Jornalismo

Fábio Hollanda ameaça deixar a Secretária de Justiça

O secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte (Sejuc), Fábio Hollanda, está disposto a deixar o  cargo. Insatisfeito com o quadro de auxiliares e com a falta de estrutura estatal no que diz respeito principalmente à política de ressocialização de presos, Hollanda já comunicou à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e ao deputado João Maia – presidente estadual do Partido da República (PR) e tutor da ida dele à Sejuc – que pretende deixar a pasta.

Adriano AbreuFábio Holanda: sem apoio para nomear e alvo de ameaças na Sejuc

“Não é um ultimato. O cargo, juridicamente, é da governadora. Eu não terei nenhum constrangimento em deixar a Secretaria. Eu terei constrangimento em ficar na Secretaria e não conseguir desenvolver um bom trabalho com o dinheiro do contribuinte do Rio Grande do Norte. Se dependesse de mim, na condição de presidente do PR em Natal, o partido entregaria a Secretaria e manteria uma posição independente do ponto de vista administrativo do Governo Rosalba Ciarlini”, falou Hollanda, em entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE  na tarde de ontem.

Sobre a fuga da penitenciária de Alcaçuz ocorrida poucos dias após ele assumir a Sejuc, Hollanda foi incisivo: “Os presos fugiram por um enfrentamento, fugiram por falta de cuidado, fugiram por negligência e fugiram porque alguns agentes públicos fizeram de conta que estavam segurando os presos e resolveram abrir a porta pra eles saírem”.

Empossado secretário de Justiça e Cidadania há exatos dois meses, Hollanda ainda não recebeu nenhum salário, assim como as diárias das viagens que fez. Além disso, o homem que comanda o sistema prisional do Rio Grande do Norte vem sofrendo ameaças por telefone, sente-se seguido nas ruas e não conta com escolta da Polícia Militar.

Fábio Hollanda disse não temer pela própria vida, mas está receoso pelas dos filhos. “Eu soube através de informações oficiais do Ministério da Justiça que como o Comando Vermelho está aqui é necessário que se tenha cuidado e eu não tenho  escolta. Por quê? Porque essa escolta precisa ser feita pela Polícia Militar, através de homens do Bope e eu os pedi, e eles não foram enviados. Até a minha vida eu aceito colocar em risco, desde que eu veja o sistema evoluindo, mas as dos meus filhos não”.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Referência no Brasil, médico potiguar ultrapassa a marca de 200 transplantes de medula pelo SUS

Nessas horas dá orgulho, realmente, de ser potiguar. O médico Henrique Fonseca, profissional altamente gabaritado, referência na área de transplantes de medula ultrapassou esse mês a marca de 200 cirurgias para transplante somente em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O quinto em número de todo o Brasil.

Henrique Fonseca vem desempenhando de forma brilhante os transplantes desde 2004 no Natal Hospital Center. Na época, eram realizados apenas dois procedimentos por mês. Hoje são realizados até sete por mês. O sonho dele é conseguir chegar aos 100 transplantes de medula por ano.

Se depender da vontade dele e da sua equipe médica composta por cerca de 15 profissionais, essa meta será batida.

“O nosso primeiro paciente é vivo até hoje. É um paciente que tinha a mesma doença do Reynaldo Gianecchini. De lá pra cá tivemos vários avanços. A equipe aumentou e já somos referência. Praticamente todos os pacientes estão curados das suas doenças e vivos até hoje. A gente trabalha para salvar vidas e isso que nos motiva”, contou ao blog.

A equipe do médico Henrique Fonseca já é referência na área realizando todos os tipos de transplante. Inclusive, a partir de cordão umbilical, que é utilizado cientificamente para retirada de células tronco.

Esse, aliás, será o próximo grande desafio. Um garoto de apenas 8 anos está sofrendo de um caso raro crônico e bastante agressivo de leucemia, conhecido como Palacemia, que se não for tratado por levar a morte. A equipe médica do doutor Henrique está recebendo essa semana um cordão umbilical dos Estados Unidos para fazer o procedimento no menino.

“Nosso Centro hoje colhe de resultados de padrão internacional grande parte dos pacientes curados. Recebemos pacientes de todo o Norte e Nordeste. A gente está recebendo esse cordão umbilical essa semana dos Estados Unidos para que dê tudo certo, mas nós também enviamos. Nós coletamos amostras de todos os cantos do Brasil e mandamos pra fora. Somos uma referência hoje”, disse.

Atualmente, 99% dos transplantes realizados no Natal Hospital Center são de pacientes do SUS. Henrique Fonseca espera juntamente com sua equipe de médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais continuar ajudando as pessoas e acreditar que essa marca de 200 é apenas uma de várias que serão superadas.

 

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Educação

Professores da rede Estadual e Municipal param de hoje até sexta

Escolas da rede pública municipal e estadual do Rio Grande do Norte estarão com as portas fechadas a partir de hoje. Não haverá aulas até a próxima sexta-feira. O motivo é a paralisação nacional dos professores que durará três dias. No Estado, o movimento poderá ser estendido caso o indicativo de greve seja aprovado em assembleia que será realizada no início da tarde de hoje. Pela manhã, são os professores de Natal que decidem se cruzam os braços.

Júnior SantosA turma da escola professor Anísio Teixeira teve seu último dia de aula desta semana, ontem. A paralisação nacional vai até sexta-feira e a greve no Estado é uma ameaça

A greve temporária é organizada, todos os anos, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Esse ano, o órgão quer chamar atenção da sociedade para o que é definindo como  “descaso de grande parte dos gestores públicos em não cumprir a Lei Nacional do Piso do Magistério”. Além disso, diz a nota da CNTE, “os professores também vão defender o maior investimento público em educação, com a previsão de 10% do Produto Interno Bruto no Plano Nacional de Educação (PNE)”.

No Rio Grande do Norte, a categoria está em negociação desde o início do ano. Professores estaduais e da rede municipal da capital pleiteiam reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho [veja box]. Na tarde da última segunda-feira, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) se reuniram com a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho. Na ocasião, a gestora apresentou o Novo Projeto de Educação do Rio Grande do Norte, projeto que, segundo a secretária, ainda está em construção.

Entre os pontos exigidos pelos professores, está o pagamento do Piso Nacional dos Professores. No início do mês, a governadora Rosalba Ciarlini anunciou que irá pagar o valor fixado em R$ 1.450,00 para 30 horas, obedecendo um reajuste de 22,22%. Segundo Betânia, os professores da rede estadual receberam aumento de 63,77% nos últimos meses. “Concedemos um reajuste de 34% em 2011. Com o o atual aumento, totalizamos 63,77% acumulados nos últimos seis meses. Um aumento histórico que precisa ser registrado”, disse.

