Educação

Greve dos professores do Município de São José de Mipibu é considerada ilegal

Os professores da rede pública do Município de São José de Mipibu devem retornar imediatamente às suas atividades, sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Rio Grande do Norte (Sinte) – Núcleo de São José de Mipibu, em caso de descumprimento da ordem judicial.

Foi o que decidiu liminarmente o desembargador Expedito Ferreira de Souza, na sessão desta quinta-feira (9) da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, quando reconheceu a ilegalidade da greve deflagrada por aquele Sindicato. Com isso, o magistrado determinou o imediato retorno dos professores da rede pública municipal às suas atividades.

Alegações do Município

A ação declaratória de ilegalidade de greve foi proposta pelo Município de São José de Mipibu contra o Sinte – Núcleo de São José de Mipibu, alegando que, em assembleia realizada em 16 de março de 2015, o ente sindical deflagrou greve geral dos educadores da rede pública municipal de ensino a partir do dia 19 de março de 2015.

De acordo com o Município, a greve se dá em função da vigência da Lei Complementar nº 040/2015, que criou uma vantagem remuneratória com o intuito de preservar os valores anteriormente pagos na forma de quinquênios previstos no Regime Jurídico Único e extinguindo este último, porquanto que os servidores da educação possuíam Plano de Cargos, Carreira e Salários próprios, com progressões verticais, fato este que produz duplicidade de progressões com o mesmo fundamento fático jurídico, o que se mostrava impróprio.

Destacou que o Sindicato exige a revogação de referida Lei Complementar e informa que ela veio corrigir uma irregularidade que existia no Município, a saber, a acumulação de progressões, que é ilegal. Ponderou que, dada a ilegalidade da acumulação, o Município poderia ter abolido o pagamento em duplicidade, porém optou em manter a remuneração e o direito adquirido para que não houvesse redução salarial.

Discorreu sobre a essencialidade da educação e, por conseguinte, a impossibilidade do direito de greve pelos professores da rede pública. Inferiu como necessário o reconhecimento da abusividade do movimento, tendo em vista que o calendário escolar já se encontra prejudicado, em virtude da paralisação que já atinge 21 dias.

Lei de Greve

Segundo o desembargador Expedito Ferreira, relator do processo, a edição da referida lei veio para corrigir a duplicidade de progressão que vinha sendo auferida pelos profissionais assistidos por aquele Sindicato. Por outro lado, ele observou que o ente sindical, quanto aos procedimentos para a instauração do movimento grevista observou as formalidades exigidas para tanto.

Isto porque houve a deliberação em assembleia geral da categoria, deu-se a definição da reivindicação e, por fim, a notificação prévia da greve preencheu o intervalo mínimo de 72 horas, por se tratar de serviço essencial. “Todavia, ao que parece, o movimento paredista ensejou a paralisação plena da prestação de serviço essencial, em desrespeito ao disposto no art. 11 da Lei nº nº 7.783/89”, percebeu o magistrado.

Para o desembargador, concretamente, se observa efetivo prejuízo ao calendário escolar, posto que a greve já tem duração de 21 dias. “Além disso, examinando a única reivindicação em que se pauta o referido movimento grevista em confronto com os direitos fundamentais que restam atingidos e a necessidade de manutenção de serviços essenciais e indispensáveis, e verificando que este já traz real prejuízo à formação dos estudantes da municipalidade, é forçoso reconhecer, mesmo liminarmente, o abuso ao direito de greve no caso concreto”, decidiu Expedito Ferreira, frisando que há no caso afronta a continuidade do serviço público.

(Ação Cível Originária n° 2015.004499-8)
TJRN

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Jornalismo

Wilma recebe apoios de Upanema, São José de Mipibu e de lideranças ligadas a João Maia

Após receber apoios de vereadores mossoroenses, Wilma foi ao escritório do PR, do candidato a vice-governador João Maia, para encontro de mais lideranças, que também passam a defender o projeto dela ao Senado e o de Henrique Alves ao Governo.

De Boa Saúde, a ex-governadora e o presidente da Câmara Federal terão os apoios do prefeito Paulinho (PROS) e de seu pai, o ex-prefeito Paulo de Sousa (PP). “Wilma foi uma governadora que tem realizações em todos os municípios do estado e espero que ela venha a continuar esse trabalho e honrar o RN”, disse.

Já de Serrinha dos Pintos, veio o apoio de lideranças da oposição da cidade. O candidato a prefeito Ledimar Fernandes (PSC), a vice Gilcilene (PSB) e o ex-prefeito Luizão (DEM). Também estão apoiando a candidatura de Wilma os vereadores  Cici (PSC), Luana (DEM), Clóvis (PRB) e Verinha (PSB) e as ex-vereadoras Adalmaria (PPS) e Nilzinha (PMN).

