Economia

Tomografia computadorizada é mais eficaz que cateterismo para o diagnóstico de doença coronária

Um estudo internacional, que conta com a participação do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e de instituições de outros sete países, apontou que o exame em tomografia computadorizada de 320 cortes (TC 320) pode diagnosticar com mais precisão quais as pessoas que apresentam um quadro de dor torácica, sem diagnóstico de infarto, que vão necessitar de tratamento invasivo tal como uma angioplastia cardíaca ou uma cirurgia, procedimentos utilizados para restaurar o fluxo normal de sangue para o coração comprometido por uma obstrução nas artérias do órgão.

Atualmente, segundo o Incor, esse diagnóstico é feito com a utilização de dois exames: o cateterismo, que serve para identificar a existência e grau de obstrução das artérias do coração e a cintilografia com stress, que avalia se a obstrução está impedindo a chegada de sangue ao músculo cardíaco. No entanto, esses dois exames expõe o paciente a um maior nível de exposição à radiação e a risco de complicações. A utilização da TC 320 reduz até a metade a radiação a que ele é exposto em comparação aos outros dois exames.

Além disso, o custo do exame feito com a TC 320 é menor. De acordo com o Incor, o custo do cateterismo gira em torno de R$ 8 mil (R$ 6 mil pelo exame e mais R$ 2 mil de honorários médicos) e, da cintilografia com estresse, R$ 1,9 mil. O custo da tomografia computadorizada de 320 cortes fica em torno de R$ 3,3 mil.

Pessoas com dor no peito, mas não estão sofrendo um ataque cardíaco, formam o perfil do paciente que poderá se beneficiar do exame com a TC 320. “O paciente (indicado para o exame), basicamente, é aquele que tem suspeita forte de doença coronária, de meia idade, com colesterol alto, que fuma”, falou.

O estudo, que teve início no final de 2009, foi realizado em 16 hospitais de oito países e tem a coordenação da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. “A importância do estudo é justamente o de poder identificar o paciente que realmente precisa ser tratado. Esperamos selecionar melhor os pacientes”, ressaltou o médico.

Rochitte não sabe estimar em quanto tempo esse exame poderá ser utilizado pelos hospitais brasileiros para diagnosticar uma doença coronária. “No Brasil, o InCor e o Einstein (Hospital Israelita Albert Einstein) têm esse equipamento e condições de fazer imediatamente. Os outros hospitais vão depender de se atualizarem ou de adotarem o protocolo para os equipamentos que contam no momento. Um dos projetos nossos para o futuro é de tentar expandir esse protocolo para os equipamentos que estão mais disponíveis como o TC 64 (que, segundo o Incor, trata-se de uma geração anterior do equipamento e está disponível praticamente em todos os hospitais de primeira linha públicos e privados do país)”, explicou.

O médico também vê uma possibilidade forte de que a realização desse exame possa ser coberta futuramente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Esperamos poder colocar isso no SUS o mais rápido possível”, disse.

Os 381 pacientes que participaram do estudo, 99 deles do Incor, vão continuar sendo acompanhados pelos pesquisadores por um prazo de cinco anos.

Da Agência Brasil

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Saúde

Margarina e temperos prontos terão redução de sódio

O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) assinaram nesta terça-feira (28) um acordo para redução dos teores de sódio de temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A expectativa é que, com a mudança nas formulações, 8.788 toneladas de sódio sejam retiradas do mercado até 2020. A medida é considera importante para prevenir doenças associadas ao consumo excessivo do sal, como hipertensão e problemas cardiovasculares.

A mudança começa a ser colocada em prática no próximo ano. A redução mais significativa ocorrerá no setor de margarina vegetal. O compromisso é colocar no mercado, já a partir do próximo ano, o produto com 19% a menos de sódio. Pelo plano, em 2015, o teor máximo de mg de sódio a cada 100 gramas será de 715. Atualmente, é de 1.660.

Os cereais terão uma redução de 7,5% no primeiro ano. O teor de sódio do produto, em 2015, deverá ser 15% menor do que o encontrado atualmente no mercado brasileiro. Os caldos líquidos terão uma redução de 3,5% ao ano. O tempero em pasta, de 3,5% ao ano até chegar a 6,5% em 2015. Para tempero de arroz, a meta é retirar 1,3% do sódio anualmente e os demais temperos, 4,3% ao ano.

Esta é a terceira fase do acordo firmado entre Ministério da Saúde e a ABIA. Nas fases anteriores, foi acertada a redução dos teores de sódio de macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita, biscoitos e maionese. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o foco, nesta terceira etapa, é reduzir a quantidade de sal consumido por adultos. Os temperos são usados tanto em casa quanto em restaurantes de locais de trabalho e comerciais.

