Economia

Municípios podem perder cerca de R$ 125 milhões por ano com mudanças no ICMS

Foto: Reprodução / Elisa Elsie

O Rio Grande do Norte pode deixar de arrecadar cerca de R$ 500 milhões por ano de ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, com o advento das modificações propostas pelo projeto de lei aprovado na última quarta-feira (13), e que determina valor fixo para a cobrança do tributo especificamente sobre combustíveis.

Aprovado quase com a unanimidade dos votos dos parlamentares potiguares, exceção de Walter Alves (MDB), que não esteve presente na sessão de votação, o projeto pode interferir muito nas contas do Governo do Estado, o que, em forma de cascata, interfere também nos fundos dos municípios, visto que a queda na arrecadação afeta a distribuição de verbas.

O secretário estadual de Tributação do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, lamenta a modificação proposta. Para ele, o conjunto da obra é um grande equívoco, começando pela tentativa de diagnóstico do problema da alta dos combustíveis, que é o principal motivador para a mudança sugerida e aprovada pela
Câmara. Contudo, o secretário explica que o imbróglio do preço nas bombas não vai ser resolvido com isso; mas sim, novos problemas podem surgir. Por não entenderem da forma correta o problema, é que estão propondo uma solução equivocada.

“Não vai resolver o problema dos aumentos sucessivos de combustível, porque se a Petrobras manter a política de preços dela, os combustíveis vão continuar subindo e o Estado vai perder arrecadação e os municípios também”, diz Carlos Eduardo Xavier.

Para os municípios potiguares, o secretário prevê um prejuízo na casa das centenas de milhões também. Estudos atualizados preveem que a perda do Estado será de R$ 500 milhões anuais, sendo que um percentual considerável desse total é dos municípios.

“A gente estava estipulando em R$ 440 milhões, mas fizemos novos estudos e já chega na casa dos 500 milhões de reais por ano. E ainda devemos lembrar que 25% disso é dos municípios. São 125 milhões de reais que os municípios potiguares vão deixar de arrecadar no ano que vem”, declara o secretário de Tributação do RN, Carlos Xavier.

Para tentar contornar o problema, o secretário adiantou que pretende, por meio do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Consefaz), se reunir com o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco, “para tentar convencê-lo de que esse projeto é um equívoco. E esse é o nosso papel, pois somos especialistas na matéria. Temos que fazer esse alerta do equívoco gigantesco que o país está cometendo.”

Carlos Xavier propõe ainda que a Petrobras seja colocada na discussão, pois segundo ele, está na estatal a raiz dos problemas. “Precisamos fazer essa discussão dentro do Senado junto com a Petrobras e os Estados para que possamos achar uma solução para esse problema do preço abusivo dos combustíveis. É importante colocar a estatal para a gente poder atacar a raiz do problema e não ficar com soluções paliativas”, completa Carlos Eduardo.

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Opinião dos leitores

  1. Prefeitos e governadores ganharam com repasse de bilhões do governo na PANDEMIA, ganham com o aumento dos combustíveis na cobrança do ICMS e nos royalties da Petrobrás, que só para lembrar, teve um aumento de 80% com relação a 2020. Na hora de ceder um pouco para ajudar o país não querem.
    O governo federal zerou impostos do gás e do diesel, na gasolina é um imposto fixo de 70 centavos, relativos a pis/pasep, Cofins e cade.

  2. Acho interessante é que os governadores dizem que o valor do estado é muito pequeno, mas na hora que tira um pouquinho a grita é grande. Ôxe!

  3. Qual a diferença disso para a população? Só serve para encher os bolsos dos políticos e apadrinhados. Quanto maior a arrecadação mais roubo. Que pelo menos o povo possa usar gás pra cozinhar e abastecer nem que seja sua moto para trabalhar.

  4. É 500M que a população vai economizar com impostos abusivos, perder estado nenhum vai perder, já estão arrecadando historicamente muito mais do que já se arrecadou de imposto sobre os combustíveis em anos anteriores.

  5. É um cálculo que não bate, pois ficam dizendo que o reflexo ao consumidor será quase irrelevante, más só o RN perderá 500 milhões.
    O fato é que se deixar como está chegará em 2022 a pelo menos R$ 10,00 o litro

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Educação

MEC vai liberar R$ 125 milhões adicionais para universidades

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta sexta-feira (29) que o governo vai disponibilizar R$ 125 milhões em recursos extras para as universidades federais. De acordo com o ministro, 65% dos recursos serão destinados para a aquisição de painéis solares e o restante para a conclusão de obras paradas ou em andamento.

“Estamos liberando recursos para investimentos em energia fotovoltaica renovável e isso vai liberar orçamento na veia para as universidades”, disse o ministro.

Os recursos, advindos de remanejamento do orçamento da Secretária de Educação Superior (Sesu), serão distribuídos para todas as 63 universidades federais, que em média receberão cerca de R$ 2,5 milhões. Mas, segundo o secretário de Ensino Superior, Arnaldo Lima, terão acesso a um volume maior de recursos as universidades que estiverem melhor classificadas em um ranking do ministério que avalia a qualidade e desempenho e que tenham o menor custo por aluno.

Para tanto, as universidades foram classificadas em cinco faixas. Quanto maior for a pontuação no ranking, maior será o volume de recursos recebidos.

De acordo com a assessoria do ministério, o objetivo é beneficiar as universidades que possuem menores condições orçamentárias de realizar esse tipo de investimento. A estimativa do Ministério da Educação é que após a implantação dos painéis haja uma redução média nas contas de luz das universidades de até 25,5 milhões por ano.

Mercosul

Durante a coletiva de imprensa para anunciar a liberação dos recursos, o ministro disse ainda que o Brasil não vai mais participar das reuniões do Mercosul, grupo que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, que tratam de educação.

Segundo o ministro a decisão foi motivada por não haver “resultados concretos” das reuniões. O ministro também afirmou que, na prática, a decisão não muda a relação do Brasil com o Mercosul.

“Depois de 28 anos que o Brasil está participando na área educacional do Mercosul, a decisão do governo é a partir de hoje começar a discutir apenas relacionamentos bilaterais com Argentina, Paraguai e Uruguai”, disse Weintraub. “Tudo que tiver de iniciativa na área de educação vai ser mantida a única coisa é que essas reuniões não vão acontecer mais com a presença do Brasil”, afirmou.

Para Weintraub, a realização de reuniões bilaterais são mais efetivas. “Numa conversa bilateral conseguimos avançar muito mais rapidamente. Na reunião [do grupo] que tivemos hoje apenas o ministro [da Educação] do Paraguai veio, a Argentina mandou alguém da Embaixada e o Uruguai não mandou ninguém”, disse.

Agência Brasil

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Finanças

Mega-Sena sorteia nesta quinta o maior prêmio deste ano; R$ 125 milhões

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (2) um prêmio de R$ 125 milhões. De acordo com a Caixa, o maior deste ano.

O sorteio das seis dezenas do concurso 2.147 será realizado a partir das 20h (horário de Brasília) no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo.

De acordo com a Caixa, o valor do prêmio, caso aplicado na poupança, renderia mais de R$ 464 mil por mês.

As pessoas podem fazer suas apostas até as 19h (horário Brasília), em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

Agência Brasil

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