A secretária acredita que avançou nas negociações e não acredita em um nova paralisação da categoria. “Fomos muito prejudicados com a greve de 70 dias ano passado. Uma greve agora seria totalmente sem sentido”, afirmou.

Apesar dos “avanços”, como ressalta Betânia, a possibilidade de greve não está descartada. De acordo com a presidente do Sinte-RN, Fátima Cardoso, há incertezas com relação a alguns pontos. “Há divergência com relação ao reajuste de 22,22% para os aposentados. A proposta do Governo é de que o aumento seja dividido em quatro parcelas cumulativas entre abril e julho. Outro ponto que não houve consenso é com relação ao pagamento do retroativo de janeiro”, disse. O futuro das aulas na rede estadual será decidido logo mais à tarde, durante assembleia da categoria.

Antes disso, ainda pela manhã, os professores da rede municipal de ensino batem o martelo com relação à paralisação. O caminho de negociações, nessa esfera, parece mais difícil. O secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, não chegou a um acordo com a categoria. Enquanto os profissionais querem reajuste de 22,22%, o secretário disse que a Prefeitura não pode arcar com o pedido e fez a oferta de um aumento de 10%, dividido em três vezes, pago a partir de maio. A briga pode chegar à Justiça.

Para Walter Fonseca, a greve, se for confirmada, terá motivações políticas. “Nós temos mantido o diálogo com o sindicato desde o ano passado. A conversa sempre foi fraternal, sadia. Já acumulamos um aumento de 35,83% nos últimos três anos. Pagamos um salário superior ao Piso Nacional. Não há o que contestar. Não posso afirmar com certeza, mas acho que há motivações políticas nessa greve. Tanto política interna como a sucessão municipal desse ano”, disse. As assembleias do Sinte-RN acontecem às 8h30 e 14h30, na Escola Estadual Winston Churchil.

Fonte: Tribuna do Norte

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Judiciário

CNJ suspende julgamento da lista tríplice do TRT-RN

A lista tríplice para vaga de desembargador do TRT-RN está suspensa. O julgamento da representação ao Conselho Nacional de Justica (CNJ) contra a formação da referida lista ocorreu durante sessão extraordinária do órgão na tarde desta segunda-feira (12).

O relator do processo, conselheiro Marcelo Nobre, votou pela anulação da lista. Mas, devido o pedido de vista do conselheiro José Lúcio Munhoz, o julgamento foi suspenso. O processo deverá retornar ao plenário do CNJ na sessão ordinária do dia 27 de março. A lista tríplice é composta pelos juízes Joseane Dantas dos Santos (7ª Vara do Trabalho de Natal), Maria Auxiliadora Barros Medeiros Rodrigues (6ª Vara do Trabalho de Natal) e Bento Herculano Duarte Neto (8ª Vara do Trabalho de Natal).

A juiza Suzete Monte, que teve seu nome preterido na formação da lista tríplice, foi quem ingressou com o pedido de representação ao CNJ e conseguiu liminar para suspender o processo de escolha. Enquanto isso, a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Joaquim Sílvio Caldas continua aberta.

 

Fonte: V&C Artigos e Notícias

 

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Polícia

PF prende 19,5 Kg de Cocaína com quadrilha em Graçandu, Pitangui e Muriú

Fotos: Divulgação / PF

A Polícia Federal prendeu em flagrante nesta segunda-feira, 12 de março, nas praias de Graçandu, Pitangui e Muriú, situadas no litoral Norte potiguar, cinco homens acusados de tráfico de drogas: um caminhoneiro, 56 anos e um publicitário, 36 anos, ambos paulistas; um motoboy, 23 anos e um torneiro mecânico, 35 anos, ambos natalenses e mais um pintor, paraense, de 36 anos. Com o bando foram apreendidos 19,5 quilos de cocaína que estavam camuflados na parte traseira de um veículo.

Há vários meses, policiais federais investigavam um grupo criminoso suspeito de tráfico interestadual de drogas e passaram a acompanhar tais pessoas em seus deslocamentos nesta capital. No final da manhã de ontem, a PF recebeu a informação de que um carregamento de droga estaria chegando a Natal. Três equipes se dividiram e passaram a acompanhar os passos dos acusados.

Por volta das 15h, numa casa de praia, em Graçandu, foi feita a abordagem de dois dos homens investigados que acabavam de chegar ao local conduzindo um Renault Clio. Ao ser realizada uma vistoria no automóvel, foram encontrados escondidos no banco traseiro,18 tabletes de cocaína que estavam envoltos em balões de látex. De imediato, os homens receberam voz de prisão.

Para disfarçar o cheiro da droga, as embalagens foram cobertas por uma fina camada de graxa e estavam protegidas por um dispositivo eletrônico, ligado por fios, o qual era acionado por uma bateria avulsa. Sem tal comando, o banco não reclinava e dava a impressão de ser fixo.

Simultaneamente, a poucos quilômetros dali, os outros policiais prenderam em Pitangui e Muriú, mais três envolvidos. Em seguida, todos foram encaminhados para autuação na sede da Superintendência da PF.

Além da cocaína, a Polícia Federal também apreendeu nas residências utilizadas pelos suspeitos: Aparelhos celulares, notebook, forno micro-ondas, computador, balança digital, recipientes diversos, projetor, câmera de vídeo, recibos de depósitos bancários, colete balístico, munição cal. 38, além de sete carros e uma moto aquática. Os presos foram enquadrados na Lei de entorpecentes e um deles, também, na Lei de porte ilegal de arma de fogo.

Dos cinco acusados, pelo menos quatro já possuem antecedentes criminais. Eles estão provisoriamente custodiados na PF e serão transferidos ainda nesta terça-feira para o sistema prisional do Estado, onde deverão permanecer à disposição da justiça. Somente em 2012, a Polícia Federal já apreendeu 30 quilos de substâncias entorpecentes no RN. A maior quantidade é de cocaína. Sete pessoas foram presas e uma menor apreendida.

Fonte: Portal BO

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Jornalismo

Governo Rosalba assume o Pró-Transporte e viabiliza mais 3 UPAs para Natal

O Governo do Estado e a Prefeitura de Natal chegaram a um acordo de como viabilizar, ainda no primeiro semestre deste ano, um dos maiores projetos de mobilidade urbana para a capital. As obras do Pró-Transporte na Zona Norte, iniciadas há seis anos, só foram parcialmente realizadas e liberadas para o trânsito no ano passado. De nove intervenções previstas, foram concluídas pelo executivo municipal a duplicação da avenida Itapetinga e o viaduto da avenida das Fronteiras.