De Jandaíra, o apoio a Wilma e Henrique é do vice-prefeito Marcone (PSDB). “Esperamos que desenvolvam bom trabalho no estado, que está acabado, e resgatem a credibilidade no governo. Desejo boa sorte, porque pegar o estado do jeito que está não será fácil”, afirmou.

De Pedra Preta, apoiará a candidata ao Senado o vereador Pedro Henrique (PR), que garantiu que colegas seguem mesmo posicionamento: Lúcia (PPS) e Carlos Henrique (PMDB) além dos suplentes Dr. Junior (PV), Marcelo (PSB) e Aroldo (PSB).

Ainda nesta segunda-feira (4), lideranças de São José de Mipibu e Upanema, oficializaram apoio a candidatura da ex-governadora nas suas cidades.

O presidente da Câmara de São José de Mipibu, José Figueiredo (PMDB), disse que vota em Wilma desde quando foi vice-prefeito em 2000. Acompanhado dele, também garantiram trabalhar a candidatura de Wilma na cidade, os vereadores Veronica Senra (PMDB), Jota Veras (PROS), Jean Nerino (PSB), além do presidente do PSB local, Clidenor Ferreira.

O prefeito Upanema, Luiz Jairo (PR), disse que apoiará Wilma, com quem já esteve em campanhas passadas, mas também Henrique Alves para o governo. “Pela experiência política que os dois têm. Eles têm muito o que contribuir para resgatar o desenvolvimento do estado”.

O gestor acredita que, com ele, seu grupo também apoiará esse projeto. Cinco dos nove vereadores devem pedir votos para a chapa na cidade: Carlinhos Garcia (PMN), Carlinhos Professor (PR), Ibamar (PR), Montalgan (PROS), Ferrari (DEM), além da vereadora licenciada, a secretária municipal Rivanda (PSD).

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Judiciário

CREMERN cumpre decisão da Justiça Federal e Pronto Socorro Adulto de São José de Mipibu volta a atender como antes

O Conselho Regional de Medicina (CREMERN) cumpriu a decisão da Justiça Federal e suspendeu na manhã desta quinta-feira (27) a interdição ética do exercício profissional médico no Pronto Socorro Adulto de Clínica Médica no Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros (HRMAB), localizado na Cidade de São José de Mipibú.

Diante disso, o Pronto Socorro Adulto do HRMAB voltou a funcionar, como antes, com escalas médicas incompletas e sem a contrapartida do município, contrariando os princípios que norteiam o Sistema Único de Saúde (SUS), que estabelece que os serviços de Urgência, de média e baixa complexidade, devem ser atendidos pelo município que, possui gestão plena de Saúde, e recebe recursos do Fundo Nacional de Saúde para este fim.

Já o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MP/RN) ingressou com uma ação civil pública, na última segunda-feira (24), conflitando a decisão da Justiça Federal. Na ação civil pública, o MP solicita a justiça que obrigue o município de São José de Mipibu a cumprir com a sua responsabilidade na prestação de serviços de Saúde, conforme preconizado pela legislação que rege o Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando o pleno atendimento ambulatorial e de urgência à população. O MP/RN enfatizou a omissão municipal na garantia da prestação desse serviço em sua rede própria, bem como na contratação e pagamento da escala de profissionais do Pronto Atendimento do HRMAB, o que vem prejudicando a assistência prestada nessa unidade hospitalar

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) por sua vez, continuará acompanhando o processo do Ministério Público Estadual, porém já está tomando as providências cabíveis no sentido de atender a decisão da Justiça Federal para que, no menor prazo possível, proceda a nomeação dos candidatos aprovados no concurso público de 2010, em número suficiente para que a escala de plantão da clínica médica funcione totalmente completa.

A Sesap esclarece ainda que, todas as providências tomadas, serão para assegurar, exclusivamente, os serviços de responsabilidade do estado, ou seja, o atendimento das internações clínicas, cirúrgicas e obstétricas e, no Pronto Socorro Adulto de Clínica Médica do HRMAB, somente os casos graves de urgência e emergência. Desta maneira, o PS de São José de Mipibú irá trabalhar como porta regulada, adotando o conceito de acolhimento com classificação de risco, de acordo com o protocolo de Manchester e em consonância com o perfil estabelecido no hospital. Com isso, os atendimentos ambulatoriais de atenção básica, que são de responsabilidade municipal, e as urgências de média e baixa complexidade, deverão ser garantidos em postos de saúde ou unidades de pronto atendimento (UPA) do município, conforme preconiza o SUS e defendido pelo Ministério Público Estadual.

