Confissões inéditas do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, contadas à Polícia Federal, revelam que o grupo Globo sabia do esquema criminoso de compra de votos envolvendo o estado e o Comitê Olímpico Internacional – para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos jogos de 2016. Se aproveitando da relação próxima com Cabral, os executivos da Globo fizeram um pacto: assegurar, a qualquer custo, a compra exclusiva dos direitos da Olimpíada. O medo era perder, mais uma vez, o direito de transmissão para a concorrência. Assista à integra da terceira reportagem da série O Lado Oculto do Império.
O ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo foram convocados para audiência na 32ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), nesta quinta-feira, no processo em que são réus pelo uso irregular de helicópteros do governo do estado. Cabral afirmou, segundo a assessoria do TJ-RJ – que teve acesso ao depoimento -, que fazia as viagens sob recomendação de seu gabinete de segurança e que não infringiu nenhuma norma, mas admitiu “excessos”.
O ex-governador e sua mulher foram denunciados por peculato devido ao uso das aeronaves para 2.501 voos de caráter pessoal, causando prejuízos de mais de R$ 45 milhões aos cofres públicos, segundo o Ministério Público do Rio (MP-RJ). Embora o processo não seja sigiloso, o juiz André Felipe Veras de Oliveira impediu o acesso de jornalistas à audiência. O depoimento de Cabral, iniciado pouco depois das 13h, durou cerca de duas horas e quinze minutos. Adriana Ancelmo prestou depoimento em seguida, também por cerca de duas horas.
Este foi o primeiro depoimento de Cabral e Adriana Ancelmo após o ex-governador declarar no último mês, em audiência com o juiz federal Marcelo Bretas no âmbito da Lava-Jato, que a ex-primeira-dama tinha conhecimento de seu esquema de cobrança de propinas no governo do estado. Cabral, já condenado a 282 anos de prisão, vinha isentando a mulher de culpa até então na Justiça Federal.
No depoimento desta quinta-feira à Justiça Estadual, Cabral afirmou que Adriana Ancelmo não tinha autonomia para determinar as viagens com os helicópteros do governo do estado. A autorização para os voos, segundo o depoimento, partiam do próprio governador.
Cabral cumpre pena no Complexo Penitenciário de Gericinó. Adriana Ancelmo, já condenada a 36 anos na Lava-Jato, está em liberdade, mas usa tornozeleira eletrônica. Embora siga casada com Cabral no papel, ela chegou sem aliança à audiência no TJ-RJ nesta quinta-feira, repetindo um padrão de suas últimas aparições em depoimentos à Justiça.
Sem imprensa
Ao contrário do expediente na Justiça Federal, em que os depoimentos de Cabral no âmbito da Lava-Jato têm sido abertos à imprensa, o juiz titular da 32ª Vara Criminal estadual não permitiu o acesso de jornalistas à sala de audiência.
De acordo com a denúncia do MP, Cabral fez 2.281 viagens irregulares com helicópteros do governo do estado. Adriana Ancelmo, por sua vez, é acusada por 220 viagens. Ao aceitar a denúncia, em abril de 2018, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, antigo titular da 32ª Vara Criminal, escreveu que o ex-governador e sua mulher “foram transportados em um número substancial de viagens para fins privados, com o transporte de familiares, amigos do casal e dos filhos, namoradas dos filhos de SÉRGIO CABRAL e empregados domésticos, mesmo em voos sem a presença deste”.
O uso irregular dos helicópteros, segundo o MP, ocorreu principalmente em viagens entre o Rio e Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, onde Cabral e Adriana Ancelmo tinham residência. O MP também aponta o uso das aeronaves, por exemplo, para transporte do cachorro de Cabral e para buscar objetos pessoais de Adriana Ancelmo.
Segundo a assessoria do TJ-RJ, Cabral não detalhou quais foram os “excessos” que julga ter cometido no uso das aeronaves, mas afirmou que não infringiu nenhuma norma e que os helicópteros foram usados por sua família e por autoridades seguindo recomendações do gabinete de segurança. Entre as testemunhas arroladas pela defesa de Cabral no processo está o antigo chefe operacional da Secretaria de Segurança do Rio, Roberto Sá, atual secretário de Segurança do Espírito Santo. O ex-governador também afirmou que a mulher não era responsável por autorizar quaisquer viagens com helicópteros oficiais.
