Diversos

Após polêmica no Youtube, Câmara terá frente em defesa de religiões de matriz africana

Os fiéis de religiões de matriz africana terão uma nova arma para defender sua fé. Nesta terça-feira, será lançada na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em Defesa das Comunidade de Terreiros. O lançamento da frente coincide com a repercussão de uma decisão tomada em abril pelo juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara de Fazenda Federal do Rio de Janeiro. Em uma sentença em que negou a retirada de vídeos considerados ofensivos à umbanda e ao candomblé do Youtube, ele argumentou que não se tratavam de religiões, e sim de cultos. O juiz já voltou atrás de sua avaliação.

Segundo o deputado Valmir Assunção (PT-BA), um dos integrantes da frente, ela será um instrumento de articulação entre as comunidades de terreiro e o Congresso. Ainda de acordo com o parlamentar, as propostas da frente incluem a defesa das religiões de matrizes africanas e brasileiras, a liberdade do culto, o combate à intolerância, além da promoção de projetos de lei, audiências públicas, seminários e eventos que tratem do tema.

A intensa repercussão negativa da sentença do juiz federal do Rio não passou despercebida pelo deputado Valmir Assunção (PT-BA), um dos articuladores da frente e que, curiosamente, não segue nenhuma religião de matriz africana. A frente é articulada desde 2011, mas foi viabilizada só agora, momento que “não poderia ser mais oportuno”, segundo o parlamentar. São necessárias 198 assinaturas de parlamentares para criar uma frente. A quantidade foi alcançada, mas o número final ainda não foi fechado.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *