Manchas vermelhas pelo corpo são sintoma de sarampo — Foto: Febrasgo.org/Divulgação
A Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulga o Boletim Epidemiológico referente ao período da semana epidemiológica 01 a 37, encerrada no dia 14 de setembro. De acordo com o documento, permanece o número de quatro casos confirmados, entretanto, aumentou para 33 os que estão em investigação.
A maior concentração dos casos em investigação está na 7ª região de saúde (Região Metropolitana de Natal), na capital potiguar, e na 4ª região de saúde (Região do Seridó), destacando-se o município de Currais Novos.
De acordo com a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Lucchesi, para confirmar um caso de sarampo a Sesap leva em consideração os aspectos clínicos, epidemiológicos e os exames laboratoriais. “Nós testamos os exames tanto para sarampo quanto para outros vírus, o que nós chamamos de exames diferenciais. E os exames que, no primeiro momento, dão como reagentes para sarampo, a amostra é enviada para o laboratório de referência para ser feito o isolamento viral. Os três casos confirmados tiveram o isolamento viral detectado para sarampo”, explica Lucchesi.
HISTÓRICO
O primeiro caso foi de sarampo no Rio Grande do Norte foi de um paciente do sexo masculino de 54 anos que teve um histórico de viagem a São Paulo; os outros confirmados foram de uma criança de 6 anos, do sexo masculino, do município de Macaíba, uma criança de 1 ano e 6 meses, residente no município de Tibau do Sul, e o quarto caso foi de uma paciente de 19 anos, do município de Extremoz.
DOSE ZERO
No final do mês de agosto, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação da chamada dose zero e tríplice viral para todas as crianças de seis meses a menores de 1 anos. A medida foi adotada com o intuito de intensificar a vacinação nesse público-alvo da doença, que é mais suscetível a casos graves.
É importante esclarecer que a chamada dose zero não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.
Entenda o que é sarampo, quais os sintomas, como é o tratamento e quem deve se vacinar — Foto: Infografia: Karina Almeida/G1
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (4) que os casos de sarampo no país totalizam 2.753 desde junho, quando um novo surto da doença teve início. Os estados de São Paulo e Pernambuco, juntos, registraram 4 mortes.
Foram três mortes no estado de São Paulo, sendo duas crianças e um adulto, e uma criança no estado de Pernambuco.
Além disso, 98,37% dos casos (2.708) ocorreram no estado de São Paulo.
As informações foram divulgadas pelo secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson Kleber de Oliveira, em Brasília. Segundo ele, é importante separar os dados do surto atual daquele que ocorreu no início do ano na região Norte do país, que durou até maio.
“Esses dados são colocados separadamente, pois estamos trabalhando com surtos ativos, com cadeias ativas”, explica o secretário. Um dado consolidado, unificando os dois momentos da doença no Brasil ao longo do ano, deve ser divulgado na semana que vem.
Indicações sobre vacinação
Já foram enviadas aos estados 1,6 milhão de doses extras da vacina contra sarampo. Mas o Ministério da Saúde anunciou a compra de 28,7 milhões de doses adicionais, o que deve garantir o abastecimento do país até 2020, segundo a pasta.
Estima-se que 39.927.094 brasileiros não estejam vacinados contra o sarampo, conforme dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e do Ministério da Saúde.
Conforme declarou Oliveira, o governo deve anunciar em breve, talvez já na próxima semana, uma nova estratégia de vacinação contra o sarampo. A proposta vem sendo definida com base nessa estimativa sobre brasileiros não vacinados.
“[Estes 39,9 milhões de brasileiros] são pessoas que perderam a oportunidade de se vacinar ao longo da vida. Pessoas de 1 a 49 anos de idade”, explica. “Fizemos o estudo junto com a Organização Mundial da Saúde, a Organização Pan Americana da Saúde. Com base na rotina, no período de 1994 a julho 2019, temos um total de pessoas suscetíveis ao sarampo que já deveriam ter sido vacinadas”, diz.
