Diversos

Senado aprova projeto que pretende facilitar empréstimo a pequena empresa

Foto: Ilustrativa

O Plenário do Senado aprovou ontem o projeto que cria a Empresa Simples de Crédito (ESC), a ser capaz de realizar operações como empréstimos, financiamentos e descontos de títulos. O objetivo é tornar mais barato o crédito para microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. O PLC 135/2018 segue para a sanção presidencial.

“A pequena empresa neste país gera mais de 12 milhões de empregos. Agora se abre a oportunidade para que os pequenos negócios possam ser financiados com capital próprio dos pequenos empreendedores. É um passo importante que se dá no sentido de melhorar o ambiente de negócios e de estimular a economia”, disse o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

O projeto também cria um regime especial simplificado de tributação para startups. O Inova Simples prevê um tratamento diferenciado para estimular a criação, a formalização, o desenvolvimento e a consolidação das empresas de inovação. O texto classifica a startup como aquela empresa criada para aperfeiçoar sistemas, métodos e modelos de negócio, produção, serviços ou produtos.

Juros

Humberto Costa (PT-PE) disse que a aprovação do projeto significa uma ajuda inestimável à pequena empresa, que fica minimamente protegida das altas taxas de juros e ganha uma alternativa de crédito. Ele e o senador Flávio Arns (Rede-PR) homenagearam o autor do texto, deputado Pedro Eugênio (PT-PE), que morreu em 2015.

De acordo com o projeto, a ESC pode atuar apenas no município onde estiver instalada ou em cidades vizinhas e deve se organizar como empresa individual de responsabilidade limitada, empresário individual ou sociedade limitada entre pessoas físicas. Uma mesma pessoa não pode participar de mais de uma ESC, mesmo que em municípios diferentes.

“Essa iniciativa vem em boa hora porque vai criar um crédito municipal. Essas empresas terão existência apenas nas suas cidades ou em cidades circunvizinhas. Vai ser aquele crédito antigo, do olho no olho, da pessoa que conhece o outro e sabe que pode emprestar o dinheiro e que depois vai receber” comemorou o senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Ele e o senador Eduardo Braga (MDB-AM) ponderaram que o projeto é apenas um passo inicial para a desconcentração do crédito no país e que é preciso fazer mais. Para Braga, o governo precisa admitir novos bancos de varejo para estabelecer uma concorrência no sistema de crédito que possa trazer taxas de juros menores para os micro e pequenos empresários.

Capital e tributos

Embora desempenhe atividades típicas do sistema financeiro, a Empresa Simples de Crédito não pode se identificar como um banco. O valor de todos os empréstimos, financiamentos e descontos de títulos concedidos pela ESC não pode superar o valor do capital declarado pela entidade.

A receita bruta anual da ESC fica limitada a R$ 4,8 milhões. A remuneração da empresa só pode ocorrer pela cobrança de juros. Fica proibido o pagamento de tarifas ou qualquer outro encargo. A ESC também fica impedida de realizar captação de recursos ou emprestar dinheiro a entidades da Administração Pública.

Todas as operações devem ser registradas em entidades autorizadas pelo Banco Central ou pela Comissão de Valores Mobiliários. Essas informações podem ser usadas pelo Banco Central para fins estatísticos e de controle do risco de crédito. O projeto também inclui a ESC entre as entidades que devem ser controladas com base na Lei da Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/1998), assim como as empresas de leasing e factoring.

A Empresa Simples de Crédito não pode recolher tributos na forma do Simples Nacional. O texto estabelece ainda uma regra especial para a cobrança do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A base de cálculo de cada um desses tributos é de 38,4% da receita bruta da ESC. Para outras pessoas jurídicas, a base é de 8%, no caso do IR, e 12%, no caso da CSLL.

