Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro reconheceu, na tarde desta quarta-feira, Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. “O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”, escreveu em rede social.
Guaidó, que preside a Assembleia Nacional venezuelana, já havia recebido carta branca de boa parte dos países que compõem o Grupo de Lima (integrado por 14 nações do continente) para assumir o cargo, depois que Nicolás Maduro assumiu para um segundo mandato que não foi reconhecido por mais de 40 países.
Na época, o bloco diplomático divulgou uma declaração em apoio à intenção do opositor de assumir um governo de transição que se encarregaria de organizar novas eleições. Segundo uma fonte do governo brasileiro, “ficou claro que o Brasil está disposto a reconhecer Juan Guiadó como presidente encarregado (tal como prevê a Constituição Venezuelana) desde que Guaidó se proclame presidente da República”, como aconteceu nesta quarta-feira.
A situação na Venezuela foi largamente discutida na semana passada, em Brasília, em reuniões entre membros do primeiro escalão do governo brasileiro —- entre os quais o chanceler Ernesto Araújo e o ministro da Justiça, Sergio Moro — e líderes exilados da oposição a Maduro. Também participaram das conversas representantes do governo americano e do Grupo de Lima.
Desde que Bolsonaro assumiu a Presidência da República, no início deste mês, o governo brasileiro subiu o tom com Nicolás Maduro, a ponto de dizer que o regime de Caracas é sustentado pelo crime organizado. Em nota, o Brasil vinculou o regime venezuelano ao terrorismo, ao tráfico de pessoas, ao narcotráfico, à corrução e à lavagem de dinheiro. Na terça-feira, Ernesto Araújo, ao tratar do tema em uma rede social, chegou a se referir a Maduro como “ex-presidente” da Venezuela.
O Globo
É gÓpi!!!