Diversos

Saudita é condenado por torturar filha de 5 anos até a morte: ele duvidava da virgindade dela

Um pregador islâmico acusado de espancar e torturar sua filha de cinco anos até a morte foi sentenciado a oito anos de prisão e a 600 chibatadas, informou a Comissão de Direitos Humanos da Arábia Saudita, um órgão ligado ao governo. O crime, ocorrido em Hawta, revoltou o país.

Fayhan al-Ghamdi teria duvidado da virgindade da filha. A menina, Lama, foi levada para o hospital Rei Saud em março de 2012 com várias fraturas e ficou em coma por quatro meses antes de morrer, em outubro. Segundo a comissão, Ghamdi poderia ter sido condenado à morte.

– A mãe da menina abriu mão de seu direito original de pedir a sentença de morte – contou Mohammed Almadi, da comissão. – Ela pediu que ele pague o “dinheiro de sangue” (uma indenização) em vez disso.

Syeda Mohammed Ali, que é divorciada de Ghamdi, contou que a filha foi torturada durante um período em que estava com o pai. Ela disse que o ex-marido se casou novamente e tem mais dois filhos. A segunda mulher de Ghamdi foi condenada a dez meses de prisão e 150 chibatadas por não denunciar os maus-tratos. Ambos vão recorrer da sentença.

Ghamdi é um pregador popular na região devido aos programas de TV, mas não é reconhecido pelo clero. Num país conservador onde existe a pena de morte, a sentença causou revolta nas mídias sociais.

O Globo

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *