Saúde

Covid-19: Israel pode ter atingido imunidade de rebanho, diz especialista; vacinação em massa reduziu em 97% o número de novos casos

Vacinação contra a Covid-19 em Israel Reprodução/VEJA

Com mais de 54% da sua população totalmente vacinada (primeira e segunda dose), Israel pode se tornar o primeiro país a ter alcançado contra a Covid-19 a chamada “imunidade de rebanho”, uma situação que se caracteriza quando uma parcela significativa dos moradores foi vacinada contra uma doença.

A afirmação foi feita neste sábado, 10, pelo cientista Eran Segal, professor de biologia computacional do Instituto de Ciência Weizmann ao Channel 12, que monitora a pandemia, segundo reportagem do jornal The Times of Israel. Para ele, a situação do país é ainda mais confortável em razão do esquema de proteção adotado contra o novo coronavírus no país desde o início da crise sanitária.

“É possível que Israel tenha alcançado uma espécie de imunidade de rebanho e, independentemente disso, temos uma ampla rede de segurança”, disse Segal. “Acho que isso torna possível remover algumas das restrições imediatamente”, completou.

Com uma população de 9 milhões de habitantes, Israel já vacinou 5.309.825 pessoas com a primeira dose e 4.920.877 com a segunda. A vacina mais usada no país é a da Pfizer/BioNtech, que tem eficácia de 91% contra casos graves.

Neste sábado, 10, Israel tinha 4.002 casos ativos da doença, sendo 268 deles considerados graves. Até agora, o país registrou 6.292 mortes desde o início da pandemia. Com a prioridade dada à vacinação, o número de casos diários de coronavírus despencou 97%, segundo Eran Segal.

Para efeito de comparação, o Brasil vacinou com a segunda dose até este sábado, 10, apenas 6.916.075 pessoas, o que dá cerca de 3,3% da sua população. Já a primeira dose foi aplicada para 22.917.088 brasileiros.

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Saúde

OMS alerta que mundo não terá imunidade de rebanho em 2021 mesmo com vacinas

México, Chile e Costa Rica estão entre os países que já estão aplicando a vacina contra covid-19 — Foto: Getty Images via BBC

Apesar de vários países já estarem aplicando vacinas contra o coronavírus, o mundo não alcançará a imunidade de rebanho em 2021, segundo alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Não vamos atingir nenhum nível de imunidade coletiva em 2021” porque o processo de aplicação de vacinas “leva tempo”, disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, em uma entrevista coletiva virtual em Genebra.

“Leva tempo para dimensionar a produção de doses — não só em milhões, mas aqui estamos falando de bilhões”, disse ela, que pediu que as pessoas tivessem “um pouco de paciência”.

Swaminathan destacou que no final “as vacinas vão chegar” e que “vão para todos os países”. Mas ela lembrou que nesse ínterim “há medidas que funcionam”.

Ela pediu que as pessoas continuem tomando precauções como o distanciamento físico, a lavagem das mãos e o uso de máscaras em massa para combater a pandemia, cuidados que serão necessários “pelo menos durante o resto deste ano”.

Estima-se que pelo menos 60% da população mundial precise ser imunizada para que o conceito de imunidade de rebanho (coletiva ou de grupo) comece a surtir efeito. Mas essa cifra ainda é imprecisa e pode ser ainda maior. Alguns especialistas falam num patamar de 80%.

E o mundo ainda está longe disso. Até 11 de janeiro, pouco mais de 28 milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa apenas cerca de 0,4% da população mundial (7 bilhões).

Nesta pandemia, a imunidade de grupo ocorrerá quando uma parcela grande o suficiente da população desenvolver uma defesa imunológica contra o coronavírus. Nesse cenário, a doença não consegue se espalhar porque a maioria das pessoas é imune e ela passa a ter grande dificuldade para encontrar alguém suscetível.

Avanço da vacinação

Mais de um ano se passou desde que a China relatou os primeiros casos de um novo tipo de pneumonia à OMS, que semanas depois seria batizada de Covid-19.