Inova Simples

Para as startups, o projeto prevê um rito sumário para abertura e fechamento de empresas, por meio do portal da Rede NacAonal para Simplificação do Registro da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). Os empreendedores devem fornecer algumas informações cadastrais, como endereço e CPF, e descrever a área de atuação startup. A sede pode funcionar em endereço comercial, residencial ou misto, inclusive em instituições de ensino, empresas juniores, incubadoras, aceleradoras e espaços compartilhados de trabalho (coworking).

Após o cadastro, o empreendedor tem acesso a um número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e deve abrir uma conta bancária para captar recursos dos proprietários, investidores, linhas de crédito e outras fontes. Em caso de falência, a baixa do CNPJ será automática após autodeclaração no portal Redesim. No mesmo portal, o usuário pode ter acesso a um canal de comunicação com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para o registro de marcas e patentes.

O relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) foi o ex-senador Armando Monteiro (PE), que também teve o trabalho elogiado pelos colegas.

UOL, via Agência Senado

 

Opinião dos leitores

  1. 1o projeto do PT que vejo sem propina, os outros dos petralhas sempre tinha propina pelo meio, conforme cofessou o ex ministro da casa civil petralha Palocci

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Diversos

Senado aprova projeto que obriga agressor a ressarcir SUS em caso de violência doméstica

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O Senado aprovou nessa terça-feira (19) um projeto que obriga o agressor a ressarcir o Sistema Único de Saúde (SUS) em caso de violência doméstica ou familiar.

A proposta altera a Lei Maria da Penha e já foi aprovada pela Câmara, mas, como foi modificada pelos senadores, será novamente analisada pelos deputados.

Pela proposta, o agressor condenado deverá pagar os custos do SUS com os serviços prestados à vítima.

Ainda conforme o projeto, os recursos ressarcidos serão destinados ao ente público ao qual pertence a unidade de saúde que prestou o atendimento à mulher.

Esse foi um dos pontos modificados pelo Senado em relação ao texto aprovado pela Câmara.

Pela proposta enviada pelos deputados, o dinheiro seria revertido ao fundo de saúde do estado ou município responsável pela unidade de saúde que atendeu a vítima.

Outros itens

A proposta aprovada nessa terça também determina que:

não poderão ser usados, no ressarcimento, recursos da vítima ou dos dependentes;

o ressarcimento não poderá ser atenuante ou substituir a pena aplicada na esfera criminal;

o agressor terá de pagar os dispositivos de segurança usados no monitoramento de vítimas de violência doméstica.

“Não é justo que a sociedade seja onerada, ainda que indiretamente, por causa de ilícitos cometidos pelos agressores da violência doméstica. Já era tempo de se estabelecer a responsabilidade do agressor em ressarcir essas despesas, que, cabe ressaltar, não existiriam se ele não tivesse praticado o delito”, afirmou o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), relator da proposta.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Sou totalmente contra a violência!!!
    Mais aqui cabe uma pergunta… E se o agraessor não tiver condições de pagar ? Vai para fichas do SPC, SERASA, etc… este deputado será que questionou e estudou este projeto ? ou o fez só pra encher linguiça ? Impressionante a falta de preparao destes parlamentares.

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Diversos

MENOS BUROCRACIA: Senado aprova projeto que agiliza processo de adoção

O plenário do Senado aprovou em votação simbólica nessa quarta-feira, 25, o Projeto de Lei da Câmara 101/2017, que promete agilizar os procedimentos para adoção de crianças e adolescentes. O texto será enviado para sanção do presidente Michel Temer.

O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mudando uma série de procedimentos e formalizando prazos para reduzir a burocracia na adoção.

O projeto concede licença-maternidade de seis meses para mulheres que adotarem ou obtiverem guarda judicial para fins de adoção de adolescentes – atualmente o direito é exclusivo para quem adota crianças. Também estende aos empregados a estabilidade provisória das grávidas. Em fase de amamentação dos filhos adotivos até seis meses de idade, elas também terão direito a dois descansos de meia-hora cada na jornada de trabalho.