A promotora Marcia Colonese afirmou que Cabral e Adriana Ancelmo tiveram “divergências” nos depoimentos, principalmente em relação ao local usado para pouso das aeronaves. A ex-primeira-dama mencionou, de acordo com a promotora, um campo de futebol ao lado da casa de Mangaratiba. Segundo Colonese, Cabral e Adriana disseram que os helicópteros não permaneciam em Mangaratiba, mas iam e voltavam para o Rio.
– Se existia norma (sobre o uso de helicópteros) ou não, isso é imoral, é criminoso. Eram três aeronaves, com dois pilotos cada, indo para Mangaratiba com diversas pessoas. Os pilotos chegaram ao ponto de dizer que estavam indignados de levar cachorro, funcionário. Só em querosene, isso onerou os cofres públicos em R$ 45 milhões, fora a manutenção – disse a promotora.
Adiamento negado
A defesa de Cabral havia pedido o adiamento da audiência desta quinta-feira, sob o argumento de que o ex-governador precisaria ter sua imagem e segurança preservadas após ter acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao negar o adiamento, André Felipe Veras de Oliveira justificou, em despacho no último dia 27, que Cabral já prestou um depoimento à Justiça Federal após a delação ser homologada. Foi neste depoimento, no dia 10 de fevereiro e aberto à imprensa, que Cabral implicou Adriana Ancelmo pela primeira vez na Lava-Jato.
A defesa de Cabral pediu também que o depoimento fosse realizado por videoconferência, caso o adiamento não fosse aceito. O magistrado concordou com um pedido para que Cabral não fosse levado de “camburão” até o tribunal, e resolveu por um veto a “pessoas estranhas” ao processo.
“Oficie-se, ainda, ao DGSEI, para que proceda ao isolamento e ao controle de circulação de pessoas no andar, durante a realização da audiência, de maneira a que se evite a presença de pessoas estranhas ao processo nos acessos à sala de audiência”, diz o despacho do juiz.
Esse Cabral era cria de lula, andavam de mãozinhas, nas favela e apontavam um pro outro dizendo a uma só voz "esse é o cara" enfim, detonaram o RJ e o Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, homologou a delação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O acordo tem cerca de 20 temas e deve permanecer sob sigilo. A informação foi publicado pelo site “O Antagonista” e confirmada pela coluna. O material foi remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Cabral assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, que enviou o material para homologação de Fachin, em 16 de dezembro do ano passado, conforme revelado pelo GLOBO.
A Polícia Federal assinou acordo de delação premiada com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e enviou o material para homologação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Pelo acordo, mantido sob sigilo, o ex-governador se comprometeu a devolver R$ 380 milhões da propina recebida por ele nos últimos anos. A delação, porém, só terá validade caso seja homologada pelo STF.
O acordo, assinado pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, chegou ao Supremo no início de novembro. A PF pediu que a delação fosse distribuída ao ministro Fachin. Logo em seguida, Fachin pediu uma manifestação do procurador-geral da República Augusto Aras sobre o material. A manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou ao STF nesta segunda-feira. Aras afirmou ser contrário ao acordo de delação, que também havia sido rejeitado anteriormente pela força-tarefa da Lava-Jato do Ministério Público Federal do Rio.
Em sua manifestação, Aras argumentou que o ex-governador ocultou informações e protegeu pessoas durante a negociação do acordo com a Lava-Jato do Rio. Por fim, também alegou que Cabral pode ser considerado o líder da organização criminosa montada no governo do Rio, e, portanto, não poderia se beneficiar de um acordo de colaboração. Diz, portanto, que o acordo da PF com Cabral está fora dos requisitos legais.
Durante dois meses de depoimentos prestados à PF, Cabral citou dezenas de políticos beneficiários do esquema de corrupção montado em seus governos no Rio. Chamou a atenção dos investigadores uma outra frente citada nos seus depoimentos: o Judiciário. Cabral narra nos depoimentos sua relação com ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e com o processo de indicação deles aos seus atuais cargos. É por isso que a delação precisa ser homologada no STF, já que esses ministros possuem foro privilegiado perante a Suprema Corte. Os nomes delatados são mantidos sob sigilo.
