Polêmica

Filha de ex-prefeito de Ponta Grossa exibe frasco com símbolo do Butantan em VÍDEO em rede social e escreve: ‘Vacina do Covid’

Filha de ex-prefeito publicou vídeo exibindo frasco com símbolo do Butantan em vídeo em rede social — Foto: Reprodução/Tik Tok

A filha do ex-prefeito de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, Marcelo Rangel (PSDB), publicou um vídeo em que aparece exibindo um frasco com o símbolo do Instituto Butantan na plataforma TikTok.

No vídeo, Juliana Rangel se refere à vacina contra a Covid-19. Nas imagens, ela mostra a embalagem enquanto é possível ouvir uma gravação com as falas “mostre algo que você tem, que mais ninguém tenha, e que você ache muito legal”.

A jovem publicou o vídeo na rede social e escreveu a legenda “Vacina do Covid”. (ASSISTA AQUI em matéria na íntegra).

A vacina do instituto ainda aguarda a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a distribuição pelo país. O pedido para uso emergencial foi protocolado na última sexta-feira.

Após a repercussão do caso, nesta terça-feira (12), o ex-prefeito Marcelo Rangel afirmou que a filha, de 19 anos, não se pronunciará sobre o fato. Ele confirmou a autenticidade do vídeo e disse que a publicação foi uma forma de publicidade da vacina, diante dos questionamentos da população sobre eficácia e compra.

Rangel compartilhou um print da publicação da jovem em uma rede social pessoal.

O ex-prefeito afirmou, ainda, que o frasco trata-se de uma amostra da CoronaVac, vacina fabricada no Instituto Butantan, que foi distribuída a prefeitos durante uma visita dos gestores municipais ao local, em dezembro.

Ele afirmou que teve autorização do instituto para uso do frasco com fins de divulgação.

O G1 aguarda retorno do Instituto Butantan, que desenvolveu a vacina no Brasil.

Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa disse que o material foi entregue ao ex-prefeito após um pedido pessoal de Rangel, e que não realiza divulgação de vacina, uma vez que a função, segundo o município, cabe aos governos estaduais e federal.

Compra da vacina

Em dezembro do último ano, o então prefeito Marcelo Rangel (PSDB) viajou a São Paulo para negociar a compra de doses da CoronaVac para Ponta Grossa. O anúncio oficial do convênio saiu em 10 de dezembro, após uma visita do ex-prefeito ao Instituto Butantan.

Na época, Rangel afirmou ainda que a prefeitura tinha orçamento emergencial previsto para a aquisição das vacinas, com intenção de disponibilizar inicialmente recursos para compra de 60 a 100 mil doses.

Em 15 de dezembro, um ofício foi publicado pelo então prefeito com autorização para compra de 16 mil doses da CoronaVac, com intenção de iniciar a vacinação ainda neste mês.

Ponta Grossa tem 14.194 casos confirmados do novo coronavírus, com 6.143 pessoas recuperadas e 222 óbitos confirmados pela doença, segundo o último boletim divulgado pela prefeitura municipal, na segunda-feira (11).

G1

Opinião dos leitores

  1. Propaganda da vacina da China? Isso pode? E comprar algo sem ser aprovado, pode? E cadê os cinco milhões dos respiradores? Pode ficar sem punição?

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Judiciário

Bolsonaro elogia Moro na ONU e diz que ministro é símbolo no país

Foto: Reprodução/Twitter

O presidente Jair Bolsonaro elogiou o ministro Sergio Moro durante discurso na 74ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) na manhã desta terça-feira (24).

Bolsonaro disse que políticos brasileiros foram “julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sergio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública”.

O presidente disse que presidentes anteriores “transferiram boa parte desses recursos para outros países, com a finalidade de promover e implementar projetos semelhantes em toda a região. Essa fonte de recursos secou”.

Moro disse no Twitter que o discurso de Bolsonaro foi “assertivo” e abordou “pontos essenciais”.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Só faltou o nosso mito explicar para a plateia da ONU que a terra é plana e elogiar o nosso mestre Olavo de Carvalho.

