O Blog recebeu um comentário(já publicado no post Aeroporto de São Gonçalo. Me engana que eu gosto!!!), de um leitor que assina como Seridó e resolvemos publicar. São tantas colocações pertinentes que dá para imaginar que essa pessoa está muito por dentro do processo de implantação do Aeroporto de São Gonçalo. O leitor detalha inclusive número de processo em que o Tribunal de Contas da União está apurando supostas irregularidades na construção da pista. Leiam na íntegra as informacões enviadas pelo leitor:
A explicação por que o leilão de concessão do Aeroporto de São Gonçalo foi mais uma vez adiada é simples: Não há interessados, porque o aeroporto não é economicamente viável.
A história que o aeroporto será a grande redenção econômica do estado tem por finalidade única de gastar recursos públicos.
Vamos aos detalhes técnicos:
1. A pista de pouso e decolagem que está sendo construída tem a dimensão de 3.000m de comprimento por 45m de largura e que, apesar de constar no projeto, não há previsão de construção de outra pista a curto prazo, porque uma única atende a demanda para os próximos 30 anos, pelo menos.
2. A pista do atual aeroporto de Natal, o Augusto Severo, tem a dimensão de 2700m de comprimento por 30m de largura, o que permite o pouso de todos os aviões construídos no mundo, com exceção do Airbus A380. Essa limitação poderia ser solucionada pela simples ampliação da pista já existente, aproveitando que é de excelente qualidade e que foi construída durante a Segunda Guerra Mundial.
3. Outro fato que a maioria das pessoas pode pensar é que, com a construção da pista em São Gonçalo, o Estado passará a ter duas pista, o que não é verdade. Assim que a pista de São Gonçalo iniciar a sua operação, a do Aeroporto de Augusto Severo deverá ser desativada, porque, pelo ângulo e distância que foram construídas, as duas não podem operar simultaneamente, sob o risco de haver acidentes. A solução é destruir a existente e construir uma nova, para utilização da Aeronáutica, com mais gasto público. Isso mesmo, destruir uma pista consolidada, com mais de 50 anos de uso.
4. O Aeroporto atual está saturado, porém essa afirmação é verdadeira com relação ao terminal de cargas e passageiros. O que numa análise simples percebesse que ainda há muito espaço para crescer, visto que a Base Aérea de Natal também é da união, e que com interesse político pode ser utilizada. Além de ser uma área muito mais atraente para exploração de comércio, tornando mais viável uma possível privatização.
5. Os custos para construção de aeroporto não se limitam a pistas e terminal de cargas e passageiros, os acessos são outro problema e que demandarão muito dinheiro. A legislação internacional obriga que um aeroporto, que seja classificado como internacional, tenha acessos por pistas duplas. Aonde serão construídas essas pistas? Através de São Gonçalo ou de Macaíba? Vou lhe contar um segredo, nem o governo sabe. Há ideias, porém não há ainda sequer projeto para isso.
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