Polícia

Advogado é preso por agressão a garoto autista de cinco anos em shopping de BH

Arlinda com o filho de 5 anos e o marido, Ryner Felipe Lacerda — Foto: Arlinda Edleuza Oliveira da Mata/Arquivo Pessoal

O advogado Eduardo Nogueira Reis, de 60 anos, foi preso por suspeita de agredir um garoto autista, de 5, na tarde de sábado (30), dentro da Lojas Americanas do Pátio Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), o suspeito permanecia preso no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste de BH, no início da tarde desta terça-feira (2). De acordo com o Fórum Lafayette, foi estabelecida pela Justiça, em audiência de custódia, uma fiança de R$ 10 mil para a liberação do homem.

A estudante de direito Arlinda Edleuza Oliveira da Mata, de 28 anos, contou ao G1 nesta terça que passeava com o filho no shopping e, como de costume, foi até a loja comprar balas. O garoto escolheu os doces e ambos foram para a fila pagar.

“Como a Americanas estava vazia, eu nem fui ao caixa preferencial. Fui ao normal mesmo”, disse Arlinda, que tem o direito de ir ao caixa diferenciado porque o garoto tem autismo.

Ela disse ainda que entrou na fila para pagar as balas e que o filho esbarrou em um objeto no chão e, logo na sequência, em um homem que também esperava ter o atendimento no caixa.

“Na mesma hora eu pedi desculpas, mas ele não disse nada. Quando foi chamado para ir ao caixa, ele se abaixou e deu um tapa na cabeça do meu filho”, relembrou Arlinda.
Assustada, ela afirmou que foi defender o garoto. “Moço, o senhor não pode fazer isso. Ele é autista.”

Ele respondeu: “F***** que ele é autista. Não deixe esse menino me encostar. Sua p***, vagabunda, preta, obesa mórbida”.

Ela contou que no momento da agressão, o filho não esboçou nenhuma reação, não chorou e permaneceu quieto.

Clientes seguraram o advogado

Com medo de outras agressões físicas, uma mulher que também estava na fila interveio. “Moça, ele vai te bater. Não fala nada, não”. Nesse momento, Arlinda começou a chorar.

O gerente da Americanas retirou mãe e filho da loja, enquanto três ou quatro mulheres seguraram o suspeito, que queria fugir. A Polícia Militar (PM) foi chamada.

O suspeito, o advogado Eduardo Nogueira Reis, foi encaminhado ao Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do shopping enquanto a PM chegava. No local, de acordo com Arlinda, o homem dizia que estava acima da lei porque é rico. Ele não negou as agressões à polícia.

Arlinda se queixou que o shopping teria apoiado somente Reis e que um funcionário teria dito que era para ela “deixar para lá” porque o homem frequenta o local todos os dias e que tem problemas mentais.

Comportamento alterado

Ela contou que no domingo (31) precisou levar a criança até um hospital psiquiátrico porque ele estava muito agitado e com o comportamento alterado. “A médica aumentou a dose do remédio dele”.

De acordo com a Polícia Civil, Eduardo Reis foi preso em flagrante por injúria racial contra a mãe e a criança.

O G1 não conseguiu contato com o advogado de Reis.

Em nota, a Americanas informou que “repudia qualquer forma de preconceito, discriminação e agressão. No momento em que ocorreu o episódio, o gerente da loja intercedeu, chamou a polícia e posteriormente foi à delegacia para colocar-se à disposição da cliente. Estamos também à disposição das autoridades competentes para a elucidação dos fatos”.

Já o Pátio Savassi disse que “no dia 30 de março, o shopping foi informado sobre um episódio de desentendimento, envolvendo dois clientes, ocorrido no interior das Lojas Americanas. O shopping acompanhou todo o caso, a loja acionou a Polícia Militar, que registrou o Boletim de Ocorrência e conduziu as partes para a delegacia. O caso está sendo apurado pelos órgãos competentes”.

G1 – Minas Gerais

 

Opinião dos leitores

  1. Um relato do que a IMPUNIDADE gera nesse país. Isso precisa acabar!
    Os ricos e poderosos NÃO RESPEITAM as leis, pois sabem que seus atos serão ignorados ou perdoados. Chega de IMPUNIDADE!!!

  2. Cabra covarde, fazer isso com uma criança indefesa, fora as m***das que ele falou. Era bom que segurassem esse idiota e dessem uma peia boa nele.

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Judiciário

Mulher de ministro do TSE registra queixa contra ele por agressão

O ministro do TSE Admar Gonzaga foi acusado de agressão pela mulher – UESLEI MARCELINO / REUTERS 09/06/2017

A dona de casa Élida Souza Matos registrou nesta sexta-feira uma ocorrência numa delegacia de Brasília acusando o marido, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, de agressão. Pelo cargo que ocupa, ele tem foro privilegiado para ser processado apenas no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, o caminho natural é que a queixa siga para a corte. Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado de Admar, diz que o episódio não passou de um desentendimento e que Élida já está registrando uma retratação na delegacia.

