Economia

“Vamos desenhar uma rampa de ascensão social para estimular”, diz Paulo Guedes, sobre ações do Governo que miram aumento do emprego

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo vai conectar os programas sociais voltados para a população de baixa renda ao mercado de trabalho formal.

“Vamos subir o valor da assistência social e ampliar sua base de alcance, mas também conectar as políticas de assistência social com os mercados de trabalho. Vamos desenhar uma rampa de ascensão social para estimular”, disse o ministro.

Guedes participou nesta segunda-feira (13) de conferência virtual da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na visão dele, os melhores programas sociais são aqueles que oferecem também uma saída para o mercado de trabalho formal. “Para isso precisa de treinamento da mão-de-obra, microcrédito, imposto de renda negativo (nome dado ao pagamento de uma renda ao trabalhador pelo governo). Vamos nessa direção, valorizando o capital humano e dando dignidade ao trabalho”, comentou.

A fala do ministro foi uma referência às ações do governo que serão voltadas para o aumento do emprego CLT, com carteira de trabalho. Com o programa de auxílio emergencial durante a pandemia, o governo identificou mais de 38 milhões trabalhadores informais, em situação de vulnerabilidade social.

“A pandemia expôs essa fragilidade e profunda desigualdade no sistema econômico brasileiro. Estamos programando nossa saída da crise com uma forte dimensão social, reconhecendo essa desigualdade social que existe no Brasil e que a pandemia revelou em dimensões maiores”, completou.

Crescimento sustentável

Ainda de acordo com o ministro, a retomada da atividade econômica após a pandemia será dentro de um contexto de crescimento sustentável. “O Brasil sabe da importância da preservação do meio ambiente, sabe da importância do crescimento sustentável, não só do ponto de vista fiscal mas também ambiental. Se há excessos e erros, corrigiremos”, afirmou.

Para Guedes, o fato de o Brasil ser um país de tamanho continental dificulta a fiscalização das práticas ambientais ilegais. “Não aceitaremos o desmatamento ilegal e a exploração ilegal de recursos. Queremos ajuda e compreensão da comunidade mundial”, disse.

No entanto ele reforçou que o Brasil não abrirá mão da soberanaia sobre seus recursos naturais. “Queremos ajuda, mas não aceitamos falsas narrativas do que aconteceu no Brasil nas últimas décadas. Muita gente se esconde atrás de políticas e interesses protecionistas condenando o Brasil. Precisamos de cooperação e por isso queremos entrar na OCDE, queremos melhores padrões”, ressaltou.

Integração global

O ministro voltou a dizer que as exportações brasileiras foram menos impactadas pelos efeitos da pandemia da Covid-19 do que o esperado. “A ruptura das cadeias globais não atingiu tanto o Brasil. A queda nas vendas para parceiros como Estados Unidos, Argentina e mesmo para União Europeia foi compensada por maiores exportações para a Ásia, particularmente para China”, explicou.

Na avaliação dele, isso é mais um fator de estímulo para a entrada do país na OCDE. “Queremos aumentar o grau de integração da economia brasileira, que ficou fechada por muito tempo. À medida que essa onda da pandemia vá se afastando, vamos nos integrar à economia global e à nossa economia regional”, destacou.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Na contramão mão de tudo isso. Todos os dias centenas de trabalhadores estão sendo demitidos na Guararapes Confecções. Muita gente mesmo indo pra rua. Cadê o programa de proteção ao emprego governadora?

  2. Na contramão mão de tudo isso. Todos os dias centenas de trabalhadores estão sendo demitidos na Guararapes Confecções. Muita gente mesmo indo pra rua. Cadê o programa de proteção ao emprego governadora?

  3. Na contramão mão de tudo isso. Todos os dias centenas de trabalhadores estão sendo demitidos na Guararapes Confecções. Muita gente mesmo indo pra rua. Cadê o programa de proteção ao emprego governadora?

  4. Noticia boa.
    Importante reconhecer que precisa de adaptação, esse tal liberalismo da escola de Chicago, se funciona ou funcionou um dia, deve ser lá pras bandas de Chicago, aqui no Brasil é diferente, funciona incluindo o pobre na receita da União.
    Parabéns, pela mudança. Antes tarde do que nunca.

  5. Só leriado desde o início do governo Bolsonaro.
    Paulo Guedes nunca apresentou resultado. Só promessas!
    E ainda quer aumentar ainda mais a carga tributária.
    MORO 2022

    1. Ministro PAULO GUEDES, travar, dificulta e aborta . O exemplo é reposição da inflação do IMPOSTO DE RENDA, de 103,96% que congelou o contribuinte pagou mais IMPOSTO.

