Judiciário

Precatórios do TJ: Carla Ubarana e George Leal estão em prisão domiciliar

O juiz da 7ª Vara Criminal de Natal, José Armando Ponte Dias Júnior, concedeu, na tarde da última terça-feira (20), o direito a prisão domiciliar a Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal e George Luís de Araújo Leal. O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual, alegando que os dois passaram a colaborar com as investigações, o que justificaria uma flexibilização da custódia cautelar deles. O MPRN argumentou ainda que o estado de saúde da acusada também daria ensejo à colocação dela e do marido em regime de prisão domiciliar.

De acordo com o magistrado, não apenas não é possível ao Judiciário decretar uma prisão preventiva de ofício, mas também não é possível manter segregado um acusado sob regras mais severas do que as pleiteadas pelo autor da ação, no caso o Ministério Público.

“Assim, se o Ministério Público, como titular da ação penal, como curador dos anseios sociais, como interessado primeiro na persecução penal e na responsabilização penal dos réus, não se mostra interessado em manter os acusados George Luís de Araújo Leal e Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal custodiados em estabelecimento prisional comum, mas sim em seus domicílios, não há de ser este Juízo o único a ter interesse na manutenção dos réus no cárcere comum, pois isso seria uma nítida afronta às regras do sistema acusatórios e à própria imparcialidade da jurisdição”, destacou o juiz José Armando Ponte Dias Júnior.

Ainda de acordo com a decisão do magistrado, os acusados devem ser mantido sob regime de prisão domiciliar, a ser cumprida interruptamente sob escolta policial. Eles não poderão se ausentar da residência, salvo comprovada emergência médica, e desde que a saída seja comunicada de imediato a Justiça.

Processo nº 0103161-74.2012.8.20.0001

Fonte: TJ/RN

Do Blog: A parte destacada em negrito pelo blog só vem a confirmar que os acusados Carla Ubarana e George Leal passam também a serem testemunhas no caso da operação Judas. Resta saber detalhes do acordo dos acusados com o MP.

Opinião dos leitores

  1. E os demais pressos não irão poder ficar em Prisão domiciliar, já que segundo consta são apenas laranjas.
    Quem será que esles irão apontar ao Ministério Público como o mentos, já que eles vão colaborar com MP.
    Nosso dinheiro sempre entra pelo ralo, pagamos impostos altissímos, esperamos que quem roubou devolva o DINHEIRO, isso é o que a sociedade quer, que seja feita a real Justiça, doa a quem doer. 

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Jornalismo

FOTO: Movimentação na casa de Carla Ubarana agora pela manhã

Após uma noite de intensa movimentação de policiais na casa de George Leal e Carla Ubarana, que só se encerrou após a meia-noite de hoje, o dia amanhece com a polícia de volta.

Hoje por volta das 7h30 da manhã uma camioneta do Bope voltou para a residência, lembrando que ontem, segundo fontes do BG, os acusados de serem os mentores do escândalo dos Precatórios do TJ passaram o dia junto com membros do Ministério Publico.

Devido a esse fato aparente de um entendimento de Carla e George com o MP sem o devido conhecimento de Felipe Cortez, o mesmo abandonou a causa.

Nos próximos dias o tabuleiro da operação judas promete se mexer. Vamos aguadar.

Atualizado às 09:00h para complemento de informações:

A movimentação de policias em frente a casa do Casal Carla Ubarana e George Leal se deve a um pedido dos mesmos para garantir a integridade física dos dois filhos. Resumo, pediram garantia de vida para os filhos. Para o juiz ter autorizado o policiamento garantir a vida dos filhos de Carla e George, é porque eles já devem estar enquadrado no programa de proteção a testemunhas.

Foto Gustavo Negreiros

 

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Judiciário

Reviravolta no caso do Precatórios do TJ: Advogado Felipe Cortez deixa o caso

Foto Fabio Araújo - A polícia saiu da casa do Casal Carla Ubarana e George Leal em Petropólis depois da meia-noite

A servidora pública Carla Ubarana, suspeita de ser a mentora no esquema de fraude no pagamento de precatórios do Tribunal de Justiça, e o marido George Leal, acusado de ser o principal beneficiário (depois dela) passaram o dia fora das grades.

