Cidades

Sem avisar, Setrans aumenta tarifa de ônibus intermunicipais

Não foi só em Natal que a tarifa de ônibus amanheceu neste sábado com aumento. Nos municípios da Região Metropolitana de Natal, várias linhas apresentaram acréscimo no valor da passagem. O problema é que, ao contrário da capital, que teve o aumento anunciado com antecedência, na RMN, o reajuste aconteceu sem aviso prévio.

E sem autorização dos órgãos competentes. Indagado, o Governo do Estado afirmou que não permitiu que o Sindicato das Empresas de Transporte Intermunicipal de Passageiros do Rio Grande do Norte (Setrans-RN) fizesse o reajuste.

Os usuários dos ônibus foram pegos de surpresa com um aumento de 14% ou maior. Na linha M (Macaíba – Natal), a passagem, que era R$ 2,80, foi para R$ 3,20. O mesmo aconteceu com a linha B (Parnamirim – Natal). Já na linha D, que também faz o trajeto Parnamirim – Natal, o reajuste foi de R$ 0,30: passou de R$ 2,20 para R$ 2,50.

O Departamento de Estradas e Rodagens do Estado (DER-RN) informou que vai se manifestar sobre o assunto na próxima segunda-feira (20).

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Jornalismo

Região Metropolitana de Natal vai ter mais dois municípios

O debate em torno do desenvolvimento da Região Metropolitana de Natal-RMN, reaberto pela Assembleia em um seminário sobre a gestão administrativa, é um tema que vai merecer a atenção dos deputados no segundo semestre legislativo.

Atualmente com 10 municípios integrantes – Natal, Ceará Mirim, Extremoz, Macaíba, Monte Alegre, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu e Vera Cruz – a região vai passar a contar com mais dois – Maxaranguape e Ielmo Marinho.
Os Projetos de Lei que incluem os dois novos municípios, de autoria dos deputados George Soares e Poti Júnior, apresentados no ano passado, foram aprovados na penúltima sessão plenária do primeiro semestre e encaminhados para a sanção da governadora do Estado.
Para incluir Maxaranguape, o deputado George Soares justificou que o município tem a mesma posição geográfica de outros integrantes da Grande Natal, tais como São José de Mipibu, Vera Cruz e Ceará Mirim.

“É importante destacar que Maxaranguape, de acordo com estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE no Censo de 2010, nos últimos 10 anos foi o terceiro município que mais cresceu no Rio Grande do Norte, com 34,49 por cento, ficando atrás apenas de Parnamirim e Guamaré”, justificou.

Já Poti Júnior defendeu, para incluir Ielmo Marinho, que devido à localização geográfica de proximidade ao aeroporto, em construção, de São Gonçalo do Amarante o município enfrentará situações própria da Região Metropolitana como mobilidade urbana, especulação imobiliária, instalação de empresas e limpeza pública.

“A sua inclusão como município membro da Região Metropolitana permitirá o mesmo buscar soluções em conjunto com os demais integrantes, promovendo uma maior eficácia na busca de soluções, um desenvolvimento sustentável, melhorando a qualidade de vida de seus moradores’, afirmou.

Agenda Metropolitana

No seminário realizado na Assembleia Legislativa sobre a Gestão Metropolitana foram levantados alguns temas para a agenda da Região como organização, ocupação e crescimento da Cidade Metropolitana, reduzindo a vulnerabilidade dos mais pobres e elevando o padrão socioambiental dos assentamentos humanos, novo padrão de mobilidade e acessibilidade, baseado no transporte público.
Nessa agenda também vão ser discutidos a estruturação do espaço rural na perspectiva do desenvolvimento social, com diminuição dos impactos sobre o ambiente natural; e a redefinição do modelo de gestão e institucionalidade da Região, ampliando a participação da sociedade.

Os professores do observatório das Metrópoles tem o entendimento que todos os projetos grandes e médios trazem problemas e virtuosidades e que “os problemas não precisam da nossa ajuda para acontecerem. As soluções sim precisam da gestão governamental”.
Nas discussões entre deputados, conferencistas, professores, empresários e prefeitos dos municípios integrantes foi levantado que o grande problema para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Natal é a falta de governança – o conjunto de políticas, funções e responsabilidades.

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Trânsito

Depois de 15 anos, Região Metropolitana de Natal ainda não tem táxis integrados

A lei estadual que cria a Região Metropolitana de Natal foi aprovada em 1997.

Após 15 anos, a Lei Complementar nº 152 não foi colocada em prática, apesar de abranger 10 municípios que circundam a capital potiguar.

Somente quem mora nessas áreas de divisa sabe como é difícil não ter a quem se reportar na hora de pedir solução para os problemas que surgem no cotidiano dos bairros. Um dos serviços que mais causam “dor de cabeça” nessa parte da população é o transporte público.

Edmilson Fernandes mantém há 10 anos um táxi com a placa de São Gonçalo do Amarante. O taxista cooperado, em razãode um decreto do município de Natal, tem autorização para circular também na Zona Norte da capital. Atendendo a solicitação de uma cliente, ele saiu de casa, no conjunto Potengi, e foi até uma loja no Centro da Cidade pegá-la. Na volta foi abordado por um fiscal da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), que questionou se ele estava pegando passageiros em Natal. “Fui pegar a minha cliente. Ela me ligou e estava numa loja lá na Cidade”, relatou Edmilson, quando se justificou para o fiscal de trânsito.

Não teve explicação que fizesse o guarda liberar Edmilson. O representante da Semob aplicou uma multa de R$ 358 e mandou o carro do taxista para um depósito, até a multa ser paga. O motorista prestou queixa na Delegacia do bairro das Quintas e seguiu para o depósito, na Avenida da Integração, junto com a cliente Francisca da Silva, que ligou para Edmilson porque não estava com dinheiro para pagar um táxi e “acertaria” a corrida depois. Francisca afirma que mora no Igapó e já faz costumeiramente corridas com Edmilson, que são pagas apenas no final do mês. “Me perguntaram se eu tinha ligado. Eu disse que sim. Mas eles mandaram levar o carro”, declarou a cliente.

O taxista ficou das 14h30 até às 17h esperando o filho conseguir dinheiro para liberar o carro ou pelo menos uma carona. O episódio aconteceu em uma sexta-feira, e o carro ficou preso no pátio até a quinta-feira da semana seguinte. O taxista conseguiu pagar a multa e marcar uma conversa com o secretário da Semob, Márcio Sá, que reafirmou a viabilidade da multa. “O secretário disse que era mesmo infração. Mas ele tirou as diárias que a gente pagaria no pátio”, esclareceu Edmilson.

O decreto, que permite aos taxistas de São Gonçalo circularem por Natal, parece um benefício, mas na verdade gerou um problema que ronda a vida desses profissionais. Um dos principais pontos negativos dessa divisão da circulação dos táxis é o geográfico. Ao cruzar a ponte de Igapó, no sentido Zona Sul – Zona Norte, ao lado direito fica o bairro de Igapó, que pertence a Natale no esquerdo está o Jardim Lola, de São Gonçalo do Amarante. Os municípios são divididos apenas pela avenida Tomaz Landim. A situação deixa indefinido qual deve ser o táxi para atender o público que transita da Zona Norte para as outras regiões da cidade.

Fonte: Dn Online

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