Fontes com acesso aos depoimentos afirmam que há poucas provas documentais, mas que o ex-governador fornece caminhos de provas para diversos dos seus relatos. Dizem ainda que as informações prestadas por Cabral sobre o Judiciário seriam suficientes para novas frentes de investigação na Lava-Jato. Preso desde novembro de 2016 e já denunciado 30 vezes pelo Ministério Público Federal, Sérgio Cabral já foi condenado 12 vezes na Lava-Jato e suas penas somadas superam 267 anos.
Na hora que prende, todos são inocentes, nada a declarar. Aí quando vê que ninguém acredita nas conversas é o jeito partir para as delações.
380 milhões deve ser o que sobrou ou tem guardado. E o que já torrou, fica como?
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (MDB), disse, nessa terça-feira, 26, que resolveu revelar o esquema de corrupção que operou em seu governo para ficar bem consigo mesmo. Depois de dois anos e três anos preso, Cabral disse que é um homem muito mais aliviado.
O emedebista fez uma autocrítica por ter protagonizado os episódios de corrupção que confessou ao Ministério Público Federal (MPF) em 21 de fevereiro e falou de ser supostamente viciado em dinheiro. “Esse foi o meu erro de postura, de apego ao dinheiro, ao poder. Isso é um vício”, afirmou.
As declarações foram dadas no primeiro depoimento à 7ª Vara Federal Criminal em que resolveu admitir seus crimes. Assim que começou o interrogatório no âmbito da Operação Fratura Exposta, que tratou do esquema de corrupção na saúde do Rio, Cabral disse que passou o tempo preso conversando consigo mesmo e com a sua consciência para tomar a decisão.
“(Resolvi fazer a confissão) Por tudo que a minha mulher e minha família têm passado, pelo sentido histórico que tudo aquilo significa. Em nome da minha família, da minha história, quis fazer isso para ficar de bem comigo mesmo. Hoje sou um homem muito mais aliviado”, disse ao juiz Marcelo Bretas.
Cabral afirmou também que sente uma dor “muito profunda” pelo que fez. “Foi muito para quem tem uma carreira política reconhecida pela população. É uma dor muito profunda”, afirmou. O ex-governador afirmou que havia uma tradição em cobrar propina de prestadores de serviços do Estado. No caso dos contratos da saúde, ele disse que ficava com 3%, e o ex-secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, com 2%.
Esse pelo menos teve menos ego do o que o barbudo… reconheceu o erro e a doença… a diferença é o modelo de ideologia corrupta. o barbudo nunca vai reconhecer…
Falta entregar o ladrao condenado Lula….foram parceiros na roubalheira de trazer a copa e a olimpíadas , o LADRAO CONDENADO LULA IRÁ APODRECER NA CADEIA
Tropeçando na própria incompetência, Sérgio Cabral vem, ao longo de sua carreira política, acumulando derrotas que muitas vezes passam despercebidas. No quesito malandragem não resta dúvida de que Cabral é um dos mais espertos. Porém, em se tratando de estratégias que não sejam imediatistas, o sujeito comete erros políticos primários, principalmente por conta de sua prepotência. Nos faz lembrar o caso do ‘insuperável’ transatlântico inglês, com a qual ‘nem Deus podia’ segundo seus próprios construtores navais. E que se transformou no maior naufrágio da história. No Rio de Janeiro está acontecendo algo parecido com o caso do luxuoso transatlântico. Navegando com a soberba de construtor naval inglês, o Titanic do governador já tem dia e hora marcados para afundar.
Péssima reportagem do SBT. Primeiramente, edição MUITO mal feita. O Senenador Humberto Costa quando se refere aos "intocáveis" não está dizendo dos governadores citados, mas sim do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. Humberto Costa não tem interesse político na convocação do Sérgio Cabral, nem na de Agnelo Queiroz. O embate dos governistas nessa CPI foi contra o PGR.
E coisa ainda mais errada e aqui, inclusive, ilegal: é um ABSURDO devassarem a privacidade de qualquer cidadão, seja ele parlamentar ou não, a ponto de filmarem sua conversa de celular. O próprio Estado só está autorizado a fazer isso judicialmente. A preservação da intimidade é direito absolutamente inalienável e intimamente atrelada à dignidade da pessoa humana, ao Estado de Direito e à democracia. Não estou a defender a postura governistas ou da oposição na CPI (até porque ela atinge a membros de todos os lados PSDB/DEM/PT/PMDB, e espero que todos sejam devidamente punidos de acordo com sua responsabilidade), mas isso que esse cinegrafista fez é imoral, ilegal e perfeitamente punível judicialmente!!
