Economia

Guedes fala em modernizar Mercosul e sugere reduzir tarifa do bloco

Foto: Isac Nóbrega/PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (19) que o Mercosul não tem, para o Brasil, a mesma importância que teve em seu momento inicial, quando foi “uma espécie de trampolim” para o país avançar em termos de competitividade.

Segundo ele, o bloco “não está correspondendo às expectativas”, ainda que não tenha deixado de ser uma “ferramenta válida e importante”. A solução para isso, disse Guedes, passa pela modernização do bloco. As afirmações foram feitas durante audiência pública no Senado, destinada a debater a ampliação e a modernização do bloco constituído por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

“Nos últimos 30 anos, o comércio global aumentou muito e tirou 3,7 bilhões de pessoas da miséria, aumentando a renda per capita. Enquanto isso, nós, quando fomos pioneiros em criar grandes blocos de integração comercial, fomos ficando para trás”, disse o ministro ao iniciar sua participação na comissão.

Guedes disse que o Mercosul foi “um grande sucesso” como plataforma para aumentar a integração do bloco e para lançar a economia brasileira na economia global. “Foi uma espécie de trampolim para o Brasil se integrar à economia global”, disse o ministro ao lembrar que, entre 1991 e 1998, a participação do Mercosul na corrente de comércio brasileira subir de 9% para 18%. “Depois disso começou a cair”, complementou.

“No início foi uma força de sustentação para essa força de integração nossa. Dali pra frente veio descendo e hoje está entre 6% e 7%. É menos da metade do que já foi. O Mercosul não está correspondendo às expectativas que foram lançadas, e depois de um início forte, com a integração regional, foi perdendo a importância ao longo do tempo”, argumentou.

Tarifa Externa Comum

Guedes acrescentou que continua considerando o bloco uma plataforma “válida e importante”. “Mas precisamos modernizar essa ferramenta. Essa modernização passa pela redução da tarifa externa comum (TEC) porque estamos acima do resto do mundo, que se integrou. No mundo, ela está, em média, entre 4% e 5%, e no Mercosul está em 13%”, disse o ministro em meio a críticas pelas dificuldades que a Argentina tem imposto para essa redução.

No início do ano, o Brasil propôs ao bloco a primeira revisão da TEC, cuja média de alíquotas está em 13,4%. Inicialmente a proposta era de uma redução de 20% dessa alíquota. Posteriormente a equipe econômica brasileira suavizou a redução para 10% em 2021 e outros 10% em 2022 – percentual a ser aplicado sobre a atual alíquota.

Outro ponto que está em discussão é a proposta de flexibilizar as negociações comerciais do grupo regional com outros países, por meio da alteração do Tratado de Assunção, de forma a atenuar a exigência de negociação conjunta dos quatro países membros.

“Não gostaríamos que a cláusula de consenso do Mercosul virasse um veto ou uma cláusula de veto, que diz que se alguém não quer andar, o outro também não pode andar. Nós achamos que o Brasil é grande demais, com grande potencial e desafios enormes. Não podemos ser prisioneiros de um arranjo institucional que não se modernize e degenere o fluxo de comércio. O Brasil não pode virar prisioneiro de uma filosofia de protecionismo e atraso”, disse Guedes.

O ministro reiterou que a ferramenta que é o Mercosul não está correspondendo às necessidades brasileira e que, nas conversas com o governo argentino, tem dito que “sem fechar acordo, ou sem que nos acertemos, a ferramenta não fará sentido para nós”.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Grande Ministro Paulo Guedes.
    Paulo Guedes foi escolhido como o melhor Ministro da Economiado mundo, pela revista Inglesa.

    1. Uai… O mesmo ministro disse que o Mercosul era uma m… Vá entender! Ainda mais quem o defende… KKK esse Calígula é minha fonte de diversão diária!

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Saúde

Estudo preliminar indica que anti-inflamatório para artrite reumatoide pode reduzir em 38% mortalidade de doentes graves de Covid-19

Foto: PILAR OLIVARES/Reuters/18-6-2021

Um medicamento para artrite reumatoide mostrou ótimos resultados em teste para tratar pacientes graves de Covid-19, reduzindo em 38% a mortalidade entre os infectados.

— Isso significa que, aproximadamente, a cada 20 pacientes, uma vida foi salva recebendo o remédio, conta Adilson Cavalcanti, infectologista que coordenou o estudo no Hospital Anchieta, de São Bernardo do Campo (SP), ligado à Universidade Federal do ABC (UFABC). Com isso, a droga passou a ser avaliada para autorização de uso permanente no Brasil.

Com o nome de baricitinibe, o medicamento atua primordialmente no controle do processo inflamatório desencadeado pelo vírus. O resultado foi anunciado por médicos que conduziram a pesquisa em 12 diferentes centros clínicos do país.

O trabalho foi patrocinado pela multinacional Eli Lilly, fabricante do medicamento. O braço brasileiro do estudo integrou uma colaboração internacional, que testou a droga em 1.525 voluntários. O resultado, que deve ser publicado em breve num periódico acadêmico, já foi divulgado como estudo preliminar.

No estudo, os pesquisadores administraram o remédio a alguns pacientes junto do tratamento de suporte padrão, que incluiu uso de medicações, como corticoides, dexametasona e ventilação mecânica quando necessário. No outro grupo, os pacientes receberam o mesmo tratamento, mas com um placebo no lugar da droga em teste.

Os profissionais também analisaram separadamente a resposta ao medicamento nos pacientes voluntários que precisaram do suporte da ventilação mecânica. A redução da mortalidade nesse subgrupo foi de 46%, ainda que o medicamento não tenha conseguido impedir a doença nesse estágio.

“Apesar de a redução da progressão da doença não ter atingido significância estatística, o tratamento com o baricitinibe junto da terapia padrão (incluindo a dexametasona) reduziu a mortalidade significativamente”, escreveram os autores do estudo internacional, liderado pela Universidade Emory, de Atlanta (EUA).

Uso nos EUA

Na opinião do infectologista Mauro Schechter, professor titular da UFRJ, o resultado do estudo ainda representa um estágio inicial de evidência, mas já justifica um pedido de uso para pacientes graves. Segundo ele, controlar a tempestade inflamatória provocada pela Covid-19 é uma das medidas mais importantes.

— O que me deixa intrigado é que não está totalmente claro ainda o mecanismo biológico do medicamento — diz Schechter.

O GLOBO apurou que a Anvisa deve dar uma resposta em poucos dias para o pedido. Cientistas estão otimistas porque o medicamento já tem autorização provisória da FDA (autoridade regulatória dos EUA) — o aval foi em 28 de julho.

Segundo a médica Raquel Stucchi, professora de infectologia na Universidade Estadual de Campinas, ainda não está claro o impacto que o baricitinibe pode ter na prática clínica em UTIs de Covid-19, onde já há algumas outras drogas em teste.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. E lá se vai o Dr. Albert Dickson em busca de publicidade. Já vejo o nobre cheirando “os ovos” da farmacêutica…

  2. A omissão proposital da mídia no Brasil é criminosa.
    Não tem 01 notícia sobre quantas pessoas que tomaram a coronavac, coronadória, coronaesquerda morreram de covid. Tudo que se fala é a necessidade da terceira dose e que, talvez, seja de outra vacina e não a chinesa.

    1. Ou o Uruguai, que usou e praticamente zerou os casos. Titia, quando não se conhece o assunto é melhor se calar, senão o efeito da postagem é justamente o inverso. A mentira é a prática que melhor caracteriza o bolsonarismo.

  3. Vou pedir ao presidente Bolsonaro que não defenda esse medicamento. Senão os esquerdopatas vão fazer campanha “negacionista” contra e a CPI dos corruptos vai acabar investigando quem é a seu favor. Kkkkkkkkk

    1. Pede que ele atende, gado seboso. Tudo que é absurdo você é eles acham bom. E porque o kkkkkkk? Rindo de desespero? Tá parecendo uma hiena.

  4. Que bom!!! Que venha!!! Precisamos de coisas boas, não dessas briguinhas esdrúxulas

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Geral

Governo federal quer dar bônus para quem reduzir consumo de energia; medida seria destinada a consumidores residenciais e pequenos comércios

Pior seca. Lago da represa da hidrelétrica de Marimbondo praticamente vazio na região entre as cidade de Icem e Guaraci, no interior de São Paulo Foto: Joel Silva/Fotoarena

O governo federal avalia criar mecanismos para incentivar a redução do consumo de energia elétrica por todas as unidades consumidoras do país, inclusive residências e pequenos comércios.

