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Sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz entra em vigor nesta quinta

energia_marcelo_casalPor interino

A partir de amanhã (1º), as contas de luz virão com uma cobrança extra como consequência do uso, pelas distribuidoras da energia, das termelétricas, que produzem energia mais cara. Nesta data, começa a vigorar o sistema de bandeiras tarifárias, que vai adicionar um valor na tarifa de acordo com a necessidade do consumo dessa energia.

Já no primeiro mês de cobrança, os consumidores receberão suas contas com a bandeira vermelha. Isso vale para os quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que significa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, exceto para os estados do Amazonas, Amapá e de Roraima.

No primeiro mês, a cobrança será feita proporcionalmente ao dia de fechamento da fatura de cada cliente. Por exemplo, se uma conta de luz tem o fechamento previsto para o dia 10 de janeiro, será cobrado o valor correspondente à bandeira tarifária apenas sobre os dez dias de janeiro, e os outros 20 dias referentes a dezembro virão com o valor normal.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a mudança não vai implicar custos adicionais para os consumidores. Porque, atualmente, o gasto que as distribuidoras têm com a compra de energia originária das termelétricas, que tem um custo maior do que a gerada pelas usinas hidrelétricas, já é repassado, uma vez por ano, para as contas de luz. Isso sempre ocorre no momento em que a Aneel calcula o reajuste das tarifas de cada distribuidora.

Com o sistema de bandeiras tarifárias, os consumidores vão pagar mensalmente o custo extra do uso de energia térmica, e a receita que as distribuidoras tiverem com o pagamento será descontada na hora de calcular o reajuste tarifário de cada empresa, resultando em aumentos anuais menores.

As bandeiras vão funcionar como um semáforo de trânsito – com as cores verde, amarela e vermelha – para indicar as condições de geração de energia no país. Por exemplo, quando a conta de luz vier com a bandeira verde, significa que os custos para gerar energia naquele mês foram baixos, portanto, a tarifa de energia não terá acréscimo.

Se vier com a bandeira amarela, é sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando. Nesse caso, a tarifa de energia terá acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha mostra que o custo da geração naquele mês está mais alto, com o maior acionamento de termelétricas, e haverá um adicional de R$ 3 a cada 100 kWh.

A cobrança pelo sistema de bandeiras tarifárias vai ser dividida por subsistemas, o que quer dizer que os consumidores de estados do Sul podem pagar um valor diferente daqueles que moram mais ao Norte do país. No entanto, a bandeira aplicada mensalmente será a mesma para todas as distribuidoras de cada subsistema.

Além de repassar os custos extras das distribuidoras aos consumidores, a medida deverá servir como um estímulo para que o consumo de energia seja reduzido. Para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, as bandeiras tarifárias são um regime de advertência. “Cada consumidor fará o que bem entender, se ele quiser desconhecer essa advertência, poderá ir em frente, mas vai pagar a mais por isso”, disse.

Agência Brasil

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Diversos

Sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz começa a valer em janeiro

A partir de janeiro do ano que vem o preço da energia elétrica sofrerá alterações mensais.

O motivo é a implantação do sistema de “Bandeiras Tarifárias”, que indicam a situação dos reservatórios de energia e a necessidade de uso de energia térmica -mais cara e poluente.

O consumidor saberá ao final de cada mês qual bandeira valerá para os próximos 30 dias.

A verde indicará que o sistema estará funcionando dentro da normalidade e que o preço da energia não será alterado.

A amarela mostrará que as condições de geração estarão menos favoráveis. Ou seja, as usinas térmicas terão de ser ligadas para complementar a geração das usinas hidrelétricas.

Em geral, isso ocorre quando há períodos de seca e os reservatórios das hidrelétricas precisam ser poupados. Neste caso, a tarifa do consumidor terá um acréscimo, no mês, de R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.

A bandeira vermelha significará que as térmicas terão de ser ligadas em larga escala. O custo da energia estará mais alto para o sistema e esse repasse para o consumidor será, então, antecipado. O aumento do preço, nessas condições será de R$ 3,00 para cada 100 kWh.

Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o consumo médio de uma família no país é de 150 kWh. Ou seja, no cenário de bandeira vermelha, o aumento na conta no final do mês seria, em média, de R$ 4,50.

Ao longo deste ano, as bandeiras ficaram vermelhas praticamente todo o ano para todas as regiões do país. Em janeiro de 2015, o mais provável é que o cenário se repita, segundo Romeu Donizete, diretor-geral da Aneel.

A estimativa da agência é que, com bandeira vermelha, a arrecadação seja turbinada em cerca de R$ 800 milhões por mês.

ADIANTAMENTO

Atualmente, a Aneel já repassa o custo do uso das térmicas para o consumidor. A diferença é que atualmente a agência faz isso apenas uma vez ao ano durante o processo de reajuste tarifário.