Raoni Bielschowsky
Certos endinheirados são ridículos vocacionais. Não conseguem usufruir da fortuna, por vezes circunstancial, com simplicidade, com naturalidade ou de maneira vagamente divertida. Em artigo levado às páginas desta quarta (2), o repórter Elio Gaspari analisa o fenômeno aplicado às incursões européias de Sérgio Cabral e sua caravana de assessores e amigos. Disponível aqui, o texto vai reproduzido abaixo:
Vergonha, essa é a sensação que resulta dos vídeos das vilegiaturas parisienses do governador Sérgio Cabral em 2009, acompanhado por alguns secretários e pelo empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta.
Uma cena pode ser vista com o olhar do casal que está numa mesa ao fundo do salão do restaurante Luís XV, no Hotel de France, em Mônaco. (“Este é o melhor Alain Ducasse do mundo”, diz Cabral, referindo-se ao chef.) Ela é uma senhora loura e veste um pretinho básico. A certa altura, ouve uma cantoria na mesa redonda onde há oito pessoas. Admita-se que ela entende português. O grupo comemora o aniversário de Adriana Ancelmo, a mulher de Cabral, e festeja o próximo casamento de Fernando Cavendish. Até aí, tudo bem, é vulgar puxar celulares no Luís XV e chega a ser brega filmar a cena, mas, afinal, é noite de festa. A certa altura, marcado o dia do casamento, Cabral decide dirigir a cena:
“Então, dá um beijo na boca, vocês dois.”
Cavendish vai para seu momento Clark Gable e o governador diz à mulher do empreiteiro:
“Abre essa boca aí.”
As cenas foram filmadas por dois celulares. Um deles era o do dono da Delta.
Na mesma viagem, Cavendish, o empresário George Sadala, seu vizinho de avenida Vieira Souto, e concessionário do Poupatempo no Rio e em Minas, mais os secretários de Saúde e de Governo do Rio (Sérgio Cortes e Wilson Carlos), estão no restaurante do Hotel Ritz de Paris. Até aí, tudo bem, pois o empreiteiro tinha bala para segurar a conta. Pelas expressões, estão embriagados. Fora do expediente, nada demais. Inexplicáveis, nessa cena, são os guardanapos que todos amarraram na cabeça. Ganha uma viagem a Dubai quem tiver uma explicação para o adereço.
O álbum fecha com a fotografia de quatro senhoras gargalhantes, no meio da rua, mostrando as solas de seus stilettos (duas vermelhas). Exibem como troféus os calçados de Christian Louboutin. Nos pés de Victoria Beckam (38 anos) ou de Lady Gaga (26 anos), eles têm a sua graça, mas tornaram-se adereços que, por manjados, tangenciam a vulgaridade. Não é à toa que Louboutin desenhou os modelos das dançarinas (topless) do cabaré Crazy Horse.
As cenas constrangem quem as vê pela breguice. Até hoje, o ex-presidente José Sarney é obrigado a explicar a limusine branca de noiva tailandesa com que se locomoveu numa de suas viagens a Nova Iorque. (Não foi ele quem mandou alugar o modelo.) A doutora Dilma explicou que não foi ela quem mandou fechar o Taj Mahal. No caso das vilegiaturas de Cabral, a breguice não partiu dos organizadores da viagem, mas da conduta dele, de seus secretários e do amigo empreiteiro.
Esse tipo de deslumbramento teve no governador um exemplo documentado, mas faz parte do primarismo dos novíssimos ricos do Brasil emergente. Noutra ponta dessa classe está o senador Demóstenes Torres, comprando cinco garrafas de vinho Cheval Blanc, safra de 1947: “Mete o pau aí. Para muitos é o melhor vinho do mundo, de todos os tempos (…). Passa o cartão do nosso amigo aí, depois a gente vê”. O amigo do cartão era Carlinhos Cachoeira, que, por sua vez, também era amigo da empreiteira Delta, de Cavendish.“
O governo fluminense concedeu, em 2010, isenção fiscal de R$ 10,9 mil para a Enoteca Fasano, luxuosa importadora de vinhos que pertence ao grupo Fasano de hotéis e restaurantes. Não existe lei para redução de impostos sobre vinhos importados, mas o governo de Sérgio Cabral (PMDB) fundamentou o benefício usando um decreto para venda de alimentos da cesta básica.