Campanha de outubro
O sarampo ganhará destaque na tradicional campanha de vacinação do ministério em outubro.
“A estratégia de outubro está sendo delineada justamente com foco no sarampo. Faremos reunião com as secretarias estaduais e municipais, na próxima semana teremos reunião com os coordenadores de imunização de todos os estados, estamos discutindo com a OMS, e com o conselho nacional de secretários estaduais e municipais, para estabelecer essa estratégia conjunta de vacinação em etapas. Principalmente contra o sarampo”, diz Oliveira.
Uma das prioridades da campanha é dar maior atenção as populações mais vulneráveis. Por isso, Oliveira afirmou que não é necessário vacinar novamente pessoas que já receberam as duas doses obrigatórias da vacina.
“As unidades de saúde não devem vacinar quem tiver tomado as duas doses da vacina”, afirma o secretário. “Estamos tirando vacina de crianças, porque adultos que receberam as duas doses chegam nas unidades de saúde querendo tomar outra.”
Medidas para menores de 6 meses
O Ministério da Saúde informou, ainda, que vai disponibilizar aos estados e ao Distrito Federal cápsulas de vitamina A para casos suspeitos de sarampo em crianças menores de seis meses de idade. Cada criança deve tomar duas doses da vitamina.
Isso ocorre porque a vacina contra o sarampo é contraindicada para bebês menores de seis meses de idade. E estudos científicos associam o sarampo em crianças à deficiência de vitamina A.
A orientação é que a primeira dose da vitamina A seja dada assim que surgir a suspeita de sarampo. Para diminuir o risco de transmissão da doença, a segunda dose deverá ser aplicada no dia seguinte, em casa.
Aumento dos casos
O último registro do ministério, de 24 de agosto de 2019, era de 2.331 casos de sarampo no país, desde junho. O aumento no número de ocorrências se deve principalmente à confirmação clínica de casos que estavam em investigação, segundo a pasta.
De acordo com o ministério, nos primeiros meses de 2019, o governo conseguiu interromper a transmissão do vírus do sarampo na região Norte. Alguns meses depois, novos casos foram importados de Israel, Malta e Noruega, iniciando uma nova cadeia de transmissão dentro do país.
Deste modo, a chamada “transmissão ativa” se refere aos casos registrados desde o surto iniciado em junho.
As secretarias de Saúde de todos os estados começaram a receber esta semana as doses extras da vacina tríplice viral, para garantir a imunização extra contra o sarampo em todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. De acordo com o Ministério da Saúde, 1,6 milhão de doses estão sendo distribuídas.
Desse total, 960 mil e 907 doses foram enviadas para os 13 estados que estão em situação de surto ativo de sarampo. O estado de São Paulo, que concentra 99% dos casos e registra uma morte pela doença este ano, recebeu o maior número de doses (56%).
“A vítima foi um homem de 42 anos, que não tinha recebido nenhuma dose da vacina ao longo da vida, e tinha histórico de comorbidade, ou seja, com um quadro de várias doenças. Nessa faixa etária, a pessoa deve ter pelo menos uma dose da vacina”, informou o ministério.
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, disse que o ministério trabalha para erradicar a doença e recuperar o certificado de eliminação do sarampo no Brasil. “Para isso, a pasta tem atuado de forma integrada com os estados e municípios, para intensificar as ações de cobertura vacinal na rotina, além das vacinações de reforço nas crianças, que é a faixa etária com maior risco para complicação em decorrência da doença, e de bloqueio”, disse.
A vacina tríplice viral está disponível nos mais de 36 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. Ela previne também contra rubéola e caxumba.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública informou nesta quarta-feira(14) que um exame confirmou o primeiro caso de sarampo em criança, de 1 ano e 6 meses, no Rio Grande do Norte em 2019. A paciente, que veio do município de Tibau do Sul, foi internada no Hospital Maria Alice Fernandes, Zona Norte de Natal, no domingo (11). O resultado exame que confirmou a doença saiu na noite desta terça-feira (13). Informações dão conta que a criança estaria com a vacinação atrasada.