Proposta é de autoria do deputado Augusto Coutinho (SD-PE) e foi relatada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), no Senado. Foto: André Dusek/Estadão

Prazos – A norma prevê uma reavaliação a cada três meses, por uma equipe multidisciplinar, de crianças e adolescentes que fazem parte de programas de acolhimento familiar ou institucional, para fins de reintegração ou colocação em família substituta.

O período máximo de acolhimento institucional, em abrigos, não poderá se prolongar por mais de 1 ano e 6 meses, salvo por autorização de um juiz.

O estágio de convivência para adoção será de 90 dias, podendo ser prorrogado pela Justiça de Infância e da Juventude. Se os pais adotivos residirem fora do País, o prazo varia entre 30 e 45 dias, mas deve ser cumprido no Brasil. O tempo estabelecido para a conclusão da adoção é de 120 dias, podendo ser prorrogado uma vez pelo mesmo período.

O texto prioriza nos cadastros de candidatos pessoas interessadas em adotar crianças e adolescentes com deficiência, doença crômica ou necessidades específicas de saúde, além de grupos de irmãos.

Outra inovação é a previsão legal do apadrinhamento, por parte de pessoas maiores de idade não inscritas em cadastro de adoção e empresas, de crianças e adolescentes acolhidas em abrigos, orfanatos ou famílias.

A prioridade será dada para menores com chances remotas de reinserção familiar ou colocação em família adotiva. A intenção é dar às crianças uma convivência externa aos ambientes e apoio social, educacional, financeiro e cognitivo, entre outros.

A nova lei também autoriza o cadastro para adoção de bebês recém-nascidos e dos que não forem procurados pela família biológica em até 30 dias. A proposta original é de autoria do deputado Augusto Coutinho (SD-PE) e foi relatada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), no Senado.

No Cadastro Nacional de Adoção, há cerca de 7,4 mil crianças. E há no País mais de 46 mil crianças que vivem em quase 4 mil entidades acolhedoras credenciadas na Justiça, aponta o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas.

Estadão

 

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Diversos

Senado aprova projeto que altera ECA e aumenta internação de menores que cometerem crimes graves

5lqgovdbia_45blm6vpu9_fileApesar dos protestos de senadores, o plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (14) o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que altera o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e aumenta o tempo de internação de menores infratores que cometem crimes hediondos e homicídio doloso. O texto segue agora para a apreciação na Câmara dos Deputados.

O projeto, aprovado por 43 votos a 13, foi um substitutivo apresentado à proposta pelo senador José Pimentel (PT-CE). O petista, porém, acatou a versão original de Serra, que aumentava o prazo da pena de três para dez anos. Originalmente, Pimentel defendia o tempo máximo de oito anos.

O texto aprovado também prevê que os menores infratores que cometerem crimes graves fiquem em uma ala separada dos demais. Em outra frente, a proposta também endurece a pena de adultos que usarem menores para praticar crimes.

Apesar de ser uma ideia de Serra, o projeto recebeu o apoio do Palácio do Planalto, que o vê como uma alternativa à proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), no entanto, liberou a bancada para votar como quisesse.

Ao anunciar que abriria a ordem do dia com a apreciação da proposta, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi interpelado pelos seus pares, que pediram mais tempo para discutir a proposta. Os senadores cobraram de Renan a promessa que o peemedebista tinha feito de criar uma comissão para analisar tanto a proposta de alteração no ECA quanto de redução da maioridade penal.

“Esse tema é um tema muitíssimo importante. Não dá para votar uma mudança tão importante no ECA sem uma discussão mais aprofundada”, disse o petista Lindbergh Farias (RJ). O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) argumentou que a criação da comissão suspendia o debate do projeto.

Foi colocado em votação um requerimento para decidir se o projeto seria votado ou não. Por 35 votos a 32, os senadores rejeitaram a proposta de adiar discussão do projeto.

