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Nasa fotografa asteroide que pode se chocar com a Terra

Nasa divulga imagens detalhadas do asteroide Bennus. Imagem: Reprodução/Twitter @OSIRISREx

A Nasa divulgou imagens detalhadas do asteroide Bennus, que está sendo monitorado pela sonda OSIRIS-REx, lançada no final de 2016 com a missão de coletar amostras do asteroide. Espera-se que até o fim desse ano a sonda pouse no corpo celeste e, durante o próximo ano, colete amostras da superfície para estudos.

Mas ao chegar mais perto do asteroide para obter as amostras, a equipe descobriu que a superfície está toda coberta de rochas e pedras, tornando a coleta mais complicada do que o esperado.

O objetivo agora é pousar durante cinco segundos e realizar as coletas com o braço articulado. O plano está previsto para junho de 2020 e espera-se coletar de 60 gramas a um quilo de regolito –cascalho e poeira. As amostras serão armazenadas na sonda, que retornará à Terra em 2023.

A agência está buscando o maior número de informações, pois estima-se que a rocha espacial poderá colidir com o planeta Terra por volta do ano de 2135.

O tuíte, escrito em “primeira pessoa” pela sonda, diz assim:

“Aqui está outro ponto de vista legal. Peguei esta imagem enquanto voava sobre o equador de Bennu, olhando para baixo em direção ao Pedregulho nº 1 do asteroide e depois para o espaço. Há muito material sobre Bennu e muita escuridão no espaço”.

Bennu tem um diâmetro de aproximadamente 490 metros e tem sua órbita próxima à da Terra. Estes motivos tornam esse asteroide “potencialmente perigoso para o planeta”.

A rocha espacial está a aproximadamente 97,8 milhões de quilômetros da Terra. Na velocidade da luz, essa distância equivale a uma viagem de cerca de 11 minutos indo e voltando do nosso planeta.

Bennu

O ‘101955 Bennu’ foi escolhido para ser explorado pela Nasa por se tratar de um asteroide primitivo, cuja superfície está coberta de materiais que predominavam no início da formação do Sistema Solar. Graças a sua distância do Sol, esses materiais não sofreram tanto pelo aquecimento.

Bennu é composto basicamente de carbono e, provavelmente, por silicatos alterados pela presença de água –o comunicado da Nasa aponta que não tem água líquida em sua superfície, mas, em algum momento o objeto rochoso interagiu com este elemento.

O asteroide foi escolhido entre mais de 200 outros. Foi estipulado uma série de pré-requisitos para a escolha do asteroide. Entre eles o tamanho, a proximidade, seus componentes, entre outros.

OSIRIS-REx

A sonda espacial da Nasa, OSIRIS-REx (Origins Spectral Interpretation Resource Identification Security – Regolith Explorer) foi lançada no dia 8 de setembro de 2016 para uma missão de sete anos no asteroide Bennu.

Após se aproximar do asteroide e coletar as amostras da superfície, a sonda deverá retornar a Terra, em 2023, para estudos.

A OSIRIS-REx está equipada com cinco instrumentos científicos para explorar o asteroide por detecção por sensores e varredura remota da superfície. Também está presente um conjunto de câmeras. Entre elas estão a MapCam, responsável por mapear a superfície; a PolyCam, responsável por fotografar o asteroide de longas distâncias; e a SamCam, que vai registrar o momento que a sonda realizará a coleta.

Espectrômetros irão medir temperatura, luz visível e infravermelha e espectro de raio-x, para determinar os elementos da Bennu.

UOL

 

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Sonda da Nasa alcança asteroide que pode se chocar com a Terra

Osiris-Rex, sonda espacial da Nasa lançada em setembro de 2016. NASA/Divulgação via Reuters

A Osiris-Rex, sonda de exploração do espaço profundo da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), chegou na segunda-feira (3) a uma distância de poucos quilômetros de seu destino, um asteroide do tamanho de um arranha-céu que pode ter compostos orgânicos fundamentais para a vida –e também o potencial de colidir com a Terra em cerca de 150 anos.

Lançada em setembro de 2016, a Osiris-Rex iniciou a missão inédita de sete anos para analisar de perto o asteroide Bennu, coletar uma amostra de sua superfície e levar o material de volta à Terra para estudos.

O Bennu, uma massa rochosa de cerca de 500 metros de largura, orbita o sol praticamente à mesma distância da Terra, e pode ser rico em moléculas orgânicas baseadas em carbono que datam dos primeiros dias do sistema solar. A água, outro componente vital para a evolução da vida, também pode estar presente nos minerais do asteroide.

Cientistas acreditam que asteroides e cometas que caíram na Terra em seu período inicial liberaram compostos orgânicos e água, semeando o planeta para a vida, e análises atômicas de amostras do Bennu podem ajudar a provar essa teoria.

Mas existe uma outra razão, mais existencial, para se estudar Bennu.

Cientistas estimam que existe uma chance em 2.700 de o asteroide se chocar de maneira catastrófica com a Terra daqui a 166 anos –probabilidade que colocou o Bennu no segundo lugar de um catálogo da Nasa com 72 objetos próximos da Terra potencialmente capazes de caírem no planeta.

A Osiris-Rex ajudará os cientistas a entenderem como o calor radiado do sol está conduzindo o Bennu em uma rota cada vez mais ameaçadora através do sistema solar.

Reuters

 

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