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Sérgio Moro decreta nova prisão de Marcelo Odebrecht

1w1qlxi6n4_9kbpggwpao_fileMarcelo Odebrecht está preso em Curitiba desde o dia 27 de julho. Foto: Brunno Covello/25.07.2015/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, aceitou hoje (19) denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais cinco investigados na Operação Lava Jato, entre eles os ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Pedro Barusco.

Na mesma decisão, o juiz decretou nova prisão preventiva de Odebrecht, que já está preso em Curitiba desde junho.

De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, Marcelo está envolvido diretamente no esquema de pagamento de propina a ex-dirigentes da Petrobras e atuava orientando as atividades dos demais acusados ligados à empreiteira, como os executivos Rogério Araújo, Márcio Faria de Sá e Cesar Rocha, que também se tornam réus com a decisão de Moro.

Para abrir a ação penal, Moro considerou significativos os documentos da Suíça, apresentados pela acusação, que demonstram a movimentação de contas da Odebrecht para ex-dirigentes da estatal.

“Relativamente ao pagamento de vantagens indevidas nos contratos que constituem objeto específico desta ação penal, observo que, além das propinas constituírem, em cognição sumária, a regra nos grandes contratos da Petrobras, eles, os contratos, encontram-se relacionados em tabela fornecida por Pedro Barusco, gerente de Serviços e Engenharia da Petrobras. Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materialidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores”, informou o juiz.

Sobre a decretação da nova prisão de Odebrecht e dos executivos da empresa, Moro afirmou que eles devem continuar presos por oferecerem riscos às investigações. “O risco à investigação e à instrução decorre de condutas subreptícias, destruição e interferência na colheita das provas, assim como o risco à aplicação da lei penal, dissipação de ativos com remessas ao exterior e movimentação no exterior de ativos criminosos. Não há como controlar essas condutas com medidas alternativas.”

Em julho, Moro aceitou outra denúncia contra Marcelo Odebrecht e executivos ligados à empreiteira.

Em nota a empresa Odebrecht disse que as defesas do execvutivo e ex-executivos da empresa irão se posicionar na Justiça. A empreiteira critica, no entanto, o fato da denúncia ter sido aceita pela Justiça Federal logo em seguida do STF ter consedido habeas corpus a um dos ex-executivos da empresa.

Leia a nota da Odebrecht na íntegra:

“As defesas do executivo e dos ex-executivos da Odebrecht se pronunciarão na Justiça. Chama a atenção, no entanto, que essa nova denúncia do MPF tenha sido oferecida e aceita pela Justiça Federal horas após o Supremo Tribunal Federal conceder habeas corpus a um dos ex-executivos da empresa – e sem que tenham sido apresentados fatos novos em relação à denúncia anterior. Sobre a decretação de novas prisões preventivas, causa estranheza que a decisão, sem trazer novos elementos, insista em pontos já decididos pela corte suprema do país.”

R7

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  1. Esse juiz não livra cara de ninguém, basta q a denúncia tenha fundamento. Quem prende o dono da Odebrecht não tem medo de prender ninguém. Ou juiz macho

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Finanças

Sérgio Moro decreta nova prisão de executivos da Odebrecht

O juiz Sergio Moro despachou nesta sexta-feira (24) um novo decreto de prisão preventiva contra o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros quatro executivos da construtora – Cesar Ramos Rocha, Márcio Faria da Silva, Rogério Santos de Araújo e o ex-funcionário Alexandrino Ramos de Alencar. Todos já estão presos desde o dia 19 de junho, de acordo com a Folha.

O despacho foi apresentado pelo juiz após a descoberta de que a Odebrecht controlava seis contas bancárias no exterior para pagar propinas aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró, Jorge Luiz Zelada e ao ex-gerente Pedro Barusco. A prova foi anexada ao decreto, segundo O Globo.

Na quinta-feira (23), a defesa dos executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez entraram com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar libertar os clientes. Por esse motivo, Moro encaminhou o novo decreto de prisão preventiva às instâncias superiores que julgam o pedido.

Segundo o juiz, “há prova de fluxo financeiro milionário, em dezenas de transações, entre contas controladas pela Odebrecht ou alimentadas por empresas do grupo e outras contas secretas, mantidas no exterior por dirigentes da Petrobras”.

Época

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