum dos 11 participantes que nunca teve Covid-19 apresentou essas “fábricas”.

Tais células operam da seguinte maneira: primeiro, multiplam-se durante a infecção viral no sangue. Depois, exercem sua função até morrerem e então o nível de anticorpos finalmente cai.

Mas uma pequena parcela, chamada de células plasmáticas de longa vida (LLPCs, na sigla em inglês), migra para a medula óssea. Lá, elas secretam continuamente níveis baixos de anticorpos na corrente sanguínea.

“Essas células não estão se dividindo. Elas estão sossegadas, apenas paradas na medula óssea e secretando anticorpos. Elas têm feito isso desde que a infecção foi resolvida e continuarão fazendo isso indefinidamente”, explica Ellebedy.

Galileu

Opinião dos leitores

  1. Pois bem, se o indivíduo teve COVID leve, mas foi praticamente obrigado a tomar a vacina e, eventualmente, tenha efeitos colaterais decorrentes da vacina, que o leve a óbito, quem deverá ser responsabilizado, sobretudo pela tentativa de criarem restrição sanitária até para frequentar transportes públicos, escolas etc, em certos lugares.

  2. Gostaria que o posto acima fosse verdade absoluta, porém, já existem relatos de pessoas reinfectadas que foram a óbito, pessoas que foram infectadas e imunizados com a segunda dose, e mesmo assim vieram a óbito pelo covid. Tudo nessa história tem muito achismo, todos buscam efetivamente certezas, e oro que elas aconteçam, mais muito ainda há para ser revelado. Tornaram política uma questão de saúde pública, brincam com o nossa ignorância, tripudiam da nossa inteligência, e aí, muitos navegam no mar da ignorância, assim, manter todos os cuidados preconizados é a conduta mais correta.

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Finanças

Quina de São João pode pagar R$ 170 milhões

Foto: Barbara Taeger Photography /Getty Images

A Caixa Econômica Federal começou a receber apostas para o concurso 5.590 da Quina de São João nesta segunda-feira (10). O prêmio será anunciado no dia 26 de junho, a partir das 20h, e é estimado em R$ 170 milhões — o maior valor da Quina, segundo a instituição.

Em 2020, o concurso pagou R$ 152,5 milhões para cinco apostas. Vale ressaltar que os valores da Quina de São João não são acumulativos. Por isso, caso ninguém acerte os cinco números sorteados, o prêmio é dividido entre as pessoas que acertaram quatro números e assim por diante.

A Caixa informa ainda que, caso apenas um ganhador leve o prêmio e decide aplicar todo o valor na Poupança da Caixa, o rendimento no primeiro mês chega a R$ 270 mil.

Veja como apostar

É possível fazer a aposta para a Quina de São João em uma casa lotérica ou pelo portal Loterias Online da Caixa.

No jogo, o apostador deve escolher de 5 a 15 números dentre 80 disponíveis. Ganha quem acertar 2, 3, 4 ou 5 deles. Assim como funciona em outros jogos da Caixa, é possível deixar o sistema escolher os números. Uma aposta simples custa R$ 2.

A Caixa disponibiliza também o Bolão Caixa, que dá aos apostadores mais chances de ganhar. O preço mínimo dessa aposta é de R$ 10.

CNN Brasil

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Saúde

Aspirina pode reduzir risco de intubação e morte por Covid-19, diz estudo

Foto: Jeanette Martin/Getty Images

O uso de aspirina em pacientes hospitalizados com Covid-19 pode ajudar a reduzir o risco de intubação, internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e morte. A conclusão é de um estudo publicado recentemente na revista científica Anesthesia & Analgesia.

No estudo, pesquisadores da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, analisaram registros de saúde de 412 pacientes internados em vários hospitais dos EUA entre março e julho de 2020. Cerca de 24% deles receberam aspirina em até 24 horas após a admissão hospitalar ou nos sete dias anteriores à admissão hospitalar. Por outro lado, a maioria, 76%, não recebeu o medicamento.

