Finalmente chegamos a Fortaleza, e só quem já correu o Sertões sabe a sensação de subir a rampa e receber uma medalha de conclusão da prova.
Muitos dias de uma rotina pesada, andando em media 500km por dia em um carro quente, com muita poeira, preso a um cinto que mal permite que se respire, se alimentando mal, dormindo pouco, com uma pressão psicológica enorme… Alguém pergunta: porque??? uma mistura de adrenalina, companheirismo e competição faz com que alguns meio loucos passem por isso e fiquem com vontade de repetir todos os anos.
Essa é uma prova que gostaria de correr todas as edições, foi minha segunda participação e espero que não seja a ultima, um pouco diferente da primeira vez, esse ano experimentei a frustração de ficar quebrado no meio do deserto do Jalapão e ver uma excelente segunda colocação ir embora junto com a agua do radiador…. A decepção passou e a vontade de chegar ao final foi mais forte.
A ultima especial foi pequena, 103km, mas muito boa de andar, andamos forte e fizemos o 16º tempo na geral, o carro estava excelente e chegou inteiro ao final, seguimos em deslocamento até Fortaleza e vimos uma grande festa com os competidores comemorando com suas equipes.
O potiguar Flavio França ficou em 3º lugar na geral junto com o cearense Riamburgo Ximenes e a dupla da Equipe Riograndense Daniel Brasil/Wellington Rezende ficou em 4º lugar na categoria Super production, ficamos em 34º na geral, a frente de 12 equipes que ficaram pelo caminho na edição que parece ter sido a mais difícil de todos os tempos.
Henrique Oliveira
Navegador equipe Buongustaio/Riograndense
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