Emanuel AmaralViaduto da avenida das Fronteiras, zona Norte, faz parte  do projeto de mobilidade da cidade

Cogitou-se da transferência e readequação de todo o projeto restante para o Governo. Agora, ficou acertado uma parceira. Os detalhes foram discutidos ontem, 12, pela governadora Rosalba Ciarlini e a prefeita Micarla de Sousa. A chefe do Executivo municipal apresentou o projeto Nova Zona Norte que será iniciado nas próximas semanas.

Dentro do Projeto, a Prefeitura realizará, com recursos próprios,  as obras de recapeamento, meio-fio, sinalização, iluminação e abrigos de passageiros do trecho compreendido entre a Avenida das Fronteiras até a avenida Moema Tinoco, passando pela avenidas Rio Doce e Tocantínea. A avenida das Fronteiras será duplicada a partir da confluência com a avenida Paulistana. Serão investidos cerca de R$ 7,2 milhões.A parte que caberá ao Estado fazer será a adequação e interligar os trechos executados pela Prefeitura Municipal, dotando-os de corredores exclusivos de ônibus e ciclovias, formando o “Corredor Fronteiras”, desde a Av. Tomaz Landim até a Av. Moema Tinoco, passando pelas Avenidas Rio Doce e Tocantínea.

O Governo também executará as complementações do viaduto das Fronteiras, a construção do viaduto da Redinha, na cabeceira da ponte Newton Navarro, e o “Corredor Conselheiro Tristão/Moema Tinôco”, que tem início na Ponte Newton Navarro, a partir da Rua Conselheiro Tristão, e segue pela Av. Moema Tinôco até o entroncamento com a Av. Tocantínea, equipado com corredor exclusivo de ônibus e ciclovia, seguindo as premissas do Ministério das Cidades. Deste ponto a Av. Moema Tinôco será prolongada até o entroncamento com a BR-101.

O valor inicial do projeto, previsto em R$ 17 milhões, acabou encarecendo devido aos atrasos. A secretaria estadual de infraestrutura, Kátia Pinto, afirmou à TRIBUNA DO NORTE que a expectativa é de que até maio o edital para contratação da construtora seja lançado. “Já demos entrada no projeto executivo atualizado, junto à Caixa Econômica, e agora aguardamos a análise”, afirmou Kátia Pinto. Segundo ela, o orçamento atualizado das obras restantes do Pró-Transporte somam R$ 62 milhões e 312 mil. Além disso, o governo investirá R$ 11 milhões na construção do viaduto da Redinha e empregará R$ 30 milhões no pagamento de desapropriações – dos quais R$ 10 milhões serão utilizados este ano.

Segundo a titular da SIN, o que ficou acertado “é que se as ações de duplicação e abrigos forem executadas integralmente pelo município, os recursos previstos para os mesmos trechos (Fronteiras, Moema Tinoco/Conselheiro Tristão) serão revertidos para adequações de outras avenidas.  Os investimentos do Pró-Transporte previam recursos federais, ficando o Estado responsável pelas desapropriações e o Município de Natal se encarregaria de arcar com os custos do reajustamento da obra. Como as desapropriações não foram feitas pelo Estado na administração anterior, o custo da obra foi elevado, inviabilizando a participação da Prefeitura.

Três UPAs devem ser viabilizadas com acordo

A parceria acertada entre Governo do Estado e Prefeitura de Natal, durante a reunião de ontem pela manhã, 12, na residência oficial da governadora Rosalba Ciarlini, inclui ainda a garantia de conclusão das obras da Unidade de Pronto Atendimento da Cidade da Esperança e de mais duas outras unidades semelhantes nos bairros Planalto e Nossa Senhora da Apresentação.

O acerto é que o Estado vai repassar para a Prefeitura, através da Secretaria Estadual de Saúde, R$ 4 milhões para a construção das duas novas UPA’s. Os recursos, segundo informações do Governo, são de fonte própria e os repasses, via termo de cooperação, parcelados e transferidos entre o Fundo Estadual e o Fundo Municipal de Saúde. De imediato será repassado R$ 1 milhão e três outras parcelas de igual valor, em datas a ser definidas.

“Fico feliz com esse entendimento. O maior beneficiado com a viabilização das obras de estrutura viária na Zona Norte e os novos investimentos na saúde é a população natalense”, resumiu a prefeita Micarla de Sousa.

A prefeita garantiu, durante a conversa com a governadora, que as obras da UPA da Cidade da Esperança, paradas desde junho de 2011, serão retomadas com recursos próprios do município. O cálculo da Prefeitura é que serão necessários mais R$ 2 milhões para concluir a UPA da Cidade da Esperança.

Quanto aos prazos para iniciar as obras de construção das novas unidades no Planalto e em Nossa Senhora da Apresentação, não existem datas já definidas. “Vai depender dos tramites necessários para a licitação e outros procedimentos necessários, mas queremos concluir todo esse processo inicial ainda este semestre”, acrescentou Micarla.

Fonte: Tribuna do Norte

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Denúncia

Paulo Davim nega a existência de funcionários fantasmas no seu gabinete

Senador na vaga aberta devido à nomeação de Garibaldi Filho (PMDB) para o Ministério da Previdência, Paulo Davim (PV) explicou que as contratações “são absolutamente pertinentes e necessárias”.

Para a contratação da médica por seu gabinete, Davim explica que “80% dos seus pronunciamentos no Senado Federal, além de proposições de projetos de Lei, versam sobre a temática da saúde”, o que faz necessária a consultoria da médica. Sobre a permanência do advogado, ele explicou que o profissional presta assessoria na parte legal das proposições parlamentares.

“Todas nossas medidas estão abrigadas pela Lei. A Constituição diz que o profissional médico pode trabalhar até 60 horas em até dois vínculos públicos. Carla Karini é uma profissional autônoma, não tem vínculo público e, portanto obedece a todos os pré-requisitos legais para o assessoramento parlamentar, pela total disponibilidade e competência”, disse Davim.

Sobre a contratação do advogado, Davim também disse que está amparado pela lei. Segundo o senador, o advogado João Henrique Oliveira Sales, lotado no escritório em Natal, faz MBA em Finanças e Administração Pública na Paraíba, mas apenas dois dias por semana.

“A iniciativa de aperfeiçoamento técnico em sua área de atuação também é uma prática absolutamente amparada pela Lei, que permite ao servidor a busca por esse tipo de aprimoramento”.

Fonte: Tribuna do Norte

Do blog: Excelente as explicações do senador Paulo Davim, mas cá pra nós, ele não precisava ter exposto a gente boa Carla Karini a uma situação dessas. Para bom entendedor, meia palavra basta.

