Saúde

Crianças precisam de mais micróbios e menos antibióticos para crescerem saudáveis, segundo cientistas

Fotos via Unsplash

A mania por limpeza é um hábito que atrapalha o desenvolvimento da imunidade nos pequenos. Cientistas pedem que deixemos de lado o vício em álcool gel e ditam: criança precisa mesmo é de micróbios.

Isso significa que, ao invés de proteger a saúde, o excesso de higiene pode, na verdade, oferecer riscos ao organismo infantil. Não entenda mal, lavar as mãos ainda é uma ótima maneira de prevenir doenças, mas água e sabão são o suficiente.

É o que aponta a microbiologista Marie-Claire Arrieta, coautora do livro Let Them Eat Dirt: Saving Our Children from an Oversanitized World (algo como “Deixe que comam sujeira: salvando nossos filhos de um mundo superhigienizado“). Segundo ela, desinfetantes para mãos, sabonetes bactericidas e antibióticos estão sendo usados em excesso para proteger as crianças dos micróbios, mas estas substâncias podem fazer mais mal do que bem às crianças.

Em entrevista ao blog The Star, Marie-Claire, que atua como professora na Universidade de Calgary, explica que estuda os micróbios que vivem em nosso intestino e as pesquisas mais recentes neste campo indicam que a saúde deste bioma durante a infância é crucial para o restante de nossa vida. A autora esclarece ainda que os micróbios são os responsáveis pelo desenvolvimento do nosso sistema imunológico – sem eles, o organismo humano não seria capaz de se defender de infecções.

A microbiologista esclarece a possível relação entre os micróbios e o desenvolvimento de diversas condições de saúde, que englobam desde alergias até autismo, através do que tem sido chamado de “hipótese da higiene”. “A hipótese da higiene tenta explicar por que as alergias, assim como a obesidade, as doenças inflamatórias intestinais e até mesmo o autismo, são doenças em alta. E isso não é explicado apenas pelos genes. Nossos genes simplesmente não mudam tão rápido. Pesquisas mostram consistentemente que essas mudanças na exposição precoce de micróbios estão causando o aumento dessas doenças“, diz.

Marie-Claire oferece algumas dicas aos pais que pretendem se assegurar de que seus filhos desenvolvam os micróbios necessários à saúde. Uma delas é deixar as crianças interagirem com animais de maneira segura – e isso vale principalmente para cachorros. Outra tarefa é ainda mais simples: parar de limpar tudo que a criança coloca na boca.

“A higiene é crucial para a nossa saúde. Não devemos parar de lavar as mãos, mas devemos fazê-lo em um momento em que seja eficaz na prevenção da disseminação de doenças – antes de comermos e depois de usarmos o banheiro. Qualquer outra hora não é necessário“, conclui a pesquisadora.

Hypeness

 

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Diversos

Segundo cientistas, asteroide que exterminou os dinossauros “não poderia ter caído em um lugar pior”

Segundo os cientistas, não poderia haver pior lugar para o asteroide de 15km de diâmetro responsável pela extinção dos dinossauros ter caído. Para chegar à conclusão, os pesquisadores perfuraram rochas do oceano do Golfo do México atingidas pelo asteroide há 66 milhões de anos. De acordo com o site da BBC, o asteroide atingiu uma área rasa do mar, chocou-se com as rochas de gesso mineral liberando alta quantidade de enxofre na atmosfera, prolongando o período de “inverno global”. Como os gases de enxofre são tóxicos e densos, caso o asteroide tivesse caído em outra região, poderia ter outro final.

“É aí que está a grande ironia da história, porque no final das contas não foi o tamanho do asteroide, a escala da explosão ou seu impacto global que levou à extinção dos dinossauros; foi onde o impacto ocorreu“, explicou o biólogo Ben Garrod.”Se o asteroide tivesse caído momentos antes ou depois, em vez de atingir a costa de águas rasas, ele poderia ter se chocado com o oceano profundo“, completou.

“Um impacto nos oceanos Atlântico ou Pacífico significaria muito menos rochas vaporizadas – incluindo o mortal gesso. A nuvem seria menos densa, e a luz do sol poderia ter chegado à superfície do planeta, ou seja, o que aconteceu poderia ter sido evitado“. “Naquele mundo frio e escuro, a comida nos oceanos acabou em uma semana, e os alimentos em terra firme, pouco depois, interrompendo subitamente a cadeia alimentar. Sem nada para comer em lugar algum do planeta, os imponentes dinossauros tiveram pouca chance de sobrevivência“.

Entre abril e maio de 2016, Ben Garrod ficou na plataforma de perfuração a 30km de distância da Península Yucatan, no México –lugar em que uma expedição milionária estuda o ocorrido. No local foram coletados núcleos de rochas a 1,3km de profundidade no mar do golfo. O material estava em área da cratera conhecida como “anel de pico”. Ao analisar o conteúdo, a equipe coordenada pelos professores Jo Morgan e Sean Gulick, desejam reconstruir o impacto e as mudanças ambientais ocasionadas por ele.

