Saúde

Manaus vai proibir profissional de saúde de postar fotos de vacinação

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), disse em transmissão ao vivo no Facebook na noite de terça-feira (19) que os profissionais de saúde da cidade não poderão publicar registros da vacinação contra a covid-19 nas redes sociais.

“A secretária está neste momento com uma portaria proibindo a divulgação em rede social dentro das unidades. Você se vacinou, fique para você. Você não precisa compartilhar em rede social. Essa é a determinação, esse é o pedido”, declarou.

A decisão ocorreu após a disseminação de boatos refutados pela prefeitura de que moradores fora do grupo prioritário teriam recebido a vacina. Na transmissão, Almeida disse que uma das “polêmicas” foi uma fotografia postada em rede social de uma pessoa tomando outro tipo de injeção. “Aquilo não é a vacina da covid-19. A nossa seringa é diferente”, alegou. “Portanto, se requer cuidado quando você posta, quando você comenta.”

Outro caso que teria atraído críticas foi a imunização de duas médicas recém-nomeadas em uma unidade básica de saúde. Segundo o prefeito, ambas começaram a trabalhar recentemente na rede pública após o afastamento de 122 profissionais da área por causa do novo coronavírus. “Elas estavam em serviço, no seu plantão”, justificou o prefeito. “Se encaixa perfeitamente naquilo que preconiza as normas ditadas pelo governo federal”, continuou.

A capital do Amazonas vive uma grave crise sanitária, com aumento de casos e internações pelo novo coronavírus, em meio à falta de fornecimento de oxigênio. Situação semelhante também é relatada em municípios do interior amazonense e do Pará.

A vacinação em Manaus começou na terça-feira, 19, destinada prioritariamente a profissionais de saúde que atuam no atendimento de pacientes com covid-19. A gestão municipal diz que a cidade recebeu 40.072 doses.

Segundo boletim epidemiológico do governo amazonense, a capital está com ocupação de 94,3% nos leitos de UTI públicos e privados para pacientes com covid-19, média que é de 94,5% nos leitos de enfermaria. Na terça-feira, a cidade realizou 177 sepultamentos, dos quais 98 de casos confirmados ou suspeitos de covid-19. Há um mês, em 19 de dezembro, foram realizados 39 sepultamentos na cidade, dos quais sete eram de vítimas da doença.

Opinião dos leitores

  1. Se não tirar foto pode furar fila? E quem não é da área médica e se vacinou, vai ser despedido? Essa decisão do gov. do Amazonas é uma piada.

  2. Isso me lembra a lenda do marido que queimou o sofá, por que flagrou à esposa em adultério.
    A providência seria a quebra dos privilégios. Taí a razão da crise no Amazonas.

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Segurança

TikTok dá aos pais mais controle sobre o que filhos podem ver e postar

Foto: Antonbe/Pixabay

O TikTok está dando aos pais de seus milhões de usuários adolescentes mais opções para restringir o que seus filhos podem ver e compartilhar na tela.

O aplicativo de vídeo de formato curto anunciou uma série de novos controles dos pais na terça-feira (17), incluindo a capacidade de decidir qual conteúdo os adolescentes podem pesquisar no TikTok, quem pode comentar em seus perfis, quem pode ver quais vídeos eles curtiram e se o perfil é público ou privado.

“Nosso objetivo é encontrar um equilíbrio entre segurança e autonomia para adolescentes enquanto trabalhamos para criar um lugar seguro e de apoio para a autoexpressão”, escreveram Tracy Elizabeth, chefe da política global de segurança de menores, e Alexandra Evans, chefe de política pública para crianças para a Europa, em um blog.

As novas medidas fazem parte do recurso “Family Pairing” (Emparelhamento Familiar) do TikTok, lançado para alguns países europeus em fevereiro deste ano, que permite que os pais vinculem suas contas à de um filho adolescente.

Anteriormente chamado de “Modo de Segurança Familiar”, o recurso já permitia aos pais definirem limites de quanto tempo seus filhos passam no TikTok todos os dias, que tipo de conteúdo eles podem visualizar e a capacidade de limitar ou desligar as mensagens diretas. O TikTok agora está expandindo essa função e tornando-a disponível em todo o mundo.

“Conforme s jovens começam a construir uma presença online, é importante dar às famílias ferramentas para que pais e adolescentes possam definir barreiras juntos”, disseram Elizabeth e Evans.

O TikTok é dominado por usuários mais jovens: 32,5% da base de usuários do aplicativo nos EUA tinha entre 10 e 19 anos em junho de 2020, mais do que qualquer outra faixa etária, de acordo com os dados da empresa de análise App Ape publicada pelo portal de dados de mercado Statista.

No aplicativo, os usuários geralmente compartilham clipes de 15 segundos deles próprios dançando, dublando, fazendo esquetes cômicos ou participando de desafios que surgem na plataforma.

Como o CNN Business relatou, a popularidade do aplicativo entre os adolescentes, combinada com seu potencial único para o estrelato viral durante a noite, forçou os pais a lidar com questões difíceis sobre muitos temas, entre eles privacidade, bullying e até mesmo como seus filhos podem lucrar com a plataforma.

Nos Estados Unidos, o TikTok oferece uma versão limitada do aplicativo para usuários menores de 13 anos, que não permite compartilhar ou comentar vídeos e mensagens com outras pessoas, mas as crianças ainda podem ver o conteúdo do TikTok apropriado para a idade.

Kaya Yurieff, da CNN Business, contribuiu para esta reportagem.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

    1. Kkkkkk você passa a vergonha no crédito ou no débito?

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Tecnologia

Postar foto do ambiente de trabalho nas redes sociais pode dar demissão por justa causa

Postar fotos do ambiente de trabalho nas redes sociais pode resultar em demissão por justa causa, segundo decidiu o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A decisão é do final de abril, mas foi divulgada apenas nesta terça-feira pela corte trabalhista.

A Segunda Turma do TST analisou o caso de uma enfermeira que foi demitida do Hospital Prontolinda, em Olinda (PE), depois de publicar no Orkut fotos da equipe trabalhando na unidade de terapia intensiva (UTI). A profissional alegou que foi discriminada, pois não foi a única a divulgar as fotos, e pedia a descaracterização da justa causa. Também cobrava o pagamento de dano moral pelo constrangimento causado com a demissão.

Já o hospital argumentou que as fotos motivaram comentários de mau gosto na rede social, expondo a intimidade de outros funcionários e de pacientes sem autorização. Além disso, afirmou que a imagem do hospital foi associada a “brincadeiras de baixo nível, não condizentes com o local onde foram batidas”.

A profissional venceu na primeira instância, que reverteu a justa causa e reconheceu os danos morais, condenando o hospital a pagar R$ 63 mil. O juiz da 3ª Vara do Trabalho de Olinda entendeu que as fotos mostravam “o espírito de confraternização, de amizade, união e carinho entre os funcionários”.

A decisão foi revista pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE), que concordou com os argumentos do hospital e confirmou a demissão por justa causa. Na decisão, a corte falou sobre a inadequação das imagens, citando, como exemplo, uma foto que mostrava “uma das enfermeiras semiagachada e uma mão supostamente tentando apalpá-la”.

A profissional acionou o TST, mas a Segunda Turma negou o pedido por unanimidade.

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