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Veterano da Segunda Guerra reencontra três irmãos italianos que salvou em 1944

Foto: Antonio Calanni / AP

Mais de sete décadas separam o abraço fraterno entre o americano Martin Adler e os irmãos italianos Bruno, Mafalda e Giuliana Naldi da foto em preto e branco que Martin guardou em sua casa como um tesouro de guerra.

No fim de agosto, aos 97 anos, o ex-soldado Martin Adler viajou até a Bolonha, na Itália, para finalmente realizar o desejo de reencontrar os irmãos italianos que ele salvou durante a Segunda Guerra Mundial.

O reencontro histórico foi possível graças à filha de Adler. Decidida a ajudar o pai em seu desejo antigo, ela postou a foto nas redes sociais e contou aquela história. Um jornalista italiano encontrou a publicação, se interessou por ela e topou ajudar.

Especializado em segunda guerra, o jornalista conseguiu identificar o regimento e a localização de Martin na época por um detalhe na foto. Assim, encontrou os irmãos Naldi e colocou os quatro em contato.

1944, uma quase tragédia

Era outubro de 1944, na cidade de Cassano di Monterenzio, ao sul de Bolonha, quando os países aliados faziam uma ofensiva na região. Os soldados realizavam uma busca de porta em porta atrás de militares alemães.

Eles andavam cautelosos quando viram um objeto que parecia uma caçamba coberta se mover. Imediatamente, se prepararam para atirar contra ela, pensando se tratar de algum alemão escondido.

Os dois soldados estavam com as armas apontadas quando uma mulher desesperada surgiu e se colocou à frente deles. Ela chorava e gritava “bambini, bambini, bambini”, que significa crianças em italiano.

Duas meninas e um menino pularam, assustados, de dentro do esconderijo. Era, na verdade, um berço protegido com vime pela mãe quando viu a ação dos militares.

Adler, então, baixou a arma e orientou que o colega fizesse o mesmo. Em seguida, tirou a foto com as crianças e o momento ficou imortalizado. Na foto antiga, ele aparece sorridente ao lado dos três, vestidos impecavelmente. A mesma alegria era registrada agora. “Olhem o meu sorriso”, disse, empolgado.

O veterano diz que a mãe destemida é a verdadeira heroína da história. “Você consegue imaginar se jogando na frente de uma arma e gritando com soldados?”, disse ele em entrevista à Associtaed Press.

Em meio às memórias aterrorizantes da guerra, aquelas três crianças foram algumas das poucas boas lembranças que o veterano guardou desse tempo. E essa lembrança o ajudou durante as crises e pesadelos causados pelos traumas bélicos.

Giuliana Naldi, a mais nova dos irmãos, se recorda do momento. Ela lembra de ter subido e visto que eles sorriam de alívio por não terem atirado, mas era tão pequena que não se deu conta, no dia, do perigo que correu.

Mas guarda uma memória gostosa: os chocolates que recebeu dos soldados depois do susto.

G1

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Política

Trump invoca lei de guerra contra o coronavírus e compara esforços à Segunda Guerra Mundial

Foto: Jonathan Ernst / Reuters / 17-03-2020

Em entrevista ao lado da força-tarefa da Casa Branca para combater o novo coronavírus nesta quarta-feira, o presidente Donald Trump disse que a pandemia de Covid-19 é sem precedentes, referindo-se a si mesmo como um “presidente de tempos de guerra”, e comparou o cenário à Segunda Guerra Mundial. Durante a entrevista, o presidente anunciou ainda que invocará a Lei de Produção de Defesa para acelerar a produção de máscaras, luvas e equipamentos hospitalares no país, que tem casos da doença em seus 50 estados.

A lei extraordinária foi criada em 1950, durante a Guerra da Coreia, buscando aumentar a mobilização civil e militar. Ela autoriza o presidente a estabelecer mecanismos para alocar materiais, serviços e organizações para promover a defesa nacional, obrigando empresas a firmarem contratos com esta finalidade. Ele também autoriza a Casa Branca a controlar a economia civil para que não faltem materiais essenciais. A medida foi usada esporadicamente durante a Guerra Fria e posteriormente.

A lei emergencial invocada nesta quarta, segundo o presidente, será utilizada para fabricar “milhares e milhares” de ventiladores mecânicos, entre outros equipamentos hospitalares. Trump disse ainda que o Departamento de Habitações e Desenvolvimento Urbano suspenderá todos os despejos até abril, buscando amenizar os impactos econômicos da pandemia. Segundo a Casa Branca, no pior cenário, a taxa de desemprego no país pode chegar a 20%.

— Toda geração de americanos foi convocada a fazer sacrifícios para o bem da nação — disse o presidente, comparando a crise com a Segunda Guerra Mundial. — Nós vamos derrotar o inimigo invisível, será uma vitória total.