Os resultados mostraram que o uso da aspirina foi associado a uma redução de 44% no risco de ventilação mecânica, queda de 43% na probabilidade de admissão na UTI e diminuição de 47% no risco de morte. Os pesquisadores acreditam que o efeito benéfico do medicamento no tratamento está associado ao seu efeito anticoagulante.

Estudos anteriores chegaram a conclusões semelhantes. Uma pesquisa publicada na revista PLOS One analisou mais de 30.000 veteranos norte-americanos com Covid-19 e descobriu que aqueles que já tomavam aspirina tinham metade do risco de morrer do que aqueles que não usavam o medicamento. Outro estudo, feito pela Universidade Bar-Ilan, em Israel, concluiu que uma dose baixa diária de aspirina (75 mg) está associada à redução de até 29% no risco de contrair Covid-19.

Além de sua capacidade anticoagulante, a aspirina é um anti-inflamatório e estudos anteriores mostraram que pode ajudar o sistema imunológico a combater algumas infecções virais. “Em resumo, nossa análise sugere que o uso de aspirina pode ter efeitos benéficos em pacientes com Covid-19”, concluem os pesquisadores da Universidade George Washington.

No entanto, eles ressaltam que estes resultados precisam ser interpretados com cautela, já que trata-se apenas de um estudo observacional, retrospectivo. Para confirmar a eficácia da aspirina no tratamento da Covid-19 é necessária a realização de testes clínicos randomizados controlados duplo-cego, considerados o padrão-ouro na pesquisa clínica.

Felizmente, um estudo nestes moldes já está em andamento no Reino Unido. Se os resultados se comprovarem, será uma ótima notícia, já que a aspirina tem baixo custo em comparação com outros tratamentos contra a doença, como o remdesivir, e está amplamente disponível.

Prevenir a doença por meio da vacinação é, sem dúvida, o fator mais importante no combate à pandemia. Mas diante do aumento do número de infectados e mortos, é fundamental encontrar tratamentos eficazes. Melhor ainda se eles forem de baixo custo e estiverem disponíveis em grande escala.

Nos últimos dados disponibilizados, o Ministério da Saúde registrou 47.774 novos casos e 1.290 novas mortes neste domingo, 21. No total, são 11.998.233 casos e 294.042 óbitos confirmados em todo o território nacional.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Falou o papagaio. Esquece PT, alienado. O mundo não se resume a petralhas x Bozo. Vá estudar pra ver se deixa de ser jegue…

  2. O maior problema é a demanda. Se não houvesse tantos infectados, certamente não haveria tantas pessoas necessitando de atendimento médico e todas as suas consequências. Ora… estimular o cantágio em massa não é apenas uma simples irresponsabilidade, mas um crime.
    REMÉDIO É PRA QUEM JÁ ESTÁ DOENTE.
    VACINA, USAR MÁSCARAS, LAVAR AS MÃOS, USAR ÁLCOOL EM GEL, EVITAR O CONTATO FÍSICO E AGLOMERAÇÕES SÃO AS ÚNICA MEDIDAS, EGURAS PRA EVITAR O CONTÁGIO.
    E NEM VENHAM COM HISTÓRIA DE FECHAR, PQ SÓ SE FECHA POR CAUSA DO COMPORTAMENTO SUICIDA DE ALGUMAS PESSOAS QUE IGNORAM O VÍRUS.

  3. A petralhada tá há dois anos sem roubos a estatais…. tá minando o resta de merda que eles ainda tem na cachola….

    1. É através de pessoas bobinhas como o senhor que Bolsonaro e os filhos estão montando. O senhor já procurou saber pq o patrimônio da família Bolsonaro aumentou tanto nesse ano de crise e pandemia???? Bobalhão!