Segundo a Sesap, a criança deu entrada no hospital com erupções vermelhas na pele, febre e tosse. Para evitar a proliferação da doença, todos os profissionais que tiveram contato com a criança passaram pelo “bloqueio vacinal” – que consiste na imunização de pessoas que tiveram ou poderiam ter algum tipo de contato com o paciente.
Vale lembrar que no final de julho um homem foi diagnosticado com sarampo em Natal. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde na capital potiguar informou que ele teria sido contaminado em viagem a São Paulo. Antes desse caso, a cidade não registrava a doença há 19 anos.
Recomendação
A Secretaria Estadual de Saúde Pública recomenda que crianças de seis a onze meses de idade que vão viajar para estados com casos confirmados de sarampo devem tomar a vacina Tríplice Viral, ao menos 15 dias antes da viagem.
Devido ao aumento do número de casos de sarampo no país, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) faz uma nova recomendação relacionada à doença: as crianças de seis a onze meses de idade que vão viajar para estados com casos confirmados de sarampo devem tomar a vacina Tríplice Viral, ao menos 15 dias antes da viagem.
Até o momento os estados de São Paulo (SP), Bahia (BA), Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ), Amazonas (AM), Sergipe (SE), Roraima (RR), Paraná (PR) e Santa Catarina (SC) apresentaram casos confirmados de sarampo e a Sesap está monitorando o surgimento de novos casos e tomando medidas para prevenir a circulação do vírus no Rio Grande do Norte.
Embora o calendário vacinal recomende a primeira dose da vacina Tríplice Viral aos 12 meses de idade, o cenário atual exige que a dose seja aplicada nas crianças de 06 a 11 meses que sairão do estado, a fim de protegê-las e minimizar os impactos da doença na saúde dessas crianças, haja vistas que há circulação do vírus no país. Ou seja, diante da comprovação de viagem, será realizada vacinação a qual não substituirá a dose de tríplice viral preconizada para os 12 meses e a dose de tetra viral aos 15 meses, de acordo com a Nota Informativa DEIDT/SVS/MS Nº 173/2019.
Adultos que já foram vacinados na infância não precisam se vacinar, ou que já tiveram a doença. Aqueles de até 49 anos que não possuem comprovação vacinal devem procurar um “posto de saúde” para receber a dose recomendada. Pessoas acima de 49 anos não possuem recomendação para proceder com a vacinação de acordo com o calendário vacinal estabelecido pelo Ministério da Saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) promoveram, nesta segunda-feira (29), uma coletiva de imprensa para explicar sobre o caso de sarampo confirmado em Natal na semana passada.
Segundo Vaneska Gadelha, chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (NAI) da SMS, tanto o homem diagnosticado com a doença, quanto as pessoas que tiveram contato com ele, estão sendo observadas pelas equipes de saúde. “Foi feito o bloqueio vacinal de todas as pessoas que tiveram contato com o paciente e todos estão sendo acompanhados pelos próximos 30 dias para saber se apresentam algum sintoma”, destacou.
Com o bloqueio vacinal realizado dentro do que diz o Ministério da Saúde – até 72 horas após a notificação – o secretário adjunto da Sesap, Petrônio Spinelli, destacou que não existe necessidade de pânico na população. “Foi um único caso e as equipes de saúde do município e estado agiram perfeitamente. Passamos 19 anos sem nenhum caso registrado em todo o Estado, o que significa que as vacinas funcionam. O que as pessoas precisam agora é manter a carteira de vacinação em dia”.
SMS e Sesap explicaram ainda que quem já foi vacinado contra sarampo não precisa tomar uma nova vacina. Entretanto, se uma pessoa até 49 anos não tem certeza se foi imunizado, pode buscar um posto de saúde para receber a dose. Acima dessa idade, não é feita a vacinação, já que existe o risco do paciente desenvolver a doença.