O casal se encontra, ou pelo menos deveria, estar preso sob força de mandado judicial no Complexo Penal João Chaves. Ela no Presídio Feminino e ele no Presídio Provisório Dr. Raimundo Nonato Fernandes.

Segundo apurado pelo blog,  eles saíram discretamente com a autorização do juiz para irem até o Ministério Público para dar novos depoimentos, que duraram o dia todo.

Durante a apuração, o blog descobriu que o advogado Felipe Cortez também deixou o caso. O motivo da saída teria sido a articulação do Ministério Público junto aos acusados para os novos depoimentos, simplesmente Carla Ubarana e George Leal não teriam informado ao advogado.

 

Opinião dos leitores

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Judiciário

Juiz vai ouvir Carla Ubarana, George Leal e demais envolvidos no escândalo dos Precatórios

O Juízo da 7ª Vara Criminal de Natal marcou uma audiência de Instrução e Julgamento para ouvir os denunciados George Luis de Araújo Leal, Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal, Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho, Cláudia Sueli Silva de Oliveira Costa e Carlos Alberto Fasanaro Junior no próximo dia 30, às 8h30min, naquela Unidade Judiciária.

Na mesma ocasião, o juiz José Armando Ponte Dias Júnior dará ciência aos acusados da Decisão proferida nos autos do processo nº 0105143-26.2012.8.20.001, em 12/03/2012, que indeferiu todas as preliminares levantadas nas peças de defesa, assim como indeferiu, ao menos por enquanto, a realização de perícias grafotécnica e contábil, nos moldes solicitados nos autos, bem como indeferiu o pedido de informações ao TJ/RN.

O juiz também ratificou a totalidade a decisão de recebimento da denúncia. Quanto ao acusado Carlos Alberto Fasanaro Junior, o magistrado esclareceu que permanece atuando em sua defesa técnica o advogado Donnie Allison dos Santos Morais. Assim, o juiz determinou a intimação dos acusados, bem como a ciência ao Ministério Público, além de requisitar os réus presos para audiência e a intimação das testemunhas para audiência.

Quanto ao pedido de revogação de prisão preventiva de Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho, o juiz entendeu que a defesa não levou aos autos qualquer fato novo capaz de infirmar os fundamentos constantes da decisão que decretou a sua prisão preventiva, razão pela qual manteve a prisão preventiva dele, para a garantia da ordem pública, nos moldes em que decretada.

Fonte: TJ/RN

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Jornalismo

Justiça nega mais uma vez o habeas corpus de Carla Ubarana

O juiz Gustavo Marinho, que foi convocado para atuar como desembargador em substituição à desembargadora Zeneide Bezerra, negou, na manhã desta terça-feira (6), mais um pedido de habeas corpus em favor de Carla de Piva Ubarana Araújo Leal, acusada de liderar um esquema de desvio de verbas para o pagamento de precatórios no Tribunal de Justiça do RN.

Na peça judicial, Carla Ubarana pediu, preliminarmente, a concessão de prisão domiciliar para a Casa de Saúde São Lucas, caso fosse negado o pedido de Habeas Corpus. O juiz observou que o mesmo pedido já havia sido feito e negado em outro Habeas Corpus julgado em 23/02/2012. Assim, ele não conheceu parcialmente do HC quanto ao pedido de prisão domiciliar.

Carla Ubarana buscou judicialmente, no mérito do HC, a sua imediata transferência para a Casa de Saúde São Lucas, sob o argumento de que foi encaminhada ao estabelecimento prisional sem ter tido alta e que seu estado de saúde é bastante frágil.

Porém, consta nos autos ofício da Direção da Casa de Saúde São Lucas noticiando que a paciente recebeu alta hospitalar no dia 16 de fevereiro de 2012. Também consta depoimento de um médico cardiologista e de um médico psiquiatra que atestam que Carla Ubarana teve alta hospitalar.

Assim, diante dos elementos de prova do autos, o juiz manteve o entendimento anteriormente no sentido de não considerar presente qualquer constrangimento ilegal no fato da paciente ter sido transferida da Casa de Saúde São Lucas, local onde se encontrava internada, para uma instituição penitenciária.