A solução em estudo dentro do Executivo poderá conceder um desconto ou um “bônus” nas contas de energia para quem reduzir o consumo de modo voluntário em um período determinado como, por exemplo, um mês. A medida foi confirmada ao GLOBO pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

O ministro afirmou que, por causa da crise hídrica, o MME vem se esforçando para aumentar a oferta e incentivar o consumo eficiente de energia elétrica. Ele cita o lançamento de uma campanha de uso consciente de água e energia elétrica.

O governo também trabalha num programa para reduzir a demanda de energia dos grandes consumidores nos horários de pico (entre 12h e 18h de dias úteis).

— Em linha com esse programa, identificamos a necessidade de incentivar também os consumidores regulados a reduzir o consumo de energia de modo voluntário — explicou o ministro.

Consumidor “regulado” é como é chamada a maior parte dos clientes. São aqueles que recebem energia por meio de distribuidoras tradicionais de eletricidade. São residências e comércios, por exemplo, cujas tarifas são reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os consumidores livres negociam a compra de energia diretamente com o gerador.

— Nesse sentido, o MME está avaliando com a Aneel um mecanismo de incentivo aos consumidores a ser apresentado, ainda no corrente mês, ao CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) e à CREG (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética) — disse Albuquerque, que acrescentou:

— Dentre as possibilidades em estudo, destaca-se a concessão de bônus ou descontos nas tarifas dos consumidores que reduzirem o consumo de energia.

Para isso, será necessário encontrar recursos para compensar as empresas, já que as empresas geradoras de energia não poderiam sair perdendo.

As distribuidoras, apesar de arrecadarem a maior parte dos recursos do setor elétrico, ficam apenas com um percentual disso. As tarifas são divididas para pagar empresas de transmissão e geração, além de impostos e encargos.

Esta semana, em relatório distribuído aos clientes, a PSR Energy sugeriu uma medida semelhante ao governo.

Piora nos reservatórios

Portanto, será preciso definir de onde sairia o dinheiro para remunerar as empresas e uma possibilidade estudada é recorrer ao Orçamento. A medida seria necessária para poupar água dos reservatórios e reduzir a demanda, por causa da crise hídrica, dando mais segurança ao sistema.

Na reunião do CMSE esta semana, o Operador Nacional do Sistema (ONS) levou dados que demonstraram piora na situação dos reservatórios e do fornecimento de energia, principalmente entre outubro e novembro, auge da seca.

Para garantir a segurança do sistema, o governo já indicou a necessidade de preservar uma série de medidas tomadas em 2021 até o fim do próximo período úmido, que termina em abril de 2022.

A intenção é manter vazões reduzidas em hidrelétricas importantes no Sudeste e no Centro-Oeste, região que concentra a crise hídrica. A redução da vazão poupa água nos reservatórios, mas prejudica outros setores, como a navegação.

O MME também pediu um estudo conjunto entre o ONS e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre as condições de atendimento eletroenergético na transição do período seco para o período úmido em 2021 e para 2022.

Reforço na transmissão

Outras medidas são tomadas para ampliar a capacidade de geração de energia por usinas termelétricas. Uma delas é deixar disponível um novo navio regaseificador, no terminal de Pecém (CE), possibilitando o fornecimento de gás natural para as usinas termelétricas.

O ONS também vai tomar medidas para aumentar a transmissão de energia do Nordeste para o resto do país. Os reservatórios do Nordeste estão mais cheios, além da região gerar energia por usinas eólicas em grande escala.

Mas há limites para transmitir essa energia para o Sudeste e o Centro-Oeste. Os técnicos do governo têm trabalhado para ampliar a capacidade de transmissão entre os sistemas.

O Globo

 

Opinião dos leitores

    1. Não se faça de doido! Isso se chama má-fé. Se bem que você deve ser da banda burra da esquerda. Só existem 2 tipos de esquerdistas: O ladrão esperto, tipo Zé Dirceu, Lula, entre outros e o burro desinformado, que acredita nos espertalhões. Você deve ser um jegue batizado.

    2. Nos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Japão usam urnas eletrônicas que imprimem o comprovante (o que é totalmente diferente dessa mentira do voto impresso). Na cabeça da petezada esses países devem estar usando lampião e vela. Pra petezada bom mesmo é Cuba e Venezuela.

    3. Ze matuto de Japi não dá uma dentro. Esquerdalha babão e xeleleu de quadrilha. Passa o dia com a boca de fossa falando.

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Saúde

Exame de colesterol deve começar na infância para reduzir casos da doença, alertam cardiologistas

Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Na infância, você sabia como andava seu colesterol? E, das crianças e adolescentes de sua família, faz ideia de como estão os níveis? O exame de colesterol, item básico no check-up de adultos e idosos, ainda não faz parte do protocolo na pediatria no Brasil. Mas deveria, defendem cardiologistas, uma vez que identificar problemas desde cedo reduz danos cardiovasculares maiores na vida adulta e são essas as doenças que mais matam no país. Cerca de 70% dos óbitos têm essa causa por aqui.

Nesta segunda-feira, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) lança uma campanha para que o rastreamento lipídico — como também é chamado o exame — vire rotina para os pequenos. A entidade passa a recomendar que, em geral, crianças de 10 anos ou mais façam esse acompanhamento. No caso de famílias com histórico de doenças cardiovasculares (infarto e AVC, acidente vascular cerebral, por exemplo) e de colesterol alto provocado por questões genéticas (a chamada hipercolesterolemia familiar), a medição deve começar antes, aos 2 anos.

O alerta da campanha vale tanto para o público em geral quanto para os próprios médicos, já que o entendimento, errôneo, de que o colesterol elevado é um risco focado nos adultos ainda permeia os dois grupos, diz a médica Maria Cristina Izar, diretora de Promoção e Pesquisa da Socesp. Resultados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2016, que embasa a diretriz do órgão paulista, mostram que os patamares altos afetam de 30% a 40% das crianças e dos adolescentes do país.

— Desde que a pessoa nasce, temos várias oportunidades de intervir precocemente. Mas por que isso não acontece? As pessoas não frequentam médico com uma periodicidade adequada ou, mesmo se vão pediatras, nem todos não acompanham a circunferência abdominal, o peso, a pressão, a medição de colesterol — destaca Izar.

O ideal é identificar cedo o problema e adotar, se preciso, desde o início da vida, uma dieta mais saudável, e, para os casos em que a alimentação não seja a principal causa, como nos genéticos, tomar medicação que controla os níveis, explica a médica. Ter colesterol alto já na infância é fator de risco para infartos e AVCs, entre outros problemas, na vida adulta, ou até mesmo antes, em episódios mais extremos.

A pandemia, lembra Izar, também piorou a prevenção em algumas famílias que, com medo do coronavírus, adiaram suas revisões.

— A Covid atrapalhou, sem dúvida. Pacientes deixaram de procurar os serviços, e também os próprios médicos se afastaram e desviaram o foco — preocupa-se.

Políticas públicas

Neste ano, mudar a prática na pediatria é a bandeira principal do grupo para o Dia Nacional do Combate ao Colesterol Elevado, que será celebrado em 8 de agosto. Com a proximidade da data, a entidade paulista também reencaminhará nesta semana ao Ministério da Saúde um documento em que pede, entre outros pontos, que os exames de colesterol sejam solicitados nos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos 10 anos para todos e, para aqueles com questões prévias na família, já aos 2.

A recomendação foi inicialmente encaminhada pela Socesp ao Ministério da Saúde em novembro de 2020. Desde então, de acordo com a entidade, oito meses se passaram sem qualquer retorno ao documento, que traça, para além da questão do colesterol entre os mais novos, um plano completo para a diminuição de doenças cardíacas no país até 2030.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde não respondeu se pretende ou não considerar as medidas propostas. Hoje em dia, o exame é coberto pelo SUS, caso o médico peça, em todas as idades. A questão é que não existe um protocolo para sua solicitação na infância.

Jorge Yussef Afiune, médico que é presidente do departamento científico de cardiologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), considera importante a adoção do exame de colesterol nessa época da vida, como pede a Socesp. No entanto, ele ressalta, essa medida é só uma parte de uma série de melhorias necessárias para evitar as doenças cardiovasculares, nas quais “estamos falhando em muitas frentes”.

— Fazendo um paralelo com a Covid, as doenças cardiovasculares são uma pandemia. Elas acometem o mundo inteiro e têm raízes em um estilo de vida mundial. Vemos um aumento da prevalência da obesidade infantil, independentemente da miséria e do nível social — resume. — Precisamos de uma política pública global, não só de um tratamento individual do médico com seu paciente no seu consultório [em caso de colesterol alto] — completa.