“As pessoas precisam aprender a cuidar de sua carteira de vacinação, como se cuidam de outros documentos, como carteira de identidade e motorista. É com a ela que o profissional de saúde vai saber se você está imunizado ou não para determinada doença”, explicou Vaneska.
O CASO
O paciente diagnosticado é do sexo masculino e tem 54 anos. Com histórico de viagem recente para o município de São Paulo – no período de 07 a 11 de julho – o paciente foi avaliado pelo médico infectologista e o material necessário foi coletado e encaminhado para análise, com a confirmação vindo dias depois.
SINTOMAS DA DOENÇA
Os sintomas iniciais apresentados pelos pacientes são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias.
A última Leva de concursados, nos quadros da Secretaria de Saúde da Prefeitura do Natal, ainda continua ao deus-dará, tamanha indiferença do gestor, no tocante aopagamento das gratificações. O salário do enfermeiro, aprovado, nos quadros da Estratégia de Saúde da Família, por exemplo, sem a devida gratificação (GESF) vira um salário minguado e desprezível. Para se ter uma ideia do descaso e da falta de compreensão do prefeito Álvaro Dias (MDB), os funcionários recém concursados cumprem carga de 40 horas, mas o edital do concurso reza em letras garrafais 30 horas semanais. O direito à gratificação com o aumento da carga horária vira uma situação de vida ou morte. Salvo a primeira convocação dos aprovados, as últimas duas, a segunda e a terceira chamadas, ainda não receberam, apesar do longo período de 6 meses, um centavo da tão esperada gratificação.
Os funcionários e suas respectivas famílias vêm de público conclamar MinistérioPúblico, Câmara de Vereadores e o Sindicatos das categorias. Não é possível que o simples capricho de um gestor sem coração ou bom senso condene famílias inteiras ao desprezo.
Caso não haja a implantação do direito estabelecido, os concursados lesados pelo atual prefeito promoverão panelaços e apelarão, inclusive, pela tortura da greve de fome. É inadmissível que Ele, o prefeito – maior interessado no voto dos cidadãos – seja capaz de trair os funcionários concursados, justamente, em um ano pré-eleitoral.
Realmente o pessoal da secretaria passou no local para vacinar as pessoas que tiveram contato com o professor! Mas a pessoa que me referi não estava presente e vai passar no posto para tomar a vacina!!
Realmente o pessoal da secretaria passaram no local vacinar as pessoas que tiveram contato com o professor! Mas a pessoa que me referi não estava presente e vai passar no posto para tomar a vacina!!
Um professor também contraiu Sarampo , não sei se é a mesma pessoa!conheço pessoas que tiveram contato com o mesmo!! e não esta sendo assistida como diz a matéria da Secretaria de Saúde!
Já são pelo menos 107 os casos de sarampo confirmados pelos estados brasileiros em 2019, conforme balanço extra-oficial. O G1 consultou as secretarias estaduais de saúde dos sete estados que tiveram casos da doença neste ano. Os estados consultados foram: Amazonas, Roraima, Pará, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais (abaixo, veja ações e campanhas adotadas por cada um deles).
O último informe epidemiológico do Ministério da Saúde, de 16 de maio, apontava 92 casos nesses mesmos sete estados. O boletim é a informação oficial que centraliza e unifica os dados de todo o país com a mesma metodologia.
A diferença está em novas confirmações de sarampo em três estados:
São Paulo: 6 novos casos;
Pará: 5 novos casos;
Rio de Janeiro: 4 novos casos.
Autoridades do Ministério da Saúde sinalizaram a possibilidade de se realizar uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo ainda neste mês de junho. A ação ainda não está oficialmente confirmada.
Em 2018, o Brasil viveu um surto da doença com mais de 10 mil casos, especialmente no Amazonas e em Roraima.
Veja abaixo o que cada um dos estados afirma realizar para monitorar e conter o sarampo neste ano.
