Mais de 40 jornalistas entraram na casa de detenção do complexo de Pedrinhas, em São Luís (MA) no início da tarde desta segunda-feira (13/1). Embora a assessoria de imprensa do governo do Estado tenha organizado um esquema para proibir a entrada dos profissionais, a segurança do complexo apresentou falhas novamente.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, uma porta foi deixada aberta e os repórteres tiveram acesso aos presos. Dentro da unidade, os detentos reclamaram que a Secretaria de Administração Penitenciária ofuscou a situação, encaminhando os presos para outros locais. Os presos relataram, ainda, que são vítimas de tiros de armas de bala de borracha e que não têm assistência médica.
Os detentos aproveitaram a entrada da mídia para protestar contra diversas suportas irregularidades ocorridas dentro do complexo, onde já foram registradas 62 mortes de presos desde o ano passado. Quando os agentes penitenciários chegaram ao local para retirar os jornalistas, os presos mostraram indignação.
O presidente da comissão de direitos humanos da OAB, Luiz Antonio Pedrosa, ressaltou que as visitas surpresas são necessárias para evitar que o Estado tente esconder a real situação das unidades.
IMPRENSA tenta contato com a assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária, mas até o momento não obteve retorno.
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