  4. Se fosse Bolsonaro recomendando, iam aparecer estudos dizendo que faz mal e não ajuda em nada.
    Essa guerra política ainda vai ser muito estudada no futuro.
    Mandar ficar em casa esperando a falta de ar é criminoso.
    Quantas vidas estão sendo perdidas pela disputa pelo poder?

    1. Bolsonaro não é médico, não tem propriedade pra recomendar tratamento.

    2. Ah Thalles, então tem que mandar demitir os pesquisadores e médicos dos ministérios da Saúde e C&T. Exercita o senso crítico, amigo, não engula todo vômito que vem da mídia sem o mínimo de critério. O PR defendeu o que defendeu por causa do relato de diplomatas sobre a realidade na África, de médicos da linha de frente e pesquisas trazidas ao seu conhecimento.

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Finanças

Contribuinte pode pagar taxas federais com cartão de crédito

Foto: © Arquivo Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (15), o cidadão pode pagar taxas federais, contribuições e serviços públicos não gratuitos com cartão de crédito. A modalidade de pagamento está disponível no PagTesouro, plataforma digital de pagamento e recolhimento do Tesouro Nacional.

Em nota, o Tesouro Nacional explicou que a tecnologia alcança um público sem produtos digitais adequados à demanda. Com o novo sistema, o turista estrangeiro que visita o Brasil pode quitar uma taxa com cartão de crédito antes de retornar ao país de origem.

Desde novembro, o contribuinte pode fazer pagamentos à Conta Única do Tesouro por meio do Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. O PagTesouro dispensa a emissão da Guia de Recolhimento da União (GRU).

Diversos órgãos oferecem pagamentos de serviços via Pix dentro do PagTesouro. Entre eles estão o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA), o Departamento da Polícia Rodoviária Federal (DPRF), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Comando do Exército.

Segundo o Tesouro, além da conveniência na forma de pagamento, o PagTesouro tem como vantagem a rapidez. A transação é compensada instantaneamente, com a entidade pública verificando o efetivo recolhimento da taxa, da contribuição ou do serviço em segundos.

A inovação foi desenvolvida pela Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em parceria com o Banco do Brasil (BB) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recebeu valores do PagTesouro em fase de testes em setembro de 2019.

Agência Brasil

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Saúde

Covid-19: Cepa encontrada em Manaus pode comprometer desenvolvimento de anticorpos, especula OMS

Foto: Ernesto Carriço/Enquadrar/Estadão Conteúdo

A variante P.1 do coronavírus, encontrada pela primeira vez em Manaus, pode comprometer o desenvolvimento de anticorpos contra a Covid-19. Essa é a observação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no boletim epidemiológico semanal divulgado na terça-feira (9).

De acordo com a organização, “as mutações detectadas na variante P1 podem potencialmente reduzir a neutralização de anticorpos; no entanto, estudos adicionais são necessários para avaliar se há mudanças na transmissibilidade, gravidade ou atividade de neutralização de anticorpos como resultado dessas novas variantes”.

O boletim ainda chama a atenção para a proporção de casos detectados da nova variante em Manaus, que foi identificada pela primeira vez em dezembro de 2020. A proporção de diagnósticos positivos para a nova variante saltou de 52% em dezembro do ano passado para 85% em janeiro de 2021. Mesmo assim, ainda de acordo com a OMS, uma “segunda onda” de casos de Covid-19 no Brasil está mostrando sinais de declínio.

Segundo o último boletim epidemiológico na capital amazonense, Manaus já registrou 129.721 casos de Covid-19 e 6.484 óbitos, com uma taxa de letalidade de 5% – mais que duas vezes a taxa de letalidade nacional, de 2,4%, segundo o Ministério da Saúde. Já a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados à Covid-19 na rede pública de Manaus está em 91,09%, enquanto em leitos clínicos, está em 79,88%.

De acordo com um levantamento feito pela CNN Brasil, a nova variante P.1. já foi encontrada em 13 países.