O que vem sendo feito
Todas as secretarias dizem monitorar com atenção a doença e planejam medidas de controle. Até a publicação deste texto, somente o estado do Rio de Janeiro não detalhou quais medidas vêm sendo tomadas no combate à doença em 2019.
Em São Paulo, a Secretaria de Estado de Saúde confirma que pretende vacinar 2,9 milhões de pessoas contra o sarampo, de 10 de junho a 12 de julho. O Dia D da vacinação será 29 de junho. O governo federal deve enviar 3,2 milhões de doses da vacina ao estado.
De acordo com a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do estado, Regiane de Paula, o sarampo entrou em São Paulo vindo da Europa, especialmente em navios cruzeiros que desembarcam em Santos. “Trabalhamos de forma intensa com o município e na vacinação de todos os tripulantes”. Alguns navios chegam a ter mais de 6,5 mil pessoas.
Surtos nos últimos meses
Três estados tiveram um surto de sarampo nos últimos meses: Pará, Amazonas e Roraima.
No Pará, o governo estadual vem insistindo na importância de vacinar as crianças, notando que a cobertura vacinal deve ser sempre superior a 95%. A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral (que inclui também rubéola e caxumba).
Mas, de acordo com a diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana Lúcia Ferreira, a cobertura da primeira dose está próxima de apenas 17,49% e a da segunda dose da vacina em 17,23%. Segundo a Secretaria de Saúde do Pará, o governo vem trabalhando especialmente junto às cidades mais afetadas, no Oeste do estado.
No Amazonas, o último caso registrado foi em Manaus, no dia 31 de janeiro, segundo a Secretaria de Saúde do estado. Ao longo do mês de maio, como parte do plano de combate ao surto de sarampo de 2019, foram realizados treinamentos para profissionais da área de saúde em 22 municípios.
O Departamento de Vigilância Epidemiológica do Amazonas também vem realizando “visitas técnicas às cidades amazonenses para alinhamento das ações de prevenção, monitoramento e controle da doença”.
O Amazonas vem orientando todas as pessoas com idade entre 6 e 49 anos a procurar um posto de vacinação para se imunizar contra o sarampo. Desde o início do surto, ainda em 2018, o estado teve 11.464 casos suspeitos de sarampo distribuídos em 50 municípios, 9.809 casos confirmados em 46 cidades e 6 mortes. A maioria dos casos confirmados, 82,1%, foi em Manaus.
Já em Roraima, a Secretaria de Saúde informou que desde o início do surto o estado registrou 610 casos de sarampo, dos quais 362 foram confirmados. Neste ano, há apenas um caso confirmado.
“O papel do Estado é realizar o monitoramento dos casos notificados e prestar apoio aos municípios quando solicitado pelos gestores municipais. Essas atividades são desenvolvidas diariamente pelo núcleo”, diz a secretaria de saúde de Roraima, em nota.
Outros estados com casos de sarampo
Em Minas Gerais, a Secretaria de Saúde afirmou que tem um plano de contingência: “O objetivo é planejar, executar e avaliar medidas de prevenção e de controle em tempo oportuno, a partir da notificação de possíveis casos de sarampo”, diz em nota.
O estado pretende se antecipar a eventuais crises, sistematizando suas ações e complementando os serviços dos municípios.
Já a Secretaria de Saúde de Santa Catarina recorda que o último caso autóctone de sarampo no estado foi em 1999, quando houve um surto de 25 pessoas. Os 3 casos deste ano foram confirmados em fevereiro, também ligados a passageiros de um navio maltês. Desde então, não foram identificados novos casos.
“Nos municípios onde o navio ancorou em SC foram vacinados os trabalhadores que executam atividade no píer, marina, atracadouro, teleférico, comércios de rua próximo ao porto, pescadores envolvidos em passeios de barcos, artesãos, taxistas e motoristas de aplicativo, sendo aproximadamente 300 pessoas”, afirma a secretaria, em nota, acrescentando que os municípios são constantemente monitorados.
Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, sempre que se confirmem casos confirmados de sarampo, os locais devem ser monitorados até 90 dias após a data do início dos sintomas do último caso.