Desde então, foram registrados 90,9 milhões de casos da doença no mundo e 1,9 milhão de pessoas morreram em todas as regiões do planeta. No Brasil, são 8 milhões de casos e mais de 203 mil mortes.

Enquanto o Brasil discute seu plano de vacinação, pelo menos 40 países já começaram a vacinar sua população contra Covid-19.

Israel, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, China, Rússia, Itália, Canadá são alguns dos países que já começaram a imunizar suas populações.

Na América Latina, México, Chile, Costa Rica e Argentina já aplicam a vacina.

Algumas metas são ambiciosas. Israel quer se tornar o primeiro país a acabar com a Covid-19 por meio de vacinação. Já o governo britânico — que aprovou três vacinas contra Covid-19 — anunciou no fim de semana que sua meta é vacinar toda a população adulta até meados de setembro.

Das mais de 28 milhões de pessoas vacinadas, a maior parte está na China (9 milhões) e nos Estados Unidos (8,99 milhões), seguidos por Reino Unido (2,68 milhões) e Israel (1,85 milhão).

Em proporção ao tamanho da população, Israel está no topo da lista, com mais de 21% de seus habitantes vacinados. Em seguida, aparecem os Emirados Árabes Unidos (11,8%) e Bahrein (5,44%). Os demais, incluindo Reino Unido e EUA, ainda não chegaram a 5% da população imunizada.

A corrida mundial entre países para vacinar suas populações, que marca o começo de 2021, já tem revelado problemas logísticos. Entre as preocupações, estão a falta de frascos de vidro para as vacinas, a busca por mais pessoas para vacinar a população, além do suprimento de seringas.

Na última conferência de 2020, a OMS disse que, apesar da vacinação, a erradicação do Covid-19 “é um obstáculo muito alto”.

“A existência de vacina, mesmo com alta eficácia, não é garantia de eliminação ou erradicação de uma doença infecciosa”, disse Mark Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, no final de dezembro.

G1, com BBC

 

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Economia

Assembleia aprova projeto que libera convênio de R$ 400 mil para combater aftosa no RN

A Assembleia Legislativa aprovou, nessa quarta-feira (30),  o Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Walter Alves (PMDB) que reconheceu a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) como uma instituição de utilidade pública. Com a aprovação, o Estado poderá firmar um contrato de R$ 400 mil para o combate à febre aftosa com urgência.

O projeto foi dado entrada na manhã desta quarta-feira (30) junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para que a Faern pudesse firmar um convênio para combater a febre aftosa com regime de urgência. Essa pressa foi justificada pelo fato da compra das vacinas só poder ser feita até esta quinta-feira (31), último dia da campanha, e pelo fato dos criadores do RN só terem até o próximo dia 15 de junho para declarar os rebanhos devidamente vacinados.

Ciente da importância do tema,  os deputados que compõem o colegiado  de líderes da Assembleia Legislativa – Walter Alves (PMDB) Márcia Maia (PSB), Raimundo Fernandes (PMN) e Ezequiel Ferreira (PTB) – dispensaram a tramitação do projeto nas comissões e já colocaram em votação no plenário da Casa. O projeto terminou sendo aprovado à unanimidade.

Com o reconhecimento, a Governo e a Federação firmarão o convênio de R$ 400 mil para a aquisição de 150 mil vacinas e para a contratação de 80 técnicos aplicadores de vacinas de todo estado.

A Federação elogiou a iniciativa do parlamento ao lembrar que é importante para livrar o RN das barreiras sanitárias impostas com a aftosa, em decorrência da dificuldade da compra dos produtores em virtude da seca. Atualmente, o RN enfrenta barreiras sanitárias impostas pelos estados de Pernambuco e Ceará. Essas vacinas podem ajudar a resolver o problema.

O projeto já aprovado foi levado para a governadora Rosalba Ciarlini para que ela possa sancionar e promulgar a lei e, consequentemente, oficializar o convênio.

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