Finanças

PF: Marqueteiro do PT recebeu de empresa da Odebrecht; publicitário, que está fora do país, no alerta da Interpol

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal encontraram transferências de US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões, em valores desta segunda) de investigados da Operação Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro João Santana e pela mulher e sócia dele, Mônica Moura. A offshore, baseada no Panamá, não foi declarada às autoridades brasileiras.

Deste montante, US$ 3 milhões foram pagos ao marqueteiro por meio das contas das offshores Klienfeld e Innovation Services, que são atribuídas pelos investigadores à Odebrecht, entre 13 de abril de 2012 e 08 de março de 2013. Para a Procuradoria, “pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT”.

A Klienfeld e a Innovation Services foram escalas de dinheiro pago por subsidiárias da Odebrecht no exterior a contas secretas dos ex-dirigentes da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró -de acordo com documentos bancários enviados pelas autoridades da Suíça e de Mônaco e extratos entregues por delatores, como Costa, ex-diretor da área internacional, e o ex-gerente Pedro Barusco.

Os investigadores da Lava Jato encontraram outra série de transferências, realizadas entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014. Foram nove repasses que totalizaram US$ 4,5 milhões feitos por Zwi Skornicki, apontado como operador do estaleiro Kepel Fels, à Shellbill de Santana e Mônica, segundo a Procuradoria.

Marqueteiro do PT será incluído em alerta da Interpol, diz PF

O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, devem ter seus nomes incluídos no alerta de captura internacional da Interpol ainda nesta segunda (22). A informação é do delegado Igor Romário de Paula, coordenador das investigações da Operação Lava Jato na Polícia Federal do Paraná. O casal está na República Dominicana, de acordo com o advogado deles.

Santana e Mônica tiveram a prisão decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, iniciada na manhã desta segunda-feira (22).

Ao todo, cinco alvos da nova fase estão fora do Brasil. Entre os procurados estão os ex-funcionários da Odebrecht Luiz Eduardo Rocha Soares e Fernando Migliaccio, apontados como controladores de pagamentos feitos por offshore. Os dois deixaram o país após as prisões de Marcelo Odebrecht e de executivos que integravam a cúpula do conglomerado, em junho do ano passado.

O delegado disse que a operação foi deflagrada mesmo com alvos no exterior, porque a investigação foi “atropelada por algumas reportagens” publicadas recentemente.

No último dia 12, a Folha de S.Paulo revelou que a Lava Jato investiga indícios de pagamentos da Odebrecht ao marqueteiro das campanhas presidenciais em contas no exterior. Na última sexta (19), a Folha de S.Paulo publicou que o juiz Sergio Moro negou o acesso do inquérito à defesa de João Santana porque a investigação tinha ações como rastreamento financeiro fora do país, o que demandava sigilo.

“Dinheiro tem coração de coelho e patas de lebre”, escreveu o juiz, em despacho para justificar a necessidade do sigilo.

Em janeiro, a revista “Veja” revelou que fora encontrado na casa do lobista Zwi Skornicki, ligado ao estaleiro asiático Keppel Fels, uma carta de Mônica Moura, mulher e sócia de Santana. O manuscrito indicava contas de Santana na Inglaterra e nos EUA.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Ronald, me parece que esse tipo de súplica deve ser apresentada ao próprio PT.
    Bastava ter roubado com moderação que as notícias iriam escassear. Mas como a turma da Organização Criminosa não brincava, eis que todo santo dia tem alguém indo preso.
    Será que nesses dias algum petista da Terra de Poti também não ganhará uma temporada em Curitiba?

    1. Não é necessário, FHC já falou. Agora, o cara do Sítio que não é dono de nada e não sabe de nada tá é correndo, mudinho da silva…..

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