Casos e mortes por Covid-19 em queda no mundo

Ainda segundo o boletim divulgado pela OMS, o número global de casos de Covid-19 apresentou queda pela quarta semana seguida. Segundo o relatório, na última semana foram registradas 3.1 milhões de novas infecções, o que representa uma queda de quase 17% em relação à semana passada (3.7 milhões). O número também significa o menor volume de novos casos desde a semana de 26 de outubro de 2020, há 15 semanas. de acordo com a organização.

Segundo a OMS, o número global de mortes pela doença também está em queda: 88 mil mortes foram registradas no mundo na última semana, ou seja, cerca de 10% menos do que o registrado na semana anterior (96 mil).

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Essa história de variante é só pra quando a vacina, faltando dados, não funcionar, a culpa ser da nova variante.

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Saúde

Prefeito de Ceará-Mirim diz que município não pode bancar a saúde de 22 cidades

A Prefeitura de Ceará-Mirim realiza atendimentos de obstetrícia para 22 municípios da região, desde Macau até o Mato Grande, no Hospital Municipal Percílio Alves, por meio de um antigo convênio firmado com o Governo do Estado, que paga 40% do valor mensal de R$ 600 mil (valor projetado pela própria Secretaria de Saúde do Estado – SESAP), enquanto os municípios rateiam proporcionalmente os demais 60%. Ocorre que, ao final de 2020, a Prefeitura de Ceará-Mirim realizou um amplo estudo e constatou que, devido ao grande volume de partos e procedimentos de obstetrícia realizados, o valor mensal tem extrapolado bastante os R$ 600 mil, numa diferença que, somada, chegou a mais de R$ 2 milhões no ano passado, e ainda com o agravante de que vários municípios deixaram de repassar a sua parte na pactuação. O município de Ceará-Mirim não consegue bancar este excedente, e solicitou um reestudo por parte do Governo do Estado, que enviou técnicos da SESAP para uma análise detalhada, e os mesmos constaram o problema e emitiram nota técnica, apresentada em reunião com os secretários municipais de saúde, que concordaram com a necessidade da repactuação financeira. Vale lembrar que a parte dos 40% do Governo são fruto de uma decisão da Justiça Federal, que obrigou o Estado a enviar esta parte dos recursos, que por sua vez não chegam nem a cobrir a folha completa dos profissionais contratados.

Infelizmente, o secretário estadual de saúde, Cipriano Maia, não acatou e disse que não aumentaria o valor do repasse. Ou seja, pelo entendimento do Governo do Estado, Ceará-Mirim fica com a obrigação de pagar a saúde dos demais municípios. Segundo o prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César “o município não pode e não consegue pagar uma conta que não é dele, e quem tem a obrigação de atender a saúde dos 22 municípios não é Ceará-Mirim, é o Estado”, afirma o prefeito, para concluir que “infelizmente chegamos ao nosso limite e não conseguimos mais atender os partos, não é justo; em 2020 fizemos além do convênio e bancamos a diferença, mas não podemos mais tirar recursos da saúde de Ceará-Mirim para pagar cirurgias de outras cidades, a culpa não é nossa e nenhum cearamirinense quer ver recursos da saúde do município pagarem a saúde de outros municípios” conclui Júlio César.

Opinião dos leitores

  1. Não moro em ceará mirim, mas tá correto o prefeito. O MP tem que exigir das prefeituras saúde.

  2. O prefeito está corretíssimo. Aqui em Natal temos 890 mil habitantes e 1,5 milhão de cartões SUS. É incomportável.

  3. Nada mais claro e acertada posição do prefeito de nossa cidade. Muito bem Dr. Júlio . Austeridade exige atitudes.

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Diversos

Covid-19 pode diminuir tamanho do pênis, diz estudo

Foto: Pixabay

Um estudo que investiga as sequelas de longo prazo da covid-19, publicado neste domingo na plataforma científica MedRxiv, concluiu que a covid-19 pode diminuir o tamanho do pênis.