 

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

ANS: Planos devem dar remédios a pacientes crônicos

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai incentivar os planos de saúde a fornecer medicamentos para pacientes crônicos. A intenção da medida é garantir o tratamento para as doenças que mais atingem a população, como diabetes, asma brônquica e hipertensão, e evitar agravamentos provocados pela falta dos remédios ou pela interrupção da medicação. As operadoras poderão repassar os custos para as mensalidades.

Além de oferecer medicamentos, a agência quer criar mecanismo de acompanhamento do paciente depois de intercorrência ou internação. “É preciso fazer com que pessoa tome a medicação de maneira correta. É uma medida extremamente eficaz para diminuir complicações e para que tenham vida mais longa e com mais saúde”, explica Martha Oliveira, gerente geral de Regulação Assistencial da ANS.

A ANS anunciou a abertura de consulta pública a fim de receber propostas para o novo benefício. Por lei, a agência não pode obrigar os planos a oferecerem medicamento domiciliar. A intenção é incentivar a adoção da prática pelos planos de saúde – o que pode ser feito por incentivo financeiro e não financeiro. A proposta não foi detalhada pela ANS.

Os planos individuais teriam de oferecer ao menos medicamentos para seis doenças – diabetes, asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC, hipertensão, insuficiência coronariana e insuficiência cardíaca congestiva. Já para os planos coletivos vale a livre negociação.

Durante 30 dias, entre 4 de setembro a 3 de outubro, a agência recebe sugestões para a consulta pública. O site é www. ans.gov.br, em “Participação da Sociedade/Consulta Pública”.

Planos

A Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa 15 grupos empresariais, responsáveis por 36,6% dos beneficiários, lembrou em nota que “o oferecimento e formatação desse produto é uma decisão estratégia e comercial de cada empresa”.

Fonte: Agência Estado

 

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Comportamento

Chocolate pode reduzir risco de derrame cerebral

Uma boa notícia e excelente desculpa para os amantes do chocolate, os que ingerem mais o alimento têm menos 17% de chance de ter um derrame. Associação alerta que resultado não pode servir de desculpa para substituir exercícios e dieta

O chocolate pode proteger contra acidente vascular cerebral (AVC). Um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, com 37 mil homens mostrou que os que ingerem mais o alimento são os menos propensos a terem um derrame. O estudo foi publicado pela revista Neurology.

Todos os participantes foram questionados sobre os hábitos alimentares e a saúde monitorada por uma década. Eles foram divididos em quatro grupos, com base na quantidade de chocolate ingerido a cada semana. No extremo inferior estavam os homens que praticamente não o comiam. No superior, os que comiam cerca de 63 gramas, pouco mais do que uma barra média. Na comparação final, os que ingeriam mais chocolate tinham 17% menos chance de ter um derrame.

Detalhe importante é que, apesar de pesquisas recentes apontarem o chocolate escuro como o mais benéfico para o coração, a opção preferida da maioria dos participantes era ao leite.

Segundo a pesquisadora Susanna Larsson, autora do estudo, o efeito benéfico do consumo de chocolate pode estar relacionado aos flavonoides no chocolate.

— Estes fitoquímicos podem proteger contra doenças cardiovasculares, diminuindo as concentrações sanguíneas do mau colesterol e reduzindo a pressão arterial — declarou à Neurology.

A Associação Britânica de AVC, porém, alerta para a conclusão não ser usada como desculpa para se comer mais chocolate.

— Pesquisas anteriores já demonstraram que o alimento pode, sim, reduzir o risco de um derrame, mas se consumido como parte de uma dieta saudável e equilibrada. O chocolate não pode substituir o exercício regular e uma boa alimentação — diz Clare Welton, diretor da instituição.

Com informações do O Globo

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Saúde

Crianças sofrem à espera de cirurgias ortopédicas no Walfredo Gurgel

O caos no Walfredo Gurgel é crescente, além da falta de medicamentos e matérias básicos para o trabalho da equipe médica, a UTI cardiológica foi fechada ontem (31) pela falta de condições para funcionar. O setor de ortopedia sofre de problemas crônicos, vez por outras dando sinais de que não está bem e não há previsão para melhorar. Na Tribuna do Norte deste sábado a reportagem de Isaac Lira, mostra a espera de crianças por uma cirurgia ortopédica, que quando não feita logo, pode gerar sérios problemas de calcificação dos ossos e sequelas para a vida toda.

Confira abaixo a matéria na íntegra

Luiz Felipe Vieira e Abraão Mateus de Sousa têm 12 anos e até a última sexta-feira, 24 de agosto, não se conheciam. Além da idade, os meninos têm outras coisas em comum. Os dois são de Natal. Da mesma forma, ambos têm tido, desde o dia em que se conheceram, febre e crises de vômito constantes. Luiz Felipe e Mateus chegaram no mesmo dia ao Hospital Walfredo Gurgel, com fraturas no mesmo membro: o braço esquerdo. A febre é consequência da fratura, que não tem dia para ser tratada de forma adequada.