“Ora se os médicos que assistiram a paciente lhe deram alta, e o tratamento pode ser feito fora do hospital, não vejo porque ela não possa realizar a continuação dos cuidados médicos no cárcere, com o acompanhamento de médicos de sua confiança, se quiser”, decidiu.

Em relação ao suposto distúrbio inerente à ideação do suicídio, o magistrado entende que este pode ser perfeitamente controlado pela autoridade prisional, bastando, apenas, uma vigilância mais acurada e a retirada de objetos que possam auxiliar num eventual suicídio.

Concedido HC para Cláudia Sueli Silva de Oliveira

O juiz Gustavo Marinho também analisou pedido de Habeas Corpus em favor de Cláudia Sueli Silva de Oliveira, acusada de participação no esquema de desvio de verbas para o pagamento de precatórios no Tribunal de Justiça do RN, através de saques de valores por ordem de Carla Ubarana.

O magistrado concedeu a ordem em favor de Cláudia Sueli, ratificando uma liminar deferida, por entender que a liberdade dela não apresentará risco à sociedade, porque não tinha e não tem nenhum acesso à divisão de precatório, não havendo como reiterar em ilícitos, da mesma natureza.

Ele assim decidiu considerando os elementos dos autos processuais (depoimento prestado da fase policial e, inclusive, da decisão do Juiz de Primeira Instância) que a paciente atuava, tão somente, como um “laranja”, sem qualquer poder decisório ou de influência no comando da organização criminosa, obedecendo ordens de Carla Ubarana para tão somente realizar saques das quantias indevidas que eram depositada em sua conta.

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Jornalismo

TJRN não vai divulgar rombo nos precatórios antes da conclusão da investigação

Por interino

O presidente da Comissão de Sindicância que investiga os desvios do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça, desembargador Caio Alencar, afirmou nesta quinta-feira (1º), durante coletiva à imprensa, que por orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não será possível adiantar, mesmo parcialmente, o tamanho da fraude já apurada no setor.

A expectativa é de que até o mês de abril os trabalhos sejam finalizados e somente neste período será divulgado o número exato de desvios nos precatórios do Tribunal de Justiça. “Os trabalhos avançaram, nós caminhamos para um desfecho não tão distante, mas por enquanto não iremos adiantar informações até para não prejudicar as investigações”, destacou o desembargador Caio Alencar, que emendou: “em nenhum momento eu afirmei que prestaria esses esclarecimentos agora”.

O Setor de Precatórios do TJRN está sendo auditado também por técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O desembargador afirmou que solicitou um maior número de servidores para que os trabalhos possam ter uma agilidade ainda maior.

Opinião dos leitores

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Jornalismo

CNJ vai analisar somente parte administrativa do TJRN

Por interino

Durante entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (27), a juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Agamenilde Dantas, comentou sobre os procedimentos que serão adotados no processo de reorganização do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Ela ratificou que a chegada da Comissão do CNJ em Natal se deu através da solicitação da presidenta da TJRN, desembargadora Judite Nunes.

“Iremos realizar todos os processos tendo como principal enfoque a transparência pregada pelo CNJ”, ressaltou Agamenilde.

A magistrada ressaltou que os serviços da Comissão do CNJ visam somente analisar a parte administrativa do Setor de Precatórios cabendo a análise de processos com indícios de desvio de recursos ou fraudulentos à Comissão de Sindicância, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.

A permanência de membros do CNJ em Natal se estenderá até o mês de abril com a possibilidade da vinda da ministra Eliana Calmon.

Com informações da Tribuna do Norte

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Judiciário

Envolvidos no escândalo dos Precatórios do TJ vão continuar presos

A Câmara Criminal julgou o mérito do Habeas Corpus impetrado em favor de Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal, George Luís de Araújo Leal e Carlos Eduardo Cabral Palhares de Carvalho, e, por maioria, votou pela manutenção da prisão preventiva.

O voto divergente foi do desembargador Virgílio Macedo que entendeu pela possibilidade da prisão domiciliar de Carla Ubarana. Mas, de acordo com o relator do processo, desembargador em substituição, Gustavo Marinho, o HC foi negado porque haveria a custódia preventiva motivada pela manutenção da ordem pública e conveniência da instrução criminal.