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Política

Políticos prestigiam posse do novo Presidente da Assembleia de Deus

Está no Blog de Ana Ruth

A cúpula do DEM esteve presente na posse do novo presidente da Assembleia de Deus,pastor Martim Alves da Silva. A governadora Rosalba Ciarlini, o senador José Agripino Maia, a prefeita de Mossoró Fafá Rosado e o deputado Leonardo Nogueira participaram do evento.

Para a governadora, a escolha do pastor Martim para o cargo reflete o bom trabalho exercido por ele em Mossoró, onde era presidente da Assembleia de Deus desde maio de 1993 e ajudou a intensificar os investimentos da Igreja na área social, educacional e de saúde. “Pastor Martim deixou uma marca muito forte em Mossoró, o tempo que ele passou lá foi um marco para a cidade”, disse Rosalba Ciarlini.

A Chefe do Executivo Estadual falou, ainda, que tem “o maior respeito por todos que fazem a Assembleia de Deus. A ação evangelizadora faz resgatar aqueles que precisam de apoio. Precisamos evangelizar mais e trabalhar juntos em busca da paz e da justiça social”.

Fotos: Blog de Ana Ruth

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Opinião dos leitores

  1. Esse povo  vai para missa, para culto, centro espirita, terreiro de candoblé…. Por voto, eles acedem vela até pró coisa ruim…..

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Economia

Chineses querem importar 300 mil jumentos do RN e estados nordestinos

“É verdade, meu senhor essa estória do sertão. Padre Vieira falou que o jumento é nosso irmão”. O trecho inicial do poema de Luiz Gonzaga e José Clementino aviva a importância de um animal que faz parte da história e do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte. Popularmente conhecido como jegue, o animal vem se tornando assunto em todo o Brasil. Em um protocolo de intenções assinado entre a China e o RN, a exportação do asinino é um dos interesses almejados pelo mercado asiático, que já importa os animais da Índia e da Zâmbia. O protocolo tenciona fazer com que o RN e outros estados nordestinos exportem cerca de 300 mil jegues por ano para o gigante.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura e Pesca, Betinho Rosado, o interesse chinês se deve à elevada concentração do espécime em terras nordestinas, o que pode ser uma boa alternativa para o mercado potiguar expandir para um novo segmento. “Além de movimentar a economia local, a iniciativa ainda pode resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região”, afirma o secretário. Atualmente, são contabilizados cerca de 55 mil jegues em todo o estado.

Segundo o titular da Sape, com as facilidades de financiamento, houve um crescimento muito grande do uso de motos para o transporte local e os jegues estão perdendo espaço no uso diário das pessoas do interior do estado. Foi em junho de 2011 que o grupo de empresários chineses percorreu o Nordeste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, conversando com fazendeiros e políticos.

“Temo que no nosso estado não tenhamos empresários interessados em investir no segmento. Afinal, é um mercado novo, e tudo o que é desconhecido assusta um pouco”, frisa Betinho. Na China, os populares jegues são utilizados na indústria de alimentos e na de cosméticos. Por ano, os chineses sacrificam 1,5 milhão de jumentos. O gigante asiático está com o interesse de ampliar esse número para dois milhões. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, cuidados na produção dealimentos específicos e assistência técnica.

Na opinião do secretário adjunto de Agricultura, José Simplício de Holanda, a exportação dos jegues resolveria um problema local. Em regiões do Alto Oeste e Seridó, o animal é altamente rejeitado pelos ex-proprietários que abandonam os animais nas estradas. Reproduzindo-se, os jegues ocupam rodovias e geram acidentes graves, risco que, para Holanda, seriam reduzidos com a adoção do programa de garantia de compra dos animais a preços de mercado, o Projegue.

“É muito difícil lidar com essa situação. Diria que é incontrolável. Por isso acredito no potencial dessas negociações. Asnos só servem para causar acidentes nas estradas. Quem já possuiu um o substituiu por motos”, diz Holanda. Simplício afirma que a criação do jumento é simples, uma vez que ele “se cria sozinho” e facilmente se reproduz (gestação de 11 meses). Mas, por enquanto, o projeto ainda não teve maiores avanços, mesmo com boas expectativas por parte do Governo do Estado.

Fonte: DN Online

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Denúncia

Arena das Dunas está entre os estádios em que as contas dos governos não batem

Governos federal, estaduais e Tribunal de Contas da União (TCU) divergem sobre o valor das obras de 10 dos 12 estádios que receberão partidas da Copa do Mundo no Brasil em 2014.

Levantamento do G1 a partir de relatório do TCU; do Portal da Copa, do Ministério do Esporte; e dos sites oficiais da Copa nos 12 estados-sede indica que a soma das diferenças entre o maior e o menor valor apontado para cada estádio chega a R$ 1,723 bilhão – cifra suficiente para reformar dois Maracanãs.

Além da arena carioca, outros nove estádios (Mineirão, Estádio Nacional de Brasília, Arena Pantanal, Castelão, Arena da Amazônia, Arena das Dunas, Beira-Rio, Arena Pernambuco e Fonte Nova) registraram diferença entre os valores divulgados por suas respectivas administrações e os dados oficiais do governo federal.

Somente o Itaquerão (São Paulo) e a Arena da Baixada (Curitiba) não apresentaram distorções – o primeiro, porque os valores são coincidentes nos sites oficiais; a segunda, porque o governo paranaense não divulga o valor oficial. Em ambos os casos, os estádios são privados – os clubes Corinthians e Atlético Paranaense são os administradores.

Segundo o pesquisador Fabiano Angélico, especialista em acesso à informação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a distorção expõe falta de transparência na divulgação do que governo federal, estados e municípios estão desembolsando para viabilizar a realização da Copa nessas localidades. Não é possível saber qual é o valor verdadeiro das obras.

Questionadas a respeito do valor oficial dos estádios, todas as esferas administrativas confirmaram trabalhar com valores diferentes e não especificaram qual é o valor real do conjunto de investimentos. Admitiram apenas que alguns dos valores divulgados estão desatualizados.

Críticas à organização da Copa abalaram a relação entre o governo federal e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) na última semana. No último dia 2, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, disse que”as coisas não estão funcionando no Brasil”. Na mesma ocasião, afirmou que o país precisava de um “pontapé no traseiro”, o que gerou protestos do governo, que anunciou que não iria mais aceitar Valcke como interlocutor. Depois, a Fifa pediu desculpas pelo episódio, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, enviou carta à Fifa aceitando os pedidos.

Fonte: G1

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Economia

O RN foi o único estado do Nordeste que a indústria virou 2011 com saldo negativo. Cadê você Bendito?

