O alemão Bernd Berg é um dos analistas mais pessimistas quanto ao futuro do real. Um dia após o rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor’s, no início deste mês, o diretor da equipe de mercados emergentes do banco francês Société Générale divulgou relatório prevendo que o dólar custaria R$ 4,40 dali a oito semanas. Para ele, a disparada da moeda será desencadeada pelo iminente downgrade da nota brasileira por uma das duas outras grandes agências globais. O economista não vê espaço no horizonte para o fortalecimento do real e acha que, caso a situação política degringole ainda mais, o dólar tem potencial para atingir, no fim do ano, a até então impensável cifra de R$ 5.
O Société Générale é talvez o mais pessimista dos bancos quanto ao real, prevendo o dólar a R$ 4,40 em novembro. O que levaria a isso?
Depois do downgrade da Standard & Poor’s, vi que o real excederia o nível de R$ 4, nossa previsão anterior. Acredito que é inevitável que Fitch ou Moody’s rebaixem a nota do Brasil. Em julho, quando o dólar atingiu R$ 3,30, eu já previa uma desvalorização do real por uma série de fatores. Do lado externo, a deterioração da China e uma crise no mercado de commodities atingiria os países emergentes. Na parte doméstica, minha opinião já era a de que o Brasil não seria capaz de entregar a meta fiscal para 2016. Além disso, já observávamos uma deterioração no campo político, com o Congresso bloqueando tentativas de aumento de impostos, por exemplo.
O que acontece com o Brasil caso seja rebaixado de novo?
Isso intensificaria a venda de ativos, motivada pelo pânico de investidores internacionais, porque fundos de pensão e grandes investidores estrangeiros terão que se desfazer de aplicações se mais uma agência rebaixar o Brasil. Muitos têm índices de benchmark com procedimentos internos que determinam que, caso um país perca o grau de investimento por duas grandes agências, precisam tomar medidas para reduzir sua exposição a esses mercados. Eu também espero a intensificação da turbulência, especialmente para a moeda, que é a parte mais vulnerável. No dia de um segundo downgrade, veremos imediatamente uma depreciação de 5% do real.
O novo pacote fiscal do governo muda sua perspectiva?
Dá para ver que o governo está em pânico, tentando evitar um segundo downgrade, porque sabe que isso resultará em uma grande saída de capitais do país. Daí o pacote fiscal anunciado recentemente. Mas eu sou cético quanto à aprovação dessas novas medidas no Congresso, sobretudo da CPMF. Então, vejo pouco efeito prático nesse pacote.
O real tem alguma chance de recuperar seu valor nos próximos meses?
Mesmo que não vejamos um rebaixamento já nas próximas semanas, o ambiente geral para o real é muito negativo. Não vejo qualquer potencial de recuperação da moeda. Tenho plena convicção de que vai se deteriorar ainda mais devido a fatores domésticos, inclusive por causa da circulação de rumores, como uma possível insatisfação de (Alexandre) Tombini (presidente do BC) ou uma demissão do ministro Joaquim Levy.
É possível vermos um dólar a R$ 5?
O momento é negativo para os mercados de moedas emergentes, e essa situação vai piorar nas próximas semanas. O Fed adiou mais uma vez a elevação dos juros. Isso pode dar certo alívio, mas permanece a incerteza de quando acontecerá. Os dados econômicos chineses continuam a se deteriorar. As próximas semanas serão muito turbulentas. E o real é a moeda mais vulnerável hoje. Então, repito que é possível vermos o câmbio em R$ 4,40 a curto prazo. Já o dólar a R$ 5 é, sim, uma possibilidade para o fim do ano, se virmos uma intensificação da crise política.
O que levou à mudança na relação dos investidores com o Brasil?
A situação política é muito turbulenta. Investidores internacionais não têm hoje confiança no governo. O Brasil recebeu muito fluxo de capitais por causa do Lula, porque os investidores confiavam em seu governo. Agora, a confiança foi perdida porque diversas reformas necessárias prometidas nos últimos dois anos não foram entregues.
O que o Brasil precisa fazer para recuperar confiança, crescimento, grau de investimento e a taxa de câmbio que tinha no passado?
É muito importante implementar as reformas estruturais que foram prometidas. A sensação que se tem hoje é que todas essas reformas estão adormecidas, não se vê qualquer avanço. Colocá-las em prática é a única forma de o Brasil recuperar seu grau de investimento.
O Globo
A Dilma tem que renunciar.
E viva não só o PT como todos os partidos e políticos, tudo farinha do mesmo saco. O PT pelo fato de está esse tempo todo no poder, está pagando o pato sozinho. Mas , não se enganem, é tudo farinha do mesmo saco, não dou um pelo outro e se pudesse mandaria todos eles para FAIXA DE GAZA. !!!!
Só falta agora sermos convocados para defender a divisa com venezuela, Quero ver o lado patriota dos Brasileiros!! Vou me esconder na chapada diamantina, levar bastante suprimento para passar pelos menos uns dois anos e o país que fo…..
Tem gente q acha certo o país pagar 40bilhoes de reais por mês a banqueiro….bem como acha que só há terrorismo religioso.
Tamo Fú!!!!!
E viva o PT e seus 13 anos de governo, viva lulla, viva Dilma a gerentona !!!!!