Conhecido pelo apelido Kakay e por ser um dos criminalistas mais requisitados de Brasília, o defensor afirmou que a ocorrência foi feita no calor do momento. Apesar da retratação, isso não é capaz, por si só, de levar ao arquivamento do caso. O Ministério Público pode assumir a investigação, e o arquivamento só pode ser deferido pelo STF. Élida chegou à delegacia com o olho roxo e passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.

“Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público”, diz trecho da Lei Maria da Penha.

“O casal Élida Souza Matos e Admar Gonzaga Neto lamenta profundamente e pede desculpas a seus familiares e amigos pelo incidente ocorrido, que não passou de um desentendimento, com exasperação de ambos os lados. Esclarece ainda que o fato noticiado pela imprensa está sendo tratado pelo próprio casal estritamente no âmbito familiar e que buscará o melhor entendimento e o pleno resguardo da integridade de ambos. Nesse momento delicado, pede a todos e todas compreensão e que respeitem a intimidade e a privacidade do casal”, afirmou Kakay em nota.

Depois, ele mandou uma segunda nota, complementando a anterior: “Sou advogado e amigo dos 2. Houve uma ocorrência, feita por ela no calor do desentendimento, mas ela já está registrando uma retratação o que levará ao arquivamento da ocorrência.” A nota não desmente que houve agressão.

O caso do senador Lasier Martins (PSD-RS), que também foi acusado de agressão pela mulher, está no STF. O processo corre em sigilo, e o relator é o ministro Edson Fachin. O senador nega a agressão e afirma estar em processo de separação.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Se a nobre excelência fosse um ser normal já estraria atras das grades com base na lei MARIA DA PENHA. Entretanto por ser um semi-deus esta solto.

    1. semi deus, sangra do mesmo jeito que nós ditos normais……..

  2. ….foro privilegiado para bater em mulher??? É VAGABUNDO mesmo, espero que a presidente tome as devidas providências. MARIA DA PENHA…..nele ou em qualquer um…..

  3. O indicado por Temer q votou contra todas as provas dos autos contra a cassação da chapa Dilma-Temer. Maria da Penha nele!

  4. Já retirou a queixa . Disse que tinha sido no calor da discussão. O problema é que é lei Maria da Penha . Disse que escorregou e bateu com o olho na mão do marido .

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Judiciário

Justiça aceita denúncia contra ex-marido de Luiza Brunet por agressão

luiza-bnruetrA Justiça de São Paulo aceitou a denúncia contra o empresário Lirio Parisotto pela acusação de agredir a atriz modelo e empresária Luiza Brunet, com quem teve um relacionamento de cinco anos. A informação foi confirmada ao GLOBO pelo promotor Carlos Bruno Gaya da Costa, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), do Ministério Público de São Paulo.

Parisotto é acusado de agredir Luiza em maio deste ano durante uma viagem do casal aos Estados Unidos e em dezembro de 2015. As duas lesões foram confirmadas por laudos do Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o promotor, ele passa a ser réu em processo por crime de lesão corporal contra a ex-companheira.

– Ele vira réu em processo por lesão corporal e a pena em eventual condenação é endurecida nos termos da Lei Maria da Penha – explicou.

De acordo com Gaya Costa, a denúncia engloba duas agressões contra a atriz. A última, ocorreu no dia 21 de maio em Nova York, conforme Luiza revelou em entrevista à coluna de Ancelmo Gois no GLOBO. Ela contou que o então marido lhe deu um soco no olho e chutes que quebraram quatro costelas de suas costelas. A outra agressão é de dezembro de 2015 quando, segundo o promotor, o empresário quebrou um dedo da atriz.

Gaya Costa explicou que as lesões nos Estados Unidos foram leves e as ocorridas em 2015 foram consideradas graves. Os crimes de lesão corporal de natureza leve no contexto da violência doméstica podem ter penas de três meses a três anos de detenção; se a lesão for de natureza grave, as penas podem ser 1 ano a 5 anos de prisão.

Na terça-feira, Luiza Brunet chamou a atenção para a luta contra agressões sofridas por mulheres, em uma publicação nas redes sociais. “Graças à luta de uma mulher — Maria da Penha — muitas outras estão buscando justiça. Não devemos calar”, escreveu a atriz em seu perfil no Instagram e no Facebook.

O Globo

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Esporte

STJD volta a denunciar Kléber, do Vasco, por agressão

O atacante Kléber, do Vasco, pode ser punido com até 12 jogos de suspensão depois de se envolver em mais uma confusão. A Procuradoria do Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) denunciou o jogador nesta segunda-feira por suposta agressão sobre o zagueiro Gustavo, do Vila Nova-GO, em partida válida pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O julgamento ainda não tem data marcada.

Kléber volta a figurar no banco dos réus do STJD uma semana depois de ter sido suspenso por dois jogos por ato desleal na partida contra o Paraná, válida pela 14ª rodada da Série B. O atacante estava sob efeito suspensivo quando se envolveu na nova confusão, o que pode pesar contra o atleta no tribunal.

A denúncia foi feita com base em imagens de TV, que flagraram o atleta empurrando e colocando a mão no rosto de Gustavo na saída para o intervalo da partida. A Procuradoria tenta enquadrar o atacante no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que diz respeito à agressões físicas contra outros jogadores. Na ocasião o árbitro não fez registro na súmula.

fonte: Estadão Conteúdo

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