    1. BG
      A inveja de um governo serio e decente ponhe em polvorosa os admiradores de ladrões e saqueadores da Nação, que foram enxotados dos seus gabinetes do crime pela maioria do Povo Brasileiro. Fora pt e seus seguidores, vão pra Cuba e Venezuela otários.

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Diversos

Bolsonarismo mostra força em favela que foi símbolo da era Lula no Recife

Zezinho do Camarão, dono de um restaurante em Brasília Teimosa (Fábio Zanini/Folhapress)

(Fábio Zanini)

Saída Pela Direita está no Nordeste, para um mergulho por redutos do conservadorismo numa região que historicamente é reduto eleitoral do PT e de Lula.

Mas algo está mudando por lá, como mostrarei em uma série de posts nos próximos dias. O primeiro é sobre a comunidade de Brasília Teimosa, no Recife (PE).

Há 46 anos ocupando um sobrado com vista para a praia do bairro de Brasília Teimosa, no Recife (PE), o restaurante Império dos Camarões recebeu duas vezes a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em ambas, o petista ficou na cozinha de papo com o proprietário, José Bezerra dos Santos, 69, enquanto camarões suculentos eram preparados para ele e sua comitiva.

Na época, início do seu governo (2003-10), Lula ganhou o voto de Santos, conhecido como Zezinho do Camarão, um self-made man que começou vendendo caldinho numa barraca na areia.

Mas hoje, Zezinho é apoiador entusiasmado de Jair Bolsonaro e diz que PT nunca mais. “Esse país virou zona. Quem manda hoje é o malandro. Espero que o Bolsonaro seja o cara para consertar”, diz.

Localizada na ponta norte da praia de Boa Viagem, Brasília Teimosa era uma insalubre comunidade de palafitas quanto Lula assumiu a Presidência, em 2003. O petista incluiu a favela em sua primeira viagem após a posse, levando ministros a tiracolo.

Prometeu urbanizar o local e cumpriu: quase todas as palafitas foram retiradas, e os moradores ganharam casas. Uma agradável orla surgiu no local.

A obra impulsionou o restaurante de seu Zezinho, como ele mesmo admite. Hoje, o local atende a uma clientela que inclui executivos de bairros distantes que vêm provar seus pratos.

Mesmo com todo o simbolismo de ter sido transformada na era petista, Brasília Teimosa vive uma onda de bolsonarismo. Numa localidade em que o PT sempre nadou de braçada, o resultado do primeiro turno da eleição no ano passado foi surpreendente: Bolsonaro ficou em primeiro lugar, com 3.346 votos, contra 3.180 de Fernando Haddad (PT). No segundo, Haddad recebeu os votos de outros candidatos e teve 57% contra 43% do atual presidente.

Brasília Teimosa é uma comunidade densamente povoada com cerca de 35 mil moradores, em ruas estreitas, mas todas asfaltadas, com calçada, casas e comércio. Menos de 10% da população ainda vive em palafitas.

O nome é um certo samba do crioulo doido. No início era apenas Brasília, uma homenagem à nova capital que surgia mais ou menos na mesma época da formação do local, nos anos 1950. Depois acoplou-se o adjetivo “teimosa”, porque a comunidade de pescadores que ali se instalou não se intimidava com as remoções de barracos do governo e sempre voltava.

Radialista aposentado, Wilson Lapa, 59, é o principal líder político do pedaço. Há 13 anos preside o conselho de moradores do bairro, e está no quinto mandato seguido. “Eleição aqui é uma guerra. Haddad contra Bolsonaro é fichinha”, diz, sentado em sua sala num sobrado que é a sede da associação.

Wilson Lapa, presidente do conselho dos moradores de Brasília Teimosa (Fábio Zanini/Folhapress)

É outro ex-lulista que se bolsonarizou, como muitas das pessoas com quem conversei numa tarde no bairro na última segunda-feira (11). Filiado ao Patriota, legenda de direita com a qual Bolsonaro chegou a flertar, Lapa pensa em se candidatar a vereador no ano que vem.

“Torço por ele [Bolsonaro]. Está tentando moralizar as verbas que são enviadas sem critério para a cultura e para essas ONGs ligadas a petistas”, afirma. Com um filho que é instrutor de tiro, também defende o maior acesso a armas proposto pelo presidente.