Enquanto o Governo do Estado só fala em Aeroporto e Copa do Mundo, a indústria do RN vai encolhendo, empregos vão se perdendo e o PIB do RN virando piada Nacional. O que foi que “Bendito” Gama veio fazer aqui realmente?  Segue excelente reportagem da Tribuna do Norte:

A indústria de transformação brasileira encolheu. Os números divulgados por entidades como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Confederação Nacional da Indústria (CNI) na última semana mostram isso. Produção, exportação e empregos no setor industrial fecharam o ano em queda, reduzindo a participação da indústria de transformação no PIB nacional a níveis semelhantes aos registrados no início do processo de industrialização, na era JK. As projeções para 2012 não são muito animadoras. A produção industrial e o faturamento da indústria já iniciaram 2012 em queda. O resultado se vê em cada estado: demissões, principalmente no segmento têxtil e de confecção. No Rio Grande do Norte, não foi diferente. O estado foi o que mais sofreu com a crise na região. No Nordeste, foi o único que fechou com saldo negativo, apresentando o pior desempenho dos últimos nove anos. O governo federal, no entanto, sinalizou que tomará medidas para frear a queda e reverter o quadro.

Produção, exportação e empregos no setor industrial fecharam o ano em queda, reduzindo participação da indústria de transformação no PIB nacional a níveis semelhantes aos do início do processo de industrialização

A participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu de 16,2% para 14,6%, no último ano. O percentual só foi menor em 1956, no governo de Juscelino Kubitschek, quando o setor respondeu por 13,8% do PIB, segundo matéria veiculada na Folha de São Paulo. Na década de 80, a indústria representava quase 30% do PIB nacional. O dado é preocupante e as projeções não muito animadoras, mas não apenas no âmbito nacional. “O que ocorreu no Brasil, ocorre no Rio Grande do Norte”, diz o presidente da Federação das Indústrias do estado, Amaro Sales. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não divulgou números para medir o desempenho da atividade em plano local, mas os efeitos da desaceleração são percebidos em áreas sensíveis como o mercado de trabalho.

Em todo o país, postos com carteira assinada foram fechados.  “A indústria encolheu em todo o país”, ressaltou Flávio Castelo Branco, economista chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em entrevista à TRIBUNA DO NORTE. O Rio Grande do Norte foi, entretanto, o que mais sofreu na região Nordeste. A indústria de transformação potiguar foi a única que fechou o ano com um saldo de empregos – diferença entre contratações e demissões – negativo. O saldo de 2011 (-2.578) foi o pior em nove anos, desde que o Ministério do Trabalho passou a registrar a geração de emprego, ano a ano. No RN, a indústria de transformação demitiu 29,7 mil pessoas no último ano. Com exceção de Alagoas, onde o saldo de empregos na indústria subiu em 2011, todos os outros registraram recuo na geração de emprego. No Ceará, a retração chegou a 85,5%. Ainda assim, todos conseguiram manter alguns postos abertos. O RN não.

Federação das Indústrias do RN Fiern, Associação Brasileira de Incentivo ao Desenvolvimento Sustentável da Indústria e governo do estado se reúnem este mês para elaborar o plano de industrialização do estado e tentar reverter o quadro. Sandra Cavalcanti, gerente da unidade de Economia e Estatística da Federação das Indústrias no RN, lembra que o setor que mais vem sofrendo com a enxurrada de importações – uma das razões por trás da queda da participação da indústria no PIB nacional – é o de têxteis e vestuário. “E esta é a cadeia industrial que mais emprega no RN depois da construção civil”. O segmento demitiu quase 10 mil pessoas no ano passado, fechando 2011 com um saldo negativo de quase cinco mil postos de trabalho com carteira assinada.

O setor começou 2011 com 31.840 empregados com carteira assinada, no estado. Hoje são 26.629, 16,3% ou 5.211 a menos – sem levar em consideração os postos informais fechados. Número que deve ficar ainda maior, de acordo com José Nogueira Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Fiação e Tecelagem do RN.

A Coteminas vai desativar, gradualmente, a unidade de São Gonçalo do Amarante, que emprega hoje 1,6 mil funcionários. Parte da produção e dos empregados será transferida para Macaíba. A outra parte será capacitada para trabalhar em outros setores.

O Grupo, um dos maiores do país no segmento, decidiu construir um complexo imobiliário no local da antiga fábrica. Josué Gomes, presidente da Coteminas, em passagem pelo RN, preferiu não relacionar a desativação da unidade (e a construção do complexo) à crise enfrentada pelo setor. “Digamos apenas que o projeto seria viável mesmo que o segmento têxtil estivesse bem”, respondeu à TRIBUNA DO NORTE, logo após apresentação do projeto. A equipe de reportagem entrou em contato com a Coteminas para esclarecer quando a unidade começará a ser desativada, mas não obteve retorno. Segundo José Nogueira Filho, depois da crise de 2008, “a indústria têxtil e de confecções no estado só perdeu”.

Mesmo com incentivos, cenário é ruim

“O ano foi desastroso para a indústria têxtil e de confecções”. É assim que Fernando Valente Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), define 2011 para o segmento. No último ano, a produção da indústria têxtil despencou quase 15%. A do setor de confecções caiu 4%. Fernando relembra que alta do preço da pluma de algodão, no ano passado, reduziu  estoques e sufocou capital de giro das indústrias têxteis. Para 2012, a ABIT espera um crescimento de 1,5% a 2% indústria têxtil em 2012, mas reconhece que “não será possível recuperar a produção perdida no ano passado”.

A ABIT tem discutido junto ao governo federal estratégias para mudar o cenário. Medidas que, segundo Pimentel, se apoiarão em dois pilares: resgate da competitividade – com redução de tributos, redução da tarifa de energia, desoneração do investimento – e salvaguarda contra a entrada de produtos importados. “Usaremos todo um arsenal de medidas para defesa e ataque contra a concorrência desleal”, afirmou, à TN.

Apesar do desempenho ruim, Pimentel garante que a indústria têxtil do Brasil não vai acabar. “Estamos trabalhando, na verdade, para que ela possa voltar a crescer”. O que o Brasil não pode, afirma, é tolerar a concorrência desleal nem “entregar o mercado em tempos de crise”. Ele lembra que as importações, que podem parecer uma solução à primeira vista, podem se tornar um grave problema a longo prazo.  Para o diretor superintendente da ABIT, o país não pode continuar criando obstáculos para quem produz aqui dentro e facilidades para quem produz lá fora.

O governo federal já sinalizou que tomará medidas de caráter emergencial para estimular a produção industrial. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo, anunciou sexta-feira, que o  governo ampliará a desoneração da folha de pagamento do setor. Desta vez, todos os setores industriais que quiserem poderão participar da rodada de desoneração.