No tocante ao pedido de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão, o juiz Gustavo Marinho entendeu que não é cabível.

A defesa de Carla Ubarana já impetrou um novo Habeas Corpus pedindo a manutenção da custódia dela em ambiente hospitalar, por alegar que a paciente necessita de cuidados médico. Esse HC deve ser julgado na próxima sessão da Câmara Criminal, que acontecerá na quinta-feira (01).

Memória

Inicialmente, o pedido de liminar da ordem de habeas corpus foi distribuído para o desembargador Rafael Godeiro que alegou suspeição para julgar o pedido. O processo foi redistribuído para o juiz convocado Gustavo Marinho que está substituindo a desembargadora Zeneide Bezerra.

Fonte: TJRN

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Jornalismo

Ubarana passa o Carnaval com duas 'mulas' no Complexo Penal

Suspeita de peculato e formação de quadrilha, a servidora Carla Ubarana Leal, ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, passou o carnaval na ala feminina do Complexo Penal João Chaves, ao lado de duas ‘mulas’, como são chamadas as pessoas detidas acusadas de tráfico internacional de drogas. Ubarana é acusada de chefiar um esquema de desvio de recursos do setor de precatórios do TJ-RN e se mantém no período de adaptação à prisão temporária, de dez dias, na companhia de duas estrangeiras.

Enquanto se mantém presa temporariamente, Carla só pode receber a visita de seu advogado, Felipe Cortez. Na semana passada o Ministério Público suspeitou que a investigada estaria tendo regalias na Casa de Saúde São Lucas, onde desde 1º de fevereiro esteve internada, após a prisão em um hotel de luxo no Recife (PE) no dia 31. O diretor da unidade prisional que recebeu Carla, Sidicley Barros, disse que ela tem direito a uma cela especial, por ser portadora de diploma de curso superior. “Só que não é uma cela muito diferente das outras. Nem apertada nem grande demais. Não há regalias”, garante.

Fonte: DN Online

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Jornalismo

Laudo aponta que Carla Ubarana está depressiva e com tendências suicidas

O Blog acaba de ter acesso ao laudo médico que constata o atual quadro clínico que mantém Carla Ubarana, ex-chefe do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e acusada de ser mentora e principal beneficiária de um esquema de pagamentos ilegais de precatórios, internada em um dos apartamentos da Casa de Saúde São Lucas.

No laudo, o médico psiquiatra confirma que ela foi examinada por ele e que ela apresenta um quadro depressivo caracterizado pela falta de apetite, lentidão mental e fortes tendências suicidas sob tratamento de remédios. Na análise, o médico aconselhou que ela seja mantida no hospital ou em casa. O médico vê o ambiente prisional como favorável ao suicídio.

“A transferência da paciente para um ambiente penitenciário pode vir a ter repercussões até fatais para seu quadro, no presente momento”, concluiu o psiquiatra que atendeu ela.

 

Opinião dos leitores

  1. É brincadeira isso, engraçado que essas tendências só apareceram , no período dos desvios nada apareceu. Desculpe equipe médica, mais se fosse um pobre, teria essa possibilidade? Claro que não, é cadeia sim, se quer se matar o problema é dela, é o minimo que a justiça pode fazer é cumprir com a sua obrigação e prisão nela.

  2. Suicida????  Não sou médico, mas duvido MUITO que isso possa minimamente começar a ocorrer.  
    Desânimo, tristeza, depressão, perda de apetite, é aceitável. A pessoa saiu de uma quase "cidadania francesa", de passeios a castelos suíços, de jantares caros, com pessoas puxando o saco deles justamente por terem posses (prática comum nesse rincão, e pode ter até contribuído para a roubalheira apontada), para um das posições de maior repúdio social.  Deve estar mesmo muito para baixo.  Mas isso impossibilitar de cumprir a prisão provisória ou internação cautelar (se, ao final, comprovada essa "demenciazinha"), acho inconcebível.  
    O Ministério Público deve estar requerendo uma perícia médica hábil a verificar a veracidade da situação. 
    Por outro lado, acredito que já seja tempo e que já existam provas mais que suficientes para a abertura de um processo administrativo disciplinar no TJRN a fim de apurar, e certamente condenar, Carla Ubarana à pena de demissão e ressarcimento ao erário.
    Seria uma boa forma de melhorar a imagem do Judiciário.