O caos na ortopedia da rede estadual de saúde passou a afetar também as crianças. Na clínica pediátrica do Hospital Walfredo Gurgel, cinco crianças esperam, sem perspectivas de serem atendidas, uma cirurgia para corrigir problemas em membros fraturados. Neste momento, com a paralisação do atendimento nos hospitais conveniados, que são o Memorial e Médico-cirúrgico, não há como precisar o dia exato em que serão atendidos. Até lá, esperam.

Os garotos estão na fila da Unidade de Gerenciamento de Vagas do Walfredo Gurgel. Quando um paciente chega ao Hospital com um membro quebrado e é necessário uma cirurgia, a equipe do Walfredo faz o primeiro atendimento e encaminha para o Memorial ou para o Médico-cirúrgico. Lá, a cirurgia é realizada, dentro de um convênio com o Município de Natal. Sem pagamento, os hospitais interromperam na última semana esse atendimento. Resultado: a fila de pacientes supera as 50 pessoas.

No caso de crianças, a espera traz mais conseqüências. Como se sabe, a calcificação do osso é mais rápida nesta faixa de idade e a demora pode fazer com que o osso “cole” numa posição errada. “As crianças podem ganhar seqüelas para toda uma vida por conta da demora em se resolver esse tipo de coisa”, aponta o médico do Walfredo Gurgel, Sebastião Paulino. Os pais das crianças, algumas do interior, estão preocupados. “Estamos realmente sem saber se teremos o nosso problema resolvido”, diz Francisca de Sousa, mãe de Abraão Mateus.
A diretora do Walfredo, Fátima Pereira, disse que o Hospital não tem como resolver o problema dos pacientes à espera de atendimento nos corredores do Hospital, porque a responsabilidade pelas cirurgias é dos municípios. “Não temos como fazer esses procedimentos aqui. O Walfredo Gurgel faz unicamente o primeiro atendimento e as cirurgias relativas a fraturas expostas”, explica.

Os dois hospitais conveniados deixaram de receber pacientes da rede pública na última semana. Eles alegam a falta de repasses por parte do Município. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE procurou a secretaria de Saúde, mas não houve retorno das ligações.

Outro problema que se agravou com a crise da saúde no Estado foi o da UTI cardiológica do Walfredo Gurgel. Na última quinta-feira, quatro dos seis leitos foram impedidos de receberem novos pacientes pela própria equipe médica por falta de medicamentos e equipamentos para atender os pacientes. Ontem pela manhã apenas dois leitos continham usuários do serviço de saúde.

Um dos equipamentos em falta é o marcapasso provisório, necessário para estabilizar vários tipos de pacientes. O estoque também está no fim para o medicamento chamado noradrenalina. “Em alguns casos, o paciente pode até morrer pela falta desse medicamento. E estamos no fim do estoque. Na semana passada, faltou máscaras. Então, é uma situação muito difícil”, aponta a médica Cristina Pita, que faz parte da equipe da UTI.

A diretora Fátima Pereira explicou que o setor será abastecido hoje e os atendimentos serão retomados. A unidade cardiológica do Walfredo Gurgel é a única UTI pública a tratar de problemas cardíacos.

Opinião dos leitores

  1. Enquanto ISTO OS ATUAIS E FUTUROS POLÍTICOS
    ESTÃO PREOCUPADOS APENAS EM CONSEGUIR VOTOS. Político bom seria aquele que
    abandonaria a campanha e iria para o Walfredo tentar resolver esta situação
    vergonhosa e alarmante. Não sei como a Governadora consegue dormir em paz
    diante disto, COMO ELA TEM CORAGEM DE SUBIR EM UM PALANQUE E PEDIR VOTO PARA ALGUÉM. PARE E PENSE GOVERNADORA: Imagine que um filho, neto ou sobrinho seu estivesse internado no Walfredo. O QUE A SENHORA FARIA?
    A rua está repleta de candidatos a vereadores, de artistas
    a esportistas, de conhecidos a anônimos, todos em busca de um emprego fácil,
    enquanto as CRIANÇAS SOFREM NO WALFREDO. O QUE DEVIA SER OBRIGATÓRIO NESTE PAÍS
     ERA NÃO VOTAR. Votar em quem? Para que?

    O aumento das passagens de ônibus foi a última e
    inimaginável loucura da administração da Prefeita de Natal: Quem diria que a
    coisa ainda pudesse piorar. Antes, pelo menos na época da campanha os políticos
    eram bonzinhos, agora, nem mesmo nas campanhas.