O estudo começou a investigar as consequências que o vírus pode deixar no corpo das pessoas há sete meses, e foi conduzido com mais de 3 mil pacientes de 56 países. Além de 3% dos homens terem relatado uma diminuição no tamanho de seu órgão genital, 15% deles relataram algum tipo de disfunção sexual e 11% relataram dor nos testículos.

Já em relação às mulheres, 26% das que menstruam relataram irregularidade nos ciclos, e 36% relataram algum tipo de problema menstrual. Algum tipo de disfunção sexual também foi relatado por 8% delas.

No entanto, as sequelas no sistema reprodutivo estão longe de ser as mais presentes nos voluntários que participaram do estudo. A maior parte deles, mesmo após sete meses de recuperação, relatou ainda sentir fadiga (de 75% a 80%, dependendo da idade), mal-estar pós-esforço (até 75%) e algum tipo de disfunção cognitiva (de 52% a 59%).

Dentre as sequelas neurológicas mais relatadas, estão a dificuldade de concentração (75%) e dificuldade de raciocínio (65%). Além disso, 73% dos pacientes relataram também algum tipo de problema de memória. Dentre estes, a maioria (65%) relatou problemas com a memória de curto-prazo e 35% teve problemas com memórias mais antigas.

“Uma das maiores descobertas para mim foi que não houve diferença na idade para a disfunção cognitiva, perda de memória ou impacto disso na vida diária! Isso aconteceu com tanta frequência no grupo de 18 a 29 anos quanto no grupo com mais de 70 anos”, escreveu a pesquisadora Hannah Davis, uma das autoras do estudo.

O estudo foi feito por voluntários e membros de um grupo de apoio que, desde abril, se dedica a investigar os efeitos a longo prazo da covid-19, e ainda precisa ser revisto por pares.

O Dia – IG

https://odia.ig.com.br/mundo-e-ciencia/2020/12/6054018-covid-19-pode-diminuir-tamanho-do-penis-diz-estudo.html

Opinião dos leitores

  1. Já não basta viver de pescoço prá baixo, agora é a moléstia dos cachorros mesmo, vade retro caginbrinba.

  2. Há, agora possa ser que os homens fiquem em casa e q logo venha um estudo com mulheres, eu achoooooo que vai sair. Ouvi dizer que diminui o tamanho do bumbum e não vão mais dançar funk , mesmo qdo a música acaba, colocam as mãos acima do joelho e rebolam, seria o funk?

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Judiciário

STF pode obrigar governo a fornecer vacina mesmo sem selo da Anvisa

Foto: Nelson Jr./SCO/STF / Nelson Jr./SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar neste mês os processos sobre vacina no Brasil e uma solução está sendo negociada entre os ministros. É forte a corrente dentro da Corte que quer obrigar o poder público a fornecer imunizantes, desde que registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas um ministro revelou ao GLOBO, em caráter reservado, que quer apresentar um voto criando uma exceção, para autorizar a aplicação de vacinas mesmo sem o selo da agência.

O voto, segundo o ministro, é semelhante à decisão tomada pelo tribunal em maio de 2019 sobre a obrigatoriedade de fornecimento de remédios pelo poder público. Na época, ficou acertado que a regra era o poder público fornecer medicamentos registrados na Anvisa. Foram vedados os remédios experimentais que ainda não tinham passados em testes. Mas foram permitidas algumas exceções.

Um exemplo é de medicamento já com pedido de registro na agência e que ela esteja demorando mais tempo do que o previsto em lei para concluir a análise. O prazo nesses casos é de 120 a 365 dias. Nos casos de demora da Anvisa, o medicamento só poderia ser liberado se tivesse registro em agências de regulação no exterior. A sugestão do ministro ouvido pelo GLOBO é que o mesmo seja aplicado em relação a vacinas.