Perda do certificado
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pediu às secretarias que reforçassem e ampliassem sua cobertura vacinal de sarampo, numa espécie de “pacto pela vacinação”. Quase metade dos municípios brasileiros não atingiu a meta de 95% de cobertura.
Após a crise do ano passado, o Brasil perdeu o certificado de eliminação de sarampo concedida pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS), em 2016. O país não é mais considerado uma área livre da doença.
A vacina contra sarampo é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a crianças com 15 meses de idade. Em alguns estados, as vacinas vêm sendo oferecidas a outros grupos prioritários mais abrangentes.
Entenda o que é sarampo, quais os sintomas, como é o tratamento e quem deve se vacinar — Foto: Infografia: Karina Almeida/G1
Desde o início de 2018 até 8 de janeiro de 2019, o Brasil registrou 10.274 casos confirmados de sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos da doença: no Amazonas, onde há 9.778 casos e, em Roraima, onde foram contabilizados 355 ocorrências.
Casos isolados foram anotados em São Paulo (3), Rio de Janeiro (19), Rio Grande do Sul (45), Rondônia (2), Bahia (2), Pernambuco (4), Pará (61) e Sergipe (4), além do Distrito Federal (1).
Foram registrados ainda 12 óbitos por sarampo: quatro em Roraima, seis no Amazonas e dois no Pará.
Os surtos, segundo o Ministério da Saúde, estão relacionados à importação, já que o genótipo do vírus que circula no Brasil é o mesmo da Venezuela, país com surto da doença desde 2017.
Por meio de nota, o ministério informou que a explosão de casos confirmados no Amazonas é resultado de uma força-tarefa realizada no final de 2018 em Manaus, quando mais de 7 mil casos que estavam em investigação foram concluídos.
“Nas últimas semanas, houve diminuição na notificação de casos novos no Amazonas e em Roraima. No Amazonas, a concentração de casos desta semana se deu nos meses de julho e agosto. No estado de Roraima, o pico da doença ocorreu entre fevereiro e março de 2018. Em ambos os estados, no momento, a curva de novos casos é decrescente”, disse o Ministério da Saúde.
Vacinação
De janeiro de 2018 até janeiro deste ano, o ministério encaminhou 15,5 milhões de doses da vacina tríplice viral para atender a demanda dos serviços de rotina e a realização de ações de bloqueio nos seguintes estados: Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Sergipe, além do Distrito Federal.
Certificado
O Brasil tem até fevereiro deste ano para reverter os surtos de sarampo, sob pena de perder o certificado de eliminação da doença concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em 2016. O alerta foi feito pela assessora regional de Imunizações da entidade, Lúcia Helena de Oliveira, durante a 20ª Jornada Nacional de Imunizações, no Rio de Janeiro.
Ela lembrou que a Venezuela, de onde veio a cepa de sarampo identificada no Brasil, perdeu seu certificado de eliminação em junho deste ano.
O critério adotado pela Opas para conferir transmissão sustentada é que o surto se mantenha por um período superior a 12 meses. As autoridades sanitárias brasileiras, portanto, correm contra o tempo, já que os primeiros casos da doença no Norte do país foram identificados no início de 2018.
“Sabemos que os casos no Brasil são de importação, lamentavelmente, pelas condições de saúde em que vive a Venezuela. Mas só estamos tendo casos de sarampo no Brasil porque não tínhamos cobertura de vacinação adequada. Se tivéssemos, esses casos viriam até aqui e não produziriam nenhum tipo de surto”, destacou a assessora da Opas.
Até o dia 22 de outubro, 2.425 casos de sarampo foram confirmados no Brasil, sendo 2 mil no Amazonas e 332 em Roraima. Os dois estados registram ainda um total de 7.674 casos em investigação. De acordo com o Ministério da Saúde, casos isolados da doença foram confirmados em São Paulo (3), no Rio de Janeiro (19), no Rio Grande do Sul (43), em Rondônia (2), em Pernambuco (4), no Pará (17), no Distrito Federal (1) e em Sergipe (4).
Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil
O levantamento mostra que, até o momento, 12 mortes por sarampo foram confirmadas no país, incluindo quatro em Roraima (três estrangeiros e um brasileiro), seis no Amazonas (todos brasileiros, sendo três de Manaus, dois do município de Autazes e um do município de Manacapuru) e duas no Pará (indígenas venezuelanos).
Em nota, o ministério informou que, de janeiro a outubro, encaminhou o quantitativo de 13,2 milhões de doses da vacina tríplice viral – que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – para os seguintes estados: Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe e o Distrito Federal. O objetivo, segundo o ministério, é atender à demanda dos serviços de rotina e a realização de ações de bloqueio, intensificação e campanha de vacinação para prevenção de novos casos da doença.
Dados atualizados pelo Ministério da Saúde apontam que o Brasil registra 822 casos confirmados de sarampo, sendo 519 no Amazonas e 272 em Roraima. Ambos os estados têm ainda 3.831 casos em investigação. Casos considerados isolados foram confirmados em São Paulo (1), no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Rondônia (1) e no Pará (2).
De acordo com o ministério, os dois surtos identificados no Norte e os demais casos no Sul e Sudeste estão relacionados à importação, já que foi comprovado que o vírus que circula no Brasil é o mesmo da Venezuela. “Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados”, destacou o Ministério da Saúde, por meio de nota.
Eliminação
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo e, atualmente, segundo o governo, empreende esforços para interromper a transmissão dos surtos. Para ser considerada transmissão sustentada da doença, um mesmo surto deve se manter por mais de 12 meses.
Entre 2013 e 2015, o Brasil registrou surtos decorrentes de pacientes vindos de outros países, quando foram registrados 1.310 casos de sarampo – a maioria, em Pernambuco e no Ceará.
Esquema vacinal
A dose contra o sarampo é ofertada gratuitamente por meio da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e da tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Ambas fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação e estão disponíveis ao longo de todo o ano nos postos de saúdes.
Neste momento, o ministério está intensificando a vacinação entre crianças, público mais suscetível à doença. A indicação é que elas recebam uma dose da tríplice viral aos 12 meses e uma da tetra viral aos 15 meses. Crianças entre 5 e 9 anos que não foram vacinadas anteriormente devem receber duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas.
Adultos não vacinados devem receber a vacina prioritariamente em locais onde há surto da doença, como Roraima e Manaus. Pessoas que já completaram o esquema vacinal não precisam se vacinar novamente.
Campanha
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo será de 6 a 31 de agosto, com o chamado Dia D de Mobilização Nacional agendado para 18 de agosto. Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde – mesmo que já tenham sido imunizadas anteriormente.
Américas
A região das Américas foi a primeira em todo o mundo a ser declarada, em 2016, como livre do sarampo. A doença pode causar graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira, inflamação do cérebro e até mesmo a morte. A Opas alertou que, até que o vírus seja erradicado em todo o mundo, há sempre o risco de um país ou continente registrar casos importados.
O Ministério da Saúde (MS), através do Programa Nacional de Imunização promove até 14 de março na região metropolitana dos estados da região Nordeste e em Porto Seguro na Bahia, a Campanha Emergencial de Vacinação contra o Sarampo. A ação começou em 24 de fevereiro e no Rio Grande do Norte seis municípios da região metropolitana, definidos pelo MS, estão participando: Natal, Ceará Mirim, Extremoz, Macaíba, São Gonçalo e Parnamirim.
Segundo Stella Leal, responsável técnica pela Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), “a campanha emergencial tem o objetivo de vacinar crianças de 6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias de idade. A iniciativa se deve ao surto da doença nos estados do Ceará e Pernambuco e tenta interromper a cadeia de transmissão do sarampo na região Nordeste. Para vacinar as crianças, os pais devem levá-las aos postos de saúde mais próximos de suas residências neste período”.