Por enquanto, Lapa acha que as acusações contra o presidente e seu partido são apenas jogo da oposição. Faz um único reparo a Bolsonaro. “Ele não devia ter compartilhado aquele vídeo [mostrando ato pornográfico no Carnaval de São Paulo]. Pelo menos sabemos que não mudou, ainda é o mesmo Bolsonaro de sempre”.

No dia que conversamos, Lapa planejava organizar uma caravana para ir a Brasília denunciar as ameaças que a xará recifense sofre. A especulação e o apetite do mercado imobiliário pelo terreno onde está a comunidade, que fica pouco distante da Recife turística, já levaram a um salto no preço dos aluguéis de casas simples, diz ele.

“Precisamos de proteção, quero falar isso ao Bolsonaro. Ou a um ministro. No mínimo, estendo uma faixa na praça dos Três Poderes”, diz. Por enquanto, o bairro é uma zona de proteção social e está a salvo da construção de novos edifícios, mas os moradores dizem que é preciso manter mobilização constante para que a legislação não mude.

Lapa é evangélico da denominação batista, e o número de igrejas no bairro pode ajudar a explicar o crescimento da direita em Brasília Teimosa. São mais de 30.

Edmilson Macena, 46, cursa o seminário para se tornar pastor. Diz que tem carinho e afeto por Lula, mas votou em Bolsonaro por uma “questão moral e cívica”. Também afirma que se desiludiu com os petistas pela sucessão de escândalos. “Sempre votei no Lula. Mas onde há fumaça há fogo”, diz.

Uma razão prática o levou à desilusão com o PT. No governo Lula, tinha um tio, duas irmãs e um filho empregados nas obras do porto de Suape, região metropolitana de Recife. Terminado o contrato, foram todos para a rua e tiveram dificuldade em se recolocar profissionalmente.

Sobre as acusações contra o presidente, ele prefere esperar. “A gente não tem muito conhecimento dos fatos. Mas ele está dizendo que tem que investigar, o que já é uma mudança”, diz.

Macena é dono de um mercadinho que fica protegido da rua por grossas grades pretas.

O comerciante Edmilson Macena, dono de um mercadinho em Brasília Teimosa (Fábio Zanini/Folhapress)

O bairro não é especialmente perigoso, mas há muito consumo de crack, o que traz o risco permanente de violência. A fala grossa de Bolsonaro ao tratar do tema da segurança o agrada.

De frente para a orla, a ONG “Brasília Teimosa Driblando o Crack” tentar afastar crianças e adolescentes do vício com aulas de futebol e atividades recreativas. Seu fundador, o professor de educação física Luiz Fernanda Silva Neto, diz que teve 27 alunos entre 14 e 19 anos assassinados por causa da droga em 26 anos de trabalho social na região.

A nova desgraça do bairro, diz ele, é uma droga batizada de “pó virado”, que mistura crack moído com ácido bórico e é inalada. “Deixa o cara extasiado”, afirma. Na comunidade, estima o professor, apenas de 5% a 10% dos jovens vêm de famílias estruturadas. A maioria cresce sem pai.

Ele já votou em Lula e andava de broche e camisa vermelha em eleições. “De repente, o homem que era uma referência internacional manchou seu nome”, avalia. Foi então de Bolsonaro, “para ter uma mudança radical”.

Mas não está gostando muito desse início de governo. Acha que é preciso explicar melhor as acusações que surgiram e não aprecia a intromissão dos filhos nos assuntos de governo.

“Quando Bolsonaro entrou eu dava a ele nota 10. Agora, pra mim caiu pra 7”, diz o professor.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Nem Freud explica!! Os caras melhoraram de vida, alguns cursaram faculdade…Agora, torcem por um presidente que pretende acabar com o direito à aposentadoria. Melhor definição de Brasil foi feita pelo Tim Maia: "Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e POBRE É DE DIREITA".

    1. Potiguar se informe melhor para não falar tanta besteira. Pobre nenhum deu procuração a esquerda para representá-lo.

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