Política

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: Bolsonaro admite a jornalistas que pode mudar idade mínima de mulheres para 60 anos

Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (28) num café com jornalistas que o Congresso pode reduzir a idade mínima para aposentadoria das mulheres de 62 para 60 anos. Bolsonaro admitiu que alguns pontos da reforma da Previdência devem ser modificados no Congresso, mas que a parte mais importante do projeto será aprovada pelos deputados me senadores.

Outro ponto polêmico citado por Bolsonaro que pode sofrer alteração na proposta original é o BPC –Benefício de Prestação Continuada. Hoje, recebem o benefício de um salário mínimo idosos a partir de 65 anos e deficientes em situação de pobreza. Pela proposta apresentada pela equipe econômica, os beneficiários receberiam R$ 400 a partir dos 60 anos e somente aos 70 passariam a receber o salário mínimo.

— Estes pontos devem ser revistos pelo Congresso Nacional mas, com certeza, a base do projeto enviado pela equipe do Paulo Guedes será aprovada. O Brasil precisa desta aprovação para não passar por uma crise como a que enfrentou a Grécia. Ninguém no Brasil quer isso.

Perguntado sobre a base para aprovação no Congresso, Bolsonaro foi enfático e afirmou que não vai negociar cargos nos ministérios, mas admitiu que os deputados precisam ser atendidos em algumas exigências e que fará isso sem afrontar o governo.

— A gente sabe o que deputado quer, vivi isso muitos anos. O deputado está na ponta junto ao eleitor e precisa ser atendido.

Na área internacional Bolsonaro voltou a citar os dois maiores aliados: os Estados Unidos e Israel. Mas disse que a mudança da Embaixada brasileira para Jerusalém está suspensa temporariamente. O governo mantém relações diplomáticas e, sobretudo, comerciais com os países árabes.

— A Tereza Cristina (ministra da Agricultura) ficou preocupada e dei uma freada nesta questão, A mudança não está descartada, afinal é uma proposta de campanha. Vamos aguardar para tomar a melhor decisão, disse o presidente.

Bolsonaro comemorou também a decisão da Venezuela em reabrir as fronteiras e admitiu conversar com o ditador Nicolas Maduro.

— Desde que ele aceite eleições livres e retome a democracia. Mas acho difícil disso acontecer.

Bolsonaro garantiu que o Brasil não tem nenhum plano para invadir a Venezuela e não acredita que o governo de Maduro ataque alvos na fronteira.

— Seria um grande erro dele, sentenciou.

Vida de presidente

Perguntado se está gostando de ser presidente, Bolsonaro disse que o povo o colocou ali porque apresentou um jeito novo de fazer política. Por isso, não acha que tem o direito de reclamar da sua posição. Mas admite que gostaria de retomar alguns hábitos antigos que, por conta do cargo, foram abandonados.

— Eu gostava de caminhar na praia, conversar com as pessoas e até tomar uma cervejinha uma vez por semana. Agora estou em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica, disse em tom de brincadeira.

R7 – Coluna do Fraga

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Polícia

Caso do rapaz morto por segurança de hipermercado pode mudar para homicídio doloso

O delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, responsável pelo caso do jovem Pedro Henrique Gonzaga, morto por sufocamento na tarde de quinta-feira (14), por um segurança de uma unidade do supermercado Extra na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, disse nesta terça-feira (19) que, após ouvir uma testemunha, a acusação contra o segurança pode passar de homicídio culposo para doloso, quando há a intenção de matar. O acusado foi liberado mediante pagamento de fiança.

Segundo o delegado, foram ouvidas oito testemunhas, sendo sete no dia do ocorrido e uma ontem. Uma das testemunhas disse ter alertado o segurança diversas vezes para ele sair de cima de Pedro Henrique.

“Essa testemunha trouxe informações relevantes, já que ela declarou que alertou diversas vezes esse segurança para ele largar, que o rapaz que estava por baixo já estava desfalecido. O segurança ouviu a mensagem e, mesmo sendo alertado diversas vezes, permaneceu naquela posição, chegando à consequência de tirar a vida daquele rapaz”.

Mãe de Pedro Henrique

A mãe de Pedro Henrique Gonzaga, Dinalva Oliveira, será ouvida na tarde desta terça-feira na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado, Dinalva deve ajudar a esclarecer se houve ou não intenção de matar na ação do segurança.

O advogado da família, Marcello Ramalho, disse que a mãe ainda está muito abalada e a família espera que o resultado da investigação demonstre o dolo da ação.

“Não milita em favor do acusado qualquer cláusula de justificação que ampare a conduta dele. Ele agiu com dolo extremo. Ao promover a constrição na área do pescoço, aonde temos a artéria aorta, que é responsável por conduzir o sangue até o cérebro, ele, de uma forma extrema, assume aquele risco de produzir o resultado morte na vítima”.

O advogado diz que Pedro Henrique já estava em processo de cianose, ou seja, estava ficando roxo, e, mesmo assim, o segurança continuou com a asfixia. Há relatos de que o rapaz, que era usuário de drogas, estava sendo levado para uma clínica de reabilitação em Petrópolis quando foi morto.

Outros seguranças

Os outros dois seguranças que estavam trabalhando no momento e já prestaram depoimento serão ouvidos novamente. Estava previsto que eles seriam ouvidos na manhã de hoje, mas a pedido do advogado que os acompanha, o depoimento será tomado amanhã (20). Segundo Nunes, eles podem responder por omissão de socorro ou mesmo por homicídio.

“Essa análise inicial que fizemos aponta que houve no mínimo omissão de socorro, mas havendo mudança de culposo para doloso, os seguranças que estão ao redor e nada fazem para impedir aquele resultado poderão responder por homicídio doloso também, já que eram os agentes garantidores daquela vida naquele instante”.

Agência Brasil

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Polícia

Comando Geral da Polícia Militar no RN pode mudar

Conforme noticiado no Meio-Dia RN nesta terça-feira(06), a saída do coronel André Azevedo do comando-geral da Polícia Militar é dada como certa. Nos bastidores, o nome que circula com mais força seria do coronel Osmar José, que atualmente comanda o Policiamento Metropolitano (CPM).

Opinião dos leitores

  1. BG
    Este desgoverno está mais perdido do que cachorro em mudança. Incrível se auto proclamava o governo da segurança. Piada pura

  2. ….. ¨ henriquinho ¨, ainda nem chegou ao comando para sua temporada , e já estão fazendo as mudanças necessárias para melhor hospedá-lo…..

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