Afiune pontua ainda que receber um resultado bom no exame de colesterol não é garantia de estar saudável em outros aspectos. Pais e profissionais precisam estar atentos à qualidade da alimentação e à atividade física dos pequenos mesmo nesses casos.

O Globo

 

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Economia

Guedes diz que governo pode reduzir ainda mais alíquota de IRPJ

Foto: © Edu Andrade Ascom/ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira(1º) que o governo pode propor a redução de até 10 pontos percentuais do imposto de renda cobrado de pessoas jurídicas (empresas, fundações, sociedades, igrejas, organizações não governamentais e partidos políticos) caso consiga aprovar, no Congresso Nacional, o fim da concessão de isenções “bilionárias para poucas empresas”.

De acordo com o ministro, a equipe econômica está refazendo os cálculos que embasaram a proposta da reforma tributária entregue ao Congresso Nacional na semana passada.

No texto já apresentado, o governo propõe reduzir o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) dos atuais 15% para 10% de forma escalonada. Pela proposta original, a mudança na alíquota ocorreria em duas etapas, a alíquota diminuiria para 12,5% ainda este ano e para 10% apenas em 2023, totalizando uma redução de 5 pontos percentuais.

“Já estamos reavaliando para uma redução imediata de cinco [pontos percentuais] e, talvez, de até 10 [pontos percentuais] de queda imediata nas alíquotas [cobradas] das empresas, desde que consigamos aprovar a remoção de isenções bilionárias que, às vezes, [beneficiam] uma única empresa”, disse Guedes, ao apresentar os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de maio, mês em que houve um saldo de 280,6 mil postos de trabalho formais.

O ministro disse que os subsídios alcançam cifras bilionárias e contemplam poucas grandes empresas que foram capazes de, no passado, fazer valer seus interesses.

“Geralmente cartéis, oligopólios e até mesmo monopólios em um ou dois setores da economia”, disse Guedes, argumentando que, ao mesmo tempo em que tenta reduzir a carga tributária para o conjunto das empresas, a proposta da reforma tributária do governo quer, também, aliviar o peso sobre a parcela dos contribuintes pessoas físicas de menor poder aquisitivo.

“O que estamos fazendo é tributar os rendimentos de capital e reduzindo [a carga para] de empresas e assalariados. Encontramos uma nova base, que são os rendimentos de capital, que estavam isentos há 25 anos, ou seja, são justamente as pessoas que têm mais recursos as que [neste período] pagaram menos impostos do que as pessoas físicas. Chegamos a dados extremos, como, por exemplo, apenas 20 mil pessoas receberam R$ 280 bilhões em isenções”, destacou Guedes, ao explicar a proposta de passar a tributar em 20%, na fonte, os lucros e dividendos que as empresas distribuem a pessoas físicas e que, atualmente, são isentos da cobrança de imposto.

“Idealmente, deveríamos ir reduzindo o IRPJ, pois [a pessoa jurídica] é uma ficção. Enquanto o dinheiro estiver lá dentro [das empresas], está gerando inovação, investimento, criação de emprego e renda, aumento de produtividade, melhores salários e treinamento. Dentro da empresa, o dinheiro deve ser cada vez menos tributado. É quando ele sai para a pessoa física que deve haver esta tributação”, defendeu Guedes.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Esse ministro é espetacular! Já são mais de 1 milhão de empregos com carteira assinada criados somente em 2021 (apesar da pandemia), maior nível de confiança do empresariado desde 1993, projeção de PIB acima de 5p.p., recorde de exportações e etc. Como prometido, estamos tendo uma retomada em “V”! Segundo semestre promete muito mais com centenas de bilhões em investimentos.

  2. Claro que pode, cobrando gasolina R$6,29, KG da carne R$60,00, aumento na tarifa de energia de mais de 50%, e o governo batendo record de arrecadação, nas costas do povo, o governo pode até isentar PJ de IR. Ah ladrão!

  3. Super coerente…
    Para o pobre aumenta: gás, energia, gasolina, feijão, arroz, etc, etc…
    Para os empresários: reduz imposto.
    (adivinha quem vai pagar essa compensação na arrecadação).

  4. Kkkkk, tudo pelos empresários e nada para os proletários. Esse é o discurso do governo de direita.

    1. O da esquerda é meter no bolso mesmo,bando de calhordas,saquearam o país durante anos e anos,agora querem posar de bons mocinhos,vão se acostumando que a abstinência pelo furto do dinheiro público será duradouro.

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Saúde

Acordar uma hora mais cedo pode reduzir o risco de depressão em 23%, sugere estudo

Foto: Weiquan Lin/Getty Images

Se você é daquelas pessoas que não têm hora para dormir – ou que, com trabalho e estudos online, a um clique de distância, desencanou de acordar cedo –, talvez seja bom revisar sua rotina de sono. Um novo estudo descobriu que levantar da cama apenas uma hora antes que o habitual pode reduzir o risco de depressão em 23%.

A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade do Colorado em Boulder e do Instituto Broad, de Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), conseguiu sólidas evidências de que o cronotipo influencia no risco de depressão. Ela também está entre as primeiras pesquisas a quantificar as mudanças necessárias nos horários de dormir e despertar para trazer melhorias à saúde mental.

Cronotipo é o que se costuma chamar de “relógio biológico” – a sincronização dos nossos ritmos circadianos. É que o nosso cérebro produz alguns hormônios essenciais para o funcionamento do corpo dependendo da exposição à luz solar, como a melatonina, responsável por induzir o sono. É por isso que algumas pessoas são mais dispostas de dia e outras à noite: elas têm cronotipos diferentes.

Estudos anteriores já mostraram que quem demora a ir para (e sair da) cama tem duas vezes mais chance de sofrer de depressão do que aqueles que despertam no comecinho do dia, independentemente das horas dormidas. “Já sabemos há algum tempo que existe uma relação entre os horários de sono e o humor, mas uma pergunta que ouvimos com frequência é: o quanto mais cedo precisamos dormir e acordar para notar, de fato, um benefício?”, disse Celine Vetter, uma das autoras da nova pesquisa.

Como a pesquisa foi feita?

Para terem uma noção mais clara de tudo isso, os cientistas fizeram um estudo genético com 840 mil pessoas, recorrendo a dados da 23 and Me, empresa de testes da DNA, e ao banco de dados biomédico UK Biobank.

“Nossa genética é definida desde o nascimento, então algumas predisposições que interferem em outros tipos de pesquisa epidemiológica tendem a não afetá-los”, afirmou em comunicado Iyas Daghlas, principal autor do estudo, sobre as vantagens de se usar estudos genéticos em casos como esse.

Atualmente, a genética consegue explicar de 12% a 42% do cronotipo de uma pessoa, e sabe-se que existem mais de 340 variantes genéticas capazes de influenciá-lo.

Os cientistas, então avaliaram os dados dos 840 mil indivíduos com foco nessas variantes. Destes, 85 mil pessoas usaram rastreadores de sono por uma semana, e 250 mil preencheram formulários referentes a padrões de sono. Ao combinar essas informações, o objetivo era entender como a genética influencia em nossos horários de dormir e despertar.

Com essas informações em mãos, os pesquisadores recorreram a um outro conjunto de amostras, que incluía informações genéticas, registros médicos e de prescrição anônimos referentes ao transtorno depressivo. Depois, eles usaram técnicas estatísticas para comparar as duas bases de dados.

Resultados e possíveis explicações

Segundo a pesquisa, pessoas com predisposições genéticas para acordar mais cedo têm menor risco de sofrer com a depressão. Além disso, quanto mais cedo se deita para dormir, menor o risco de apresentar a doença. Eles estimaram que, se uma pessoa for dormir uma hora mais cedo que o habitual, há 23% menos risco de depressão; se antecipar o sono em duas horas, a redução pode chegar a 40%.

Mas é claro: ainda é cedo para determinar definitivamente que ir para a cama cedo reduz o risco de depressão. Mas o estudo deu um passo nessa direção. “Acredito que a pesquisa mudou o peso das evidências para apoiar um efeito de causa dos horários de sono em relação à doença”, disse Daghlas.

Por enquanto, ainda não está claro o que pode explicar esse efeito, mas algumas pesquisas sugerem que acordar mais cedo faz com que a pessoa obtenha maior exposição à luz solar, o que influenciaria positivamente o humor. Outra causa possível é que os matutinos estão de acordo com os horários estabelecidos socialmente, enquanto a galera “da noite” pode se sentir em constante desalinhamento com o resto das pessoas.