A Lei 13.979, editada em fevereiro, determina que as autoridades poderão tomar uma série de medidas para enfrentar a pandemia da Covid-19 – entre elas, a vacinação. Em maio, foi editada alteração nesta norma para incluir prazo de 72 horas para a Anvisa se manifestar sobre a importação e distribuição de “quaisquer materiais, medicamentos, equipamentos e insumos da área de saúde registrados por autoridade sanitária estrangeira e autorizados à distribuição comercial em seus respectivos países”. Caso nao haja essa manifestação da agência brasileira, a autorização temporária é concedida automaticamente.

A lei não fala literalmente em vacina, mas essa interpretação pode ser dada pelo STF. Ha ainda na própria norma algumas condições para que o uso ocorra sem aval da Anvisa: é preciso que o produto seja registrado em um de quatro agências reguladoras estrangeiras listadas na própria lei e que tenha comercialização liberada no respectivo país. Essa possibilidade de utilização sem registro do órgão brasileiro tem validade até o fim deste ano, quando termina o estado de calamidade definido pelo governo. Mas a Câmara prepara um projeto para estender a validade das regras.

O presidente do STF, Luiz Fux, agendou para o próximo dia 17 o julgamento de ações que discutem se o governo federal deve apresentar um plano de vacinação contra a Covid-19. O julgamento começou no plenário virtual, um sistema eletrônico em que os ministros não se encontram, apenas postam seus votos por escrito. Fux interrompeu a votação com um pedido de destaque e transferiu a discussão para o plenário físico – que, durante a pandemia, se reúne por videoconferência.

O relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, deu em seu voto prazo de 30 dias para que o governo federal apresente um plano detalhado com estratégias e ações para ofertar a oferta de vacinas contra o coronavírus. Dias depois, o governo apresentou uma estratégia preliminar para imunizar a população. A expectativa é atingir 109,5 milhões de pessoas, em um plano dividido em quatro fases.

Ações de partidos

Serão julgadas em plenário duas ações. Uma delas, de autoria dos partidos PSOL, Cidadania, PT, PSB e PCdoB, pede que o governo seja obrigado a apresentar, em até 30 dias, os programas relativos à vacina e aos medicamentos contra a Covid-19.

A outra, do Rede Sustentabilidade, questiona o ato do presidente Jair Bolsonaro que desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Em outubro, Pazuello anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. No dia seguinte ao anúncio, Bolsonaro publicou em uma rede social: “Não compraremos a vacina da China”. O ministro da Saúde comentou em seguida: “É simples assim: um manda e o outro obedece”.

Outros dois processos serão julgados no plenário virtual a partir do próximo dia 11. Será decidido se autoridades podem obrigar a população a se vacinar contra a doença. As votações terão duração de uma semana. Fux já disse a interlocutores que é uma prioridade da gestão dele concluir esses julgamentos ainda neste ano.

No início da semana, o governador do Maranhão, Flavio Dino, entrou com uma ação no STF pedindo que o estado seja autorizado a elaborar e executar um plano de imunização contra a Covid-19, com a ajuda financeira da União para a compra das vacinas. O governo local quer comprar a vacina diretamente dos fabricantes, mesmo que os insumos não tenham ainda registro na Anvisa. Essa ação ainda não está pautada para julgamento.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Se o STF autorizar a vacinação sem ser aprovado pela Anvisa o que eu acho e espero estar enganado a culpa não vai ser do presidente e sim desse STF que é contra os brasileiros.

    1. O mérito de salvar vidas também será do STF. O presidente já demonstrou que não tem preocupação com isso. Para o Bozo e os seguidores de seu curral a única coisa que importa é a reeleição.

  2. Depois que morrer alguém vão botar culpa no presidente. #STFVergonhaNacional #FechadosComBolsonaro

    1. Enfeites Natalinos da China pode né?
      Vacina não né?
      Esse gaduu é uma berração mesmo.
      ???

    2. Sim, enfeites natainos podem.
      Vacinas só com a devida avalição.
      Comparação jumentícia.
      Não me surpreende.