“Feijão; arroz; farinha de mandioca; açúcar refinado e cristal; café torrado ou moído; gado, aves, bem como os produtos comestíveis resultantes de sua matança, em estado natural, resfriado ou congelado…”, delimita o decreto 32.161, assinado por Benedita da Silva em 2002 e aplicado por Cabral em 2010.
O peemedebista tem sido questionado sobre a intimidade de suas relações com empresários depois que admitiu ter viajado num jato de Eike Batista para ir à festa de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta. Reportagem de Terra Magazine revelou que empresas beneficiadas com redução de impostos pelo governo Cabral em 2010 doaram mais de R$ 7 milhões à campanha dele e ao PMDB do Rio. Os dados sobre as isenções estão em levantamento da Secretaria da Fazenda feito por solicitação do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ).
A enoteca beneficiada pelo decreto da cesta básica não produz ou importa alimentos. “Existe um consenso na lei sobre isenção de itens da cesta básica, mas vinho eu tenho certeza que não é um desses itens”, constata a advogada tributarista da Fundação Getúlio Vargas, Vanessa Rahal Camado. “Não existe nenhuma justificativa, não há programa para incentivo de bebida”. O grupo Fasano foi procurado pela reportagem e ainda não deu retorno sobre o caso.
O produto mais barato encontrado na enoteca carioca do grupo Fasano é a meia garrafa do vinho do litoral chileno Isla Negra, que custa R$ 19,00. A mais cara é a garrafa do champagne rosé Krug, que pode ser levado para casa por R$ 1.640,00.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio vai auditar, entre os dias 4 e 29 de julho, benefícios fiscais concedidos pelo governo ao longo do primeiro trimestre deste ano. O objetivo é checar se há isonomia e determinar quais são os impactos nos caixas do Estado.
O país acompanhou no final de semana uma tragédia que ceifou a vida de sete pessoas próximas ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).
O grupo viajara do Rio para Porto Seguro (BA), num jatinho que tinha Cabral como passageiro. Dali, governador e acompanhantes iriam a um resort em Trancoso.
A primeira leva de passageiros embarcou num helicóptero que caiu antes de alcançar o destino. Entre as vítimas, Mariana Noleto, namorada do filho de Cabral.
Licenciado do cargo até domingo (26), ainda em meio à atmosfera fúnebre, Cabral enfrenta agora um subproduto político do acidente.
Descobriu-se que o governador e suas companhias voaram para o Sul da Bahia nas asas de um jatinho Legacy de Eike Batista, dono do grupo EBX.
O passeio destinava-se a festejar o aniversário de outro empresário, Fernando Cavendish. Dono da empresa Delta, ele estava a bordo do avião de Eike.
Um grupo de cinco deputados estaduais, informa a Folha, enxergou na proximidade de Cabral com os empresários indícios de um caso de conflito de interesses.
Entre 2009 e 2010, a EBX de Eike obteve do governo do Rio benefícios fiscais estimados em R$ 75 milhões.
Entre 2006 e 2011, a Delta de Cavendish celebrou com a administração Cabral 27 contratos. Juntos, somam quase R$ 1 bilhão.
A conta não inclui as obras das quais a Delta participa como consorciada. A reforma do Maracanã, por exemplo, orçada também em R$ 1 bilhão.
Não consigo entender como pode o povo colocar o Cabral lá.
Esse mesmo Cabral, que foi eleito por vcs, faz milhões de coisas boas
e vcs só conseguem enxergar o erro.
O Cabral está fazendo um ótimo governo, está de parabens,
não tem pq pensar em nenhum tipo de conflito de interesses
vcs estão implicando pq ele foi no avião do Eike.
Se ele foi é pq estava precisando e tinha urgencia.
Estamos juntos cabral.
Rede Globo de Fake News…
Quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado do vizinho…
Record sem credibilidade
Canhoto dectect !!!
Tofoli anulou às delação de Cabral, agora Agente sabe porquê.