Economia

Dólar recua após alta de Trump e reaproximação de Guedes e Maia

Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar opera em queda nesta terça-feira (6), após o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ensaiarem uma reaproximação em jantar em Brasília, enquanto que no exterior era pressionado pelo maior apetite por risco global depois da alta hospitalar do presidente norte-americano, Donald Trump.

Às 12h17, a moeda norte-americana caía 1,17%, cotada a R$ 5,5027.

Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 1,78%, a R$ 5,5678. Com o resultado, passou a acumular baixa de 0,90% no mês, mas ainda tem alta de 38,85% no ano.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de até 10 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021.

Cena local externa

Por aqui, as atenções seguem voltadas para as discussões em torno do financiamento do novo programa social do governo, o Renda Cidadã, em meio a incertezas sobre a saúde das contas públicas e atritos entre o Executivo e o Legislativo.

Na véspera, após jantar, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediram desculpas mútuas nesta segunda-feira (5) pelos atritos protagonizados nas últimas semanas e ambos defenderam a pacificação e a continuidade da agenda de reformas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou sua previsão para o PIB do Brasil em 2020 e passou a prever queda um tombo de 5,8%. Em relatório anual que faz sobre a economia do país, destacou, porém, que é fundamental a manutenção do teto de gastos, como também a ampliação das redes de proteção social, em razão dos efeitos da pandemia de coronavírus.

No exterior, o apetite de risco dos investidores melhorou depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou o hospital onde estava internado com Covid-19 e voltou à Casa Branca.

Os preços do petróleo eram negociados em alta em meio a interrupções na produção na Noruega e com um novo furacão no Golfo do México.

G1

Opinião dos leitores

  1. As mídiaslixo irão já criar uma reportagem para aumento do dólar e queda na bolsa, aguardem.
    Eles adoram o quanto pior melhor.

  2. O real é a moeda q mais se desvalorizou no mundo!
    E a bolsa brasileira tbm!
    Q feito do governo Bolsonaro kkkkkkkkkkk

    1. Você ainda está aqui?
      Os incomodados que se retirem para a Venezuela, Cuba, Coréia do Norte…
      Pegue alguns reais, troque por $ venezuelano, lote sua BOLSA com essas cédulas bolivarianas "tão valorizadas" e não volte mais.
      NÃO ENTENDEU QUE O VALOR DO DÓLAR EM RELAÇÃO AO REAL ONTEM CAIU??? QUER QUE O BG DESENHE? Sua torcida para que o nosso país se afunde não terá resultado.
      Mas acho que vc nunca entenderá! Que pena eu tenho de pessoas que pensam como vc.

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Política

Dilma faz as contas para o impeachment e buscará reaproximação com Temer

temer-e-dilma-no-palacio-do-planalto-1449535044033_1920x1080A presidente Dilma Rousseff iniciou os trabalhos da semana fazendo as contas para barrar o processo de impeachment e disposta a investir em reaproximações com o vice-presidente Michel Temer. O objetivo é tentar “tocar a agenda” independente da situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, apesar de ter tido a posse da Casa Civil suspensa, pode vir para Brasília ainda nesta segunda-feira, 21, e começar um trabalho informal de articulação. A avaliação é que Lula pode começar a trabalhar sem ser oficialmente ministro e que o governo não pode parar à espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), já que essa questão “não tem como depender de ações do Planalto”.

Segundo interlocutores da presidente, durante a reunião de coordenação desta segunda-feira, além de um diagnóstico do processo de impeachment que está em andamento, a presidente avaliou que é preciso reforçar os laços com o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que tem dado sinais de que o desembarque do governo está próximo.
A avaliação de fontes do governo é que, apesar da situação com o partido estar complicada, “ela não é irreversível”. “A presidente deve fazer novamente um apelo aos ministros do PMDB para se reaproximar de Temer”, disse um interlocutor. O vice-presidente está nesta segunda em São Paulo e, segundo sua assessoria, não tem compromissos públicos.

Além da preocupação com o PMDB, Dilma, os ministros e os líderes do governo fizeram uma análise do processo de impeachment que, para governistas, tem sido acelerado de forma proposital pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo fontes que participaram da reunião, apesar do cenário de crise agravado, ainda há consenso no governo de que a oposição não conseguirá os 342 votos para abrir o processo na Câmara. “Essa margem está flutuando, mas o governo ainda acredita que barra o impeachment nesta primeira fase”, disse uma fonte.

A ordem dada aos líderes que trabalham no Congresso é para que eles atuem junto aos parlamentares para tentar barrar as estratégias de Cunha, que consideram “uma tentativa de desviar o foco” das investigações da Lava Jato.
Temer. Apesar de buscar aproximação com Temer, uma fonte do Planalto disse que há a consciência que Temer e Cunha estão do mesmo lado e com a aproximação com tucanos ensaiam cenários para um futuro governo do peemedebista, em caso de afastamento de Dilma.

Mais cedo, em nota, Temer rechaçou a ideia de discutir “cenários políticos para futuro governo” e afirmou “que não delegou a ninguém anúncio de decisões sobre sua vida pública. Quando tiver que anunciar algum posicionamento, ele mesmo o fará, sem intermediários”, diz a nota, enviada pela assessoria de Temer. A nota não cita o senador tucano José Serra (SP) que, em entrevista ao Estado publicada nesta segunda-feira, afirmou que Temer deve assumir compromissos com a oposição e com o País caso Dilma Rousseff seja afastada da Presidência.

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