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Em resposta ao PT, Aécio diz que críticas de Lula 'apequenam a política'

O senador Aécio Neves (MG) classificou as críticas feitas ex-presidente Lula à sua candidatura a Presidência como “armadilha de combate que apequena a política”. “Não vamos cair nessa discussão do nós contra eles, nessa disputa de classes. O Brasil é um país generoso, temos que construir um debate de ideias”, afirmou, antes de evento com veículos de comunicação do interior paulista nessa segunda-feira (16).

O petista disse, na convenção que oficializou a candidatura de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, que seu partido é atacado por ter governado melhor que a “elite” e insinuou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não aprendeu a ter “sentimentos” na faculdade.

Lula chegou a dizer que a “perseguição” ao PT é similar à que levou Getúlio Vargas ao suicídio, em “Estão querendo fazer conosco o que já fizeram com Getúlio [Vargas], até levá-lo à morte”, disse. “Querem fazer o que fizeram com Juscelino [Kubitschek], que agora é todo bonitão para eles. (…) Tentaram me tirar, em 2005. Mas eu disse: se quiserem me tirar, vai ter que debater na rua, para conhecerem o que é o povo brasileiro.

” O petista também acusou o ex-presidente tucano estabelecer “a maior promiscuidade entre Executivo e Congresso quando começou a comprar voto para ser aprovada a reeleição”.

Aécio disse que “não iria polemizar” sobre as declarações e que pretende “debater o futuro”. “Aqueles que quiserem debater o passado vão ficar falando sozinhos”, afirmou.

XINGAMENTOS

Ele respondeu a críticas do ministro da Secretaria-Geral Gilberto Carvalho, que lamentou que o tucano e que o também presidenciável Eduardo Campos (PSB) não tenham condenado os xingamentos à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa.

A presidente foi hostilizada três vezes durante a partida. Os torcedores gritaram “ei, Dilma, vai tomar no c…”.

Segundo Aécio, ele “nunca aprovou nenhuma ação violenta, seja discriminatória ou de ataques seja a quem fosse”. “As crítica ao governo existirão sempre, mas eu já disse mais uma vez e repito não aprovo ataques pessoais e xingamentos”, disse.

APOIO DO PSB

Aécio defendeu alianças do PSDB e PSB nos palanques de São Paulo e Paraná, mesmo que os candidatos de cada partido defendam candidatos a presidentes diferentes.

Em São Paulo, o governador candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) conversa com o PSB para lançar o deputado Marcio França ao Senado. No Paraná, o PSB anunciou apoio à reeleição de Beto Richa.

“Isso não me traz nenhum desconforto”, disse Aécio. “Eu sempre defendi as coisas naturais da política. A aliança do PSB com o governador Alckmin é algo natural, até porque o PSB já vem participando do governo do Alckmin há muito tempo”, afirmou, acrescentando que os pessebistas do Paraná também devem apoiar a candidatura de Campos.

O tucano, no entanto, criticou o rompimento do PSDB ao PSB em Minas Gerais. “A meu ver, me foge à lógica uma aliança como essa ser rompida por uma questão nacional”, disse.

Folha

Opinião dos leitores

  1. Me pelo de medo de um governo federal tucano. Desde 1968 quando arranjei meu primeiro emprego comecei a fazer compras no crediario. Vinte e oito anos depois no ano de 1996 apenas dois anos de governo Tucano sob o comando do FHC e do Aecio me tornei inadimplente irrecuperável até os dias atuais.Eu sofro com isso. De acordo com o meu ponto de vista eu tenho direito de ter receio dos mencionados politicos no poder maximo do Brasil.

  2. Não cabe mais esse discurso de vítima, Lula não é mais simples oposição e a falta de FAZER do PT, com maioria no congresso, vem colocando o partido na atual situação.
    Qual "elite" Lula se refere? A dele que anda de avião e helicóptero, se hospeda nos melhores hotéis, tá sempre cercado por grandes empresários, que pertence a classe A brasileira regado de benesses por todos os lados, ou do profissional liberal que estudou muito, trabalha demais, paga uma carga tributária imoral, acorda cedo para ir a luta e por isso tem o sucesso merecido?
    Não cabe mais esse discurso frágil, sem sustentação, querendo produzir questões as quais ele está completamente inserido e faz parte atuante.
    São 20 anos de oposição e 12 de situação e o que vemos, tem como pilar de governabilidade aqueles senhores antes acusados de corrupção e ditos como responsáveis pelas desgraças do país, são seus aliados Sarney, Collor, Maluf e muitas outras figurinhas carimbadas da política, no passado, pessoas duramente criticadas pelo PT. Cadê senhor Lula a prometida reforma tributária? Cadê a regulamentação da lei de greve? Cadê a implantação de um política salarial digna? cadê o combate aos marajás do serviço público? Como estão nossos índices de criminalidade? Qual a melhoria na saúde pública? Cadê as mudanças para dar qualidade ao ensino público? Cadê uma política para o preço do litro de combustível? E isso é só o começo de algumas questões que foram amplamente prometidas no palanque política e que ainda estão esperando uma solução. E por isso que a Presidente tem sido vaiada constantemente.

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