Super Interessante

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Diversos

Bahia vai reduzir duração do toque de recolher após feriadão de Páscoa

Foto: Reprodução / CNN

A Bahia vai reduzir o horário do toque de recolher a partir da próxima segunda-feira (5), mas, até lá, seguem válidas as medidas restritivas em todo o estado. Atualmente, está proibida a circulação de pessoas nas ruas entre 18h e 5h; na semana que vem, o toque de recolher começa às 20h.

Para reduzir o trânsito de pessoas durante o feriadão de Páscoa, a região norte do estado, que compreende 22 municípios, segue apenas com serviços essenciais em funcionamento durante todo o fim de semana.

Na capital Savador e região metropolitana, também está proibida a venda de bebidas alcoólicas, inclusive por delivery.

Outro decreto estadual, que passa a valer a partir de quinta-feira (1º), restringe o transporte interestadual. Segundo o governo, o objetivo é evitar o deslocamento de pessoas entre a capital e o interior da Bahia. Em todo o estado seguem proibidas festas, qualquer tipo de aglomeração e atividades esportivas.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Saúde

Aspirina pode reduzir risco de intubação e morte por Covid-19, diz estudo

Foto: Jeanette Martin/Getty Images

O uso de aspirina em pacientes hospitalizados com Covid-19 pode ajudar a reduzir o risco de intubação, internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e morte. A conclusão é de um estudo publicado recentemente na revista científica Anesthesia & Analgesia.

No estudo, pesquisadores da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, analisaram registros de saúde de 412 pacientes internados em vários hospitais dos EUA entre março e julho de 2020. Cerca de 24% deles receberam aspirina em até 24 horas após a admissão hospitalar ou nos sete dias anteriores à admissão hospitalar. Por outro lado, a maioria, 76%, não recebeu o medicamento.

Os resultados mostraram que o uso da aspirina foi associado a uma redução de 44% no risco de ventilação mecânica, queda de 43% na probabilidade de admissão na UTI e diminuição de 47% no risco de morte. Os pesquisadores acreditam que o efeito benéfico do medicamento no tratamento está associado ao seu efeito anticoagulante.

Estudos anteriores chegaram a conclusões semelhantes. Uma pesquisa publicada na revista PLOS One analisou mais de 30.000 veteranos norte-americanos com Covid-19 e descobriu que aqueles que já tomavam aspirina tinham metade do risco de morrer do que aqueles que não usavam o medicamento. Outro estudo, feito pela Universidade Bar-Ilan, em Israel, concluiu que uma dose baixa diária de aspirina (75 mg) está associada à redução de até 29% no risco de contrair Covid-19.

Além de sua capacidade anticoagulante, a aspirina é um anti-inflamatório e estudos anteriores mostraram que pode ajudar o sistema imunológico a combater algumas infecções virais. “Em resumo, nossa análise sugere que o uso de aspirina pode ter efeitos benéficos em pacientes com Covid-19”, concluem os pesquisadores da Universidade George Washington.

No entanto, eles ressaltam que estes resultados precisam ser interpretados com cautela, já que trata-se apenas de um estudo observacional, retrospectivo. Para confirmar a eficácia da aspirina no tratamento da Covid-19 é necessária a realização de testes clínicos randomizados controlados duplo-cego, considerados o padrão-ouro na pesquisa clínica.

Felizmente, um estudo nestes moldes já está em andamento no Reino Unido. Se os resultados se comprovarem, será uma ótima notícia, já que a aspirina tem baixo custo em comparação com outros tratamentos contra a doença, como o remdesivir, e está amplamente disponível.

Prevenir a doença por meio da vacinação é, sem dúvida, o fator mais importante no combate à pandemia. Mas diante do aumento do número de infectados e mortos, é fundamental encontrar tratamentos eficazes. Melhor ainda se eles forem de baixo custo e estiverem disponíveis em grande escala.

Nos últimos dados disponibilizados, o Ministério da Saúde registrou 47.774 novos casos e 1.290 novas mortes neste domingo, 21. No total, são 11.998.233 casos e 294.042 óbitos confirmados em todo o território nacional.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Falou o papagaio. Esquece PT, alienado. O mundo não se resume a petralhas x Bozo. Vá estudar pra ver se deixa de ser jegue…

  2. O maior problema é a demanda. Se não houvesse tantos infectados, certamente não haveria tantas pessoas necessitando de atendimento médico e todas as suas consequências. Ora… estimular o cantágio em massa não é apenas uma simples irresponsabilidade, mas um crime.
    REMÉDIO É PRA QUEM JÁ ESTÁ DOENTE.
    VACINA, USAR MÁSCARAS, LAVAR AS MÃOS, USAR ÁLCOOL EM GEL, EVITAR O CONTATO FÍSICO E AGLOMERAÇÕES SÃO AS ÚNICA MEDIDAS, EGURAS PRA EVITAR O CONTÁGIO.
    E NEM VENHAM COM HISTÓRIA DE FECHAR, PQ SÓ SE FECHA POR CAUSA DO COMPORTAMENTO SUICIDA DE ALGUMAS PESSOAS QUE IGNORAM O VÍRUS.

  3. A petralhada tá há dois anos sem roubos a estatais…. tá minando o resta de merda que eles ainda tem na cachola….

    1. É através de pessoas bobinhas como o senhor que Bolsonaro e os filhos estão montando. O senhor já procurou saber pq o patrimônio da família Bolsonaro aumentou tanto nesse ano de crise e pandemia???? Bobalhão!

  4. Se fosse Bolsonaro recomendando, iam aparecer estudos dizendo que faz mal e não ajuda em nada.
    Essa guerra política ainda vai ser muito estudada no futuro.
    Mandar ficar em casa esperando a falta de ar é criminoso.
    Quantas vidas estão sendo perdidas pela disputa pelo poder?

    1. Bolsonaro não é médico, não tem propriedade pra recomendar tratamento.

    2. Ah Thalles, então tem que mandar demitir os pesquisadores e médicos dos ministérios da Saúde e C&T. Exercita o senso crítico, amigo, não engula todo vômito que vem da mídia sem o mínimo de critério. O PR defendeu o que defendeu por causa do relato de diplomatas sobre a realidade na África, de médicos da linha de frente e pesquisas trazidas ao seu conhecimento.

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Saúde

Estudo sugere risco ao reduzir 10 dias de quarentena para infectados

FOTO: ALISSA ECKERT, MS; DAN HIGGINS, MAM/CDC/REUTERS

Resultados de uma pesquisa conduzida no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) sugerem que pode ser arriscado reduzir de 14 para dez dias o tempo de quarentena indicado para casos leves e moderados de COVID-19, como recomendou em outubro o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

No estudo, apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), os pesquisadores do IMT-USP trabalharam com 29 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes com diagnóstico confirmado por teste de RT-PCR. O material foi coletado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Araraquara no décimo dia após o início dos sintomas e, em laboratório, inoculado em culturas de células.

Em 25% dos casos, o vírus presente nas amostras se mostrou capaz de infectar as células e de se replicar in vitro. Em teoria, portanto, pessoas que tivessem contato com gotículas de saliva expelidas por 25% desses pacientes no período em que o material foi coletado ainda poderiam ser contaminadas. Os dados completos da pesquisa foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

“Recomenda-se que os infectados com sintomas leves permaneçam totalmente isolados em casa, sem contato com ninguém, durante todo o período de quarentena. E há uma grande pressão para reduzir o tempo de isolamento – tanto por fatores econômicos como psicológicos. Mas, se o objetivo da quarentena é mitigar o risco de transmissão do vírus, 25% [de pacientes com vírus viável] é uma proporção muito alta”, avalia Camila Romano, coordenadora da investigação.

Como explica a pesquisadora, a quarentena de 14 dias foi estabelecida ainda no início da pandemia com base no tempo médio que leva, após o início dos sintomas, para o SARS-CoV-2 deixar de ser detectado no teste de RT-PCR. Em geral, esses primeiros estudos foram feitos com indivíduos com doença moderada ou grave, que precisaram ser hospitalizados.

“Partiu-se do princípio de que quando a carga viral é tão baixa a ponto de ser indetectável nesse tipo de exame – considerado padrão-ouro para o diagnóstico da COVID-19 – o risco de transmissão torna-se muito pequeno. Naquela época nem sequer havia testes suficientes para diagnosticar todos os casos suspeitos e menos ainda para liberar os pacientes com sintomas leves da quarentena. Então estabeleceu-se como padrão o período de 14 dias para infectados não hospitalizados”, explica Romano.

Estudos posteriores mostraram ser possível detectar o RNA viral nas vias respiratórias pelo teste de RT-PCR por um período até superior a 14 dias. Contudo, segundo esses mesmos trabalhos, após o oitavo ou nono dia de sintomas dificilmente se conseguia isolar em pacientes com quadros leves ou moderados o vírus ainda viável, ou seja, com a capacidade de se replicar em células.

Desse modo, em meados de 2020, o CDC passou a rever as recomendações referentes ao período de quarentena. Para pessoas expostas ao SARS-CoV-2 sem diagnóstico confirmado por teste molecular, estipulou-se que um isolamento de dez dias seria suficiente para reduzir o risco de transmissão para 1%. Para casos confirmados com sintomas leves ou moderados, o isolamento poderia ser interrompido dez dias após o início dos sintomas, considerando a resolução da febre por pelo menos 24 horas. Este período, entretanto, deveria ser estendido em caso de COVID-19 grave, em pacientes com algum tipo de comprometimento imunológico ou caso o infectado ainda estivesse manifestando sintomas.

“No Brasil, a regra ainda é a quarentena de 14 dias, embora alguns municípios estejam cogitando reduzir para dez dias. Em países como a Suíça, infectados com sintomas leves são liberados do isolamento após sete dias apenas”, conta Romano à Agência FAPESP. “À medida que mais estudos vêm sendo feitos em populações diferentes e com metodologias mais sensíveis, percebemos que ainda é muito cedo para ‘bater o martelo’ sobre o tempo ideal de quarentena. Estamos vendo países sendo atingidos por novas ondas da doença e cada vez menos o isolamento de 14 dias é seguido. É importante levar em conta os dados mais recentes ao repensar políticas de isolamento”, defende a pesquisadora.

Metodologia

O estudo descrito no artigo é parte de um projeto ainda em andamento, cujo objetivo é avaliar a transmissão domiciliar do SARS-CoV-2 na cidade de Araraquara. A cidade decretou lockdown no dia 15 de fevereiro, depois que foi detectada em pacientes locais a nova variante brasileira do vírus, conhecida como P1.

Graças a uma parceria com os gestores municipais, os pesquisadores do IMT-USP conseguiram contatar pacientes com sintomas leves que tiveram o diagnóstico de COVID-19 confirmado por RT-PCR em uma UBS local e não foram hospitalizados.

Foram convidadas para participar 53 pessoas com idades entre 17 e 60 anos que testaram positivo no décimo dia de sintomas. Somente 29 das 53 amostras coletadas continham material suficiente e bem conservado e puderam ser utilizadas nos experimentos.

Em um laboratório com nível 3 de biossegurança (NB3) sediado no IMT-USP, as amostras selecionadas foram incubadas com linhagens de células Vero – originárias de rim de macaco –, modelo mais usado em estudos sobre coronavírus.

“O experimento consiste em oferecer para o vírus um ambiente adequado para ele se replicar. Inoculamos a secreção nasofaríngea coletada dos pacientes nas culturas celulares e acompanhamos durante quatro ou cinco dias”, conta Romano.

Esse intervalo, segundo a pesquisadora, é suficiente para observar se o contato com o vírus provoca um efeito citopático, ou seja, se as células em cultura começam a morrer. A variação da carga viral nas linhagens foi quantificada pela mesma técnica de RT-PCR usada no diagnóstico.

Em 25% dos casos avaliados observou-se um efeito citopático significativo, acompanhado de aumento na carga viral.

“Claro que um experimento feito em laboratório não reproduz com perfeição o que ocorre na natureza. Mas nossos resultados são um indício de que pode haver partículas virais viáveis nas secreções de pacientes no décimo dia de sintomas”, afirma Romano.

Atualmente, o grupo realiza novos ensaios com o objetivo de descobrir como varia, em um mesmo paciente, a dinâmica do risco de transmissão. Amostras estão sendo coletadas diariamente, entre o nono e o 14o dia de sintomas. Esse material será inoculado em culturas celulares para ver em que medida a proporção de amostras com vírus viável diminui com o passar dos dias.

Segundo Romano, os resultados obtidos até agora reforçam a importância de manter a quarentena de 14 dias. “O isolamento, de modo geral, precisa ser intensificado neste momento. Caso contrário, o avanço lento da vacinação exercerá uma pressão seletiva sobre o vírus e favorecerá a emergência de variantes resistentes. Diminuir o isolamento neste momento é extremamente perigoso”, alerta.

O artigo Discontinuation of isolation for persons with COVID-19: Is 10 days really safe? pode ser lido em: www.medrxiv.org/content/10.1101/2021.01.29.21250753v1.full.pdf.

R7, via Agência Fapesp

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Diversos

Bill Gates financia projeto para ‘escurecer o sol’ e reduzir aquecimento global

Foto: CNN

O bilionário fundador da Microsoft, Bill Gates, estaria financiando um estudo junto a alguns cientistas de Harvard para usar na atmosfera um aerossol que seria capaz de dissipar a quantidade de luz solar que incide sobre a superfície terrestre, informou a revista Forbes. A proposta é conter o aquecimento global.

O nome do projeto é um tanto indecifrável: Experimento de Perturbação Controlada Estratosférica (SCoPEx, na sigla em inglês). A iniciativa pretende borrifar poeira atóxica de carbonato de cálcio (CaCO3) na atmosfera para compensar os efeitos do aquecimento global e refletir parte da luz solar de volta ao espaço.

Um estudo realizado por cientistas de Harvard em 2017 e editado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia apontou que o aerossol de carbonato de cálcio pode ajudar a reduzir o aquecimento da terra, mantendo intactas as partículas essenciais que compõe a estratosfera. É um avanço em relação a outras iniciativas, como o aerossoal de sulfato, que combatia alguns riscos climáticos, mas que acabava por destruir as partículas de ozônio.

Segundo a Forbes, a questão mais delicada do ‘escurecimento do sol’ é que, não se sabe o quanto de aerossol seria suficiente para resfriar a atmosfera em um nível sustentável. Além disso, os cientistas envolvidos no projeto alegam que, a princípio, o aerossol poderia ser eficiente apenas para dispersar a luz solar e, com isso, resfriar a superfície terrestre, mas que, de imediato, não haveria nenhuma mudança química na estratosfera. A iniciativa, portanto, dissiparia o calor solar que atinge a terra, enquanto a atmosfera continuaria acumulando gases estufa.

A missão financiada por Gates vai dar seu primeiro passo em junho. Será liberado no céu da Suécia um balão para que sejam testados os sistemas operacionais e de comunicação que serão responsáveis pela emissão da poeira de CaCO3 na atmosfera, caso ela chegue às etapas mais avançadas. A Swedish Space Corporation, uma estatal suéca de tecnologia espacial, está envolvida nessa etapa do projeto.

Efeitos colaterais

Pesa contra a iniciativa financiada por Gates a possibilidade de ela causar exatamente o efeito que deseja combater. Cientistas avessos à ideia apontam que o aerossol que controla a entrada de luz solar pode causar mudanças extremas no clima. Uma solução como essa poderia arrefecer as iniciativas de combate à emissão de poluentes no mundo, com a manutenção dos níveis atuais de produção e consumo.

Ainda assim, os defensores da geoengenharia apontam que o aerossol de carbonato pode ser um importante paliativo para evitar o agravamento do aquecimento da superfície terrestre para as próximas décadas. Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática apontou que, com um investimento entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões ao ano, o SCoPEx poderia reduzir as temperaturas globais em 1,5 grau Celsius.

Na média global, uma redução dessas poderia aliviar as tensões climáticas. O problema é que o clima não funciona baseado em médias. Cientistas britânicos que se opõem a seus colegas levantam dúvidas sobre a eficiência do aerossol financiado por Gates e afirmam que, anteriormente, erupções vulcânicas no Alasca e no México, que reduziram a temperatura média global, podem ter sido a causa central de uma seca devastadora na região do Sahel, na África, e que algo parecido poderia acontecer com uma nova iniciativa de bloqueio da luz solar.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. É só parar de destruir e deixar de jogar produtos tóxicos na natureza que ela por sí regenera.

  2. Se os que criticam aqui, tivessem essa fortuna, iam gastar em orgias.
    Ele é bem melhor que vcs todos juntos!

    1. Sérgio e você é o melhor acéfalo no meio dos melhores acéfalos e entre todos os acéfalos reunidos numa só escola;faculdade;Universidade.

  3. Esse Bill Gates é mesmo um trilionario megalomaníaco que gasta centenas de milhões ou bilhões de dólares nesses tipos de projetos completamente delirantes,além disso,ele tem um outro projeto que quer transformar fezes humanas em água potável para consumo humano,ao invés de investir econômicamente em programas e projetos favoráveis ao avanço,progresso e desenvolvimento social e econômico e educacional e cultural para a ascensão de famílias mais humildes no hemisfério sul,principalmente no nosso sub continente da América Latina e da África e de parte da Ásia,esses continentes pobres e agrários e explorados econômicamente por mega corporações transnacionais e/ou multinacionais que remetem trilionarias quantias em remessas de dólares e euros para as suas sedes principalmente nos EUA e na Europa,incluindo a sua mega empresa computacional e eletrônica Microsoft.
    Creio que toda a fortuna acumulada por esse Bill Gates só serviu mesmo para alimentar o seu orgulho e a sua vaidade megalomaníaca.