Segundo o vice-presidente Mike Pence, a capacidade de testes para detectar o Sars-CoV-2 vem tendo aumento diário “na casa dos milhares” — o número limitado vem sendo alvo de críticas nacionais e internacionais. Ele voltou a reiterar, no entanto, que não devem ser realizados testes em massa, diferentemente do que recomendou a Organização Mundial da Saúde.

Trump afirmou que o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) está trabalhando para determinar se um autoteste de saliva seria eficiente para diagnosticar o vírus — algo que o presidente classificou como “muito mais agradável” que o exame de sangue a que foi submetido e testou negativo. O líder americano reforçou ainda o início dos testes em humanos, no estado de Washington, de uma vacina para a Covid-19. Caso seja eficaz, ela pode levar entre 12 e 18 meses para ser produzida em massa.

Em paralelo, junto à legislação de guerra, será assinada também uma segunda lei que permitirá aos Estados Unidos devolver imigrantes que tentarem cruzar a fronteira sul do país que, segundo o presidente, continuará aberta. A medida soma-se à política anti-imigração linha-dura do governo americano para conter o número de pessoas que entram no país pelo México.

Risco para os jovens

No briefing diário da equipe que coordena os esforços do governo americano para combater a pandemia, Trump também disse que enviará dois navios de assistência hospitalar para o porto da cidade de Nova York, como havia sido anunciado previamente pelo governador Andrew Cuomo, e para a Costa Oeste — as embarcações deverão seguir para seus destinos já nas próximas semanas. O navio USNS Comfort, que será enviada para a metrópole atlântica, tem capacidade para mil leitos, 80 deles de terapia intensiva.

O governo também aconselhou que todas as cirurgias eletivas sejam suspensas, fazendo um apelo para que os americanos respeitem as diretrizes anunciadas na segunda para que evitem sair de casa para tarefas não essenciais, trabalhem remotamente, quando possível, e não se reúnam em grupos com mais de 10 pessoas.

A coordenadora da força-tarefa, a médica Deborah Birx, disse ainda que os especialistas em saúde pública estão preocupados com os números da epidemia na Europa de que millennials podem ser “desproporcionalmente infectados” quando comparados com outras faixas etárias, o que pode refletir na quantidade de casos graves em países como a França e a Itália. Ela, no entanto, disse que não há, até o momento, taxas de mortalidade significativas entre crianças e bebês.

Trump, que voltou a se referir à Covid-19 como “gripe chinesa”, foi questionado por repórteres se achava que o termo era racista e poderia aumentar o preconceito entre americanos de origem asiática:

— Não é nem um pouco racista, nem um pouco — disse o presidente. — Ele vem da China. É por isso.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. No Brasil enquanto esses esquerdopatas insanos continuam tentando culpar o presidente por tudo de ruim que ocorre no mundo, o governo federal continua fazendo sua parte. Não fossem esses anti patriotas, o Brasil estaria muito melhor. E o RN como está? Vamos bem?

  2. Aqui, o IFRN e a UFRN estao colocando parte dos seus servidores para trabalhar e expondo eles ao vírus! As pessoas tem q ter o direito de ficar em suas casas!

    1. vc fala isso porque o seu salario ta garantido !! va trabalhar na iniciativa privada.

    2. não trabalho em nenhuma das duas mas o que Fernando falou faz sentido. Se você é da iniciativa privada paulo, já estão sendo tomadas iniciativas por paulo guedes para assegurar os SEUS direitos. Isso não lhe dá direito de estar revoltado porque nunca passou em um concurso.

    1. O Brasil está melhorando, e blábláblá. Bolsonaro também encanta jumentos, não é só o Lula.

    2. É o fantástico mundo do Flavius. E o dólar chegou a 5,20.

      A culpa deve ser do PT, do Maduro, Fidel Castro, Mao Tsé-Tung, Lenin, Brejenev, Kruschev, Thomas Shelby, Karl Marx…

      Algum desses comunistas…

    3. O Ceará-mundão já virou sinônimo de alienado… tipo: fulano, deixa de ser Ceará-mundão!!!!

    4. O que tem a ver, "cumpanhero"? Estou certo que vc não se incomoda nem um pouco com os comentários que esquerdopatas como esse Everton fazem por aqui. O PT dividiu o Brasil, meu caro. Só que hoje se incomodam porque perderam o monopólio das ruas e dos discursos. Até porque não passam de meros papagaios, repetindo os "mantras" que seus "donos" lhes mandam vomitar. Não pensam, na verdade.

    5. Se meus comentários incomodam gente como vc, "cumpanhero", é sinal de que estou do "lado" certo. É um incentivo para continuar.

    6. Pense num trio, esse que está comentando por aqui. Típicos dessa turma.

    7. E são meus fãs? Fundem um fã clube e me chamem prá inauguração, talkey? Kkkkkkkkkk.

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