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Judiciário

PGR opina que militar da ativa pode ocupar cargo de ministro no governo Bolsonaro e arquiva representação

Cerimônia de posse de Eduardo Pazuello, ministro ministro da Saúde, no Palácio do Planalto com a presença do presidente Jair Bolsonaro Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou uma representação que apontava ser inconstitucional a nomeação de militares da ativa para exercer o cargo de ministros de Estado no governo de Jair Bolsonaro. Na avaliação da PGR, não existe impedimento para essa atuação.

Atualmente, o ministro da Saúde do governo Bolsonaro é um general da ativa, Eduardo Pazuello. Também o titular da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, chegou a ocupar o cargo enquanto ainda estava na ativa, mas foi transferido para a reserva em julho deste ano. Se a PGR tivesse acolhido a argumentação, o órgão teria que propor uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a nomeação desses militares fosse declarada nula e inconstitucional. Essa atribuição, entretanto, não é exclusiva da PGR -outras entidades podem fazer o questionamento ao Supremo.

Governos anteriores já tiveram militares como ministros em postos ligados à área da segurança, como por exemplo no Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Em áreas como Saúde e Secretaria de Governo, entretanto, a presença é inédita desde o regime militar.

A representação enviada em maio à equipe do procurador-geral da República Augusto Aras citava que a Constituição impede aos militares a atuação “político-partidária” e que o cargo de ministro de Estado tem natureza essencialmente política, por isso não deveria ser permitido a integrantes do quadro ativo das Forças Armadas. O documento citou um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), de agosto de 2016, que concluiu ser incompatível a nomeação de membros do Ministério Público para o cargo de ministro de Estado.

Nesse julgamento, o ministro Luís Roberto Barroso apontou que “ser Ministro de Estado e ser Secretário de Estado não deixa de ser, em alguma medida, uma atuação político-partidária. O papel de um Ministro de Estado, além da sua subordinação à vontade do Presidente da República, é fazer valer o programa de governo, seja do partido, seja da Administração, que tem uma dimensão essencialmente política”. Barroso também citou que “quem tem armas não pode ter poder político”.

A PGR, entretanto, manifestou entendimento diverso e arquivou a representação, em despacho proferido em 17 de agosto. A manifestação de arquivamento, inédita até então, é assinada pela subprocuradora-geral da República Maria das Mercês de Castro Gordilho Aras, coordenadora da assessoria jurídica constitucional da atual gestão –ela é casada com o procurador-geral.

“O exercício de cargo, emprego ou função pública civil, de maneira temporária e não eletiva, como de Ministro de Estado, Secretário Estadual ou Municipal, não guarda semelhança com o exercício de atividade político-partidária”, escreveu a subprocuradora em sua manifestação.

Para a subprocuradora, o texto da Constituição não impede que os militares ocupem cargos de ministros. “Como cediço, a Constituição Federal deve ser interpretada levando-se em conta o conjunto de peculiaridades que singularizam os seus preceitos, destacando-se a supremacia de suas normas, a natureza da linguagem que adota, o seu conteúdo específico e o seu forte caráter político. A expressão ‘atividade político-partidária’ compreende qualquer ato que se refira à filiação partidária – vedada ao militar, enquanto em serviço ativo -, participação em campanhas eleitorais, exercício de cargos ou funções nos órgãos dos partidos políticos, bem como o registro de candidatura em pleito eleitoral”.

Um mês após a manifestação de arquivamento feita pela PGR, Bolsonaro oficializou Pazuello como ministro da Saúde –até 16 de setembro, ele comandava a pasta de forma interina.

O Globo

Opinião dos leitores

    1. nada disto, manda QUEM TEM DINHEIRO, obedece QUEM NÃO TEM o QUEM QUER MAIS.

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