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Judiciário

Depois de duas “desistências, Juiz vai iniciar citação de acusados no caso dos Precatórios

Depois de dois magistrados terem alegado motivos pessoais, o juiz da 7ª Vara Criminal, Armando Pontes, decidiu se comprometer e vai conduzir o julgamento do suposto esquema de desvio de recursos e fraudes aplicadas ao Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do RN.

A confirmação do recebimento da acusação, feita pelo Ministério Público Estadual com base em apenas quatro dos mais de 7 mil processos existentes no Setor de Precatórios do TJRN, foi dada pela pelo titular da 7º vara, após as juízas, da 5ª e 6ª Vara Criminal, Ada Galvão e Emanuella Cristina Pereira Fernandes, alegarem suspeição por foro íntimo.

A primeira etapa do trabalho consiste na análise dos três volumes da ação penal.

Em seguida, o magistrado vai iniciara a citação dos envolvidos para que estes constituam defesa, por escrito, no prazo de dez dias.

Como servidora pública de carreira, Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal teria o direito de apresentar defesa prévia antes do recebimento da denúncia, conforme discorrem os artigos 514 a 517 do Código de Processo Penal (CPP). O juiz, porém, deixou de aplicar o disposto ao caso vertente pelo fato de Carla Ubarana ser a única funcionária pública arrolada pela acusação.

Conforme documento assinado pelo magistrado, os crimes imputados contra a servidora vão além do peculato, que consiste em apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão da função, ou o desvia em proveito próprio ou alheio. Ela é acusada de praticar, também, “crimes não funcionais tais como os delitos tipificados nos artigos 288 (formação de quadrilha) e 299 (falsificação de documentos públicos)”.

O juiz Armando Pontes baseou-se no que preconiza o Enunciado nº 330 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para defender que “pelo fato de que a denúncia se acha instruída por Inquérito Policial, é desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal”. Ele, explica, ainda, que se o funcionário público é denunciado não somente por ter cometido, em tese, crimes funcionais próprios, mas também houver a imputação de infrações penais comuns, desnecessária a apresentação de defesa preliminar.

O juiz determinou que fossem juntados aos autos do processo as certidões de antecedentes criminais dos acusados expedidas pelo Tribunal de Justiça Estadual e Federal, além da Justiça Eleitoral. O Instituto Nacional de Identificação Criminal também será oficiado para que registre o processo no sistema Infoseg, conforme pleito do Ministério Público. Somente os dados sigilosos que são protegidos por lei como as informações bancárias, fiscais além das extraídas de comunicações via internet, permanecerão em sigilo.

Os acessos aos documentos sigilosos estão garantidos somente ao Ministério Público, aos acusados e seus defensores. Somente as movimentações e decisões serão tornadas públicas via sistema online do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Os processos nos quais constam os pedidos de sequestro, prisão temporária e busca e apreensão, assim como os de pedido de quebra de sigilos bancário e fiscal, serão mantidos em segredo. A denúncia da Operação Judas é composta, até este momento, de 19 volumes.

Fonte: Tribuna do Norte

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Judiciário

Juíza alega suspeição e processo dos Precatórios vai para a 7ª vara

A juíza titular da 5ª Vara Criminal, Ada Galvão, alegou suspeição por foro íntimo e não julgará o processo da Operação Judas, cujas denúncias oferecidas pelo Ministério Público recaem sobre um suposto esquema de fraudes no Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. O despacho da magistrada foi anexado aos autos do processo, que corre em segredo de Justiça, na sexta-feira passada, um dia após retornar das férias e reassumir a titularidade da 5ª Vara Criminal.

