Presidente de honra do Partido Verde, Rivaldo Fernandes representa bem a administração municipal. Vive em desnorteio, atendendo ao remanajemento que a prefeita faz. Troca de cargo dentro da administração com a mesma frequência que a chefe de Executivo vai a São Paulo.
Enquanto o blog escreve esse texto, ele assume a presidência da Ativa, que representa para efeitos práticos o que o Meios é para o Governo do Estado. Não se surpreenda, leitor, se ao final da matéria, ele estiver como adjunto de qualquer coisa em qualquer secretaria com a função de fazer qualquer trabalho.
Rivaldo já passeou pelo Gabinete Civil, pela Semurb, por um pomposo cargo intitulado Governança Solidária, Secretaria de Integração etc etc etc. Cada pasta parece ter uma herança sua. Até agora ele não conseguir a láurea máxima, a de primeiro-ministro, que continua com o inabalável Kalazans Bezerra.
Além de servir de adorno ao segundo escalão da prefeita, Rivaldo parece padecer de uma séria verborragia. Com frequência passa por situação vexatória na imprensa, como quando desdisse o que afirmou com veemência e tentou passar por louco leitor muito bem provido de suas faculdades mentais. Foi assim no caso Gilson Moura, que por ocasião de beneficiar Sargento Siqueira abriu mão de seu mandato, no fim do ano passado, na Assembleia Legislativa. Rivaldo viu aí uma oportunidade. Presidente de honra do PV – eu já havia mencionado esse posto? – ele condenou com contundencia as posições do correligionário. Foi até a imprensa, que com a competência de Deus ou do Diabo, registrou suas declarações. Em juízo, negou ter acusado Gilson de fazer negociata. É um paradoxo. É Rivaldo. Vêm de longe suas façanhas.
Na década de 1980, ele – essa eu ainda não disse, que é mestre em Geografia e doutor em Ciências Sociais – foi coordenador do projeto “Novo Teto”, na gestão do então governador Geraldo Melo. Ajudou a fundar o Partido Verde numa época em que o verde mais importante não era o das notinhas que abastecem bolsos por esquemas de corrupção gabinetes afora, adentro na verdade, com o perdão do trocadilho. A nova do rapaz é atribuir de acéfala o movimento contra a prefeita, o #foramicarla. A frase utilizada foi “expressão da tuitocracia”.O sintagma deve constar da lista de erros intermináveis dessa gestão. Vale interface para o desfecho: Rivaldo é expressão da burocracia, empaca, não anda, atrasa
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