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Saúde

UTI Cardiológica do Walfredo Gurgel é fechada por falta de medicamentos

Está no Dnonline

A situação no Hospital Walfredo Gurgel continua crítica. A Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica foi fechada por falta de medicamentos nesta sexta-feira (31). Os pacientes foram transferidos para outros leitos dentro da própria unidade hospitalar. A informação foi confirmada pelo vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, Francisco Braga.

Segundo o vice-presidente, a transferência dos pacientes começou a ser realizada nessa quinta-feira (30), pelo desabastecimento de medicamentos essenciais para os pacientes. A volta dos serviços está condicionada a reposição dos insumos e medicamento. “Os cardiologistas decidiram suspender as internações até que o governo faça o abastecimento. Não tenho como prever quando a situação estará normalizada”, afirmou.

Francisco Braga lembrou que no dia 04 de julho deste ano foi decretado o estado de calamidade na saúde. “O prazo previa a reposição imediata dos medicamentos em 10 dias do decreto de calamidade, Na época do Plano Emergencial, o nível de abastecimento do Walfredo chegava a apenas 32% do necessário. Hoje, a Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) fornece 49% dos medicamentos. Então, ainda faltam 51% de abastecimento. Abastecimento ainda é muito lento. A falta de medicamentos é geral”, diz ele.

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Jornalismo

Juiz determina bloqueio de repasse de mais de meio milhão de reais à Marca

O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Airton Pinheiro, determinou o bloqueio de R$ 690.408,40 das contas do município, como repasse necessário ao gerenciamento da UPA Pajuçara e das AME´s de Brasília Teimosa, Planalto e Nova Natal.

O magistrado deferiu pedido do Ministério Público, que acusou a Prefeitura da capital de negligenciar com os valores pactuados com a Associação Marca (mesmo após a intervenção), para pagamento da folha de pessoal, honorários médicos, encargos sociais, FGTS, prestadores de serviços e fornecedores.

Após a intervenção judicial na Associação Marca, o administrador nomeado apresentou uma planilha orçamentária, a qual concluiu que a soma dos compromissos prioritários perfaz um montante de R$ 690.408,40. Esses valores ainda não correspondem à totalidade dos pagamentos mensais necessários para garantir a manutenção do serviço de saúde,que seria de R$ 2.500.000,00.

O Ministério Público requereu o bloqueio do montante total, mas o juiz Airton Pinheiro optou por deferir apenas os valores referentes aos compromissos prioritários. O município tem um prazo de cinco dias para comprovar que já efetuou os repasses para a conta da administração interventiva da Associação Marca.

Em relação ao pedido de bloqueio dos demais valores necessários à continuidade dos serviços e apontados no cronograma pelo interventor, concedeu ainda o magistrado outro prazo de cinco dias para o Município se pronunciar previamente.

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Saúde

Contaminação por hepatite ameaça trabalho de manicures e tatuadores

Por trabalharem com instrumentos cortantes e perfurantes, sob constante risco de contato com sangue de clientes, manicures e tatuadores são alguns dos profissionais mais vulneráveis a contrair hepatite. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 33 mil novas pessoas são infectadas anualmente no Brasil por hepatites virais.

Cada vez mais, esses profissionais se tornam conscientes de que devem reforçar a proteção contra a doença, especialmente com o uso de luvas e óculos de proteção, além de realizarem a vacinação. Mesmo conhecendo os riscos, entretanto, nem todos seguem integralmente as recomendações.

“No momento que estou fazendo as unhas do cliente, tomo sempre cuidado, mas não uso luvas, embora sei que tenho que usar. Não consigo ficar com elas por muito tempo, acho desconfortável. Após fazer as unhas [das clientes], lavo as mãos  e passo álcool gel”, disse a manicure Gleiziane Abrantes, 28 anos.

Atualmente, existem três principais tipos identificados de hepatite, uma doença do fígado: A, B e C. Entre 1999 e 2011, foram registrados 120 mil casos da hepatite B e 82 mil da C. A hepatite A tem tido queda de incidência, com 3,6  mil casos em 2011.

Cada tipo de hepatite tem diferentes tipos de contágio, sintomas e tratamento. No caso da hepatite A, o tipo mais brando da inflamação no fígado, a doença é transmitida via oral, por meio de água ou alimentos contaminados. É um vírus autolimitado, que as próprias defesas do corpo do portador conseguem combater. O principal sintoma é diarreia.

As hepatites B e C são transmitidas sexualmente ou pela via sanguínea. O contágio é feito por meio de sexo sem preservativo e do uso de materiais não esterilizados e de uso compartilhado – como agulhas, alicates e instrumentos cirúrgicos e odontológicos. Os principais sintomas são febre, icterícia (aspecto amarelado na pele e nos olhos) e mal-estar. A faixa etária mais atingida por esses tipos é entre 20 e 39 anos.