Segundo Sandra Cavalcanti, da Fiern, o governo já indicou que reduzirá impostos de investimento, desonerará a folha de pagamento de outros setores, a exemplo do que ocorreu com têxteis, calçados e softwares, e acelerará o investimento público no segundo semestre. “Também deverá criar linhas de crédito específicas para setores que vem perdendo a competitividade”. Para Castelo Branco, economista chefe da CNI, a recente redução dos juros, de 10,5% para 9,75% ao ano, mostra a preocupação do Banco Central com o cenário e pode contribuir para melhorar o desempenho do setor.

Para Amaro Sales, as medidas tomadas até o momento – como a desoneração da folha de pagamento para setores que empregam mão de obra de forma maciça em troca de parte do faturamento – não foram suficientes para reverter o quadro. Sem competitividade, indústrias acabarão trocando homens por máquinas, num processo semelhante ao que já ocorre nos canaviais, afirma Amaro. Para Ambrósio Lins, presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do RN (Fetarn), a mecanização é “um caminho sem volta”, ao menos nos canaviais. Usinas são obrigadas, por lei, a mecanizar colheita, dispensando a queima. Mas a estratégia pode ser adotada por outros setores diante da queda de competitividade.

Para o economista e chefe da unidade potiguar do IBGE, Aldemir Freire, 2012 não será um ano fácil para a indústria.  “Espero que as medidas tomadas pelo governo federal consigam melhorar o desempenho do setor”. Depois completa: “só não sei se será um desempenho muito melhor”.

Setor começa o ano com o pé esquerdo

A indústria de transformação estagnou em 2011, segundo Flávio Castelo Branco, economista chefe da CNI. O crescimento não ultrapassou 0,1%. Essa foi uma das razões de o PIB nacional ter crescido apenas 2,7%, ante os 7,5% de crescimento no ano anterior. A indústria, considerando os quatro subsetores (extrativo; eletricidade-gás-água; construção civil e indústria de transformação), cresceu 1,6%. Em 2010, havia crescido 10,1%. “O desempenho foi bastante frustrante”, resume Castelo Branco. A CNI já projetava um crescimento de 2,6 ou 2,8% para a indústria em 2012, mas está refazendo os cálculos. “Estamos preocupados com o que vai acontecer”, confessa Amaro Sales, presidente da Fiern. E há motivos para isso.

A produção industrial caiu 2,1% em janeiro, em relação ao mês anterior. Este foi o maior recuo desde dezembro de 2008, auge da crise internacional. O faturamento da indústria caiu 1,4% em janeiro em comparação com dezembro. Os primeiros dados de 2012, segundo Castelo Branco, mostram que o quadro de baixa atividade se manterá.  “O cenário já se desenha”, complementa Amaro.

Para Sandra Cavalcanti, da unidade de Economia e Estatística da Fiern, as medidas de contenção do consumo, como restrição ao crédito e aumento da taxa de juros, tomadas pelo Banco Central no início de 2011, com o intuito de conter a inflação, se refletiram no menor ritmo de crescimento da indústria, e por extensão, da economia brasileira. “Além disso, fomos surpreendidos com o agravamento da crise europeia no segundo semestre de 2011”. A valorização do real, uma das consequências da crise, também é apontada como vilã. Em 2011, o real era a quarta moeda mais valorizada do mundo segundo a revista inglesa The Economist. Real valorizado, explica Sandra, reduz competitividade dos produtos brasileiros e facilita a entrada de produtos importados. “Estamos deixando de adquirir insumos, matérias-primas, máquinas e equipamentos produzidos internamente, porque os importados ficaram muito mais baratos”, explica.

No Rio Grande do Norte, as exportações do segmento têxtil e de confecções, o mais afetado em todo o país, por exemplo, recuaram 40%, enquanto as importações, sem incluir o algodão, cresceram 57%, no ano passado. Neste cenário, destacam-se as importações de peças de vestuário e confecções que cresceram 915% no mesmo período. Boa parte destes produtos vem da China – economia que mais cresce no mundo, mas que também já dá sinais de retração (país estima crescimento menor em 2012).  Entretanto, outros fatores contribuem para a desindustrialização precoce do Brasil.

Infraestrutura reduz competitividade

Além dos problemas ‘graves e imediatos’, Rio Grande do Norte e Brasil lidam com problemas latentes, como infraestrutura deficitária, ressalta Sandra Cavalcanti, da Fiern. O mesmo pensamento é defendido por Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Estudo divulgado pela LCA Consultores, ainda em 2011, revelou que o Brasil poderia mais que dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante e atingir níveis de países como a Coreia do Sul, se reduzisse as ineficiências que tiram a competitividade do País. “Falta de infraestrutura e complexidade do sistema tributário dividem o primeiro lugar no pódio dos principais obstáculos para ampliar a competitividade”, disse o economista responsável pelo estudo, Bráulio Borges, em entrevista ao Estado de São Paulo, durante a divulgação da pesquisa.

O Rio Grande do Norte ainda tem um longo caminho a percorrer, neste sentido. As rodovias estaduais receberam nota zero em avaliação realizada pelo grupo inglês The Economist em todo o país, no ano passado. O estado ficou abaixo da média nacional nas oito categorias avaliadas, incluindo ambientes político e econômico, política para investimentos estrangeiros, infraestrutura, recursos humanos, sustentabilidade, tributos e inovação. Segundo o estudo, o RN tem uma das dez piores redes de estradas do Brasil.

Estudo

A CNI, em parceria com a Fiern, deverá concluir até junho estudo que identifica os gargalos na infraestrutura, transporte e logística do RN e de todos os estados nordestinos. A pesquisa avalia a condição das rodovias, ferrovias, portos e aeroportos e indica que projetos deverão ser priorizados dentro e fora do estado, para tornar estados mais competitivos.

“Precisamos privatizar mais”, afirma Amaro Sales, presidente da Fiern. Ele reconhece, entretanto, que investir em infraestrutura não basta.

A indústria tem reivindicado redução nos custos trabalhistas e previdenciários, no custo industrial de energia elétrica e na carga tributária, que já alcança 36% do PIB. Assunto foi debatido na última sexta-feira, na Fiern.

Micro e pequenos buscam inovação

Enquanto o governo federal tenta proteger os grandes, micro e pequenos, que representam 97% da indústria potiguar, se movimentam, em busca de maior competitividade. Para reduzir custos de produção e colocar o produto nas prateleiras a um preço mais baixo, João Vidal de Lucena, proprietário da Polpa de Frutas Naturelle, trouxe sua fábrica para o Rio Grande do Norte. No RN, o empresário paraibano encontrou matéria-prima e água abundante. Na Paraíba, pagava R$ 40 por uma caixa de cajá. No RN, passou a pagar R$ 25. A economia se refletiu no preço do produto.

