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Crise do petróleo faz empresa congelar salários de 84 mil funcionários

 

205710730Posto de gasolina operado pela BP no Reino Unido – Jason Alden / Bloomberg

A informação foi confirmada em um memorando enviado pelo diretor-executivo da empresa, Bob Dudley, aos funcionários. No comunicado, Dudley destacou que a medida era necessária por causa do ambiente “severo” do setor.

“O ambiente externo mais duro em 2015 significa que nossa empresa precisa trabalhar para tomar uma série de medidas em resposta ao ambiente de mercado severo. Uma das medidas que estamos tomando é o congelamento geral dos salários para 2015, com apenas algumas exceções para circunstâncias especiais, em todo o mundo”, afirmou o executivo, que recebeu US$ 13,7 milhões em 2013.

O custo com salários no setor de petróleo responde por boa parte das despesas operacionais. Em 2013, a BP gastou US$ 13,6 bilhões em benefícios, salários e pensões aos seus 83,9 mil funcionários, segundo o site da companhia.

A decisão foi confirmada semanas após a petroleira ter demitido 300 em Aberdeen, na Escócia. Em dezembro, a empresa anunciou um programa global de corte de vagas, que economizaria US$ 1 bilhão em gastos com funcionários.

A queda dos preços de petróleo — o barril do óleo Brent vale US$ 48 nesta terça-feira — tem produzido efeitos mistos na economia britânica. Reportagem do jornal “The Guardian” destaca que o presidente do banco central do país, Mark Carney, disse que preços menores da commodity vão ajudar o PIB do país a se recuperar. O impacto nas empresas, contudo, tem sido negativo.

Em entrevista à BBC na semana passada, quando Dudley estava no Fórum Econômico Mundial em Davos, o executivo previu que os preços do óleo poderiam ficar baixos por dois ou três anos, o que justificaria as medidas de contingência da empresa.

“Empresas como nós, na BP, vão precisar reestruturar os negócios, com base nas garantias de que os preços vão se recuperar”, disse Dudley à TV britânica.

O Globo

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