A principal diferença entre os tipos B e C de hepatite é o risco de a doença se tornar crônica.  Os sintomas são semelhantes, assim como o tratamento, feito com e outros antivirais administrados concomitantemente.

O objetivo do medicamento é estimular as defesas do paciente para que o sistema imunológico combata o vírus. Segundo a médica, cerca de 70% dos casos de hepatite C não são curados e voltam a incidir. O que diferencia as hepatites B e C são testes laboratoriais.

A reincidência da hepatite pode comprometer as funções do órgão e causar câncer ou cirrose – cicatrizes que se formam no fígado, causando um endurecimento do tecido, prejudicando seu funcionamento.

Não há vacinas contra a hepatite A, tipo mais benigno da doença e mais incidente em crianças. Para o tipo C, também não há vacina. Contra a do tipo B, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina, administrada em três doses.

Para evitar a contaminação da hepatite C, a médica Celeste Silveira orienta para o uso de preservativos, a realização de exames pré-natais (para evitar o contágio de mãe para filho)  e o não compartilhamento de materiais perfurantes descartáveis, como agulhas e seringas.

Para o tratamento por meio de acupuntura, a opção é manter kit individual de agulhas.  No caso de materiais cirúrgicos e odontológicos, deve ser feita esterilização. Em salões de beleza, deve-se dar preferência ao uso individual de alicates e outros instrumentos. Em estúdios de tatuagem, deve-se observar se são usadas agulhas descartáveis.

“Eu fiz um treinamento que orienta [tatuadores] a trabalhar. Vi os riscos que corremos, todo cuidado é pouco. O curso serve para reduzir ou mesmo eliminar, os riscos de contaminação especificamente na área de tatuagem. Hoje está melhor para trabalharmos, há no mercado os materiais descartáveis. O preço ainda é alto, mas é mais seguro”, informou o tatuador Cláudio Ferreira, 38 anos.

 

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

Estudo mostra danos da poluição a profissionais que trabalham no trânsito

Os profissionais que trabalham diariamente no trânsito, expostos à poluição das ruas, estão mais sujeitos a doenças do que os que atuam em áreas menos poluídas. A conclusão está em um estudo feito, na capital paulista, por pesquisadores das universidades Federal de São Paulo (Unifesp), USP e Harvard (EUA).

Os pesquisadores acompanharam grupos altamente vulneráveis aos gases poluentes expelidos pelos veículos: 71 taxistas e 30 funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que são responsáveis pela fiscalização do trânsito. Para efeito de comparação, foi analisado um grupo menos vulnerável, de 20 trabalhadores do Horto Florestal, que fica na Serra da Cantareira, região da capital com menor nível de poluição.

Após quatro anos de pesquisa, os cientistas chegaram à conclusão de que o grupo exposto à poluição do trânsito sofreu vários tipos de danos no organismo. A pesquisa envolveu 90 cientistas, de especialidades como oftalmologia, clinica médica, cardiologia, pneumologia, patologia e até matemática.

O coordenador da pesquisa, o professor Paulo Saldiva, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, disse, em entrevista à Agência Brasil, que o ar poluído provocou inflamação nos olhos e pulmão, alterações na pressão arterial e no ritmo cardíaco, distúrbio pró-coagulante, maior tendência à obesidade, conjuntivite, rinite e maior número de quebras cromossômicas, o que significa mais risco de câncer, “tanto nas mucosas expostas, quanto nas células circulantes”, disse.

Além de professor da USP, Saldiva é membro do Comitê Científico da Universidade de Harvard e fez parte do Comitê da Organização Mundial da Saúde (OMS) que definiu padrões de qualidade do ar. Ele destacou que, além do maior risco de doenças, os taxistas e controladores de tráfego apresentaram “ações adaptativas”, ou seja, quando o corpo precisa se adaptar e trabalhar no limite, devido às situações de ruído e estresse, comuns aos grandes centros urbanos. “Por exemplo, no controle da pressão arterial, o sistema que inibe que a gente aumente a pressão está ligado no máximo”, explicou.

O estudo avaliou também as variações no estado de saúde dentro do grupo mais exposto à poluição. Ficou comprovado que, à medida que os poluentes aumentam, o organismo também piora.

As conclusões foram apresentadas durante o Seminário Científico da Poluição Ambiental. Segundo Saldiva, os estudos ainda não estão concluídos e a apresentação de hoje trouxe uma noção geral dos resultados. Os cientistas ainda formularão um relatório que será encaminhado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que financiou a pesquisa

Fonte: Estadão

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Saúde

Efeito de 30 ou 60 min de exercícios é o mesmo, diz estudo

Fazer  trinta minutos de exercícios diários são tão efetivos na redução de peso e de massa corporal quanto 60 minutos, segundo um estudo dinamarquês.

