Diversos

Governo prorroga decreto de calamidade pública do sistema penitenciário do RN

O Governo do Estado renovou por mais 180 dias o decreto de calamidade pública do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. O documento publicado nesta quinta-feira (15) no Diário Oficial do Estado e assinado pelo governador Robinson Faria, visa garantir a execução de medidas emergências necessárias para o restabelecimento do controle do sistema prisional potiguar.

O Decreto prevê a dispensa de licitação e a contratação emergencial de projetos construtivos para a restauração das unidades prisionais parcialmente destruídas, além de reformas, ampliações e adequações para a criação de novas vagas e recuperação das já existentes. Quando não puder ser dispensado o procedimento licitatório para a contratação de obras e serviços de engenharia, será aplicado o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC).

Também deve ser realizada durante esse prazo, a contratação de agentes penitenciários e de vigilância temporários para dar apoio aos profissionais efetivos e policiais militares que atuam no sistema prisional.

O documento ainda informa que devem ser estabelecidas relações administrativas com os órgãos da União que viabilizem a concessão de financiamentos ou transferência de valores para a construção de novos estabelecimentos prisionais.

O texto explica que também serão estabelecidas relações interadministrativas com os órgãos diretivos do Poder Judiciário, da Defensoria Pública Estadual, do Ministério Público do RN, Tribunal de Contas do Estado e da Ordem dos Advogados do Brasil, visando agilização dos processos e incidentes de execução penal em curso.

Por fim, fica mantida a formação de uma força tarefa composta por diversas instituições para adotar as medidas previstas no documento e apresentar ao governador, um relatório com as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos a cada 30 dias.

Opinião dos leitores

  1. A decretação de calamidade pública no sistema penitenciário, como de resto, noutros segmentos da administração estadual, conspira contra toda a lógica e bom senso conceitual dessa expressão. É, na verdade, um exagero retórico; uma manipulação linguística para esconder a ineficiência e dar à incompetência uma dimensão diferente. Os inventores da moda "cataclisma" esquece que existe uma série de NORMAS JURÍDICAS definindo, conceituando e regulando as hipóteses de CALAMIDADE PÚBLICA. Ignoram que a CALAMIDADE PÚBLICA se relaciona às hipóteses de grandes desastres, desgraça pública, flagelo, infortúnios, catástrofe que compromete a capacidade de reação do poder público. A simples leitura da legislação indica a inadequação da decretação de qualquer CALAMIDADE PÚBLICA de mentirinha….

  2. Este governo Robson é uma piada, Deixem estes presos apodrecerem nas cadeias, e dê atenção a saúde que aí sim tem importância.

    1. Sandro, a situação chegou nesse ponto, porque o governo atual e TODOS os outros fizeram o que vc sugere como solução, deixaram os presos "apodrecerem nas cadeias", o resultado final foi que não só os presos "apodreceram", mas o sistema penitenciário como um todo ficou podre e sucateado. Quem ganhou com isso? Não, não foi a população, quem ganhou foi o crime organizado, que aproveitou o abandono e tomou conta da situação. Sua proposta é burra, ridícula e vinda de alguém que demonstra não entender nada de políticas públicas de segurança. Vá dormir e pare de falar abobrinhas.

    1. A impropriedade cometida na primeira sílaba da última palavra deve-se à minha admirável dedografia.
      Jamais recorrerei à insensatez petralha de achar que o errado é certo.

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Diversos

FOTOS: Com cruzes e caixões, protesto do sistema penitenciário do RN segue na Governadoria nesta quarta-feira

CLpQheJUkAISAbB CLpQhX2UAAAYhfG CLpQhZaVAAAErX2 CLpRPF6VAAEKmOrFotos: Marlio Forte

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Segurança

Sesed parabeniza instituições que atuaram na tarefa de estabelecer a paz e a ordem no Sistema Penitenciário do RN

NOTA – SISTEMA PRISIONAL

NATAL (RN), 23 de março de 2015.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), vem a público parabenizar todas as instituições que atuaram na importante e imprescindível tarefa de estabelecer a paz e a ordem junto ao Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte após os motins realizados em 14 unidades prisionais do estado, no período de 11 a 18 de março, que culminaram ainda com atentados a cinco ônibus, duas delegacias e uma viatura policial.