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Economia

Em aceno a caminhoneiros, Bolsonaro autoriza reduzir PIS/Cofins sobre diesel

Foto: Pedro França/Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar em breve a redução do PIS/Cofins que incide sobre o óleo diesel. A medida será um aceno a caminhoneiros, em meio a ameaças de greve da categoria.

Segundo apurou a CNN com fontes do Palácio do Planalto e da equipe econômica, Bolsonaro já autorizou a Receita Federal a programar uma fonte compensadora para a redução da alíquota do tributo.

A interlocutores, o ministro Paulo Guedes vem dizendo que a ideia é “atenuar” o recente aumento no preço do diesel na bomba, e não zerar completamente os dois impostos.

A ideia do Palácio do Planalto é anunciar a medida antes da eleição para as presidências da Câmara e do Senado, marcada para segunda-feira (1º), para evitar que a ameaça de greve dos caminhoneiros contamine a disputa.

Auxiliares presidenciais ressaltam que outras medidas também estão em estudo para atender demandas dos caminhoneiros. Entre elas, possíveis alterações nas regras de pesagem de carga.

Esses auxiliares lembram que, nas últimas semanas, o governo já havia zerado o imposto de importação de pneus e incluído os caminhoneiros no grupo prioritário para vacinação contra Covid-19.

Apesar disso, a categoria passou a fazer ameaças de greve após a Petrobras aumentar o preço médio do diesel nas refinarias em 4,4%, a primeira alta do combustível em quase um mês.

Procurados oficialmente, o Palácio do Planalto e o Ministério da Economia não responderam. O Ministério da Infraestrutura não se pronunciou.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Blefando, só se ele colocar um novo imposto que cubra a receita.
    Bora ver!
    Taí, gostei da idéia.

  2. Os caminhoneiros devem pressionar é o governo estadual para reduzir o ICMS que é o responsável pela maior carga tributária nos combustíveis

  3. Seu Marcos, taí , o aumento dos impostos, Governador Robson Faria e o líder Fernando Mineiro. Votaram a favor os deputados Albert Dickson (Pros); Alvaro dias (PMDB); Carlos Augusto Maia (PtdoB); Cristiane Dantas (PCdoB); Dison Lisboa (PSD); Galeno Torquato (PSD); Gustavo Carvalho (Pros); José Dias (PSD); Nelter Queiroz (PMDB); Raimundo Fernandes (Pros); Ricardo Motta (Pros); Souza Neto (PHS); Tomba Farias (PSB) e Vivaldo Costa (Pros). O líder do governo, FERNANDO MINEIRO (PT) e o presidente da Assembleia Ezequiel Ferreira (PMDB. O secretário estadual de Tributação, André Horta acompanhou a votação na Assembleia.

    Com relação ao ICMS, o primeiro projeto levado à votação, foi feito um substitutivo ao projeto original. Na matéria levada a plenário, a nova alíquota para mercadorias, bens e serviços é de 18%. Outras principais alterações foram a de combustíveis, passando de 25 para 27%, telecomunicações para 28%.

  4. Não sou nem petista e muito menos Bolsonarista .
    Fatinha nunca aumentou Icms de combustível . O certo é taxar grandes fortunas e voltar cpmf com pequena taxa.
    Por outro lado , não cobra IR de quem ganha até 5 mil / mês.

  5. Enquanto o governador Calcinha apertada aumenta impostos , o governo do Presidente Jair Bolsonaro baixa, Hô Véio arroxado do cunhão rôxo é Bolsonaro.
    MITO 2022.
    A Governadora Fátima nem fala em baixar nada, só aumenta.

    1. Queria saber de onde vem essa fonte que houve aumento de impostos aqui. É um fonte sigilosa, pois em diários oficiais não tem nada descrito. Fora isso, a gasolina está no céu!!!

    2. Marcos, pesquise aí um tal de PMPF que tu vai vê quantos aumentos de pautas ja foram feitos só no seu desgoverno petista.
      Record de arrecadação vc ouviu falar né?
      Graça a esses aumentos que foge a os olhos do consumidor.

  6. Os proprietários de veículos também podem fazer protestos. Abasteçam o mínimo necessário; não comprem nada que aumente a arrecadação de impostos do governo, exceto o básico em alimentação; não comprem nenhum veículo de nenhuma concessionária. Se a população tivesse o mínimo de inteligência, nunca passariam por uma situação dessas! Eu faço a minha parte!

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Saúde

Ivermectina pode reduzir risco de morte por covid em até 75%, destaca jornal britânico; pesquisadores analisaram 18 estudos

FOTO: EDUARDO VALENTE/ISHOOT/ESTADÃO CONTEÚDO

A ivermectina, medicamento antiparasitário de baixo custo usado para tratar piolho, pulgas e carrapatos, pode reduzir o risco de morte da covid-19 em até 75%, de acordo com pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra. A informação foi publicada nesta quarta-feira (21) pelo jornal britânico Financial Times.

Os pesquisadores analisaram 18 estudos e concluíram que o remédio está associado à redução da inflamação provocada pela covid-19 e à eliminação mais rápida do Sars-Cov-2, o vírus que causa a doença. Em seis desses ensaios, o risco de morte foi reduzido em 75% em um grupo de pacientes com covid-19 moderada a grave.

O jornal britânico ressalta que o único antiviral com algum tipo de aprovação para tratar a covid-19 é o remdesivir. Esse medicamento, um antiviral usado no tratamento do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, quando teve a doença, demonstrou benefícios na redução da chance de internação, mas nenhum efeito na diminuição de risco de mortalidade ou de carga viral – quantidade de vírus que circula na corrente sanguínea.

A ivermectina não é um antiviral, mas os resultados sugerem que o medicamento possa ter propriedades antivirais. Os pesquisadores ressaltam que os resultados são “encorajadores”, mas mais estudos são necessários para fornecer evidências robustas para justificar uma aprovação do remédio para o tratamento da covid-19.

“É um medicamento usado no mundo todo. A substância medicamentosa custa 12 centavos. O remédio custa US$ 3 (R$15,80) na Índia e US$ 960 (R$ 5.054) nos Estados Unidos ”, afirmou Andrew Hill, um dos pesquisadores do estudo, ao Financial Times.

Ele acrescentou que a invermectina, ao reduzir a carga viral, pode tornar mais difícil uma pessoa se infectar, assim como transmitir a doença. “Se as pessoas com teste positivo para covid-19 forem tratadas imediatamente com um medicamento que elimine o vírus rapidamente, isso pode torná-las menos infecciosas”, afirmou ao jornal. “Esta estratégia de ‘tratamento como prevenção’ funciona para o HIV e agora deve ser testada para a covid-19”, concluiu.

R7

Opinião dos leitores

  1. Cara a coisa tá tão feia que até uma boa notícia como essa!! Remédio pra peste chinesa!! Ha quem desdenhe ou até mesmo não goste? Pqp onde vamos parar??

  2. Alguém aí que é do contra ou do "quanto pior, melhor", conseguiu ler em bom português, que essa pesquisa foi feita por pesquisadores de uma universidade britânica? E que o jornal apenas veiculou os 18 estudos?

  3. Simples: Compra e se achar que pegou ou esteve próximo de quem pegou, toma dois comprimidos, o único problema que poderá ter é acabar com alguns vermes e quem sabe salvar sua vida e de seus parentes.