Doze anos depois Vidal dá mais um passo em busca de competitividade. Agora quer inserir a inovação na fábrica. Ele foi um dos micro e pequenos que aderiram ao programa Agentes Locais de Inovação (ALI), do Sebrae. A segunda fase do programa, que quer atingir 1,6 mil empresas em 2012, tem como objetivo tornar indústria mais competitiva. Ana Clara Melo de Negreiros Fraga, proprietária da  Sinalize Comunicação Visual, também deu o mesmo passo.

Ela pretende aumentar equipe e entrar e m novos mercados. Mas sabe que ter preço competitivo não é suficiente. “É preciso trazer a inovação para dentro da empresa, se não os concorrentes avançam e nós não”. Há 16 anos no mercado, ela pretende contratar mais quatro funcionários este ano. Tudo vai depender do mercado. “Problemas todos temos, grandes ou pequenos, o que precisamos é de soluções”.

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Economia

Vejam quem foram os maiores exportadores do RN em 2011

O MDIC-Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou as maiores exportadoras do Rio Grande do Norte em 2011, a seguir indicados.

A Coteminas, que anunciou recentemente um redirecionamento de sua unidade de produção, ficou na quarta posição.

A Candy Pop (Brasimport) que nasceu da divisão da Simas, já está em nona colocação.

E a Atlântico Tuna, com a exportação de peixes para ao Japão, já aparece no ranking de 2011, em décima posição.

1º Usibrás US 28.320.132 – Castanhas

2º A Fereirra US 18.618.759

3º Petrobrás Distribuidora US 18.188.161 – Combustíveis

4º Coteminas US 14.598.953 – Têxtil

5º Del Monte US 13.272.353 – Fruticultura

6º Bollo Brasil US 11.307.636 – Fruticultura

7º Petrobrás US 10.697.800 – Combustíveis

8º Finobrasa US 10.188.557 – Manga

9º Brasimport (Candy Pop) US 10.161.309 – Balas e Pirulitos

10º Atlântico Tuna US 10.114.933 – Peixes

11º Vale Verde US 7.630.356 – Álcool e derivados de Cana do Açúcar

12º Mata Fresca US 7.205.710 – Fruticultura

13º Iracema Castanhas US 6.449.867 – Castanhas

14º Salinor US 6.417.511 – Sal

15º Cerpal US 5.746.787

Com informações do Blog de Otomar Lopes Cardoso

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Jornalismo

RN é o terceiro estado do país com menor número de delegados

O Rio Grande do Norte é o terceiro estado em todo país com menor número de delegados por 100 mil habitantes e o quarto em relação aos peritos criminais, segundo estudo do Conselho Nacional do Ministério Público. A avaliação desse resultado por representantes dos diversos segmentos da Segurança Pública potiguar é quase unânime: o efetivo reduzido prejudica as investigações de crimes. O promotor criminal Wendell Beetoven Ribeiro Agra, do controle externo da atividade policial, chega a dizer que tal problema “estimula que os bandidos pratiquem mais crimes”. O delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério, e o diretor do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), Nazareno de Deus, admitem deficiências, mas dizem aguardar melhoria em breve.

Os dados fazem parte do chamado Diagnóstico das Investigações de Homicídios, divulgado na última quinta-feira. O estudo mostra que o RN apresenta uma média de 4,4 delegados por 100 mil habitantes, perdendo apenas para o Paraná (3,5) e para Alagoas (2,5). Já a média de peritos é de 2,59 por 100 mil habitantes, perdendo apenas para estados do Ceará (1,83), Maranhão (1,35) e Alagoas (1,10).

O número de delegados ativos em todo o estado, segundo delegada Ana Cláudia Gomes, presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (Adepol/RN), é de 148 profissionais. Ainda conforme ela, o RN conta com 350 cargos de delegados criados. Para ela, o resultado disso é que “a demanda é desproporcional ao efetivo, que é absolutamente insuficiente”. O problema, para a delegada, é ainda mais acentuado nos municípios do interior potiguar. “O interior do estado é praticamente sem cobertura alguma da Polícia Judiciária”.

Ana Cláudia ressalta ainda que do último concurso da Polícia Civil, realizado em 2010 e no qual 90 delegados foram formados, apenas nove foram recentemente nomeados. “Esperávamos a nomeação de pelo menos 60 para tomarem conta das comarcas do interior e reforçar o policiamento na capital. O concurso anterior a esse foi há 15 anos e o efetivo da nossa Polícia estagnou desde então”. Para a delegada, a estagnação no efetivo deixa a Polícia Civil ineficiente, “pois a população cresce e não acompanhamos a demanda. A consequência disso é sobrecarga de trabalho, inquéritos atrasados e crimes que deixam de ser investigados”.

Estagnação e promessa de melhoria

O delegado geral de Polícia Civil do estado, Fábio Rogério, admite que “a situação real é mesmo essa, mas não é de agora. O concurso em que eu entrei na Polícia foi em 1996 e depois dele houve apenas outro em 2010, em que os aprovados somente foram nomeados este ano”. Ele destaca ainda que dos 509 aprovados do último concurso, apenas nove delegados, nove escrivãos e 56 agentes foram convocados. “Precisamos de mais pessoal para melhorarmos a situação. A criminalidade tem crescido, mas a polícia não somente estagnou, mas também diminuiu. Assim fica difícil acompanhar a criminalidade. Mas as perspectivas são de melhora. Gradativamente vamos ocupar todas as delegacias do interior e reforçar as da capital. Assim, a demanda vai cair, o serviço vai fluir e a criminalidade irá diminuir”.

O diretor do Itep, Nazareno de Deus, também admite que o número reduzido de peritos criminais dificulta na emissão de laudos e, consequentemente, na conclusão de processos judiciais. No entanto, ele garante ter feito um levantamento das necessidades do órgão e apresentado ao Governo do Estado, solicitando que sejam tomadas as medidas cabíveis. “Estamos aguardando a resposta. Sabemos que, a princípio, precisamos de pelo menos mais 150 novos peritos”.

Previsto para 4 mil vagas, efetivo da Civil tem 1.361 profissionais

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol/RN), o agente Djair Oliveira, comenta que “qualquer cidadão percebe a falta de estrutura da Polícia”. Segundo ele, o efetivo total da Polícia Civil no estado é de 1.361 policiais, entre agentes, escrivãos e delegados. “Se levarmos em consideração que deveria haver um policial para cada 100 habitantes, hoje teríamos que duplicar o efetivo. E as vagas já existem. Segundo o nosso estatuto, aprovado por lei, o efetivo é para ser de 4 mil, mas o próprio Estado descumpre a lei”.