No Brasil, há evidências da interrupção da transmissão do vírus do sarampo desde o ano 2000. Porém, em 2013 e 2014 o Ministério da Saúde registrou casos confirmados da doença na região Nordeste, o que justifica a realização da campanha. A meta é alcançar a cobertura mínima de 95% da população alvo, de forma a garantir que as crianças sejam vacinadas para evitar a manutenção de susceptíveis e possibilitar a interrupção da cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.
O sarampo é uma doença de elevada transmissibilidade que pode acometer crianças e adultos. A transmissão da doença ocorre de uma pessoa para outra por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), enviou para todos os 167 municípios do RN uma Nota de Alerta, chamando a atenção dos gestores para a necessidade de se aprimorar o processo de investigação e notificação do sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita (SRC).
Segundo a técnica da Sesap responsável pela investigação desses agravos, Adriana Cristina Melo, em julho de 2012, o Brasil recebeu o certificado da eliminação do sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita (SRC). No Rio Grande do Norte, o último caso de sarampo ocorreu em 2000, já para rubéola e SRC, desde 2009 não houve notificações.
No entanto, ainda existem vários países no mundo com transmissão endêmica ou em situação de surto dessas doenças e, como estamos às vésperas da Copa das Confederações, quando haverá um aumento no trânsito de pessoas oriundas de países diversos, a Suvige enviou uma nota informativa aos municípios, através das Unidades Regionais de Saúde (Ursaps), alertando sobre a necessidade de notificar os agravos em tempo hábil, no prazo máximo de 48 horas, para que a Sesap possa tomar as medidas de controle cabíveis, de modo a impedir uma eventual expansão de uma dessas doenças.
A técnica Adriana Cristina Melo citou como exemplo um município que teve um caso suspeito de sarampo em julho de 2013, mas só notificou neste mês de setembro. Se o caso tivesse sido positivo, a doença teria se espalhado rapidamente pela localidade e pelos municípios vizinhos. “O trabalho de vigilância epidemiológica é fundamental para a redução do risco da reintrodução viral no Estado”, destacou.
Mesmo com o certificado de eliminação dessas doenças, em 2013, o país apresentou surtos nos estados de Pernambuco (89 casos), Paraíba (03), Minas Gerais (02), São Paulo (05), Santa Catarina (01) e Brasília (01). De acordo com informações do Ministério da Saúde, trata-se de casos importados, ou seja, de pessoas oriundas de países endêmicos vindas ao Brasil já com a doença. Com o trabalho rápido das equipes locais de vigilância, os surtos foram controlados.
Doenças Exantemáticas
O sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita (SRC) têm essa classificação por terem como característica principal o exantema, erupção geralmente avermelhada que aparece na pele devido à dilatação dos vasos sanguíneos ou inflamação. Bastante comuns, principalmente na infância, algumas delas apresentam alto risco de contágio e de potenciais complicações. Algumas doenças exantemáticas podem ser prevenidas através da vacinação e evitando contato com doentes. Com relação à vacinação, crianças com 12 meses de idade devem tomar a tríplice viral e, aos 15 meses, tomar o reforço com a tetra viral, pois só assim estarão protegidas.
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa provocada pelo Morbili vírus e transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas que são eliminadas pelo espirro ou pela tosse. Além das manchas avermelhadas na pele, que começam no rosto e progridem em direção aos pés, outros sintomas possíveis são febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas.
Já a rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Togavírus, tendo como característica mais marcante as manchas vermelhas que aparecem primeiro na face e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo inteiro. O contágio ocorre comumente pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas de saliva ou secreção nasal. A síndrome da rubéola congênita, transmitida da mãe para o feto, é a forma mais grave da doença, porque pode provocar malformações como surdez e problemas visuais na criança. O período de incubação do vírus é de cerca de 15 dias e os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de cabeça, dor ao engolir, dores no corpo, coriza, aparecimento de gânglios (ínguas), febre e os exantemas.
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