A  pesquisa realizada por especialistas da Universidade de Copenhague, acaba de ser publicada na revista científica American Journal of Physiology.

Durante 13 semanas, a equipe da Faculty of Medical and Health Sciences monitorou 60 homens obesos – porém saudáveis – que tentavam melhorar sua condição física.

Metade dos participantes seguiu um programa de uma hora de exercícios diários e a outra metade fez apenas meia hora de exercícios. Enquanto se exercitavam, os dois grupos usavam um medidor de batimentos cardíacos e um contador de calorias

Os exercícios tinham vigor suficiente para produzir suor. Os resultados do experimento surpreenderam a equipe dinamarquesa.

Em média, os participantes que fizeram 30 minutos de exercícios diários perderam 3,6 quilos em três meses. Os que fizeram uma hora de exercícios, no entanto, perderam apenas 2,7 quilos. Nos dois grupos, a perda de massa corporal foi a mesma – 4 quilos.

Segundo um dos pesquisadores, Mads Rosenkilde, os 30 minutos de exercícios ofereceram uma vantagem adicional: “Os participantes que fizeram 30 minutos de exercícios por dia queimaram mais calorias do que deveriam em relação ao programa de treinamento que criamos para eles”.

Em contrapartida, “observamos que fazer exercícios por uma hora em vez de meia hora não oferece perda adicional de peso ou gordura. Os homens que fizeram mais exercícios perderam pouco em relação à energia que queimaram correndo, andando de bicicleta ou remando”.

“Trinta minutos de exercícios concentrados dão resultados igualmente bons na balança”, concluiu.

A equipe sugeriu algumas possíveis explicações para os resultados. Segundo Rosenkilde, fazer 30 minutos de exercícios por dia é uma meta tão possível de ser alcançada que os participantes tinham vontade e energia para mais atividades físicas após sua sessão diária de exercícios.

Além disso, o grupo que passou 60 minutos se exercitando provavelmente comeu mais, portanto perdeu um pouco menos peso do que o esperado.

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Jornalismo

Prefeitura de Natal está dando calote até em hospital

Primeiro foi a parcela do 13º salário, depois o aluguel do prédio da Procuradoria Geral do Município (PGM), agora o mais novo calote da Prefeitura de Natal (descoberto por este BG, porque podem ter outros ainda obscuros) é o dado em cima dos hospitais  Médico Cirúrgico e Memorial.

De acordo com informações do médico Sebastião Paulino, repassadas através da página pessoal no Twitter, os dois hospitais particulares estão com pagamentos atrasados. Pior, as duas unidades não estão mais recebendo pacientes do Hospital Walfredo Gurgel. De acordo com o médico, são mais de 30 pacientes, entre adultos, crianças e idosos, que aguardam a quitação da dívida nos corredores do Walfredo.

Situação lamentável. Onde está o dinheiro? Só Deus e a equipe da prefeita Micarla de Sousa é quem sabem responder.

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Jornalismo

Médicos do Estado planejam nova greve

Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (21), os médicos do Estado votaram pela continuidade da paralisação, que alcança mais de 90 dias, e definiram novas ações no intuito de reforçar o movimento grevista. Entre as ações planejadas pelos profissionais estão: a solicitação de uma audiência pública na Assembleia Legislativa; e uma manifestação para denunciar a falta de condições de trabalho nos hospitais do RN. Os dois eventos ainda tem data a definir.

Para o presidente do Sindicado dos Médicos do RN, Geraldo Ferreira, o Governo do Estado, numa tentativa de desgastar o movimento, tem demonstrado intransigência, pois há 15 dias não negocia com a categoria.

Iniciada em 28 de abril, a greve dos médicos, além de melhores condições de trabalho, reivindicava um aumento de 7% no salário base e 22% em gratificação para quem está na ativa. No último dia 7 de agosto, o Sindicato apresentou nova proposta: reajuste salarial de 10%, sendo 5% em setembro e mais 5% em dezembro, ficando a discussão do aumento de gratificação, cobrança de ponto eletrônico e condições de trabalho para serem analisadas por comissão posteriormente.

Fórum de Saúde no RN
Nesta terça-feira (21), as entidades que compõem o Fórum da Saúde no Rio Grande do Norte retiraram o apoio ao Plano de Enfrentamento da Saúde do Governo do Estado. O presidente do Sinmed considerou o ato sensato, já que, desde que o Governo declarou estado de calamidade pública na saúde, nenhuma melhoria foi feita para o setor e o quadro de caos continua.

Conselho Regional de Enfermagem (COREN), MP junto ao Tribunal de Contas do Estado, Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CRMRN), e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN) foram os órgãos que desistiram de apoiar as ações do Estado.