O autor da proposta, Serra aproveitou a proximidade quem tem mantido com o presidente da Casa para pedir que o projeto fosse apreciado. Na última segunda-feira (13), o senador chegou a procurar parlamentares contrários à aprovação do projeto, inclusive o senador Fernando Collor (PTB-AL), para tentar convencê-los da importância da matéria.

R7 com Estadão

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Política

Às pressas, Senado aprova projeto que inibe criação de novos partidos

Às pressas e com apoio do PMDB e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a Casa aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que freia a criação de novas legendas. O projeto estabelece uma quarentena para que novas legendas possam se fundir a outras e impede que eleitores filiados a outras legendas assinem a ficha de criação de novos partidos.

Na prática, a manobra é para evitar a articulação comandada pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, em torno da criação de um novo partido a fim de reduzir a dependência da presidente Dilma Rousseff em relação ao PMDB. A medida também, em tese, pode prejudicar a criação da Rede, de Marina Silva. O projeto vai agora à sanção da presidente Dilma.

O próprio Renan decidiu colocar o projeto em votação, em tempo recorde. Na sessão, foi aprovada a urgência para a inclusão da proposta em pauta e, em seguida, o próprio projeto. A proposta foi aprovada no último dia 25 pela Câmara e na noite de segunda-feira o presidente do Senado ligou para os líderes partidários, avisando que queria colocar o projeto em pauta nesta terça-feira.

Na reunião de líderes desta terça-feira, Renan aprovou a intenção. Apenas o PT não concordava, e o líder do partido no Senado, Humberto Costa (PE), acabou liberando a bancada. Mas senadores como Lindbergh Farias (PT-RJ) votaram contra.

A proposta é de autoria do líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE).

— Não somos contra a fusão. Queremos é disciplinar. Agora, não dá para fazer malandragem na política — disse Eunício.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu o projeto. Ele disse que partidos como PT e PSDB são grandes porque foram criados de maneira correta.

O texto incluiu na lei dos partidos a obrigatoriedade de comprovar o apoio de cerca de 485 mil eleitores que não estejam filiados a outro partido. Hoje a lei fala apenas no apoio de eleitores, sem restringir a filiação a outra legenda,

O projeto diz que somente será admitida a fusão ou incorporação de partidos que tenham obtido o registro definitivo há pelo menos cinco anos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Atualmente, a migração para uma nova legenda não implica na perda do mandato conquistado nas urnas. Ou seja, não seria interpretada como infidelidade partidária.

Kassab estaria negociando para criar o PL e uní-lo ao PSD. A manobra de criar o novo partido e, posteriormente fazer a fusão com o PSD e outras legendas garantiria à nova legenda tempo de TV para a propaganda partidária e eleitoral e fundo partidário. Depois da criação do PSD, PROS e Solidariedade, o Congresso Nacional aprovou lei impedindo que legendas criadas após as eleições pudessem levar consigo o tempo de TV e o fundo partidário relativo aos deputados que deixassem suas legendas e migrassem para os novos partidos.

O projeto aprovado restringe ainda mais a saída de parlamentares das legendas pelas quais foram eleitos deixando claro que, se houve fusão ou incorporação de legendas com mais de cinco anos de registro definitivo, o parlamentar que sair não levará com ele os votos obtidos para efeitos de tempo de TV e fundo partidário. A lei dá uma janela de 30 dias para que um deputado, insatisfeito com a fusão, deixe a legenda.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Cunha e Renan, ambos da ala fisiológica do PMDB, fingem-se de honestos e bradam a fazer cara feia mostrando os dentes a Presidente, apenas porque querem que a mesma aja como no passado, onde se interferia em processos, mandando arquivá-los ou simplesmente dar um "embargo de gaveta" (tempos de Gilmar Mendes-o engavetador geral da república de FHC).
    Como Dilma não interferiu e nem pretende, os dois fazem "muchocho" com ameaças diretas e veladas de se rebelarem chutando o pau da barraca e fazendo oposição ao Governo do qual eles mesmos fazem parte.
    Só pode mesmo ser uma piada!

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