Aldair DantasO processo que investiga as irregularidades no Setor de Precatórios deve chegar à 7ª Vara hoje

O juiz Armando Pontes, responsável pela 7ª Vara Criminal, assumiu a apuração das denúncias na 5ª Vara por substituição, enquanto a juíza responsável, Ada Galvão, gozava de férias. Foi ele quem decretou a prisão preventiva dos cinco envolvidos no suposto esquema fraudulento. Com a negativa de Ada Galvão, o processo foi remetido, por sequência, à 6ª Vara Criminal, cuja juíza titular é Emanuella Cristina Pereira Fernandes. Esta, por sua vez, já havia sido designada para acompanhar o processo por substituição.

Entretanto, Emanuella Cristina Pereira Fernandes alegou suspeição por foro íntimo no final do mês passado e a peça judicial foi encaminhada ao juiz Armando Pontes. Ele ficou à frente do caso também como substituto, até a juíza Ada Galvão reassumir a 5ª Vara ao término do seu período de descanso prolongado. Segundo informações da Direção da Secretaria da 5ª Vara Criminal, o processo foi remetido ao setor de distribuição e, no início da tarde de ontem, havia sido entregue na Secretaria da 6ª Vara Criminal.

O recebimento das peças judiciais na Vara cuja responsabilidade recai sobre a magistrada Emanuella Cristina Pereira Fernandes foi apenas para cumprir o protocolo. Ela sustentou o que alegou na semana passada e não assumiu o julgamento do processo alegando, através de despacho, suspeição. O calhamaço de documentos que compõem o processo da Operação Judas estava na Secretaria da 6ª Vara aguardando encaminhamento para o Setor de Distribuição do Fórum Miguel Seabra Fagundes.  A peça é composta por cerca de cinco mil páginas.

As peças judiciais, mantendo-se o raciocínio da sequência, serão remetidas à 7ª Vara Criminal, cujo juiz responsável é Armando Pontes. Conforme o depoimento de pessoas ligadas ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, acredita-se que o juiz não alegue suspeição e conduza o processo por ter sido ele quem assinou as primeiras demandas judiciais e, mais recentemente, decretou as prisões preventivas de Carla Ubarana, George Luís de Araújo Leal, Carlos Eduardo Palhares, Carlos Alberto Fasanaro e Cláudia Sueli Oliveira. A expectativa é de que o processo seja entregue hoje à Secretaria.

Conforme informações da Direção da Secretaria da 7ª Vara Criminal, o juiz Armando Pontes só irá se posicionar acerca do julgamento ou não do processo da Operação Judas após o recebimento das peças. Caso o magistrado, assim como os demais juízes envolvidos no caso alegue suspeição, o processo será mais uma vez remetido ao Setor de Distribuição para ser encaminhados para outra Vara Criminal. Caso nenhum magistrado aceite o julgamento da peça, um juiz substituto poderá ser convocado.

Reportagem de Ricardo Araújo para a Tribuna do Norte

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Jornalismo

Sindicato dos Policiais denuncia regalias de Carla Ubarana no São Lucas

Está no Nominuto.com

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol), Djair Oliveira, denunciou esta manhã, em entrevista à equipe de reportagem do Nominuto.com, que a ex-chefe da Divisão dos Precatórios do TJ, Carla Ubarana, mesmo estando presa à disposição da Justiça, goza de inúmeras regalias no hospital em que está internada.

Segundo Djair, os horários de visitas não são respeitados e não há o controle dos visitantes. “É um entra e sai de gente o tempo todo. Ela recebe visita de todo tipo de gente, que se quiserem entrar com uma arma, não vai ter dificuldades”.

Ele explicou que há uma determinação de não causar constrangimentos nem a ela, nem aos visitantes, e que por isso não são revistados ou sequer têm os nomes relacionados. Contudo, Djair não soube informar de quem seria a determinação.

Carla Ubarana está internada na Casa de Saúde São Lucas, desde o último dia 31, quando foi presa em Recife, suspeita de comandar o esquema de fraudes aos precatórios do Tribunal de Justiça, desde 2008. E mesmo com a conclusão do inquérito policial, ela continua sendo vigiada por policiais civis.

Foto Tiago Medeiros

O Serviço de Assistência Social do hospital informou que a paciente está internada em um do apartamentos da Casa de Saúde e por isso pode receber visitas em qualquer horário, diferente de quando esteve na UTI ou na enfermaria.