Atualmente, cerca de 70% dos atendimentos realizados no Pronto Socorro do HRMAB são de baixa complexidade e mais de 75% dos munícipes atendidos pela unidade são de São José de Mipibu.

Para a Sesap, o HRMAB tem uma importância estratégica dentro da Rede Estadual de Saúde, tanto que a Unidade foi incluída no processo de reformas e ampliação do Governo do Estado e é objeto de um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), assinado no mês passado, com o Tribunal de Contas e Ministério Público, para dar continuidade à obra. A Sesap ainda remanejou médicos do Estado que estavam lotados erroneamente na Associação de Proteção Materno Infantil (APAMI) para a realização de partos no hospital, o que fez saltar de 30 procedimentos realizados por mês para 190.

Outras providências realizadas pela Sesap no HRMAB foram a complementação das escalas de obstetrícia, retomada da realização de partos de média complexidade e cesáreas; reforma dos centros cirúrgicos, pediatras para garantir a assistência da porta de entrada, que também não é responsabilidade do Estado e sim do município, mas o estado vem conseguindo assegurar, inclusive a Sesap conta com esses mesmos pediatras para dar assistência à maternidade. Além disso, o Estado continua as obras de finalização de duas alas da enfermaria que viabilizarão a abertura de mais 15 leitos tanto para a Rede de Urgência e Emergência, quanto para a Rede de Assistência Psicossocial (RAPS). O hospital se encontra num processo de fortalecimento a fim de cumprir seu papel enquanto hospital regional.

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Saúde

Prefeitura descumpre acordo e prejudica atendimentos em São José de Mipibu, denuncia Sesap

O descumprimento, por parte da Secretaria Municipal de Saúde de São José de Mipibu, da recomendação feita pelo Ministério Público vem prejudicando os atendimentos no Hospital Regional Dr. Antônio Barros.

No acordo firmado ficou determinado que a Sesap garantiria o funcionamento da maternidade e a Prefeitura ficaria responsável por garantir o atendimento no pronto-socorro da clínica médica, já que o município não vem oferecendo o atendimento de urgência e emergência em baixa e média complexidade, que é de sua responsabilidade.

Assim, o Ministério Público recomendou, em 06 de novembro de 2013, que a Prefeitura completasse imediatamente as escalas do Pronto-Socorro do hospital, que realiza uma média de 3.700 atendimentos em clínica médica por mês, sendo que 76% desses pacientes são oriundos de São José de Mipibu, que possui gestão plena da saúde, com responsabilidade pactuada com os municípios da sua região, como Arez, Monte Alegre, Canguaretama, Goianinha, Nísia Floresta, Georgino Avelino e Brejinho.

“É difícil ver essa situação na clínica médica quando temos uma maternidade funcionando a contento, com uma equipe de 26 profissionais, entre obstetras, neonatologistas e anestesiologistas, que realizam uma média de 170 partos por mês, além dos cinco pediatras no pronto-socorro infantil”, desabafa a diretora da unidade, Isabelle Grilo.

A carência de profissionais obrigou a direção do hospital a elaborar uma escala com plantões em dias alternados. “A falta de clínicos no pronto-socorro está gerando problemas tanto com os médicos, quanto com a comunidade, que não se conforma com a falta de assistência”, explica.

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Polícia

São José de Mipibu: Policial ferido em emboscada faleceu no início da manhã

O segundo policial ferido ontem em confronto com bandidos em São José de Mipibu também veio a óbito. O agente civil Antônio Neto, 48, não resistiu ao ferimento e morreu às 7h45 desta terça.

O policial chegou a ser levado para o Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim. De lá, ele foi removido para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal, onde foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um projétil que atingiu o crânio e uma segunda no tórax.

A emboscada aconteceu na comunidade de Taborda, às margens da BR 101. O outro policial, Jovanês Borges, 39,  morreu antes mesmo de receber o atendimento.

Informações oficiais dão conta que os dois policias civis se deslocaram à comunidade em busca de uma caminhonete L 200 que havia sido roubada. Ao localizarem o veículo (rastreado por GPS), abandonado na beira de uma estrada carroçável, a Polícia Militar foi chamada para dar apoio. Após a confirmação de que se tratava mesmo do carro que eles procuravam e constatarem que o local estava seguro, os militares foram dispensados.

Logo após a partida da PM, no entanto, uma segunda caminhonete se aproximou em alta velocidade da viatura onde estavam os agentes e pelo menos quatro homens fortemente armados abriram fogo. Houve confronto e os dois policiais civis foram alvejados.

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