“O Sinmed e o Sindsaúde, desde o primeiro momento, entenderam que a decretação da calamidade pública pelo governo (há 60 dias) tinha duas vertentes. Primeiro, era uma ação eleitoreira. Segundo, visava renovar contratos sem licitação e fazer compras, também sem licitação”, disse.

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Saúde

Fórum aponta falta de eficácia e retira apoio ao decreto de calamidade na saúde pública

Por Moisés de Lima, do Diário de Natal
Entidades que integram o Fórum em Defesa da Saúde decidiram retirar o apoio ao Estado de Calamidade na saúde decretado há cerca de 50 dias pelo Governo do Estado. Em audiência realizada ontem no Ministério Público, os órgãos manifestaram frustração com a pouca eficácia nas ações de enfrentamento aos principais problemas.

O Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, Ordem dos Advogados, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público votaram pela retirada do apoio na audiência, coordenada pela promotora da Saúde, Iara Pinheiro.

Na última sexta-feira expirou o prazo dado pelo Ministério Público Estadual para que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informasse qual o valor dos recursos repassados, em que ações foram aplicados e qual foi o trânsito dos valores.

Os integrantes das entidades ressaltaram que pretendem fazer encaminhamentos para que o governo possa dinamizar suas ações de forma emergencial. A primeira é a ampliação do comitê gestor da calamidade com participação de outras secretarias. A ideia seria incluir representantes da Secretaria Estadual de Planejamento, Controladoria Geral do Estado e Procuradoria Geral do Estado que dariam suporte administrativos às medidas. Atualmente o comitê é composto apenas por integrantes da Sesap.

Outro ponto é a exigência de reuniões em datas certas. “A informação que nos chegou é que eles se reúnem a cada quinze dias. Isto é quase um ‘comitê de normalidade'”, disse Iara Pinheiro

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Saúde

Unimed Natal erguerá maior hospital do Norte-Nordeste; são 10 andares e mais de 300 leitos

A Unimed Natal vai anunciar nos próximo dias a ampliação do seu hospital, localizado na avenida Antônio Basílio. A previsão é que ele venha a ser o maior do Norte e Nordeste. São mais de 300 leitos distribuídos em dez andares.

Se tudo seguir dentro do cronograma previsto, a previsão é de que a obra seja concluída em, no máximo, três anos. Além dos imóveis que a Unimed já tinha na região, foram adquiridas várias casas no entorno.

A ideia surge para atender a demanda crescente em Natal. A estrutura presente hoje, em um prédio com três andares, já não comporta toda a demanda. Ao todo, de acordo com a própria empresa de planos de saúde, existem 130 mil usuários em natal.

Além disso, a Unimed Natal segue a linha de outras cidades. Em Fortaleza e João Pessoa, os hospitais da Unimed já são os maiores da cidade.

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Jornalismo

Juiz determina que Natal assuma serviços de saúde gerenciados pelas organizações sociais

O juiz Airton Pinheiro, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, determinou que o Município de Natal, no prazo de 60 dias, assuma a execução dos serviços de saúde que foram deferidos por contrato de gestão a empresas qualificadas como “organização social” nos termos da Lei 6108/2010 (já declarada inconstitucional pelo TRJN), devendo fazê-lo diretamente ou sob outra forma legítima de delegação a terceiros, afastada a possibilidade de convalidação ou ratificação dos termos de contratos entabulados originalmente sob a égide da Lei 6108/2010.

Ele fixou multa em desfavor do Município de Natal, por cada dia de eventual “descontinuidade” generalizada no atendimento à população na UPA de Pajuçara, no valor de R$ 100 mil, cujos valores, depois de liquidados (mediante a comprovação dos eventuais dias de paralisação), serão destinados e rateados a beneficiários apontados dentre as instituições filantrópicas de assistência aos idosos, às crianças abandonadas, aos deficientes físicos e às instituições de assistência às crianças com câncer.

O magistrado confirmou na sentença a medida excepcional de intervenção judicial deferida liminarmente na ação cautelar incidental, como forma de garantir a continuidade da prestação dos serviços de saúde prestados à comunidade através da UPA-Pajuçara e nas AMES dos Bairros de Brasília Teimosa, Planalto e Nova Natal, delimitando o objeto da intervenção exclusivamente aos atos necessários à administração e à execução dos respectivos contratos de gestão celebrados com o Município de Natal, desde já fixando termo final da intervenção para o prazo de 60 dias contados da publicação da sentença.

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte ajuizou Ação Civil Pública nº 0023766-04.2010, originalmente, contra o Município do Natal e o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde IPAS, afirmando que instaurou inquérito civil com o propósito de apurar a legalidade da contratação do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde IPAS para operacionalização da Unidade de Pronto Atendimento UPA do Bairro de Pajuçara, mediante termo de dispensa de licitação, através de contrato de gestão.