O promotor Wendell Beetoven vê com bastante preocupação os dados apresentados pelo Conselho Nacional do Ministério Público, apesar de admitir que “essa é uma realidade já conhecida”. Ele ressalta que a polícia investigativa potiguar é uma das mais bem remuneradas e com profissionais capacitados, porém, considera que ela é de “pouca eficiência devido a sua desestruturação”. Para ele, essa é a principal causa para o crescimento atual da criminalidade no estado. “A desestruturação é tamanha que, hoje em dia, não deixam de ser resolvidos somente os casos de grande complexidade, mas até mesmo aqueles crimes em que traficantes matam viciados, muitas vezes sem complexidade alguma”.

Segundo o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do estado, Otávio Domingos, a situação dos peritos também é alarmante: há em todo o RN apenas 33 atuando nas sedes do Itep em Natal e Mossoró. Por causa disso, cada um desses profissionais chega a ser responsável por 50 laudos periciais por mês. O resultado, de acordo com Otávio, são atrasos nas entregas desses documentos que chega a seis meses.

“O correto é que concluíssemos os laudos em apenas 10 dias, mas a demanda é excessiva para pouco efetivo. Praticamente todo dia recebemos ofícios da Justiça cobrando a entrega de laudos, mas só podemos, muitas vezes, pedir novo prazo”. Otávio Domingos revela que o estatuto da categoria, que ainda está para ser aprovado, prevê 400 vagas de peritos a serem preenchidas. No entanto, para ele, há uma demanda imediata de 150 desses profissionais para normalizar a situação no Itep.

Fonte: DN Online

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Jornalismo

Coordenador do Sistema Penitenciário, coronel Severino Reis, pediu exoneração

Na tarde desta sexta-feira (9), o coordenador do Sistema Penitenciário, coronel Severino Reis, pediu exoneração do cargo, alegando motivos pessoais. O pedido foi feito oficialmente, através de ofício, ao secretário de Justiça, Fábio Hollanda.

De acordo com o secretário, o coronel já havia sinalizado que deixaria o cargo. “Como havia conversado com o Cel. Severino Reis e sabia de sua pretensão, já estávamos estudando um nome para assumir o cargo. Junto à Governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, decidiremos o mais rápido possível o nome do novo coordenador do Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte. Apesar do pouco tempo, o cel. Severino prestou um grande serviço junto à Secretaria de Justiça”, informou Fábio Hollanda.

Fonte: Sejuc

Opinião dos leitores

  1. No mínimo, essa pessoa deve ter serviços prestado em nosso estado, chega de pessoas que estão fora e querem entender do sistema

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Jornalismo

Deputado Tomba fala de convênios paralisados pelo Governo do Estado

O cancelamento de convênios, no ano passado, celebrados entre o Governo do Estado e alguns municípios do interior, foi o tema discutido pelo deputado Tomba Farias, na sessão plenária desta quarta-feira (07). O parlamentar reconheceu os problemas financeiros enfrentados pela administração estadual, mas fez um apelo para que os contratos sejam refeitos. Na ocasião, Tomba citou alguns casos de obras inacabadas em alguns dos municípios que receberam parte dos recursos oriundos dos convênios e alegou que a população está sendo penalizada com a suspensão.

Um dos exemplos citados pelo deputado Tomba foi a obra do Hospital do município Pedro Avelino. “A prefeitura havia recebido R$ 400 mil para fazer a reforma da unidade. Foi feita a licitação e quando o serviço começou, o convênio foi encerrado. Isso não é bom para ninguém. A população está sem atendimento e o município penalizado. O problema é que o Governo, de uma forma ou de outra, vai arcar com isso, pois se não há atendimento lá, as pessoas são encaminhadas para algum lugar. Nossa sugestão é que façam um novo convênio, já que o anterior foi cancelado”, declarou.

O deputado falou ainda da situação dos municípios Lajes Pintadas e Pureza. No primeiro, o convênio assinado era de R$ 100 mil para a construção de uma fábrica e o município recebeu apenas R$ 60 mil. “Além disso, havia outro contrato, no valor de R$ 150 mil que também não foi repassado integralmente”, disse Tomba. No caso de Pureza, são as obras de drenagem e pavimentação que estão inacabadas. “O convênio de Pureza era de R$ 750 mil, mas a prefeitura recebeu duas parcelas de 250 mil. Conversei com a prefeita e ela disse que se os recursos não chegarem, é capaz de perderem o que já foi feito com o período de chuva”, disse.

O deputado Gustavo Carvalho aparteou o colega e sugeriu ao Governo que os convênios fossem refeitos. “Os elefantinhos brancos já começam a aparecer em todo o Estado. É importante que o governo reveja isso. Torço para que os contratos sejam refeitos e que o Governo possa inaugurar essas obras. Estarei lá para aplaudir”, declarou Gustavo.

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Política

Márcia Maia discute situação das mulheres no mercado de trabalho

O crescimento e as dificuldades das mulheres no mercado de trabalho foram abordados pela deputada Márcia Maia na sessão plenária desta terça-feira. Na ocasião, a parlamentar parabenizou a Assembleia Legislativa pela realização do Seminário Mulheres no Mercado de Trabalho do Rio Grande do Norte, ontem, proposta pelo deputado Fernando Mineiro e que contou com a presença da ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campelo. Na ocasião, foi lançado o Anuário da Mulher Brasileira 2011, que apresenta estatísticas sobre esse público em diversos segmentos.

A deputada relatou que, com base no documento, ainda existem muitas desigualdades entre os homens e as mulheres, quando o assunto é trabalho. “É preciso que a gente combata essas desigualdades. O país tem mais mulheres do que homens e os problemas sofridos pelas mulheres são infinitamente maiores. Na apresentação do Anuário, observamos que há uma precarização do trabalho da mulher. Vimos o quanto cresceu o numero de mulheres no mercado de trabalho, mas está longe de termos valorização que merecemos”, declarou.

Márcia Maia também utilizou seu horário para falar sobre o programa RN Mais Justo, uma iniciativa complementar ao Plano Brasil Sem Miséria, desenvolvido pelo Governo Federal. O programa foi lançado pelo Governo do Estado na manhã de ontem (5), em solenidade realizada no Pirâmide Natal Hotel & Convention. “Trata-se de um programa novo e esperamos reduzir e combater a miséria no RN. Vamos acompanhar de perto, pois quem ganha é a população”, disse a deputada que fez cobranças ao Governo quanto ao Programa do Leite e as Centrais do Cidadão. “A área de Desenvolvimento Social está parado. São programas importantes que precisam ser continuados”, declarou.

Opinião dos leitores

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