As exitosas ações tomadas por meio do Gabinete de Gestão Integrada Estadual (GGI-E) resultaram em infratores identificados e presos, armas e drogas apreendidas, veículos recuperados, além de amotinados devidamente contidos.

A pronta e eficiente ação integrada dos membros do GGI-E, além do irrestrito apoio do Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e de sua Força Nacional, foram determinantes para que o Estado pudesse neutralizar os preocupantes incidentes que se sucederam neste período. Apesar do pânico, rapidamente difundido em redes sociais, a situação sempre esteve sob controle, sem que fosse desestabilizado, em qualquer momento, o controle da Segurança Pública no estado.

Em quatro dias, mediante atuação técnica e ininterrupta dos membros do GGI, em especial das forças militares deslocadas para a operação e dos agentes penitenciários, a situação foi controlada por meio de combate enérgico.

É digno destacar que, mesmo diante de tantos riscos, não houve nenhuma morte, seja de presos ou de qualquer integrante das forças da segurança pública presentes. Em circunstância de absoluta catarse, os presos provocaram inúmeros danos. Mas, antes paredes quebradas do que vidas ceifadas.

Os riscos do confronto foram reais e poderiam ter resultados num massacre de graves proporções. Felizmente o uso da força utilizada, as decisões acertadas, as estratégias implementadas e a intervenção técnica na hora certa, resultaram na preservação da vida, o que sempre foi o objetivo principal.

Destacamos que, em alguns momentos, por longas noites em claro, foi difícil manter a serenidade e tomar as decisões acertadas quando, no auge da crise, não faltaram aqueles que, incentivaram a invasão precipitada e se limitaram a criticar a situação e apontar culpados, sem muito colaborar com o que interessa para a sociedade hoje que é o controle da situação e a resolução – passo a passo, de tão complexa crise.

A grave situação da superpopulação carcerária e as flagrantes violações aos mais elementares Direitos Humanos sacramentados em leis universais e junto a Lei de Execuções Penais Brasileira tem sido o grande responsável pela deflagração de motins dessa natureza. Não se pode enfrentar a crise sem reconhecer que grande parte das reivindicações de fato recaem sobre obrigações estatais que vem sendo sistematicamente esquecidas.

É nosso dever buscar as soluções, pois limitar-se a criticar o passado em nada ajudará no enfrentamento da crise.

Enaltecemos e parabenizamos o importantíssimo papel dos agentes penitenciários deste Estado. São eles os heróis do dia a dia que vem administrando o caos há anos. Para estes destaca-se o exemplo de superação nesta relação com os apenados. Aos abnegados e honrados profissionais, que executam tão difícil missão no RN, nos resta parabenizá-los e pedir que confiem no trabalho que vem sendo desenvolvido pelo atual Governo do Estado no sentido de avançar na resolução dos complexos problemas que há anos afligem o Sistema Penitenciário.

Ressaltamos que além da relevante presença da Policia Militar, da Força Nacional e da atuação dos Agentes Penitenciários, devemos destacar também a eficiente colaboração da Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Itep, além da OAB/RN, Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), Secretaria de Infraestrutura, Prefeitura Municipal de Natal, Prefeitura Municipal de Nísia Floresta, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Justiça Federal.

A pró-ativa união de forças de cada instituição envolvida foi fundamental para o sucesso da missão, sem olvidar-se o importante papel protagonizado pela imprensa ali presente, pontuados o profissionalismo, o bom senso e solidariedade desta.

Agradecemos, ainda, em especial, ao governador Robinson Faria; a Regina Miki, secretária Nacional de Segurança Pública; Luciano Ramos, procurador do Ministério Público de Contas; Marcos Dionísio, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos; e a Guiomar Veras, coordenadora da Pastoral Carcerária.

A crise, por sua gravidade, deu provas suficientes de que não há outro caminho ao Governo senão priorizar seu enfrentamento, através de medidas de curto, médio e longo prazo, de modo a sanar, dentro do possível, tantas omissões históricas.

É preciso que a população compreenda que não se trata de ceder a caprichos ou benesses de apenados, mas de honrar o cumprimento da Lei de Execuções Penais. Afinal, quase todos aqueles homens, hoje encarcerados, um dia retornarão ao convívio social, de modo que, a continuidade no crime dependerá, em grande parte, de uma ressocialização enérgica, mas também digna.