O MP alegou que a proposta inicial da Secretaria de Saúde era remanejar servidores e nomear os aprovados em concurso público para o atendimento na UPA, tendo sido, inclusive, realizado processo seletivo para os servidores. Entretanto, o IPAS foi contratado, com seus empregados em regime celetista. Afirmou também que na UPA trabalhavam 140 funcionários celetistas (IPAS) e 60 médicos contratados da COOPMED e que, quando do ajuizamento da ação, havia concurso público em vigor, com candidatos aprovados que estariam sendo preteridos.

Sustentou, nos autos, vários vícios na contratação, fez alguns requerimentos liminarmente e no, mérito, reiterou os pedidos liminares e pleiteou a declaração incidental da inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 6.108/2010, além da anulação do contrato de gestão celebrado com o IPAS.

O juiz reconheceu a perda parcial do objeto, em relação à declaração de inconstitucionalidade incidental da Lei 6108/2010, posto que já definida nos termos da ADIN nº 2010.006976-8, bem como, ratificou os termos da decisão liminar na ação civil pública na parte que reconheceu a parcial perda do objeto em relação aos pedidos dirigidos contra o IPAS, à exceção de sua desqualificação como “organização social”, a qual deve ser reconhecida como procedente, em razão da inconstitucionalidade da Lei Municipal 6108/2010. (Ação Civil Pública nº: 0023766-04.2010.8.20.0001 e Ação Cautelar Incidental nº 080370-81.2012 julgamento conjunto.

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Saúde

Paralisações e escândalos prejudicam atendimento na Saúde

A sucessão de paralisações de servidores e escândalos no setor da saúde e áreas correlatas tem trazido suas consequências sobre a população. Em matéria de Jéssica Barros publicada na edição deste sábado do Diário de Natal há alguns relatos de tal realidade vivenciada por aqueles que buscam os serviços de saúde tanto na rede pública municipal.

 

Segue matéria na íntegra:

Diante dos problemas enfrentados na rede pública estadual de saúde, que ocasionaram inclusive o decreto de calamidade para o setor no início de junho deste ano, a rede do município de Natal também enfrenta suas dificuldades. Escândalos, greves de profissionais, intervenção judicial de unidades administradas pela Associação Marca, déficit de médicos pediatras são alguns dos fatores que comprometem a rede de serviços. Além da estrutura pública estadual não funcionar a contento, as poucas unidades de referência do município sofrem com a falta de condições de trabalho e sobrecarga de pacientes.

Boa parte das unidades de atendimento básico do município estão de portas fechadas devido à greve dos servidores, que se aliou à greve da Guarda Municipal e tem deixado a população sem o atendimento que lhe é de direito. No Hospital dos Pescadores, devido à greve do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat), diversos pacientes “perdem a viagem” diariamente, desde o dia 2 deste mês, quando teve início a paralisação. No Hospital Infantil Dra. Sandra Celeste, unidade municipal em que os servidores não aderiram à greve, a situação era de sobrecarga nos atendimentos, além de outros problemas estruturais da unidade.

A dona de casa Maria das Graças Santos buscou atendimento no Hospital dos Pescadores, no bairro das Rocas, para seu irmão, Marcelo, que há dois dias tem febre, diarreia e vômito. Ela já havia se dirigido ao Posto de Saúde do bairro onde mora, em Mãe Luíza, mas se deparou com a unidade de portas fechadas.

Ao chegar ao Hospital dos Pescadores, a informação dada a Maria foi de que apenas os casos gravíssimos estavam sendo atendidos e que ela buscasse auxílio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do conjunto Pajuçara, na Zona Norte de Natal. Uma verdadeira peregrinação por atendimento na rede municipal. “Eles disseram aqui no hospital que só vão atender os casos de vida ou morte, mas os médicos e os funcionários estão em greve em todo lugar e meu irmão temdireito a ser atendido”, se indigna Maria das Graças.

Maria da Luz Floriano, também dona de casa, é diabética e procurou o Hospital dos Pescadores com fortes dores na nuca. Contudo, foi mais uma paciente que esperou e não recebeu atendimento por seu caso não ser considerado de urgência. Segundo a recepcionista da unidade, Zenacleide Pinto, o hospital costuma realizar, em média, 250 atendimentos por dia, mas no período de greve a média caiu para apenas 30 pacientes assistidos por dia. Ao chegar a unidade, os doentes são reunidos na ante sala e, com um grupo formado, uma enfermeira analisa cada um e classifica quem receberá o atendimento mediante a gravidade do caso.

O Sinsenat reivindica melhores condições de trabalho aos servidores, além do cumprimento do acordo do adicional noturno que integra a pauta unificada da categoria. Entre outras reivindicações dos grevistas estão também o plano de carreira dos servidores, gratificação por plantão e o pagamento regular das férias.

Fonte: Diário de Natal

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