Segundo os pesquisadores, o asteroide de 15km de diâmetro causou um buraco de 100km de extensão e 30km de profundidade na crosta terrestre. Posteriormente a área impactada colapsou e a cratera adquiriu 200km de extensão. O centro da cratera colapsou novamente e produziu um anel interno. Atualmente, grande parte da cratera está enterrada no mar, sob 600m de sedimentos. As bordas da cratera estão cobertas por calcário e formam diversas dolinas – cavidades naturais nas rochas dissolvidas pela água e que se tornaram atrações turísticas.

Jornal Ciência via BBC

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Diversos

A probabilidade de estarmos sozinhos no Universo é mínima, segundo cientistas

Tenho uma grande dificuldade em aceitar a ideia de que estamos sozinhos no Universo. E sei que não sou o único: muitos cientistas estudam isso há tempos, e agora um grupo de especialistas mediu qual é a possibilidade de que nenhum outro canto do Universo tenha desenvolvido vida inteligente além do nosso pálido ponto azul.

O estudo conduzido por Adam Frank e Woody Sullivan, da Universidade de Rochester, nos EUA, calculou qual a probabilidade de, em 13,8 bilhões de anos, apenas a Terra ter desenvolvido vida inteligente. O estudo foi publicado na Astrobiology e usou fatores já conhecidos para calcular a resposta.

O vídeo abaixo, produzido por Salvador Nogueira do Mensageiro Sideral, explica um pouco melhor o estudo.

Então, no fim das contas, a chance de que nenhum outro lugar do Universo ter desenvolvido vida inteligente é mínima: 1 em 10 bilhões de trilhões. Como Salvador Nogueira explicou:

Isso significa que, mesmo que você pense que a chance de um planeta desenvolver vida inteligente seja absurdamente pequena, algo como 1 em 1 trilhão, ainda assim teria de concordar que devem ter existido cerca de 10 bilhões de civilizações espalhadas pelo cosmos em toda a sua história. É um bocado de ETs.

Podemos dizer que estamos sozinhos no Universo? Até podemos, mas a chance de que exista (ou tenha existido) vida como a nossa em outro lugar é grande. Então nada de descanso – vamos continuar a nossa busca.

Gizmodo, UOL

Opinião dos leitores

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Diversos

Catástrofe iminente: universo já começou a entrar em colapso, segundo cientistas

5jr7p0w3rg_1rcw8ckftg_fileCientistas acreditam que o colapso do nosso Universo é iminente e vai acontecer antes do que o esperado. De acordo com um novo estudo, as galáxias podem rasgar-se em vários pedaços.

Calma, essa situação é prevista para daqui a dezenas de bilhões de anos – o que parece muito tempo para seres humanos comuns – mas é considerado um tempo “curto” para os cosmólogos.

Caso a teoria esteja certa, ela poderia explicar a presença de energia escura e porque a taxa de expansão do Universo sofreu uma aceleração.

Os cientistas Nemanja Kaloper, da Universidade da Califórnia (EUA) e Antonio Padilla, da Universidade de Nottingham (Inglaterra). Em entrevista ao site Phys.org, Padilha afirma que a energia escura é uma pista do colapso.

– O fato de nós vermos energia escura pode ser levado como uma indicação da destruição iminente e estamos tentando olhar para os dados e encontrar números para a data do término.

Chamada de energia escura, essa força misteriosa pode ser observa em modelos que mostram a expansão do Universo. Entretanto, os cientistas ainda não conseguem explicar o que exatamente seria essa energia.

Os cientistas ainda verificam se o prazo de dezenas de bilhões de anos para o colapso é verdadeiro.

Padilha ainda explica que o mecanismo proposto nessa teoria pode ajudar a resolver questões sem resposta da Física, incluindo o problema conhecido como constante cosmológica.

Einstein teve a ideia de uma constante cosmológica, que seria o valor da densidade de energia uniforme que permeia o espaço. A constante foi usada por Einstein para explicar porque o Universo não estaria desmoronando.

Entretanto, o paradigma mudou em 1998, quando pesquisadores anunciaram que a taxa de expansão do Universo havia acelerado.

Como resultado, a constante cosmológica teria um valor diferente de zero, e muitos acreditam que a expansão é um sinal de colapso iminente.

Mas a previsão da densidade da energia criando a expansão é muito maior do que a observada. Segundo os pesquisadores, o Universo deve deixar de crescer e chegar a um ponto crítico onde começará a diminuir, o que é chamado de O Grande Colapso.

Também chamado de Big Crunch, em inglês, a teoria afirma que o futuro do Universo é contrair-se, devido à atração gravitacional e entrar em colapso sobre si mesmo.

O “fim do mundo” deve acontecer só daqui a bilhões de anos, mas já preocupa os cientistas e é considerado inevitável por muitos teóricos.

O processo que leva ao colapso já começou, segundo os cientistas.

R7

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