A vantagem do novo sistema seria o sinal de preço dado ao consumidor que percebe o problema enquanto ele ainda está ocorrendo e, assim, pode agir diminuindo o consumo.

Do lado das empresas, a vantagem é que elas deixam de empregar valores muito altos no pagamento dessas contas esperando um pagamento, vindo do consumidor, que só virá no futuro.

As Bandeiras Tarifárias, então, deixariam o caixa das empresas mais preparado para cobrir as despesas extras.

“Não há custo novo na tarifa. Esse custo já existe, mas ele passa despercebido. O que se está fazendo é escaloná-lo ao longo do ano. O objetivo é dar o sinal ao consumidor para ele reagir. Hoje ele espera passar doze meses e é cobrado. Agora ele terá a oportunidade de gerir o seu consumo”, afirmou André Pepitone, diretor da agência.

EXCEÇÕES

A cor da bandeira já é indicada na conta de luz de forma informativa desde janeiro de 2013.

O sistema começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2015 para todo o país com exceção de Amazonas, Amapá e Roraima, que ainda não estão interligados ao sistema elétrico nacional. Ainda não há previsão o funcionamento das bandeiras nos três Estados.

Mesmo sem seu início oficial, o dinheiro levantado pelas Bandeiras Tarifárias já está na mira do governo para ser usado em outras funções. Por exemplo, no deficit das distribuidoras com compra de energia.

Ao longo deste ano, como essa compra adicional bateu recordes em volume e preço, essas empresas tiveram de pedir socorro ao governo para conseguir honrar seus compromissos.

Mesmo após quase R$ 20 bilhões em aportes do Tesouro e financiamentos bancários, essas empresas estimam que ainda tenham de pagar cerca de R$ 3 bilhões em janeiro e fevereiro próximos.

Os recursos cobrirão a compra de energia feita este ano nos meses de novembro e dezembro.

Como as empresas não têm o valor em caixa e a opção de um novo empréstimo bancário está praticamente descartada, sobrou a possibilidade de um novo aporte do Tesouro.

O uso das Bandeiras Tarifárias para cobrir as despesas de 2014 faria com que essa necessidade de aporte fosse menor.

Estima-se que em mês de bandeira vermelha em todo país a arrecadação das distribuidoras aumente R$ 800 milhões.

Ou seja, seria levantado R$ 1,6 bilhão apenas nos meses de janeiro e fevereiro. Pouco mais da metade da dívida em aberto.

FUNDO

Como a bandeira vale para todo o subsistema (Norte, Nordeste, Sul e Sudeste/Centro-oeste), distribuidoras que fazem mais uso de térmicas receberão menos do que deveriam frente às que utilizam menos desse tipo de energia.

Para equalizar essas distorções, a Aneel propôs ao governo a criação de um fundo que permitisse a compensação entre as distribuidoras dessas diferenças.

Folha Press

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Diversos

Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) publica normas para aplicação do sistema de bandeiras tarifárias

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou hoje (6), no Diário Oficial da União, os procedimentos comerciais para a aplicação do sistema de bandeiras tarifárias, que começa a valer em janeiro do ano que vem. A norma foi aprovada na reunião de diretoria da agência da terça-feira (30).

O sistema de bandeiras tarifárias permite o repasse mensal para a conta de luz, do custo extra das distribuidoras com o uso de termelétricas. As bandeiras tarifárias funcionam como um semáforo de trânsito: a bandeira verde significa custos baixos para gerar a energia, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo naquele mês. A bandeira amarela indicará um sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando – um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Já a bandeira vermelha mostra que o custo da geração está mais alto, por exemplo, com o maior acionamento de termelétricas, e haverá um adicional de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora.

Segundo a Aneel, as bandeiras tarifárias não representarão maior custo na conta de energia, porque a receita adicional obtida pelas distribuidoras com a aplicação das bandeiras tarifárias amarela ou vermelha será considerada como redutor no momento do cálculo das tarifas da concessionária. “Com as bandeiras, o custo que antes era cobrado do consumidor apenas no final do ano tarifário (reajuste tarifário anual), passará a ter componente mensal, influenciado pelo custo de geração da energia elétrica no país”, informou a agência.

As bandeiras também servirão para alertar os consumidores quando o preço da energia estiver mais alto, por causa do uso de termelétricas. Atualmente, os consumidores já estão recebendo um aviso nas contas de luz informando quanto seria o acréscimo se o sistema estivesse em vigor.

A norma publicada, hoje, estabelece as regras sobre o faturamento de energia elétrica e a forma de visualização da tarifa e dos custos relacionados às bandeiras tarifárias na fatura do consumidor. A distribuidora deverá discriminar, na fatura, os valores adicionais a serem cobrados quando da aplicação das bandeiras amarela ou vermelha.

Agência Brasil

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