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Saúde

FOTO: Protesto joga tinta vermelha na frente da rampa do Palácio do Planalto

FOTO: CLÁUDIO REIS/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

No início da manhã desta segunda-feira, 8, parte da rampa do Palácio do Planalto ficou coberta por tinta vermelha, jogada em sinal de protesto contra o governo Jair Bolsonaro. Funcionários foram acionados imediatamente para limpar o local. Não há confirmação sobre a autoria do ato e a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) ainda não havia se manifestou sobre o episódio até a publicação desta matéria.

Inicialmente, não havia informações sobre o responsável pela ação. Cerca de 40 minutos depois, no entanto, um homem não identificado apareceu em frente ao Palácio sujo de tinta vermelha gritando “genocídio”. Ele foi levado por seguranças da Presidência para dentro do prédio.

Em vídeo publicado pela BandNews, o homem afirma que há um “genocídio contra a juventude brasileira”. “Estou aqui pelo povo brasileiro, pela juventude brasileira. É a sétima juventude mais assassinada do mundo. Não tem uma política pública, isso é um protesto”, afirmou ao ser levado pelos seguranças.

Após o ocorrido, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, foi até o local onde foi jogada a tinta para observar a situação. A tinta, no entanto, já havia sido praticamente toda removida.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Além de responder a um processo e pegar uns dias de cadeia teria que, ou limpar ou indenizar o Estado pelo custo da limpeza.

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Diversos

MP acompanha neste sábado teste da rampa para os pescadores na praia de Ponta Negra

O Ministério Público Estadual, através da 45ª Promotoria de Justiça, acompanha na manhã deste sábado, dia 21, a partir das 9h, o teste da rampa que o Município de Natal irá realizar na praia de Ponta Negra, com o objetivo de avaliar se os pescadores conseguirão subir o acesso disponibilizado e atracar suas embarcações na parte de cima do enrocamento que vem sendo concluído na orla.

A Prefeitura está instalando em Ponta Negra o enrocamento, que é um conjunto de pedras, com o objetivo de proteger a estrutura do calçadão contra o avanço do mar. Mas, a colocação dessas pedras, de acordo com o projeto inicial, ultrapassa a área do calçadão em direção ao Morro do Careca, atingindo a área da praia tradicionalmente utilizada para o atracamento dos barcos dos pescadores.

Ao perceberem que as pedras estavam sendo instaladas nessa área, os pescadores tentaram um diálogo com o Município, mas, a princípio, não conseguiram uma garantia por parte do poder público de uma solução consensual para o problema. Então, os pescadores procuraram o Ministério Público que já realizou duas audiências, com participação dos pescadores e de representantes da Prefeitura.

A alternativa apresentada pelo Município foi a instalação de rampas para os pescadores, uma medida que segundo a Prefeitura irá solucionar o problema. Os representantes da SEMOPI informaram e exibiram fotografias de rampas instaladas em cidades como Recife, por sobre o enrocamento, para os pescadores atracarem seus barcos na parte alta da areia. Os pescadores de Ponta Negra, no entanto, disseram conhecer a realidade de Recife, mas estão preocupados, principalmente, com o peso das embarcações e a necessidade de terem de subir a rampa sobre o enrocamento.
 
O problema

O problema centra-se numa área de vinte metros de extensão. A Prefeitura quer implantar o enrocamento além da área do calçadão porque defende que a medida reforça a proteção do calçadão. De outro lado, os pescadores defendem que a medida inviabiliza a atividade de pesca na Praia de Ponta Negra. O Ministério Público entende que é premente compatibilizar a intenção da Prefeitura de proteger o calçadão com a manutenção da atividade de pesca na praia, tendo em vista que qualquer intervenção na zona costeira precisa considerar e proteger o patrimônio histórico e cultural do local. Inclusive, esse é um dos princípios da Lei Federal que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.

Encaminhamentos acordados

Na audiência do dia 11/12/13, foram acordados os seguintes encaminhamentos: “a Prefeitura irá instalar uma rampa de acesso, conforme planta apresentada pela SEMOPI, para levar as embarcações da praia até a parte de cima do enrocamento para que os pescadores possam testar esse acesso e avaliar se será possível manter as atividades de pesca na praia de Ponta Negra. Até a realização do teste e avaliação dos pescadores desse acesso, o Município de Natal concordou em não instalar as pedras do enrocamento na área que extrapola o “calçadão” em direção ao Morro do Careca. Ficou designada a data de 21 de dezembro de 2013, às 9horas na Praia de Ponta Negra, com a presença das instituições presentes e dos interessados, para realização do teste da rampa pelos pescadores; ocasião em que os pescadores realizarão a subida das embarcações pela rampa que a Prefeitura irá instalar. O Ministério Público ficou de realizar a filmagem para garantir o registro da situação e possibilitar a realização da avaliação do grau de dificuldade vivenciada pelos pescadores.

MPRN

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