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A Uefa decidiu nesta terça-feira pelo adiamento da Eurocopa deste ano para 2021. A confederação europeia optou por atrasar em um ano o torneio entre seleções, que seria realizado entre 12 de junho e 12 de julho, para abrir espaço no calendário para a conclusão das ligas nacionais e outros torneios entre clubes, como a Champions e a Liga Europa, fechando a temporada 2019/20 – paralisada pela pandemia do coronavírus. A Euro teria sido remarcada para 11 de junho a 11 de julho do ano que vem.
O adiamento inicialmente foi confirmado por veículos europeus, com base nas informações vazadas pelas federações da Noruega e da Suécia, e depois confirmado pelo GloboEsporte.com. A Uefa ainda não se pronunciou oficialmente, mas deve fazê-lo nas próximas horas – a medida precisa ser aprovada pelo Comitê Executivo da entidade. O torneio coincidiria durante quatro dias com a Eurocopa feminina, marcada para acontecer entre 7 de julho e 1º de agosto de 2021.
Embora já especulada nas últimas semanas, a mudança na data da Euro 2020 só foi confirmada depois de uma reunião da Uefa com os representantes da Associação Europeia de Clubes (ECA) e das 55 federações associadas, através de videoconferência nesta terça. A medida vinha sendo apontada como fundamental para abrir datas no calendário e permitir que a temporada atual seja encerrada a tempo para dar férias aos atletas e tentar iniciar 2020/21 com o menor atraso possível.
A Eurocopa de 2020 seria a 16ª da história, com aspecto especial pela comemoração de 60 anos da competição. Por isso, pela primeira vez o torneio teria diversas sedes espalhadas por todo o continente: 12 cidades em 12 diferentes países receberiam as partidas. As semifinais e a final seriam disputadas no Wembley, em Londres.
A competição já tinha 20 dos 24 participantes definidos e grupos sorteados. Restava apenas a realização da repescagem para o apontamento dos últimos quatro classificados – estes jogos aconteceriam neste mês de março. A Uefa também deve anunciar a nova data para estas partidas.
Os clubes solicitaram o adiamento à Uefa, tratando-o como medida fundamental para a realização do restante das rodadas das ligas nacionais. As equipes chamaram a atenção para os problemas que a interrupção dos campeonatos poderiam causar, não apenas nas questões técnicas da disputa dos campeonatos, mas também financeiras. Os clubes sofreriam grandes perdas relacionadas a bilheteria e outras receitas de dias de jogos e teriam dificuldade de pagar os atletas e funcionários.
De acordo com o “New York Times”, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, liderou a videoconferência participando de sua casa, na Eslovênia. Depois de conversar com representantes dos clubes, do sindicato de jogadores (FIFPro) e federações nacionais. A decisão pelo adiamento da Euro teria sido tomada após uma troca de e-mails.
Também ficou decidida a criação de dois grupos de trabalho especificamente para tocar as mudanças no calendário e para lidar com as consequências financeiras do adiamento.
O adiamento da Eurocopa e da Copa América para o ano que vem deve mudar os planos da Fifa com relação ao novo Mundial de Clubes, que seria realizado no meio de 2021, na China. A entidade máxima do futebol também não se manifestou, ainda, sobre as mudanças no calendário de torneios de seleções.
Globo Esporte
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