Opinião dos leitores

  1. Carla Ubarana: "Que pesadelo, meu Deus!!!  Quero dormir e só acordar quando estiver na primeira classe indo a Paris, enquanto que os passageiros apenas embarcam!!!  Meus saaaaaaaaiiiissss!!!!"

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Corregedoria do CNJ organizará setor de precatórios do TJRN

A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vai auxiliar o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) na organização do setor de precatórios – dívidas de estados e municípios reconhecidas pelo Poder Judiciário. O trabalho terá início no dia 27 de fevereiro, por determinação da corregedora nacional, ministra Eliana Calmon. O pedido de auxílio foi feito pela presidência do TJRN, após inspeções realizadas pela própria Corte e pelo Tribunal de Contas detectarem irregularidades no setor.

A reestruturação da área será feita por uma equipe de quatro pessoas, sob a coordenação da juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Agamenilde Dantas. Na primeira fase do programa, o grupo vai avaliar o funcionamento do setor de precatórios, mapear a quantidade de processos e de devedores, conhecer a estrutura de informática, verificar o cumprimento da ordem cronológica de pagamento, capacitar os servidores e auxiliar na implantação de um comitê gestor, conforme estabelece a resolução 115 do CNJ.

Na segunda etapa, a equipe vai reunir-se com representantes do Estado e de municípios, com o objetivo de regularizar o repasse de recursos destinados aos precatórios para assegurar o fluxograma dos pagamentos futuros, respeitando a ordem cronológica, conforme determina a Emenda Constitucional 62 e a Resolução do CNJ. Ao final, será realizada uma semana de conciliação entre  credores e devedores, com o objetivo de pagar os precatórios a pessoas que há anos aguardam o cumprimento da decisão judicial.  “Vamos trabalhar na organização da parte administrativa para que o setor de precatórios funcione na forma preconizada pela lei”, destaca a juíza auxiliar, lembrando que o CNJ é um órgão administrativo, sem atribuição para tratar de questões criminais.

O programa de organização dos setores de precatórios nos tribunais de Justiça do país foi instituído em 2011, na gestão da ministra Eliana Calmon. Desde que teve início, diversos tribunais recorreram à Corregedoria solicitando apoio, para estruturar a área e evitar desvios. Ao todo seis tribunais de Justiça já foram atendidos nos estados de Tocantins, Alagoas, Piauí, Pernambuco, Ceará e Mato Grosso.

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CNJ chegou a oferecer ajuda ao TJRN para agilizar pagamentos de precatórios, mas oferta foi recusada

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já tinha noção das dívidas seculares de pessoas que aguardavam os pagamentos de precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e, no ano passado, enviou um ofício para a Corte oferecendo ajuda, mas ao invés de optar por receber o apoio, a Divisão de Precatórios simplesmente ignorou o apoio.

O envio dos ofícios foram enviados pela Corregedoria do CNJ para os tribunais de todo o Brasil, após constatar que as dívidas judiciais de Estados e municípios atingiam R$ 84 bilhões e depois de ter recebido reclamações de pessoas que tentam há décadas receber o dinheiro. Apenas as cortes de Mato Grosso, Pernambuco, Alagoas, Piauí, Tocantins e Ceará aceitaram a ajuda.

Pelo visto, a coisa estava muito boa por aqui, pra querer a interferência do Conselho dentro do departamento que movimentava milhões de reais todos os meses.

Fonte: Estadão

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Love Is In The Air nos Precatórios do TJ/RN

A operação Judas anda dando mesmo o que falar. Além dos desvios, clones, adulteração, guias em brancos já constatados pela auditoria interna e pelo delegado Marcos Dayan, da Decor, há também fumaça de romance no material colhido até agora.

O Blog teve a informação que em alguns computadores já investigados de funcionários que tiveram o sigilo quebrado pela justiça, apareceram alguns emails que apontam para uma relação intima entre uma alta autoridade do Judiciário e uma servidora do Tribunal de Justiça. Como se pode ver, nem tudo é espinho nesse escândalo dos precatórios. Tem as rosas também. Mas que o bafafá tá grande, Ah, isso tá.

 

Opinião dos leitores

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