  4. ALGUÉM MORREU EM VIRTUDE DO TRATAMENTO PRECOCE? Cadê a comporvação científica da relação de causalidade? Falta de comprovação científíca não é prova de infeficácia.
    Pode não ter havido tempo para ficar fazendo teste duplo-cego randomizado e estratififcado, revisado por pares. Remédios usados por indígenas funcionam e não foram avaliados por 'doutores'. Agora se tem a HCQ sendo usada por muitos profissionais de frente , com resultados empíricos animadores e fica essa campanha odiosa contra tudo o que se apresenta (ivermermectina, anita, azitromicina etc – lobby, politicagem hedionda… ). Como se uso precoce em si excluísse outros cuidados. Deve ser a única doença do mundo que não há praticamente nada o que se fazer em seus estágios iniciais. Nem mesmo é consenso que as pessoas, preventivamente, tomem mais sol e vitamina C para dar uma reforçada na imunidade (isso foge ao bom senso). Querem saber mais, leitura longa: https://truthabouthcq.com/

  5. Mais 7,5 milhões de brasileiro curado da covid no Brasil, O tratamento foi realizado com coca cola?

  6. Olhem!!
    Nós o gado de Bolsonaro já sabe disso.
    Não é novidades pra nós, principalmente pra nós natalense onde médicos e autoridades liberaram e recomendaram o uso desse remédio.
    Pra nós, é so Vitória em nome de Jesus.
    Pra petezada, só derrota.
    Tem cido, uma atrás da outra.
    Hehehehe

    1. "Tem cido".
      Putz!?
      Aí nem MOBRAL resolve.
      ?????
      FORA BOLSONARO PILANTRA

  7. Rapaz, isso de novo?
    A população de Natal e do Brasil está se entupindo desse remédio contra carrapato e as mortes só aumentam. Será q é tão difícil perceber que essa balela assim como a hidroxicloroquina não se sustentam?

  8. Radicais da direita, da esquerda e do centro, bando de alienados. Doentes psicológicos!

  9. Pronto, jornal agora é revista científica!
    O gado pode se entupir de ivermectina, cloroquina, aftosa, etc.
    NÃO TEM ESTUDO CIENTÍFICO QUE COMPROVE A EFICÁCIA

    1. Toma quem quer, se você adoecer fique em casa só vá para o hospital quando não tiver mais respirando babaca.

    2. Rapaz, tu não trabalha não? É encostado onde, pra poder passar o dia bostejando asneiras e destilando ódio por aqui?

    3. Sé adoecer fique em casa e só vá para o hospital quando não tiver mais respirando e não tome nada de medicação pois não existe nada que comprove a eficácia, babaca.

    4. Chora papai. Kkkkk
      Tome nao se adoecer viu, tome só 51 igual ao chefe do teu bando, que tu fica bonzinho. Kkkk

    5. Esse sujeito(a) é tão covarde que se esconde sob o manto do anonimato, certamente é um(a) esquerdista que tem um contracheque pra não fazer nada, passa o dia inteiro patrulhando as pessoas, típico(a) parasita devoto(a) do partido que virou bando.

    6. Se fizer uma radiografia dos culhões do molusco de 9 dedos, sai a foto da dentadura desse imbecíl.

    7. Vc lê trabalhos científicos direto na a fonte ou de lacradores da Globo e Folha?

    8. Fique em casa, só na hora de entubar, lembrando que tua entubação vai ser pelo fiofó, por onde tu gosta.

    9. Zé Gado esta com medinho de perder o emprego de distribuir ódio pelas redes sociais, ele acha que a Financial Times é a lixa que limpa a bunda dele.
      Se encherga

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Diversos

Ministra da Agricultura diz que nova safra pode reduzir preço do arroz

Foto: Jair Bolsonaro/Facebook

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nessa quinta-feira (29) que o preço do arroz poderá ser reduzido com a chegada da nova safra, em janeiro. A ministra participou da live do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e explicou as medidas que foram tomadas para conter o preço do produto nas prateleiras dos supermercados.

Tereza Cristina explicou que a pandemia da covid-19 desequilibrou o mercado de grãos em todo o mundo. Segundo a ministra, a pandemia provocou aumento no consumo do produto pelos brasileiros e o preço aumentou. Para conter o aumento, o Brasil autorizou a importação da Guiana e do Paraguai para equilibrar o mercado.

“No mundo houve um desequilíbrio em vários preços dos produtos das commodities. O arroz foi um desses. Nós passamos a comer mais arroz, o auxílio emergencial fez também o aumento dessa demanda. Nós, em setembro, tiramos o imposto de importação, ele parou de subir e hoje tem ligeira queda. Vamos ter nova sofra chegando em janeiro e os preços vão reduzir”, afirmou a ministra.

Plano Safra

A ministra também informou que todos os recursos previstos no Plano Safra deste ano foram contratados e estão sendo investidos pelo setor agrícola, por exemplo, na construção de instalações para produção de aves, suínos e confinamento de gado.

“O Plano Safra foi um sucesso e hoje nós temos um bom problema, porque o dinheiro de investimento já terminou praticamente”.

A ministra disse ainda que os recursos do plano também estão sendo utilizados na agricultura familiar. Além disso, vários títulos de regularização de terras já foram entregues para produtores rurais que fazem parte do programa.

“Nós estamos trabalhando para fazer assistência técnica, e o dinheiro do Plano Safra foi muito maior para esse público da pequena agricultura”.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. A palavra "pode" é a estratégia.
    Com do dolar comercial a R$5,80 é bem capaz do produtor deixar de exportar e vender pro mercado interno.
    Gostei da piada!
    kkkkkkkkkkkkkkkkk

  2. A cada besteira que esse governo fala, escreve, eu fico imaginando aonde o gado ? tenta enfiar a cara… Parece um hospício.

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Saúde

NÃO É ADEREÇO PARA O QUEIXO: Sesap reforça o uso de máscara para diminuir propagação e reduzir a gravidade da Covid-19 e alerta para o uso correto

Foto: Leo Martins / Extra

Em estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado pela New England Journal of Medicine, constatou que o uso de máscara de proteção contra o novo Coronavírus (Covid-19) pode gerar uma resposta imunológica e reduzir a gravidade da doença nas pessoas, garantido que a maioria das infecções sejam assintomáticas. Com base no estudo, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reforça e orienta a população para o uso essencial e correto da máscara de proteção.

Para ter uma ação eficaz e evitar a transmissão da Covid-19, a máscara deve ser usada cobrindo o nariz e a boca. “Mascara não é adereço para o queixo! O Estudo publicado recentemente mostrou que mesmo quando a pessoa é contaminada usando a máscara, ela se protege. E, caso desenvolva a doença, a pessoa terá um quadro mais leve ou assintomático”, esclarece o secretário estadual de saúde Cipriano Maia.

Conforme aponta o estudo, as máscaras não impedem a contaminação pelo vírus, porque é possível que gotículas ultrapassem a proteção, contudo em quantidade menor. O que gera uma carga viral também menor, o que está ligado a quadros leves da doença.

De acordo com o secretário Cipriano, isso está sendo constatado por meio do teste sorológico (de imunidade), que mostra que as pessoas que estão usando a máscara de forma contínua, mesmo havendo a contaminação por algum descuido, elas têm um quadro mais leve da doença.

Caso a hipótese seja confirmada, como aponta o estudo, o uso da máscara pode ser uma forma de “variolação”, separação que gera imunidade, diminuindo a disseminação do novo Coronavírus. Técnica utilizada há séculos, a variolação consiste em introduzir secreções de pessoas infectadas pela varíola em pessoas saudáveis.

Nesse sentido, a Sesap reforça e orienta quando deve ser feito o uso da máscara de proteção:
• Use a máscara sempre que sair de casa;

• Ao sair, leve uma máscara reserva para realizar a troca a cada 02 horas de uso;

• Leve uma sacola para guardar a máscara, caso seja preciso trocar;

• Evite tocar ou ajustar a máscara, enquanto estiver usando;

• Use a máscara quando estiver tossindo e espirrando, assim você evita transmitir o vírus para outras pessoas;

• Faça uso da máscara caso esteja cuidando de uma pessoa com doenças respiratórias;

• Além de usar a máscara, realize a limpeza frequente de suas mãos com água e sabão ou higienize com álcool em gel 70%;

• Após usar a máscara, descarte-a em local adequado e lave bem as mãos;

• Utilize a máscara do tipo cirúrgico ou de pano (com pelo menos duas camadas de pano, como algodão, tricoline ou TNT). A máscara N95 é de uso dos profissionais de saúde;

• E lembre-se: a máscara é de uso individual e deve cobrir totalmente o nariz e a boca, ficando bem ajustada ao rosto.

Opinião dos leitores

  1. As máscaras tem contribuído positivamente no controle da covid. Se não tivéssemos adotado esse item de proteção estaríamos numa situação mais alarmante.

  2. Os cabá e as cabritas, tudo com "bocapôdi" inventam essa história que o uso da máscara faz mal!!!!

  3. É bom usar a máscara SIM, no entanto, não devemos usar por um longo período pelo seguinte motivo:

    Através da ventilação inspiramos ar rico em oxigênio e expiramos o gás carbônico produzido em nossas células durante o processo de obtenção de energia.

    Com o uso constante da máscara, o gás carbônico que expiramos retorna para o nosso organismo.

