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Sonda da Nasa alcança asteroide que pode se chocar com a Terra

Osiris-Rex, sonda espacial da Nasa lançada em setembro de 2016. NASA/Divulgação via Reuters

A Osiris-Rex, sonda de exploração do espaço profundo da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), chegou na segunda-feira (3) a uma distância de poucos quilômetros de seu destino, um asteroide do tamanho de um arranha-céu que pode ter compostos orgânicos fundamentais para a vida –e também o potencial de colidir com a Terra em cerca de 150 anos.

Lançada em setembro de 2016, a Osiris-Rex iniciou a missão inédita de sete anos para analisar de perto o asteroide Bennu, coletar uma amostra de sua superfície e levar o material de volta à Terra para estudos.

O Bennu, uma massa rochosa de cerca de 500 metros de largura, orbita o sol praticamente à mesma distância da Terra, e pode ser rico em moléculas orgânicas baseadas em carbono que datam dos primeiros dias do sistema solar. A água, outro componente vital para a evolução da vida, também pode estar presente nos minerais do asteroide.

Cientistas acreditam que asteroides e cometas que caíram na Terra em seu período inicial liberaram compostos orgânicos e água, semeando o planeta para a vida, e análises atômicas de amostras do Bennu podem ajudar a provar essa teoria.

Mas existe uma outra razão, mais existencial, para se estudar Bennu.

Cientistas estimam que existe uma chance em 2.700 de o asteroide se chocar de maneira catastrófica com a Terra daqui a 166 anos –probabilidade que colocou o Bennu no segundo lugar de um catálogo da Nasa com 72 objetos próximos da Terra potencialmente capazes de caírem no planeta.

A Osiris-Rex ajudará os cientistas a entenderem como o calor radiado do sol está conduzindo o Bennu em uma rota cada vez mais ameaçadora através do sistema solar.

Reuters

 

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Após dois anos de viagem, sonda da Nasa se aproxima de asteroide de 500 m de diâmetro

Concepção artística do asteroide Bennu – Nasa

Dois anos após seu lançamento da Flórida, uma nave espacial da Nasa está se aproximando de um antigo asteroide, Bennu, para obter uma amostra de poeira espacial que poderá revelar pistas sobre o começo da vida no Sistema Solar.

A sonda, Osiris-REx, conseguiu inclusive sua primeira imagem borrada do corpo cósmico, que é aproximadamente do tamanho de uma montanha pequena, de cerca de 500 metros de diâmetro.

A nave espacial está projetada para se mover em uma órbita em volta de Bennu, a cerca de 1,5 km ou 2 km de sua superfície, para trazer à Terra uma amostra em 2023.

As primeiras imagens de Bennu foram tomadas em 17 de agosto a uma distância de 2,3 milhões de quilômetros da nave espacial de 800 milhões de dólares.

“Isto é o mais perto que já estivemos de Bennu”, disse Dante Lauretta, pesquisador principal de Osiris-REx, na Universidade do Arizona, Tucson. “É significativo porque agora estamos nas proximidades do asteroide”.

Bennu foi escolhido entre os cerca de 500 mil asteroides do Sistema Solar porque orbita perto do traçado da Terra em volta do Sol, tem o tamanho adequado para o estudo científico e é um dos asteroides mais antigos conhecidos pela Nasa. Os astrônomos dizem que existe uma possibilidade entre 2.700 de colisão com a Terra em 2135.

Também é um asteroide rico em carbono, o tipo de corpo cósmico que forneceu à Terra materiais que propiciaram a vida há bilhões de anos.

A missão não é a primeira a visitar um asteroide e tentar recolher uma amostra. O Japão fez isso antes e a Europa conseguiu aterrissar em um cometa. Mas é a primeira missão de retorno de amostras de asteroides para a Nasa, e seu objetivo é trazer à Terra a maior amostra da história, na ordem de 60 gramas.

Em dezembro, a nave espacial começará um estudo da superfície dos asteroides.

Folha de São Paulo com AFP

 

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