Foto: Kiyoshi Ota / Bloomberg
O dólar comercial iniciou a semana semana em queda, mas logo no meio da manhã a tendência foi invertida. A moeda americana registra alta de 0,77%, valendo R$ 4,036 nesta segunda-feira. Um possível diálogo entre autoridades americanas e chinesas leva um certo tom de alívio para o mercado, mas não afasta a volatilidade.
O Ibovespa, principal índice do mercado de ações, voltou ao patamar dos 100 mil pontos. O índice opera com alta de 0,76%, aos 100.562 pontos.
— A volatilidade, causada pelo cenário externo, ainda é muito grande. O noticiário, porém, está um pouco mais animador. Os diálogos entre as autoridades da China e dos EUA, além de o presidente Trump declarar que a suspensão de restrições sobre a Huawei podem ser extendidas, dão um tom mais positivo ao mercado — destaca Álvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais.
Larry Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, disse que representantes da China e dos EUA conversaram por meio de vídeo conferência na semana passada. Segundo ele, o dialógo produziu “notícias positivas”. Kudlow foi entrevistado pela rede americana Fox News neste fim de semana.
Internamente, a equipe econômica deve iniciar os debates a respeito do pacto federativo com os senadores nesta terça. A iniciativa busca dar mais poder a estados e municípios em relação a recursos que ficam retidos pela União.
Risco de recessão
Principal economia da zona do euro, a Alemanha pode entrar em recessão no terceiro trimestre em consequência de uma “contração” da produção industrial provocada pelas tensões comerciais internacionais, advertiu nesta segunda-feira o Banco Central (Bundesbank) em seu relatório mensal.
“A economia pode registrar uma nova contração neste verão, após um retrocesso 0,1% do PIB alemão no segundo trimestre”, alertou o Bundesbank.
Do lado europeu, as notícias não são animadoras. Na Ásia, entretanto, o cenário é mais positivo. O Banco Central da China (banco do Povo) apresentou uma importante reforma dos juros no sábado, com o objetivo de ajudar a reduzir os custos de empréstimo para empresas e sustentar a economia, a qual vem sendo afetada pela guerra comercial com os Estados Unidos.
O Banco do Povo da China afirmou que irá melhorar o mecanismo usado para estabelecer a principal taxa de empréstimo (LPR) a partir deste mês, em uma medida para reduzir a taxa de juros real a empresas como parte das reformas de mercado.
O Globo
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