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Diversos

Cientistas da UFRN buscam patentear produto que pode ser aplicado na indústria, visando reduzir custos de produção do biodiesel

Instalações do Laboratório de Tecnologias Energéticas (LABTEN), unidade onde o estudo está vinculado. Foto: Divulgação

A utilização em larga escala de combustíveis derivados do petróleo causa diversos problemas ao meio ambiente como, por exemplo, o aumento das taxas de dióxido de carbono na atmosfera. Em virtude disso, a indústria e governos ao redor do mundo têm procurado por novos combustíveis baseados em fontes renováveis e que não poluam o meio ambiente.

Dentre estas alternativas, está o biodiesel como uma alternativa viável ao óleo Diesel, já que é um produto renovável, não tóxico, biodegradável e pode ser usado em motores de ignição por compressão, ou seja, motores diesel. Contudo, durante a produção do biodiesel, uma das principais questões ainda em estudo é o uso de um catalisador adequado com a natureza do óleo utilizado.

Pensando nisso, cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) buscam patentear o desenvolvimento de um produto que pode ser aplicado na indústria, visando reduzir os custos de produção do biodiesel. Desenvolvida pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Tecnologias Energéticas da Universidade, a tecnologia traduz-se em um catalisador, substância proveniente de sílica oriunda da cinza in natura da casca da banana e obtida com metodologia modificada através de misturas físico-químicas.

“Cada vez mais busca-se a utilização de biocombustíveis em diversas áreas como, por exemplo, automobilística, agrícola e em indústrias. Especificamente, no que tange ao biodiesel, por ser um dos mais utilizados em âmbito nacional e mundial, se faz necessária a busca de metodologias que usem materiais e parâmetros reacionais que façam o custo do produto se torna mais viável economicamente, bem como que o processo de produção seja menos danoso ao meio ambiente”, explicou a professora Luciene da Silva Santos.

Sendo assim, continua a professora, o catalisador produzido atende a essas necessidades, pois usa reagentes de baixo custo para sua produção. “A sílica é proveniente de resíduo agrícola, o catalisador heterogêneo pode ser reutilizado, além de produzir menos resíduos no processo de purificação do biodiesel”, complementou Luciene, uma das autoras do pedido de patente. Além dela, José Alberto Batista da Silva, Keverson Gomes de Oliveira, Ramoni Renan Silva de Lima e Clenildo de Longe também atuaram na pesquisa que deu origem à invenção, estudo este vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ).

O grupo identifica ainda que a aplicação do catalisador pode ser avaliada no desenvolvimento de outras reações básicas, visando a obtenção de outros bioprodutos, situação que abre ainda mais o leque de aplicação do dispositivo. No documento que embasa o pedido para patentear o produto, o grupo de cientistas listou alguns dos diferenciais.

Primeiro, a fonte precursora de baixo custo, por se tratar de sílica obtida de resíduo vegetal. Segundo, a utilização de reagentes usuais torna o produto viável economicamente com metodologia de fácil aplicação. Terceiro, o tempo de produção relativamente curto, comparado a metodologias inseridas em diversas patentes. Além disso, a formação do catalisador ocorre em uma única etapa, com baixo consumo de energia, comparado a processos tradicionais.

Por fim, o produto apresenta características satisfatórias na utilização como catalisador em reações de transesterificação para produção de biodiesel, podendo ser, em parte, reutilizado em novas reações. Pode ainda ser utilizado em reações que envolvam diferentes matrizes oleaginosas, inclusive quando da utilização de óleo residual de cozinha, obtendo, ainda assim, elevados rendimentos reacionais.

Denominado “Processo de produção de um catalisador proveniente da cinza in natura da casca da banana (musa paradisíaca l.)”, o pedido desta patente passa a integrar o portfólio de ofertas tecnológicas da UFRN, disponível para acesso em www.agir.ufrn.br. O diretor da Agência de Inovação (Agrir) da UFRN, Daniel de Lima Pontes, explicou que as orientações e explicações a respeito dos aspectos para patentear uma determinada invenção são dadas na própria Agir, unidade localizada no prédio da Reitoria.

Daniel de Lima Pontes é diretor da Agência de Inovação da UFRN. Foto: Divulgação

Contudo, durante o período de suspensão do atendimento presencial, as demandas devem ser enviadas através do e-mail [email protected]. “Temos percebido nos últimos anos que os professores estão com maior cuidado em proteger suas invenções através do patenteamento. Aqui na Universidade eles contam com um cenário amplamente favorável, haja visto o suporte que a UFRN propicia neste processo”, afirmou o diretor.

Agir/UFRN

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Saúde

Cientistas britânicos dizem ter comprovado 1ª droga eficaz para reduzir mortalidade por covid-19

FOTO: GETTY IMAGES

Um medicamento barato e amplamente disponível chamado dexametasona pode ajudar a salvar a vida de pacientes gravemente doentes com coronavírus.

O medicamento faz parte do maior teste do mundo com tratamentos existentes para verificar quais funcionam contra o coronavírus.

E o tratamento com esteroides em baixa dose de dexametasona é um grande avanço na luta contra o vírus mortal, segundo especialistas do Reino Unido.

Seu uso levou a uma redução em um terço no risco de morte para pacientes respirando com a ajuda de respiradores. Para quem demanda oxigenação, reduziu as mortes em um quinto.

Se o medicamento tivesse sido usado para tratar pacientes no Reino Unido desde o início da pandemia, até 5 mil vidas poderiam ter sido salvas, dizem os pesquisadores.

E também poderia ser benéfico em países mais pobres, com grande número de pacientes da covid-19.

Cerca de 19 dos 20 pacientes com coronavírus se recuperam sem serem admitidos no hospital. Dos que são internados no hospital, a maioria também se recupera, mas alguns podem precisar de oxigênio ou ventilação mecânica. Estes são os pacientes em alto risco, que a dexametasona parece ajudar.

O medicamento já é usado para reduzir a inflamação em várias outras doenças e parece que ajuda a interromper alguns dos danos que podem ocorrer quando o sistema imunológico do corpo entra em ação exageradamente ao tentar combater o coronavírus.

A reação exagerada do corpo é chamada de tempestade de citocinas e pode ser mortal.

Na pesquisa, liderada por uma equipe da Universidade de Oxford, cerca de 2 mil pacientes hospitalizados receberam dexametasona e foram comparados com mais de 4 mil que não receberam o medicamento.

Para pacientes em respiradores, reduziu o risco de morte de 40% para 28%. Para pacientes que precisam de oxigênio, reduziu o risco de morte de 25% para 20%.

O pesquisador Peter Horby disse: “Este é o único medicamento até agora que demonstrou reduzir a mortalidade – e a reduz significativamente. É um grande avanço”.

Segundo o pesquisador Martin Landray, os resultados sugerem que para cada oito pacientes tratados em respiradores, pode-se salvar uma vida com a dexametasona. Para os pacientes tratados com oxigênio, você salva uma vida a cada 20 a 25 tratados com o medicamento.

“Há um benefício claro. O tratamento é de até 10 dias de dexametasona e custa cerca de 5 libras (equivalente a aproximadamente R$ 35) por paciente. Portanto, basicamente custa 35 libras para salvar uma vida (R$ 350). E este é um medicamento disponível globalmente”.

Alerta: medicamento não deve ser tomado por pessoas em casa

Landray disse que, quando apropriado, os pacientes hospitalares devem receber o tratamento sem demora, mas fez um alerta: as pessoas não devem sair para comprá-lo e tomar em casa.

A dexametasona não parece ajudar as pessoas com sintomas mais leves do coronavírus – aqueles que não precisam de ajuda com a respiração.

O repórter de saúde da BBC Fergus Walsh aponta que o medicamento é “antigo e barato” e que isso deve ser comemorado pois pode beneficiar rapidamente pacientes em todo o mundo. A dexametasona tem sido usada desde o início dos anos 1960 para tratar uma série de males, como artrite reumatoide e asma.

O medicamento é administrado por via intravenosa em terapia intensiva e em forma de comprimido para pacientes menos graves.

A pesquisa está em execução desde março. Incluiu o medicamento para a malária hidroxicloroquina, que foi posteriormente abandonado em meio a preocupações de que ele aumente as fatalidades e os problemas cardíacos.

Até agora, o único outro medicamento comprovadamente benéfico para pacientes com covid é o remdesivir, um tratamento antiviral usado para o ebola. Seu tratamento antiviral parece diminuir o tempo de recuperação de pessoas com coronavírus e, por isso, já está sendo disponibilizado no NHS, o serviço público de saúde britânico.

BBC

Opinião dos leitores

  1. Se o JB indicar , a pesquisa vai por água abaixo, terão vários especialistas esquerdopatas dizendo que a pesquisa é mentirosa
    Kkkkkk

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