Afora a recuperação, em caráter emergencial, de celas depredadas, o Governo do RN priorizará ainda mais o restabelecimento e a ampliação de vagas, além do que não medirá esforços para, dentro de possível, implementar, por meio da Sejuc, todas as providências atinentes ao respeito à Lei de Execuções Penais.

Ao fim de uma semana de tensão, tranquilizamos cada cidadão norteriograndense e, mais uma vez, agradecemos a todas as instituições parceiras convocadas pelo Gabinete de Gestão Integrada Estadual (GGI-E) e que estiveram conosco de prontidão, na certeza de que foi oferecida a resposta correta ao problema vivenciado, tendo prevalecido a autoridade do Poder Público.

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Diversos

Sesed reúne Sejuc, MP e Poder Judiciário para discutir melhorias para o Sistema Penitenciário do RN

A secretária estadual da Segurança Pública e da Defesa Social, Kalina Leite, esteve reunida na manhã desta quarta-feira (4), no Gabinete de Gestão Integrada (GGI-E), no Centro Administrativo, em Natal, com representantes da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), do Ministério Público (MP) e do Poder Judiciário, para discutir o aprimoramento do Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte. Atualmente, o RN conta com 20 CDPs, 4 cadeias e 8 presídios.

“O funcionamento do Sistema Prisional impacta diretamente na gestão da Sesed e, consequentemente, reflete nas ações da Segurança Pública. Estamos agindo em várias frentes para garantir o pleno funcionamento do Sistema de forma que ele também possa dar um melhor suporte as nossas ações”, disse a titular da pasta.

De acordo com Leonardo Freire, Coordenador de Administração Penitenciária da Sejuc, a superlotação nas unidades prisionais do RN é, atualmente, um dos maiores desafios a serem solucionados pela gestão.

“A inércia ou demora na solução desse problema, ao longo dos anos, tem acarretado transtornos para o estado. Estamos propondo a criação de uma força tarefa para tratar este assunto com a prioridade que o caso requer, a fim de ampliar nossas unidades prisionais e acabar com a superlotação carcerária!”, disse Leonardo Freire.

A ideia dos órgãos envolvidos é fortalecer um pacto para aprimorar os processos do Sistema Prisional com mudanças que, efetivamente, passam por investimentos na finalização de obras já em andamentos, como a Construção da Cadeia Pública em Ceará Mirim, que permitirá 600 vagas, a Cadeia Pública de Parelhas, com 85 vagas, e a Cadeia Pública de Apodi, com 60 vagas. Também foram discutidas a construção emergencial de outras unidades prisionais, instalação de bloqueadores de telefonia em presídios, criação da Corregedoria do Sistema Penitenciário, garantia dos direitos e deveres dos servidores, a instituição de um Grupo de Trabalho que atuará permanente propondo soluções e monitorando os resultados, além da implantação de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para disciplinar o controle das práticas administrativas e operacionais do Sistema Prisional a fim de criar um ambiente mais seguro e garantir assim o cumprimento satisfatório da execução penal. Com os POPs, o detendo terá que cumprir regras estabelecidas na execução e normatizadas, detalhadamente, pelo Estado.

“Essa foi a primeira de uma séria de ações conjuntas que estaremos realizando, periodicamente, com todos os setores que de alguma forma tem conexão com o Sistema Penitenciário. A gestão está empenhada na evolução desta discussão em busca de resultados efetivos, pois entendemos que para garantirmos resultados positivos na Segurança também se faz necessário a existência de boas unidades prisionais”, concluiu Kalina Leite.

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Polícia

FOTO(COISA DE CINEMA): "Caverna" é encontrada e maior fuga da história do sistema penitenciário do RN é evitada

CoapeFoto: Divulgação Coape

Provavelmente, a maior fuga da história da Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi impedida, graças a descoberta  na manhã desta terça-feira(9) de uma galeria escavada sob um dos pavilhões da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no município de  Nísia Floresta, na Grande Natal.

O local, praticamente uma caverna, seria utilizado para a fuga de cerca de 250 homens detidos no Pavilhão 1. Os agentes chegaram ao túnel por meio de uma denúncia anônima.

Segundo a direção de Alcacuz, informações dão conta que os envolvidos teriam ainda uma logística para conseguir deixar a região, com apoio de carros que auxiliariam a fuga. Por coincidência, o pavilhão abriga parte dos presos investigados na Operação Alcatraz, que aponta a existência de facções ditando regras e comandando crimes a partir de presídios do RN.

Opinião dos leitores

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